Nem parece que Jared Leto, com sua banda 30 Seconds to Mars, fez o encerramento do Rock in Rio 2017 na noite de domingo, 24. O sujeito que recebe o repórter do Estado numa sala do lobby do Hotel Fasano, usando camisa multicolorida, é tão zen que parece estar levitando. A pergunta é inevitável – ele é tão tenso na tela, mas parecia relaxado no palco e agora, então, parece estar levitando.
Como? Jared não é daquelas personalidades que desviam o olhar. Olha no olho do repórter e confessa que o segredo de um grande show é o público. “Tem de haver troca. Tem público que só suga. O daqui te dá energia de volta.”
Jared conversa com o repóreter sobre a próxima estreia, de Blade Runner 2049, a esperada sequência de Denis Villeneuve para a cultuada ficção científica de Ridley Scott, de 1980. “Oh, cara, vi tantas vezes aquele filme. Mal consigo acreditar que esteja fazendo parte desse projeto.” A maioria de suas cenas, ele conta, é com Harrison Ford, que faz Deckard, 35 anos depois. O tema continua sendo o de Frankenstein, como diz o próprio diretor Villeneuve. Criador e criatura. Jared faz o misterioso Neander Wallace. No material exibido à imprensa, ele assiste ao nascimento de uma de suas criaturas. Examina-a e lentamente saca o bisturi. Para destruí-la? Seu personagem é do mal? “Não o vejo assim, mas as cenas são perturbadoras.”
Outra pergunta que não quer calar, sobre o Coringa. O repórter já se encontrou com Jared na junket de Esquadrão Suicida, em Nova York. “Adorei o seu Coringa.” Cool, man, cool. Ele confessa que continua sob contrato para fazer o Coringa numa eventual sequência, mas até agora nada. “Espero que saia, pois foi um personagem que me deu um prazer imenso.” E a Arlequina de Margot Robbie? “Formam um bom time.”