Sequência de 'Velozes e Furiosos' desafia as leis da física


Cineastas consultaram cientistas para criar acrobacias mais chocantes

Por Mekado Murphy

Eles já lançaram carros ao céu da parte traseira de aviões. Já pularam com carros através de edifícios em Abu Dabi. Já correram com carros em camadas de gelo e os botaram para enfrentar submarinos. O que estão aprontando agora os cineastas da série Velozes e Furiosos, franquia que vem hipnotizando o público há vinte anos? Bom... que tal uns ímãs? Para F9 (que estreia nos cinemas em 25 de junho), os cineastas consultaram cientistas para conceber suas últimas acrobacias mais chocantes, embora elas não obedeçam exatamente às leis da física. O herói do filme, Dominic “Dom” Toretto (Vin Diesel), vivia uma vida tranquila com Letty (Michelle Rodriguez) e seu filho. Mas é puxado de volta à ação quando o planeta se vê ameaçado por um homem com quem ele tem uma certa história: seu irmão há muito afastado, Jakob (John Cena), que por acaso possui um eletroímã.

Nathalie Emmanuel, como Ramsey, e Vin Diesel, como Dom, em cena do filme 'F9'. Foto: EFE/ Giles Keyte

Esse ímã consiste em discos magnéticos que podem ser conectados juntos ou usados separadamente. Um disco de controle (com um mostrador bem útil, daquele tipo que mostra a potência de zero-a-dez) aumenta ou diminui a polaridade dos ímãs. O mesmo disco pode criar um campo magnético de menor intensidade, que tenha força para afastar um garfo. Mas, se ajustado para as configurações mais altas, o eletroímã pode, digamos, ser preso ao fundo de um avião e pegar um carro no ar enquanto ele se precipita num penhasco. E assim começa a diversão. O diretor Justin Lin, retornando à franquia depois de dirigir três dos seis filmes, disse que ficou intrigado com o conceito do ímã durante uma viagem à Alemanha com um produtor em busca de inspiração para o cinema. “Acabamos em Hamburgo e, naquele ponto, eu estava interessado em aceleradores de partículas”, disse ele numa entrevista por vídeo. “Era uma coisa na qual eu vinha pensando, mas não sabia aonde isso iria levar”. Ali eles visitaram o centro de pesquisa DESY, lar de um acelerador de partículas usado para estudar a estrutura da matéria. Lin disse que um dos cientistas, Christian Mrotzek, mencionou a ideia de que, usando correntes elétricas, a tecnologia magnética poderia criar vários graus de polaridade. Esse conceito formou a base para a arma que Lin concebeu com seu colega roteirista, Daniel Casey.

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Assista ao trailer:

Mas eles não se prenderam muito à ciência. Afinal, esse é o tipo de filme que bota um motor de foguete num Pontiac Fiero. Em vez disso, a equipe teve a ideia dos ímãs que podem ser ligados e desligados para criar algumas acrobacias impressionantes. Numa sequência que se desenrola nas ruas de Edimburgo, o eletroímã puxa um carro inteiro, depois o arrasta por uma loja até a caçamba de um caminhão de entrega. Não, nada disso foi feito com ímãs de verdade. Mas, sim, a equipe de Lin realmente montou a cena num set de filmagem, criando um efeito prático ao colocar o carro numa polia e jogá-lo através da janela lateral para o caminhão. Algumas das acrobacias mais impressionantes acontecem no ato final da perseguição de carros em Tbilisi, Geórgia. A equipe de Dom liga e desliga os eletroímãs para mandar carros para o meio da rua e bloquear estradas - ou então virar um veículo blindado de 26 toneladas (construído de verdade para o filme). Na sequência, Dom, dirigindo um Dodge Charger equipado com eletroímãs, é pego entre dois caminhões. Ele aumenta o dial, forçando os caminhões a “grudar” na lateral de seu carro. Em seguida, abaixa o botão, fazendo com que os caminhões se precipitem sobre as filas de carros estacionados. Lin disse que, para essa cena e algumas outras, ele planejou todas as tomadas numa pré-visualização, com os locais digitalizados no computador para que ele pudesse determinar os ângulos e as lentes. Em seguida, filmou imagens de referência dos caminhões num set para entender seu funcionamento interno, “para que eu pudesse realmente ver a coisa, como o caminhão se move quando você está puxando e ele está tentando resistir”, disse ele. Por fim, a cena foi filmada em Tbilisi com motoristas dublês que conduziram os caminhões até o carro de Dom, para fazê-los parecer atraídos por ele, e depois se afastaram. Mas o resultado é meio caótico, intencionalmente: Lin gosta de dirigir suas cenas pensando nos estados mentais e nas frustrações dos personagens enquanto executam movimentos de direção. “Embora eu tenha a opção de deixar tudo perfeito, na verdade não gosto disso”, disse ele. “Quero que os desafios dos personagens façam parte da edição, para que o público possa participar conosco”.

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Tradução de Renato Prelorentzou

Eles já lançaram carros ao céu da parte traseira de aviões. Já pularam com carros através de edifícios em Abu Dabi. Já correram com carros em camadas de gelo e os botaram para enfrentar submarinos. O que estão aprontando agora os cineastas da série Velozes e Furiosos, franquia que vem hipnotizando o público há vinte anos? Bom... que tal uns ímãs? Para F9 (que estreia nos cinemas em 25 de junho), os cineastas consultaram cientistas para conceber suas últimas acrobacias mais chocantes, embora elas não obedeçam exatamente às leis da física. O herói do filme, Dominic “Dom” Toretto (Vin Diesel), vivia uma vida tranquila com Letty (Michelle Rodriguez) e seu filho. Mas é puxado de volta à ação quando o planeta se vê ameaçado por um homem com quem ele tem uma certa história: seu irmão há muito afastado, Jakob (John Cena), que por acaso possui um eletroímã.

Nathalie Emmanuel, como Ramsey, e Vin Diesel, como Dom, em cena do filme 'F9'. Foto: EFE/ Giles Keyte

Esse ímã consiste em discos magnéticos que podem ser conectados juntos ou usados separadamente. Um disco de controle (com um mostrador bem útil, daquele tipo que mostra a potência de zero-a-dez) aumenta ou diminui a polaridade dos ímãs. O mesmo disco pode criar um campo magnético de menor intensidade, que tenha força para afastar um garfo. Mas, se ajustado para as configurações mais altas, o eletroímã pode, digamos, ser preso ao fundo de um avião e pegar um carro no ar enquanto ele se precipita num penhasco. E assim começa a diversão. O diretor Justin Lin, retornando à franquia depois de dirigir três dos seis filmes, disse que ficou intrigado com o conceito do ímã durante uma viagem à Alemanha com um produtor em busca de inspiração para o cinema. “Acabamos em Hamburgo e, naquele ponto, eu estava interessado em aceleradores de partículas”, disse ele numa entrevista por vídeo. “Era uma coisa na qual eu vinha pensando, mas não sabia aonde isso iria levar”. Ali eles visitaram o centro de pesquisa DESY, lar de um acelerador de partículas usado para estudar a estrutura da matéria. Lin disse que um dos cientistas, Christian Mrotzek, mencionou a ideia de que, usando correntes elétricas, a tecnologia magnética poderia criar vários graus de polaridade. Esse conceito formou a base para a arma que Lin concebeu com seu colega roteirista, Daniel Casey.

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Mas eles não se prenderam muito à ciência. Afinal, esse é o tipo de filme que bota um motor de foguete num Pontiac Fiero. Em vez disso, a equipe teve a ideia dos ímãs que podem ser ligados e desligados para criar algumas acrobacias impressionantes. Numa sequência que se desenrola nas ruas de Edimburgo, o eletroímã puxa um carro inteiro, depois o arrasta por uma loja até a caçamba de um caminhão de entrega. Não, nada disso foi feito com ímãs de verdade. Mas, sim, a equipe de Lin realmente montou a cena num set de filmagem, criando um efeito prático ao colocar o carro numa polia e jogá-lo através da janela lateral para o caminhão. Algumas das acrobacias mais impressionantes acontecem no ato final da perseguição de carros em Tbilisi, Geórgia. A equipe de Dom liga e desliga os eletroímãs para mandar carros para o meio da rua e bloquear estradas - ou então virar um veículo blindado de 26 toneladas (construído de verdade para o filme). Na sequência, Dom, dirigindo um Dodge Charger equipado com eletroímãs, é pego entre dois caminhões. Ele aumenta o dial, forçando os caminhões a “grudar” na lateral de seu carro. Em seguida, abaixa o botão, fazendo com que os caminhões se precipitem sobre as filas de carros estacionados. Lin disse que, para essa cena e algumas outras, ele planejou todas as tomadas numa pré-visualização, com os locais digitalizados no computador para que ele pudesse determinar os ângulos e as lentes. Em seguida, filmou imagens de referência dos caminhões num set para entender seu funcionamento interno, “para que eu pudesse realmente ver a coisa, como o caminhão se move quando você está puxando e ele está tentando resistir”, disse ele. Por fim, a cena foi filmada em Tbilisi com motoristas dublês que conduziram os caminhões até o carro de Dom, para fazê-los parecer atraídos por ele, e depois se afastaram. Mas o resultado é meio caótico, intencionalmente: Lin gosta de dirigir suas cenas pensando nos estados mentais e nas frustrações dos personagens enquanto executam movimentos de direção. “Embora eu tenha a opção de deixar tudo perfeito, na verdade não gosto disso”, disse ele. “Quero que os desafios dos personagens façam parte da edição, para que o público possa participar conosco”.

Tradução de Renato Prelorentzou

Eles já lançaram carros ao céu da parte traseira de aviões. Já pularam com carros através de edifícios em Abu Dabi. Já correram com carros em camadas de gelo e os botaram para enfrentar submarinos. O que estão aprontando agora os cineastas da série Velozes e Furiosos, franquia que vem hipnotizando o público há vinte anos? Bom... que tal uns ímãs? Para F9 (que estreia nos cinemas em 25 de junho), os cineastas consultaram cientistas para conceber suas últimas acrobacias mais chocantes, embora elas não obedeçam exatamente às leis da física. O herói do filme, Dominic “Dom” Toretto (Vin Diesel), vivia uma vida tranquila com Letty (Michelle Rodriguez) e seu filho. Mas é puxado de volta à ação quando o planeta se vê ameaçado por um homem com quem ele tem uma certa história: seu irmão há muito afastado, Jakob (John Cena), que por acaso possui um eletroímã.

Nathalie Emmanuel, como Ramsey, e Vin Diesel, como Dom, em cena do filme 'F9'. Foto: EFE/ Giles Keyte

Esse ímã consiste em discos magnéticos que podem ser conectados juntos ou usados separadamente. Um disco de controle (com um mostrador bem útil, daquele tipo que mostra a potência de zero-a-dez) aumenta ou diminui a polaridade dos ímãs. O mesmo disco pode criar um campo magnético de menor intensidade, que tenha força para afastar um garfo. Mas, se ajustado para as configurações mais altas, o eletroímã pode, digamos, ser preso ao fundo de um avião e pegar um carro no ar enquanto ele se precipita num penhasco. E assim começa a diversão. O diretor Justin Lin, retornando à franquia depois de dirigir três dos seis filmes, disse que ficou intrigado com o conceito do ímã durante uma viagem à Alemanha com um produtor em busca de inspiração para o cinema. “Acabamos em Hamburgo e, naquele ponto, eu estava interessado em aceleradores de partículas”, disse ele numa entrevista por vídeo. “Era uma coisa na qual eu vinha pensando, mas não sabia aonde isso iria levar”. Ali eles visitaram o centro de pesquisa DESY, lar de um acelerador de partículas usado para estudar a estrutura da matéria. Lin disse que um dos cientistas, Christian Mrotzek, mencionou a ideia de que, usando correntes elétricas, a tecnologia magnética poderia criar vários graus de polaridade. Esse conceito formou a base para a arma que Lin concebeu com seu colega roteirista, Daniel Casey.

Assista ao trailer:

Mas eles não se prenderam muito à ciência. Afinal, esse é o tipo de filme que bota um motor de foguete num Pontiac Fiero. Em vez disso, a equipe teve a ideia dos ímãs que podem ser ligados e desligados para criar algumas acrobacias impressionantes. Numa sequência que se desenrola nas ruas de Edimburgo, o eletroímã puxa um carro inteiro, depois o arrasta por uma loja até a caçamba de um caminhão de entrega. Não, nada disso foi feito com ímãs de verdade. Mas, sim, a equipe de Lin realmente montou a cena num set de filmagem, criando um efeito prático ao colocar o carro numa polia e jogá-lo através da janela lateral para o caminhão. Algumas das acrobacias mais impressionantes acontecem no ato final da perseguição de carros em Tbilisi, Geórgia. A equipe de Dom liga e desliga os eletroímãs para mandar carros para o meio da rua e bloquear estradas - ou então virar um veículo blindado de 26 toneladas (construído de verdade para o filme). Na sequência, Dom, dirigindo um Dodge Charger equipado com eletroímãs, é pego entre dois caminhões. Ele aumenta o dial, forçando os caminhões a “grudar” na lateral de seu carro. Em seguida, abaixa o botão, fazendo com que os caminhões se precipitem sobre as filas de carros estacionados. Lin disse que, para essa cena e algumas outras, ele planejou todas as tomadas numa pré-visualização, com os locais digitalizados no computador para que ele pudesse determinar os ângulos e as lentes. Em seguida, filmou imagens de referência dos caminhões num set para entender seu funcionamento interno, “para que eu pudesse realmente ver a coisa, como o caminhão se move quando você está puxando e ele está tentando resistir”, disse ele. Por fim, a cena foi filmada em Tbilisi com motoristas dublês que conduziram os caminhões até o carro de Dom, para fazê-los parecer atraídos por ele, e depois se afastaram. Mas o resultado é meio caótico, intencionalmente: Lin gosta de dirigir suas cenas pensando nos estados mentais e nas frustrações dos personagens enquanto executam movimentos de direção. “Embora eu tenha a opção de deixar tudo perfeito, na verdade não gosto disso”, disse ele. “Quero que os desafios dos personagens façam parte da edição, para que o público possa participar conosco”.

Tradução de Renato Prelorentzou

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