No novo filme de Steven Spielberg, Jogador Nº 1, cidadãos insatisfeitos do ano 2045 usam visores de realidade virtual para entrarem em um universo digital no qual podem dançar em clubes da moda ou pilotar carros de luxo pelas ruas de Nova York.
De volta ao mundo real de 2018, os entusiastas da realidade virtual esperam que o filme de ação de ritmo acelerado que estreia em cinemas de todo o mundo nesta semana desperte um novo interesse na tecnologia e ajude a fortalecer o que ainda é um mercado segmentado.
Jogador Nº 1, baseado em um romance de Ernest Cline, mostra um grupo de adolescentes que passa os dias com óculos, trajes e luvas de realidade virtual para manusear seus avatares em um país das maravilhas virtual chamado Oásis, repleto de possibilidades infinitas para trabalhar, aprender e se socializar.
“Você pode escolher passar todo seu tempo lá ou fazer contatos no mundo real com pessoas reais, olho no olho”, disse Spielberg à Reuters em uma entrevista. “De certa maneira, nossa história é um alerta, além de uma grande aventura.”
O herói do título, Wade Watts (Tye Sheridan), visita o Oásis para fugir de sua vida medíocre em um estacionamento de trailers no Estado norte-americano de Ohio. Quando seu refúgio passa a ser ameaçado, Watts se une a outros avatares em uma luta que pode lhes dar o poder de proteger o mundo virtual.
As capacidades atuais dos equipamentos de realidade virtual são bem mais limitadas do que aquelas mostradas no filme. No entretenimento o uso mais disseminado da tecnologia é nos videogames, nos quais os jogadores podem combater em cenários de 360 graus vistos com óculos da Oculus, uma unidade do Facebook, da HTC e outros.
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Spielberg foi um dos primeiros adeptos da realidade virtual. Ele já explorava um óculos em casa antes de fazer Jogador Nº 1 e incorporou a tecnologia por trás das cenas. Para aparecer no Oásis, os atores tiveram que atuar diante de uma sala branca quase vazia vestindo trajes com sensores de movimento para que seus gestos fossem transferidos a cenários criados digitalmente, e Spielberg fez com que os cenários do Oásis fossem recriados em realidade virtual.