'Quando as pessoas se unem, podem se tornar agentes da transformação', diz Ryan Reynolds


Ator estrela o filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', inspirado no mundo dos videogames

Por Mariane Morisawa

No lugar onde o protagonista do filme Free Guy: Assumindo o Controle mora, tiroteios, explosões, colisões de carro e assaltos a banco são uma constante – bancário, Guy sofre todo dia, quiçá toda hora. Mas ele não mora em um bairro violento, neste mundo em que vivemos. A comédia, que estreia nesta quinta-feira, 19, é interpretada por Ryan Reynolds, um figurante secundário de videogame, personagem inspirado em alguns jogos clássicos como Grand Theft Auto, Fortnite, Minecraft e Red Dead Redemption

Cena do filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', de Shawn Levy, com Ryan Reynolds e Jodie Comer Foto: Walt Disney Studios

Mesmo vivendo uma realidade tão difícil, seu bordão é: “Não tenha um bom dia. Tenha um ótimo dia!”. “Tem uma frase do filme em que ele diz também: ‘Eu não vou ser um cara legal, vou ser um cara superlegal’”, disse Reynolds, que também é produtor do filme, em entrevista ao Estadão. “Eu acho ótimo ver isso no cinema. A razão pela qual eu quis fazer este filme é por ter um protagonista com uma visão otimista do mundo, apesar de seu cotidiano consistir em roubos, tiros, facadas, socos, chutes.”  Reynolds enxerga tudo de maneira positiva. O ator estava sentindo falta disso na tela em 2019 quando o projeto começou, com roteiro de Matt Lieberman (Scooby! – O Filme) e direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu). “Eu sinto muita responsabilidade em relação aos filmes que produzo”, disse ele. “Em 2019, eu achei que este filme era necessário, porque era tudo tristeza e desgraça. Incrivelmente, no último ano e meio tudo ficou ainda pior. E o filme ficou ainda mais relevante.”  Como em O Show de Truman, Guy – que é um nome próprio, mas também é traduzido do inglês como “cara” – em princípio não sabe que sua realidade, na verdade, é construída por outras pessoas, no caso, Millie (Jodie Comer, de Killing Eve) e Keys (Joe Keery, de Stranger Things), os criadores do jogo, e Antwan (Taika Waititi), o dono da empresa. Mas um dia algo acontece: a sua rotina habitual de comer cereal, vestir a camisa azul idêntica a todas as outras que possui, pedir o mesmo café, encontrar o amigo Buddy (que literalmente significa amigo) é abalada quando ele vê Molotov Girl, um avatar de Millie. Ela está no jogo para descobrir a prova de que Antwan roubou sua criação. “Millie é a heroína de sua própria história”, disse Comer. “Faz parte de uma indústria, como a minha, extremamente masculina. E enfrenta batalhas reconhecíveis.” Guy, sem saber que é personagem de um videogame, se apaixona perdidamente. E sai do script. “Muitas vezes nos sentimos perdidos, presos, e o filme celebra nossa percepção de nosso poder”, disse Comer. Nem todo mundo, claro, tem a chance de se tornar um astro do cinema como Ryan Reynolds. “Eu mesmo nunca imaginei que ia estrelar filmes. Só queria trabalhar. Minhas expectativas eram muito baixas, até porque muita gente me disse que eu jamais conseguiria”, contou o ator. “Na verdade, minha autoaversão se tornou meu superpoder, porque eu tenho uma expectativa baixa, e toda vez que a supero, fico grato.” Para o ator, toda pessoa pode ter objetivos, que podem ser simples. “O importante é tentar alcançá-los. E também ser a melhor pessoa que você pode ser e tentar ser um pouco melhor do que foi no dia anterior.”  No fundo, Free Guy é a clássica história do ser humano comum levantando-se contra o sistema e tornando-se herói. E também da força do coletivo. Guy desperta em outros supostos zé-ninguéns como ele a vontade de fazer a diferença e transformar sua realidade. “Os últimos anos nos ensinaram que quando as pessoas se unem podem se tornar agentes da transformação”, disse Ryan Reynolds. “E isso está funcionando no mundo real. Nós vivemos um período muito sombrio, mas as coisas estão melhorando pouco a pouco agora.”  No mundo, os últimos anos foram de divisão, de líderes narcisistas e ignorantes, de agressividade, de feiura, culminando em uma pandemia que só exacerbou os piores traços da humanidade.  Não é de se admirar que o cinema e a televisão estejam apostando em personagens otimistas e do bem, que tentam melhorar e aprender e acreditam nas alianças com os outros seres humanos, como em Ted Lasso e Free Guy: Assumindo o Controle, entre outros.  “Para além de qualquer mensagem ou tema, o nosso objetivo era que os espectadores fossem ao cinema e saíssem com um sorriso no rosto. E eu acho que conseguimos”, disse Reynolds.  Com quatro dias de estreia nos Estados Unidos e em alguns outros países, o filme, mesmo sem ser baseado em nenhum livro ou quadrinhos, rendeu mais de US$ 50 milhões e é considerado um dos sucessos dessa temporada. 

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No lugar onde o protagonista do filme Free Guy: Assumindo o Controle mora, tiroteios, explosões, colisões de carro e assaltos a banco são uma constante – bancário, Guy sofre todo dia, quiçá toda hora. Mas ele não mora em um bairro violento, neste mundo em que vivemos. A comédia, que estreia nesta quinta-feira, 19, é interpretada por Ryan Reynolds, um figurante secundário de videogame, personagem inspirado em alguns jogos clássicos como Grand Theft Auto, Fortnite, Minecraft e Red Dead Redemption

Cena do filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', de Shawn Levy, com Ryan Reynolds e Jodie Comer Foto: Walt Disney Studios

Mesmo vivendo uma realidade tão difícil, seu bordão é: “Não tenha um bom dia. Tenha um ótimo dia!”. “Tem uma frase do filme em que ele diz também: ‘Eu não vou ser um cara legal, vou ser um cara superlegal’”, disse Reynolds, que também é produtor do filme, em entrevista ao Estadão. “Eu acho ótimo ver isso no cinema. A razão pela qual eu quis fazer este filme é por ter um protagonista com uma visão otimista do mundo, apesar de seu cotidiano consistir em roubos, tiros, facadas, socos, chutes.”  Reynolds enxerga tudo de maneira positiva. O ator estava sentindo falta disso na tela em 2019 quando o projeto começou, com roteiro de Matt Lieberman (Scooby! – O Filme) e direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu). “Eu sinto muita responsabilidade em relação aos filmes que produzo”, disse ele. “Em 2019, eu achei que este filme era necessário, porque era tudo tristeza e desgraça. Incrivelmente, no último ano e meio tudo ficou ainda pior. E o filme ficou ainda mais relevante.”  Como em O Show de Truman, Guy – que é um nome próprio, mas também é traduzido do inglês como “cara” – em princípio não sabe que sua realidade, na verdade, é construída por outras pessoas, no caso, Millie (Jodie Comer, de Killing Eve) e Keys (Joe Keery, de Stranger Things), os criadores do jogo, e Antwan (Taika Waititi), o dono da empresa. Mas um dia algo acontece: a sua rotina habitual de comer cereal, vestir a camisa azul idêntica a todas as outras que possui, pedir o mesmo café, encontrar o amigo Buddy (que literalmente significa amigo) é abalada quando ele vê Molotov Girl, um avatar de Millie. Ela está no jogo para descobrir a prova de que Antwan roubou sua criação. “Millie é a heroína de sua própria história”, disse Comer. “Faz parte de uma indústria, como a minha, extremamente masculina. E enfrenta batalhas reconhecíveis.” Guy, sem saber que é personagem de um videogame, se apaixona perdidamente. E sai do script. “Muitas vezes nos sentimos perdidos, presos, e o filme celebra nossa percepção de nosso poder”, disse Comer. Nem todo mundo, claro, tem a chance de se tornar um astro do cinema como Ryan Reynolds. “Eu mesmo nunca imaginei que ia estrelar filmes. Só queria trabalhar. Minhas expectativas eram muito baixas, até porque muita gente me disse que eu jamais conseguiria”, contou o ator. “Na verdade, minha autoaversão se tornou meu superpoder, porque eu tenho uma expectativa baixa, e toda vez que a supero, fico grato.” Para o ator, toda pessoa pode ter objetivos, que podem ser simples. “O importante é tentar alcançá-los. E também ser a melhor pessoa que você pode ser e tentar ser um pouco melhor do que foi no dia anterior.”  No fundo, Free Guy é a clássica história do ser humano comum levantando-se contra o sistema e tornando-se herói. E também da força do coletivo. Guy desperta em outros supostos zé-ninguéns como ele a vontade de fazer a diferença e transformar sua realidade. “Os últimos anos nos ensinaram que quando as pessoas se unem podem se tornar agentes da transformação”, disse Ryan Reynolds. “E isso está funcionando no mundo real. Nós vivemos um período muito sombrio, mas as coisas estão melhorando pouco a pouco agora.”  No mundo, os últimos anos foram de divisão, de líderes narcisistas e ignorantes, de agressividade, de feiura, culminando em uma pandemia que só exacerbou os piores traços da humanidade.  Não é de se admirar que o cinema e a televisão estejam apostando em personagens otimistas e do bem, que tentam melhorar e aprender e acreditam nas alianças com os outros seres humanos, como em Ted Lasso e Free Guy: Assumindo o Controle, entre outros.  “Para além de qualquer mensagem ou tema, o nosso objetivo era que os espectadores fossem ao cinema e saíssem com um sorriso no rosto. E eu acho que conseguimos”, disse Reynolds.  Com quatro dias de estreia nos Estados Unidos e em alguns outros países, o filme, mesmo sem ser baseado em nenhum livro ou quadrinhos, rendeu mais de US$ 50 milhões e é considerado um dos sucessos dessa temporada. 

No lugar onde o protagonista do filme Free Guy: Assumindo o Controle mora, tiroteios, explosões, colisões de carro e assaltos a banco são uma constante – bancário, Guy sofre todo dia, quiçá toda hora. Mas ele não mora em um bairro violento, neste mundo em que vivemos. A comédia, que estreia nesta quinta-feira, 19, é interpretada por Ryan Reynolds, um figurante secundário de videogame, personagem inspirado em alguns jogos clássicos como Grand Theft Auto, Fortnite, Minecraft e Red Dead Redemption

Cena do filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', de Shawn Levy, com Ryan Reynolds e Jodie Comer Foto: Walt Disney Studios

Mesmo vivendo uma realidade tão difícil, seu bordão é: “Não tenha um bom dia. Tenha um ótimo dia!”. “Tem uma frase do filme em que ele diz também: ‘Eu não vou ser um cara legal, vou ser um cara superlegal’”, disse Reynolds, que também é produtor do filme, em entrevista ao Estadão. “Eu acho ótimo ver isso no cinema. A razão pela qual eu quis fazer este filme é por ter um protagonista com uma visão otimista do mundo, apesar de seu cotidiano consistir em roubos, tiros, facadas, socos, chutes.”  Reynolds enxerga tudo de maneira positiva. O ator estava sentindo falta disso na tela em 2019 quando o projeto começou, com roteiro de Matt Lieberman (Scooby! – O Filme) e direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu). “Eu sinto muita responsabilidade em relação aos filmes que produzo”, disse ele. “Em 2019, eu achei que este filme era necessário, porque era tudo tristeza e desgraça. Incrivelmente, no último ano e meio tudo ficou ainda pior. E o filme ficou ainda mais relevante.”  Como em O Show de Truman, Guy – que é um nome próprio, mas também é traduzido do inglês como “cara” – em princípio não sabe que sua realidade, na verdade, é construída por outras pessoas, no caso, Millie (Jodie Comer, de Killing Eve) e Keys (Joe Keery, de Stranger Things), os criadores do jogo, e Antwan (Taika Waititi), o dono da empresa. Mas um dia algo acontece: a sua rotina habitual de comer cereal, vestir a camisa azul idêntica a todas as outras que possui, pedir o mesmo café, encontrar o amigo Buddy (que literalmente significa amigo) é abalada quando ele vê Molotov Girl, um avatar de Millie. Ela está no jogo para descobrir a prova de que Antwan roubou sua criação. “Millie é a heroína de sua própria história”, disse Comer. “Faz parte de uma indústria, como a minha, extremamente masculina. E enfrenta batalhas reconhecíveis.” Guy, sem saber que é personagem de um videogame, se apaixona perdidamente. E sai do script. “Muitas vezes nos sentimos perdidos, presos, e o filme celebra nossa percepção de nosso poder”, disse Comer. Nem todo mundo, claro, tem a chance de se tornar um astro do cinema como Ryan Reynolds. “Eu mesmo nunca imaginei que ia estrelar filmes. Só queria trabalhar. Minhas expectativas eram muito baixas, até porque muita gente me disse que eu jamais conseguiria”, contou o ator. “Na verdade, minha autoaversão se tornou meu superpoder, porque eu tenho uma expectativa baixa, e toda vez que a supero, fico grato.” Para o ator, toda pessoa pode ter objetivos, que podem ser simples. “O importante é tentar alcançá-los. E também ser a melhor pessoa que você pode ser e tentar ser um pouco melhor do que foi no dia anterior.”  No fundo, Free Guy é a clássica história do ser humano comum levantando-se contra o sistema e tornando-se herói. E também da força do coletivo. Guy desperta em outros supostos zé-ninguéns como ele a vontade de fazer a diferença e transformar sua realidade. “Os últimos anos nos ensinaram que quando as pessoas se unem podem se tornar agentes da transformação”, disse Ryan Reynolds. “E isso está funcionando no mundo real. Nós vivemos um período muito sombrio, mas as coisas estão melhorando pouco a pouco agora.”  No mundo, os últimos anos foram de divisão, de líderes narcisistas e ignorantes, de agressividade, de feiura, culminando em uma pandemia que só exacerbou os piores traços da humanidade.  Não é de se admirar que o cinema e a televisão estejam apostando em personagens otimistas e do bem, que tentam melhorar e aprender e acreditam nas alianças com os outros seres humanos, como em Ted Lasso e Free Guy: Assumindo o Controle, entre outros.  “Para além de qualquer mensagem ou tema, o nosso objetivo era que os espectadores fossem ao cinema e saíssem com um sorriso no rosto. E eu acho que conseguimos”, disse Reynolds.  Com quatro dias de estreia nos Estados Unidos e em alguns outros países, o filme, mesmo sem ser baseado em nenhum livro ou quadrinhos, rendeu mais de US$ 50 milhões e é considerado um dos sucessos dessa temporada. 

No lugar onde o protagonista do filme Free Guy: Assumindo o Controle mora, tiroteios, explosões, colisões de carro e assaltos a banco são uma constante – bancário, Guy sofre todo dia, quiçá toda hora. Mas ele não mora em um bairro violento, neste mundo em que vivemos. A comédia, que estreia nesta quinta-feira, 19, é interpretada por Ryan Reynolds, um figurante secundário de videogame, personagem inspirado em alguns jogos clássicos como Grand Theft Auto, Fortnite, Minecraft e Red Dead Redemption

Cena do filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', de Shawn Levy, com Ryan Reynolds e Jodie Comer Foto: Walt Disney Studios

Mesmo vivendo uma realidade tão difícil, seu bordão é: “Não tenha um bom dia. Tenha um ótimo dia!”. “Tem uma frase do filme em que ele diz também: ‘Eu não vou ser um cara legal, vou ser um cara superlegal’”, disse Reynolds, que também é produtor do filme, em entrevista ao Estadão. “Eu acho ótimo ver isso no cinema. A razão pela qual eu quis fazer este filme é por ter um protagonista com uma visão otimista do mundo, apesar de seu cotidiano consistir em roubos, tiros, facadas, socos, chutes.”  Reynolds enxerga tudo de maneira positiva. O ator estava sentindo falta disso na tela em 2019 quando o projeto começou, com roteiro de Matt Lieberman (Scooby! – O Filme) e direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu). “Eu sinto muita responsabilidade em relação aos filmes que produzo”, disse ele. “Em 2019, eu achei que este filme era necessário, porque era tudo tristeza e desgraça. Incrivelmente, no último ano e meio tudo ficou ainda pior. E o filme ficou ainda mais relevante.”  Como em O Show de Truman, Guy – que é um nome próprio, mas também é traduzido do inglês como “cara” – em princípio não sabe que sua realidade, na verdade, é construída por outras pessoas, no caso, Millie (Jodie Comer, de Killing Eve) e Keys (Joe Keery, de Stranger Things), os criadores do jogo, e Antwan (Taika Waititi), o dono da empresa. Mas um dia algo acontece: a sua rotina habitual de comer cereal, vestir a camisa azul idêntica a todas as outras que possui, pedir o mesmo café, encontrar o amigo Buddy (que literalmente significa amigo) é abalada quando ele vê Molotov Girl, um avatar de Millie. Ela está no jogo para descobrir a prova de que Antwan roubou sua criação. “Millie é a heroína de sua própria história”, disse Comer. “Faz parte de uma indústria, como a minha, extremamente masculina. E enfrenta batalhas reconhecíveis.” Guy, sem saber que é personagem de um videogame, se apaixona perdidamente. E sai do script. “Muitas vezes nos sentimos perdidos, presos, e o filme celebra nossa percepção de nosso poder”, disse Comer. Nem todo mundo, claro, tem a chance de se tornar um astro do cinema como Ryan Reynolds. “Eu mesmo nunca imaginei que ia estrelar filmes. Só queria trabalhar. Minhas expectativas eram muito baixas, até porque muita gente me disse que eu jamais conseguiria”, contou o ator. “Na verdade, minha autoaversão se tornou meu superpoder, porque eu tenho uma expectativa baixa, e toda vez que a supero, fico grato.” Para o ator, toda pessoa pode ter objetivos, que podem ser simples. “O importante é tentar alcançá-los. E também ser a melhor pessoa que você pode ser e tentar ser um pouco melhor do que foi no dia anterior.”  No fundo, Free Guy é a clássica história do ser humano comum levantando-se contra o sistema e tornando-se herói. E também da força do coletivo. Guy desperta em outros supostos zé-ninguéns como ele a vontade de fazer a diferença e transformar sua realidade. “Os últimos anos nos ensinaram que quando as pessoas se unem podem se tornar agentes da transformação”, disse Ryan Reynolds. “E isso está funcionando no mundo real. Nós vivemos um período muito sombrio, mas as coisas estão melhorando pouco a pouco agora.”  No mundo, os últimos anos foram de divisão, de líderes narcisistas e ignorantes, de agressividade, de feiura, culminando em uma pandemia que só exacerbou os piores traços da humanidade.  Não é de se admirar que o cinema e a televisão estejam apostando em personagens otimistas e do bem, que tentam melhorar e aprender e acreditam nas alianças com os outros seres humanos, como em Ted Lasso e Free Guy: Assumindo o Controle, entre outros.  “Para além de qualquer mensagem ou tema, o nosso objetivo era que os espectadores fossem ao cinema e saíssem com um sorriso no rosto. E eu acho que conseguimos”, disse Reynolds.  Com quatro dias de estreia nos Estados Unidos e em alguns outros países, o filme, mesmo sem ser baseado em nenhum livro ou quadrinhos, rendeu mais de US$ 50 milhões e é considerado um dos sucessos dessa temporada. 

No lugar onde o protagonista do filme Free Guy: Assumindo o Controle mora, tiroteios, explosões, colisões de carro e assaltos a banco são uma constante – bancário, Guy sofre todo dia, quiçá toda hora. Mas ele não mora em um bairro violento, neste mundo em que vivemos. A comédia, que estreia nesta quinta-feira, 19, é interpretada por Ryan Reynolds, um figurante secundário de videogame, personagem inspirado em alguns jogos clássicos como Grand Theft Auto, Fortnite, Minecraft e Red Dead Redemption

Cena do filme 'Free Guy: Assumindo o Controle', de Shawn Levy, com Ryan Reynolds e Jodie Comer Foto: Walt Disney Studios

Mesmo vivendo uma realidade tão difícil, seu bordão é: “Não tenha um bom dia. Tenha um ótimo dia!”. “Tem uma frase do filme em que ele diz também: ‘Eu não vou ser um cara legal, vou ser um cara superlegal’”, disse Reynolds, que também é produtor do filme, em entrevista ao Estadão. “Eu acho ótimo ver isso no cinema. A razão pela qual eu quis fazer este filme é por ter um protagonista com uma visão otimista do mundo, apesar de seu cotidiano consistir em roubos, tiros, facadas, socos, chutes.”  Reynolds enxerga tudo de maneira positiva. O ator estava sentindo falta disso na tela em 2019 quando o projeto começou, com roteiro de Matt Lieberman (Scooby! – O Filme) e direção de Shawn Levy (Uma Noite no Museu). “Eu sinto muita responsabilidade em relação aos filmes que produzo”, disse ele. “Em 2019, eu achei que este filme era necessário, porque era tudo tristeza e desgraça. Incrivelmente, no último ano e meio tudo ficou ainda pior. E o filme ficou ainda mais relevante.”  Como em O Show de Truman, Guy – que é um nome próprio, mas também é traduzido do inglês como “cara” – em princípio não sabe que sua realidade, na verdade, é construída por outras pessoas, no caso, Millie (Jodie Comer, de Killing Eve) e Keys (Joe Keery, de Stranger Things), os criadores do jogo, e Antwan (Taika Waititi), o dono da empresa. Mas um dia algo acontece: a sua rotina habitual de comer cereal, vestir a camisa azul idêntica a todas as outras que possui, pedir o mesmo café, encontrar o amigo Buddy (que literalmente significa amigo) é abalada quando ele vê Molotov Girl, um avatar de Millie. Ela está no jogo para descobrir a prova de que Antwan roubou sua criação. “Millie é a heroína de sua própria história”, disse Comer. “Faz parte de uma indústria, como a minha, extremamente masculina. E enfrenta batalhas reconhecíveis.” Guy, sem saber que é personagem de um videogame, se apaixona perdidamente. E sai do script. “Muitas vezes nos sentimos perdidos, presos, e o filme celebra nossa percepção de nosso poder”, disse Comer. Nem todo mundo, claro, tem a chance de se tornar um astro do cinema como Ryan Reynolds. “Eu mesmo nunca imaginei que ia estrelar filmes. Só queria trabalhar. Minhas expectativas eram muito baixas, até porque muita gente me disse que eu jamais conseguiria”, contou o ator. “Na verdade, minha autoaversão se tornou meu superpoder, porque eu tenho uma expectativa baixa, e toda vez que a supero, fico grato.” Para o ator, toda pessoa pode ter objetivos, que podem ser simples. “O importante é tentar alcançá-los. E também ser a melhor pessoa que você pode ser e tentar ser um pouco melhor do que foi no dia anterior.”  No fundo, Free Guy é a clássica história do ser humano comum levantando-se contra o sistema e tornando-se herói. E também da força do coletivo. Guy desperta em outros supostos zé-ninguéns como ele a vontade de fazer a diferença e transformar sua realidade. “Os últimos anos nos ensinaram que quando as pessoas se unem podem se tornar agentes da transformação”, disse Ryan Reynolds. “E isso está funcionando no mundo real. Nós vivemos um período muito sombrio, mas as coisas estão melhorando pouco a pouco agora.”  No mundo, os últimos anos foram de divisão, de líderes narcisistas e ignorantes, de agressividade, de feiura, culminando em uma pandemia que só exacerbou os piores traços da humanidade.  Não é de se admirar que o cinema e a televisão estejam apostando em personagens otimistas e do bem, que tentam melhorar e aprender e acreditam nas alianças com os outros seres humanos, como em Ted Lasso e Free Guy: Assumindo o Controle, entre outros.  “Para além de qualquer mensagem ou tema, o nosso objetivo era que os espectadores fossem ao cinema e saíssem com um sorriso no rosto. E eu acho que conseguimos”, disse Reynolds.  Com quatro dias de estreia nos Estados Unidos e em alguns outros países, o filme, mesmo sem ser baseado em nenhum livro ou quadrinhos, rendeu mais de US$ 50 milhões e é considerado um dos sucessos dessa temporada. 

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