Sidney Magal: ‘Minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe’, diz cantor que ganha filme


‘Meu Sangue Ferve por Você’ transforma a história de Magal com Magali, sua companheira há mais de 40 anos, em uma cinebiografia musical romântica; cantor fala ao ‘Estadão’ sobre o filme, um dos destaques entre as estreias de cinema

Por Matheus Mans

Sidney Magal é um homem que chora. Sempre quando fala de sua vida e relembra momentos da carreira, a emoção — aspecto tão marcante de sua personalidade — vem à tona. Por isso, para quem o conhece, não é tão surpreendente que o filme sobre sua vida não seja uma cinebiografia convencional, mas sim um romance sobre sua história de amor.

Meu Sangue Ferve por Você, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 30, é focado no relacionamento dele com Magali, com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

“Fizeram uma história de amor para falar sobre minha história. Isso mostra que minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe”, diz Magal, com a voz embargada, aos 73 anos. “É a maior gratificação que eu tenho. Claro que os discos de ouro, os troféus do Chacrinha e os prêmios tiveram significado. Mas nada mais do que um filme sobre o amor que ainda vivo”.

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Sidney Magal ganha cinebiografia romântica; 'Meu Sangue Ferve por Você' chega ao cinema Foto: Leo Souza/Estadão

Magal, entre a ficção e a biografia

O filme começa com Magal (Filipe Bragança) conhecendo Magali (Giovana Cordeiro) nos bastidores de um programa de TV — ali, ele avisou que a jovem, então com 16 anos, seria sua mulher. Muita coisa entrou no caminho dos dois: o sucesso de Magal, familiares e, principalmente, um empresário argentino (Caco Ciocler) que queria deixar o astro solteiro.

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Bragança vive um Magal extravagante, animado, e que se empenha em conquistar de vez o coração da amada. Estão ali as roupas brilhantes, o rebolado e, claro, a emoção de Magal.

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal na cinebiografia ‘Meu Sangue Ferve por Você’. Foto: Manequim Filmes/Divulgação
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Será que isso atiça a vaidade do cantor? Ter uma homenagem em vida? Ele diz que esse processo todo o engrandece, mas não aumenta o ego. “Quando lançaram a biografia sobre mim, ficava feliz da vida pensando na pessoa colocando o livro na estante, para ficar um tempão lá. Isso me deixava muito feliz”, diz. “É um processo parecido com este filme”.

Magal avisa que algumas coisas não são verdade (“precisamos entender que é ficção, não é tudo a minha vida”, ele diz) e outras precisaram passar por adaptação. Afinal, o longa-metragem chega a ter um ar novelesco. Mas sua essência, ele garante, está na tela.

O cantor de Sandra Rosa Madalena chegou a visitar o set uma vez para gravar uma cena do filme. No entanto, essa foi sua única proximidade com a produção. Sidney Magal, que já foi homenageado recentemente com um documentário sobre sua vida, preferiu ficar de fora dos caminhos do filme. “Fiquei bastante surpreso com o resultado”, diz ele.

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Uma nova linguagem

O que surpreende Magal e uma boa parte do público não é apenas a narrativa sobre um romance quase impossível, mas o tom adotado pelo diretor. Machline, que dirigiu a também cinebiografia Trinta (2014), quis fugir dos chavões do gênero ao adicionar músicas de Magal reinterpretadas, em tom de musical - como Rocketman, filme sobre Elton John.

Isso deu espaço para explorar canções pouco conhecidas da carreira de Sidney Magal. É claro que os sucessos estão lá, como Sandra Rosa Madalena e a canção que dá título ao filme, mas reinterpretações e reimaginações surgem para ampliar a visão dessa carreira.

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“Precisamos buscar novas linguagens, novas ideias. É claro que a história de vida do Sidney Magal também é legal, mas precisamos usar mais o espaço do cinema para brincar com ideias e emoções”, diz Paulo Machline. “A história de Magal abre espaço para a fábula, para novos significados. Quisemos aproveitar isso e dar um novo significado à história.”

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal e Giovana Cordeiro vive Magali em 'Meu Sangue Ferve por Você'. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Isso dá um tom lúdico para a produção – uma “fábula magalesca”, como avisa o filme logo no começo. É tudo o que Magal queria: uma cinebiografia que celebra sua vida, sem nunca seguir por caminhos realmente tortuosos, enquanto exalta a vida com Magali, a pessoa que ele não cansa de lembrar como é importante em sua carreira e nos caminhos que seguiu.

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“Quando o projeto chegou até mim, pela produtora Joana Mariani, não acreditei que ia dar certo. Não sou uma pessoa negativa, mas não crio expectativas para não me frustrar. Só que, aos poucos, o projeto foi ganhando força também dentro de mim”, contextualiza Magal, com lágrimas nos olhos.

“Agora, finalmente vemos o resultado final, sem espaço para frustrações, e enxergo um filme com muita verdade. E é por isso que me emociono e choro quando falo disso. Não é tipo, mas me remete ao meu passado. Isso é muito forte pra mim”, finaliza o cantor.

Veja o trailer de ‘Meu Sangue Ferve por Você'

Sidney Magal é um homem que chora. Sempre quando fala de sua vida e relembra momentos da carreira, a emoção — aspecto tão marcante de sua personalidade — vem à tona. Por isso, para quem o conhece, não é tão surpreendente que o filme sobre sua vida não seja uma cinebiografia convencional, mas sim um romance sobre sua história de amor.

Meu Sangue Ferve por Você, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 30, é focado no relacionamento dele com Magali, com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

“Fizeram uma história de amor para falar sobre minha história. Isso mostra que minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe”, diz Magal, com a voz embargada, aos 73 anos. “É a maior gratificação que eu tenho. Claro que os discos de ouro, os troféus do Chacrinha e os prêmios tiveram significado. Mas nada mais do que um filme sobre o amor que ainda vivo”.

Sidney Magal ganha cinebiografia romântica; 'Meu Sangue Ferve por Você' chega ao cinema Foto: Leo Souza/Estadão

Magal, entre a ficção e a biografia

O filme começa com Magal (Filipe Bragança) conhecendo Magali (Giovana Cordeiro) nos bastidores de um programa de TV — ali, ele avisou que a jovem, então com 16 anos, seria sua mulher. Muita coisa entrou no caminho dos dois: o sucesso de Magal, familiares e, principalmente, um empresário argentino (Caco Ciocler) que queria deixar o astro solteiro.

Bragança vive um Magal extravagante, animado, e que se empenha em conquistar de vez o coração da amada. Estão ali as roupas brilhantes, o rebolado e, claro, a emoção de Magal.

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal na cinebiografia ‘Meu Sangue Ferve por Você’. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Será que isso atiça a vaidade do cantor? Ter uma homenagem em vida? Ele diz que esse processo todo o engrandece, mas não aumenta o ego. “Quando lançaram a biografia sobre mim, ficava feliz da vida pensando na pessoa colocando o livro na estante, para ficar um tempão lá. Isso me deixava muito feliz”, diz. “É um processo parecido com este filme”.

Magal avisa que algumas coisas não são verdade (“precisamos entender que é ficção, não é tudo a minha vida”, ele diz) e outras precisaram passar por adaptação. Afinal, o longa-metragem chega a ter um ar novelesco. Mas sua essência, ele garante, está na tela.

O cantor de Sandra Rosa Madalena chegou a visitar o set uma vez para gravar uma cena do filme. No entanto, essa foi sua única proximidade com a produção. Sidney Magal, que já foi homenageado recentemente com um documentário sobre sua vida, preferiu ficar de fora dos caminhos do filme. “Fiquei bastante surpreso com o resultado”, diz ele.

Uma nova linguagem

O que surpreende Magal e uma boa parte do público não é apenas a narrativa sobre um romance quase impossível, mas o tom adotado pelo diretor. Machline, que dirigiu a também cinebiografia Trinta (2014), quis fugir dos chavões do gênero ao adicionar músicas de Magal reinterpretadas, em tom de musical - como Rocketman, filme sobre Elton John.

Isso deu espaço para explorar canções pouco conhecidas da carreira de Sidney Magal. É claro que os sucessos estão lá, como Sandra Rosa Madalena e a canção que dá título ao filme, mas reinterpretações e reimaginações surgem para ampliar a visão dessa carreira.

“Precisamos buscar novas linguagens, novas ideias. É claro que a história de vida do Sidney Magal também é legal, mas precisamos usar mais o espaço do cinema para brincar com ideias e emoções”, diz Paulo Machline. “A história de Magal abre espaço para a fábula, para novos significados. Quisemos aproveitar isso e dar um novo significado à história.”

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal e Giovana Cordeiro vive Magali em 'Meu Sangue Ferve por Você'. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Isso dá um tom lúdico para a produção – uma “fábula magalesca”, como avisa o filme logo no começo. É tudo o que Magal queria: uma cinebiografia que celebra sua vida, sem nunca seguir por caminhos realmente tortuosos, enquanto exalta a vida com Magali, a pessoa que ele não cansa de lembrar como é importante em sua carreira e nos caminhos que seguiu.

“Quando o projeto chegou até mim, pela produtora Joana Mariani, não acreditei que ia dar certo. Não sou uma pessoa negativa, mas não crio expectativas para não me frustrar. Só que, aos poucos, o projeto foi ganhando força também dentro de mim”, contextualiza Magal, com lágrimas nos olhos.

“Agora, finalmente vemos o resultado final, sem espaço para frustrações, e enxergo um filme com muita verdade. E é por isso que me emociono e choro quando falo disso. Não é tipo, mas me remete ao meu passado. Isso é muito forte pra mim”, finaliza o cantor.

Veja o trailer de ‘Meu Sangue Ferve por Você'

Sidney Magal é um homem que chora. Sempre quando fala de sua vida e relembra momentos da carreira, a emoção — aspecto tão marcante de sua personalidade — vem à tona. Por isso, para quem o conhece, não é tão surpreendente que o filme sobre sua vida não seja uma cinebiografia convencional, mas sim um romance sobre sua história de amor.

Meu Sangue Ferve por Você, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 30, é focado no relacionamento dele com Magali, com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

“Fizeram uma história de amor para falar sobre minha história. Isso mostra que minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe”, diz Magal, com a voz embargada, aos 73 anos. “É a maior gratificação que eu tenho. Claro que os discos de ouro, os troféus do Chacrinha e os prêmios tiveram significado. Mas nada mais do que um filme sobre o amor que ainda vivo”.

Sidney Magal ganha cinebiografia romântica; 'Meu Sangue Ferve por Você' chega ao cinema Foto: Leo Souza/Estadão

Magal, entre a ficção e a biografia

O filme começa com Magal (Filipe Bragança) conhecendo Magali (Giovana Cordeiro) nos bastidores de um programa de TV — ali, ele avisou que a jovem, então com 16 anos, seria sua mulher. Muita coisa entrou no caminho dos dois: o sucesso de Magal, familiares e, principalmente, um empresário argentino (Caco Ciocler) que queria deixar o astro solteiro.

Bragança vive um Magal extravagante, animado, e que se empenha em conquistar de vez o coração da amada. Estão ali as roupas brilhantes, o rebolado e, claro, a emoção de Magal.

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal na cinebiografia ‘Meu Sangue Ferve por Você’. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Será que isso atiça a vaidade do cantor? Ter uma homenagem em vida? Ele diz que esse processo todo o engrandece, mas não aumenta o ego. “Quando lançaram a biografia sobre mim, ficava feliz da vida pensando na pessoa colocando o livro na estante, para ficar um tempão lá. Isso me deixava muito feliz”, diz. “É um processo parecido com este filme”.

Magal avisa que algumas coisas não são verdade (“precisamos entender que é ficção, não é tudo a minha vida”, ele diz) e outras precisaram passar por adaptação. Afinal, o longa-metragem chega a ter um ar novelesco. Mas sua essência, ele garante, está na tela.

O cantor de Sandra Rosa Madalena chegou a visitar o set uma vez para gravar uma cena do filme. No entanto, essa foi sua única proximidade com a produção. Sidney Magal, que já foi homenageado recentemente com um documentário sobre sua vida, preferiu ficar de fora dos caminhos do filme. “Fiquei bastante surpreso com o resultado”, diz ele.

Uma nova linguagem

O que surpreende Magal e uma boa parte do público não é apenas a narrativa sobre um romance quase impossível, mas o tom adotado pelo diretor. Machline, que dirigiu a também cinebiografia Trinta (2014), quis fugir dos chavões do gênero ao adicionar músicas de Magal reinterpretadas, em tom de musical - como Rocketman, filme sobre Elton John.

Isso deu espaço para explorar canções pouco conhecidas da carreira de Sidney Magal. É claro que os sucessos estão lá, como Sandra Rosa Madalena e a canção que dá título ao filme, mas reinterpretações e reimaginações surgem para ampliar a visão dessa carreira.

“Precisamos buscar novas linguagens, novas ideias. É claro que a história de vida do Sidney Magal também é legal, mas precisamos usar mais o espaço do cinema para brincar com ideias e emoções”, diz Paulo Machline. “A história de Magal abre espaço para a fábula, para novos significados. Quisemos aproveitar isso e dar um novo significado à história.”

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal e Giovana Cordeiro vive Magali em 'Meu Sangue Ferve por Você'. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Isso dá um tom lúdico para a produção – uma “fábula magalesca”, como avisa o filme logo no começo. É tudo o que Magal queria: uma cinebiografia que celebra sua vida, sem nunca seguir por caminhos realmente tortuosos, enquanto exalta a vida com Magali, a pessoa que ele não cansa de lembrar como é importante em sua carreira e nos caminhos que seguiu.

“Quando o projeto chegou até mim, pela produtora Joana Mariani, não acreditei que ia dar certo. Não sou uma pessoa negativa, mas não crio expectativas para não me frustrar. Só que, aos poucos, o projeto foi ganhando força também dentro de mim”, contextualiza Magal, com lágrimas nos olhos.

“Agora, finalmente vemos o resultado final, sem espaço para frustrações, e enxergo um filme com muita verdade. E é por isso que me emociono e choro quando falo disso. Não é tipo, mas me remete ao meu passado. Isso é muito forte pra mim”, finaliza o cantor.

Veja o trailer de ‘Meu Sangue Ferve por Você'

Sidney Magal é um homem que chora. Sempre quando fala de sua vida e relembra momentos da carreira, a emoção — aspecto tão marcante de sua personalidade — vem à tona. Por isso, para quem o conhece, não é tão surpreendente que o filme sobre sua vida não seja uma cinebiografia convencional, mas sim um romance sobre sua história de amor.

Meu Sangue Ferve por Você, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 30, é focado no relacionamento dele com Magali, com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

“Fizeram uma história de amor para falar sobre minha história. Isso mostra que minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe”, diz Magal, com a voz embargada, aos 73 anos. “É a maior gratificação que eu tenho. Claro que os discos de ouro, os troféus do Chacrinha e os prêmios tiveram significado. Mas nada mais do que um filme sobre o amor que ainda vivo”.

Sidney Magal ganha cinebiografia romântica; 'Meu Sangue Ferve por Você' chega ao cinema Foto: Leo Souza/Estadão

Magal, entre a ficção e a biografia

O filme começa com Magal (Filipe Bragança) conhecendo Magali (Giovana Cordeiro) nos bastidores de um programa de TV — ali, ele avisou que a jovem, então com 16 anos, seria sua mulher. Muita coisa entrou no caminho dos dois: o sucesso de Magal, familiares e, principalmente, um empresário argentino (Caco Ciocler) que queria deixar o astro solteiro.

Bragança vive um Magal extravagante, animado, e que se empenha em conquistar de vez o coração da amada. Estão ali as roupas brilhantes, o rebolado e, claro, a emoção de Magal.

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal na cinebiografia ‘Meu Sangue Ferve por Você’. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Será que isso atiça a vaidade do cantor? Ter uma homenagem em vida? Ele diz que esse processo todo o engrandece, mas não aumenta o ego. “Quando lançaram a biografia sobre mim, ficava feliz da vida pensando na pessoa colocando o livro na estante, para ficar um tempão lá. Isso me deixava muito feliz”, diz. “É um processo parecido com este filme”.

Magal avisa que algumas coisas não são verdade (“precisamos entender que é ficção, não é tudo a minha vida”, ele diz) e outras precisaram passar por adaptação. Afinal, o longa-metragem chega a ter um ar novelesco. Mas sua essência, ele garante, está na tela.

O cantor de Sandra Rosa Madalena chegou a visitar o set uma vez para gravar uma cena do filme. No entanto, essa foi sua única proximidade com a produção. Sidney Magal, que já foi homenageado recentemente com um documentário sobre sua vida, preferiu ficar de fora dos caminhos do filme. “Fiquei bastante surpreso com o resultado”, diz ele.

Uma nova linguagem

O que surpreende Magal e uma boa parte do público não é apenas a narrativa sobre um romance quase impossível, mas o tom adotado pelo diretor. Machline, que dirigiu a também cinebiografia Trinta (2014), quis fugir dos chavões do gênero ao adicionar músicas de Magal reinterpretadas, em tom de musical - como Rocketman, filme sobre Elton John.

Isso deu espaço para explorar canções pouco conhecidas da carreira de Sidney Magal. É claro que os sucessos estão lá, como Sandra Rosa Madalena e a canção que dá título ao filme, mas reinterpretações e reimaginações surgem para ampliar a visão dessa carreira.

“Precisamos buscar novas linguagens, novas ideias. É claro que a história de vida do Sidney Magal também é legal, mas precisamos usar mais o espaço do cinema para brincar com ideias e emoções”, diz Paulo Machline. “A história de Magal abre espaço para a fábula, para novos significados. Quisemos aproveitar isso e dar um novo significado à história.”

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal e Giovana Cordeiro vive Magali em 'Meu Sangue Ferve por Você'. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Isso dá um tom lúdico para a produção – uma “fábula magalesca”, como avisa o filme logo no começo. É tudo o que Magal queria: uma cinebiografia que celebra sua vida, sem nunca seguir por caminhos realmente tortuosos, enquanto exalta a vida com Magali, a pessoa que ele não cansa de lembrar como é importante em sua carreira e nos caminhos que seguiu.

“Quando o projeto chegou até mim, pela produtora Joana Mariani, não acreditei que ia dar certo. Não sou uma pessoa negativa, mas não crio expectativas para não me frustrar. Só que, aos poucos, o projeto foi ganhando força também dentro de mim”, contextualiza Magal, com lágrimas nos olhos.

“Agora, finalmente vemos o resultado final, sem espaço para frustrações, e enxergo um filme com muita verdade. E é por isso que me emociono e choro quando falo disso. Não é tipo, mas me remete ao meu passado. Isso é muito forte pra mim”, finaliza o cantor.

Veja o trailer de ‘Meu Sangue Ferve por Você'

Sidney Magal é um homem que chora. Sempre quando fala de sua vida e relembra momentos da carreira, a emoção — aspecto tão marcante de sua personalidade — vem à tona. Por isso, para quem o conhece, não é tão surpreendente que o filme sobre sua vida não seja uma cinebiografia convencional, mas sim um romance sobre sua história de amor.

Meu Sangue Ferve por Você, que estreia nos cinemas nesta quinta-feira, 30, é focado no relacionamento dele com Magali, com quem vive há mais de 40 anos. A carreira dele está ali, aparecendo na relação com a música e o público, mas é o amor e a intensidade emocional do personagem que tomam conta do filme de Paulo Machline.

“Fizeram uma história de amor para falar sobre minha história. Isso mostra que minha vida convenceu as pessoas de que o amor existe”, diz Magal, com a voz embargada, aos 73 anos. “É a maior gratificação que eu tenho. Claro que os discos de ouro, os troféus do Chacrinha e os prêmios tiveram significado. Mas nada mais do que um filme sobre o amor que ainda vivo”.

Sidney Magal ganha cinebiografia romântica; 'Meu Sangue Ferve por Você' chega ao cinema Foto: Leo Souza/Estadão

Magal, entre a ficção e a biografia

O filme começa com Magal (Filipe Bragança) conhecendo Magali (Giovana Cordeiro) nos bastidores de um programa de TV — ali, ele avisou que a jovem, então com 16 anos, seria sua mulher. Muita coisa entrou no caminho dos dois: o sucesso de Magal, familiares e, principalmente, um empresário argentino (Caco Ciocler) que queria deixar o astro solteiro.

Bragança vive um Magal extravagante, animado, e que se empenha em conquistar de vez o coração da amada. Estão ali as roupas brilhantes, o rebolado e, claro, a emoção de Magal.

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal na cinebiografia ‘Meu Sangue Ferve por Você’. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Será que isso atiça a vaidade do cantor? Ter uma homenagem em vida? Ele diz que esse processo todo o engrandece, mas não aumenta o ego. “Quando lançaram a biografia sobre mim, ficava feliz da vida pensando na pessoa colocando o livro na estante, para ficar um tempão lá. Isso me deixava muito feliz”, diz. “É um processo parecido com este filme”.

Magal avisa que algumas coisas não são verdade (“precisamos entender que é ficção, não é tudo a minha vida”, ele diz) e outras precisaram passar por adaptação. Afinal, o longa-metragem chega a ter um ar novelesco. Mas sua essência, ele garante, está na tela.

O cantor de Sandra Rosa Madalena chegou a visitar o set uma vez para gravar uma cena do filme. No entanto, essa foi sua única proximidade com a produção. Sidney Magal, que já foi homenageado recentemente com um documentário sobre sua vida, preferiu ficar de fora dos caminhos do filme. “Fiquei bastante surpreso com o resultado”, diz ele.

Uma nova linguagem

O que surpreende Magal e uma boa parte do público não é apenas a narrativa sobre um romance quase impossível, mas o tom adotado pelo diretor. Machline, que dirigiu a também cinebiografia Trinta (2014), quis fugir dos chavões do gênero ao adicionar músicas de Magal reinterpretadas, em tom de musical - como Rocketman, filme sobre Elton John.

Isso deu espaço para explorar canções pouco conhecidas da carreira de Sidney Magal. É claro que os sucessos estão lá, como Sandra Rosa Madalena e a canção que dá título ao filme, mas reinterpretações e reimaginações surgem para ampliar a visão dessa carreira.

“Precisamos buscar novas linguagens, novas ideias. É claro que a história de vida do Sidney Magal também é legal, mas precisamos usar mais o espaço do cinema para brincar com ideias e emoções”, diz Paulo Machline. “A história de Magal abre espaço para a fábula, para novos significados. Quisemos aproveitar isso e dar um novo significado à história.”

Filipe Bragança interpreta Sidney Magal e Giovana Cordeiro vive Magali em 'Meu Sangue Ferve por Você'. Foto: Manequim Filmes/Divulgação

Isso dá um tom lúdico para a produção – uma “fábula magalesca”, como avisa o filme logo no começo. É tudo o que Magal queria: uma cinebiografia que celebra sua vida, sem nunca seguir por caminhos realmente tortuosos, enquanto exalta a vida com Magali, a pessoa que ele não cansa de lembrar como é importante em sua carreira e nos caminhos que seguiu.

“Quando o projeto chegou até mim, pela produtora Joana Mariani, não acreditei que ia dar certo. Não sou uma pessoa negativa, mas não crio expectativas para não me frustrar. Só que, aos poucos, o projeto foi ganhando força também dentro de mim”, contextualiza Magal, com lágrimas nos olhos.

“Agora, finalmente vemos o resultado final, sem espaço para frustrações, e enxergo um filme com muita verdade. E é por isso que me emociono e choro quando falo disso. Não é tipo, mas me remete ao meu passado. Isso é muito forte pra mim”, finaliza o cantor.

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