‘Sobrenatural: A Porta Vermelha’ é terror barato e previsível para dar susto e lucro


Filme parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca

Por Matheus Mans
Atualização:

Em um mar de blockbusters que chegam aos cinemas, com alguns deles custando mais de US$ 300 milhões, quem ri por último é Sobrenatural: A Porta Vermelha, que estreou nesta quinta-feira, 6. O longa-metragem, quinto capítulo de uma franquia que existe desde 2010, chama a atenção por conta de seu orçamento minúsculo: números iniciais indicam que o filme custou apenas US$ 10 milhões e pode se pagar já no primeiro final de semana.

É uma das apostas mais seguras da Sony Pictures nos cinemas. O primeiro filme custou apenas US$ 1,5 milhão e faturou US$ 100 milhões. O segundo foi ainda melhor: custou US$ 5 milhões e faturou mais de US$ 160 milhões. O terceiro e o quarto filmes seguiram caminhos bem parecidos, lucrando acima do esperado e dando dinheiro para o estúdio.

Sobrenatural: A Porta Vermelha é dinheiro certo. No entanto, fica uma sensação ruim para quem assiste ao filme: o longa parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca. Afinal, quase não há história por aqui.

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Dirigido e protagonizado por Patrick Wilson (de Invocação do Mal), o longa-metragem tem tão pouco a dizer que é até difícil explicar sobre o que é a história. Inicialmente, acompanha Josh Lambert (Wilson) com a missão de levar seu filho Dalton (Ty Simpkins) até os aposentos da nova faculdade. Eles não se dão bem e, tal qual o filme, também não acham um assunto que os una. O silêncio reina e os dois não sabem por onde começar o papo.

Mas é depois de deixar o garoto na nova casa e ir embora que Josh começa a ver que a vida longe de assombrações está longe de ser apenas um passado distante. Os dois, pai e filho, começam a ter visões assustadoras que distorcem a realidade. Josh está sozinho, sem saber por onde seguir, enquanto Dalton conta com a ajuda apenas da sua nova colega de quarto, Chris (Sinclair Daniel), que tenta compreender melhor o que está acontecendo.

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Mudança de ares? Nem tanto

Para quem não acompanha a franquia com afinco, é um pouco confuso situar o longa-metragem. Ele é uma continuação direta de Sobrenatural: Capítulo 2, trazendo de volta os personagens de Wilson e Simpkins. No entanto, Sobrenatural: A Origem e Sobrenatural: A Última Chave tampouco são dispensáveis: nelas, alguns conceitos desse universo do horror são explicados.

É um projeto que interrompe a linha narrativa formada nos últimos dois filmes, indo para caminhos mais afastados do núcleo inicial, e que marca a estreia de Wilson na direção.

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“[O criador e roteirista da franquia] Leigh Whannell havia escrito um esboço de 15, 20 páginas com o Dalton indo para a faculdade e então coisas acontecem”, explica Patrick Wilson, sobre o início do projeto, à revista Entertainment Weekly. “Eles apresentaram ao meu agente. Como estávamos procurando ativamente por projetos para eu dirigir, ele perguntou para a Blumhouse, que achou a ideia perfeita. Então eles me colocaram no projeto”.

Wilson conta, também para a Entertainment Weekly, que colocou muitas de suas ideias no filme, ampliando sua participação e trazendo mais elementos do segundo longa. “Fui à Blumhouse e disse: ‘se vou fazer este filme e voltar para esta franquia, tenho que abordar essas coisas. Tenho que olhar para Rose Byrne e perguntar o motivo dela ter mentido para mim por 10 anos. Este é o filme que eu quero fazer.’ E eles disseram, ‘Ótimo, vá com Deus.’ Então contratamos Scott Teems e passamos literalmente dois anos e meio, três anos escrevendo”.

Apesar da empolgação de Wilson com sua nova empreitada, fica mais a sensação de que o roteiro continuou com essas 15 ou 20 páginas iniciais. Ao longo de 100 minutos, a história se arrasta com os personagens de Dalton e Josh apenas sofrendo com alucinações. Poucas coisas realmente acontecem. Não é à toa que, com quase uma hora de projeção, a sensação que fica é de que pouca coisa realmente aconteceu no filme. É desesperador.

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Patrick Wilson em 'Sobrenatural: A Porta Vermelha' Foto: Divulgação / Sony Pictures

Parece que Wilson tenta emular elementos de filmes como Hereditário ou Babadook, que colocam o medo no inconsciente do público, mas ainda apostando em sustos para deixar o público acordado. Não vai para um lado, nem para outro. Fica no meio do caminho, tentando encontrar terror psicológico no cinema de gênero comercial. Nas mãos de um diretor experiente poderia dar certo. Não nas de Patrick Wilson.

Será que faltou dinheiro? Na mesma entrevista, o diretor soltou algumas reclamações. “Você nunca tem dinheiro suficiente, você nunca tem tempo suficiente, você é constantemente solicitado a fazer concessões. ‘Não temos isso’ ou ‘isso tem que acabar’ ou ‘temos que mudar essa cena’. ‘Você precisa de tantos arranjos?’ ‘Você pode contar a história mais rápido?’”, explicou Patrick Wilson.

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“Eu apenas retiro as cartas e espero que a casa não caia. Eles sabiam que era minha primeira experiência [como diretor] e diziam: ‘Eh, você vai ficar bem. ' Mas tudo [no roteiro] era tão precioso para mim. Eu preciso dessa cena, pessoal!”

Em um mar de blockbusters que chegam aos cinemas, com alguns deles custando mais de US$ 300 milhões, quem ri por último é Sobrenatural: A Porta Vermelha, que estreou nesta quinta-feira, 6. O longa-metragem, quinto capítulo de uma franquia que existe desde 2010, chama a atenção por conta de seu orçamento minúsculo: números iniciais indicam que o filme custou apenas US$ 10 milhões e pode se pagar já no primeiro final de semana.

É uma das apostas mais seguras da Sony Pictures nos cinemas. O primeiro filme custou apenas US$ 1,5 milhão e faturou US$ 100 milhões. O segundo foi ainda melhor: custou US$ 5 milhões e faturou mais de US$ 160 milhões. O terceiro e o quarto filmes seguiram caminhos bem parecidos, lucrando acima do esperado e dando dinheiro para o estúdio.

Sobrenatural: A Porta Vermelha é dinheiro certo. No entanto, fica uma sensação ruim para quem assiste ao filme: o longa parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca. Afinal, quase não há história por aqui.

Dirigido e protagonizado por Patrick Wilson (de Invocação do Mal), o longa-metragem tem tão pouco a dizer que é até difícil explicar sobre o que é a história. Inicialmente, acompanha Josh Lambert (Wilson) com a missão de levar seu filho Dalton (Ty Simpkins) até os aposentos da nova faculdade. Eles não se dão bem e, tal qual o filme, também não acham um assunto que os una. O silêncio reina e os dois não sabem por onde começar o papo.

Mas é depois de deixar o garoto na nova casa e ir embora que Josh começa a ver que a vida longe de assombrações está longe de ser apenas um passado distante. Os dois, pai e filho, começam a ter visões assustadoras que distorcem a realidade. Josh está sozinho, sem saber por onde seguir, enquanto Dalton conta com a ajuda apenas da sua nova colega de quarto, Chris (Sinclair Daniel), que tenta compreender melhor o que está acontecendo.

Mudança de ares? Nem tanto

Para quem não acompanha a franquia com afinco, é um pouco confuso situar o longa-metragem. Ele é uma continuação direta de Sobrenatural: Capítulo 2, trazendo de volta os personagens de Wilson e Simpkins. No entanto, Sobrenatural: A Origem e Sobrenatural: A Última Chave tampouco são dispensáveis: nelas, alguns conceitos desse universo do horror são explicados.

É um projeto que interrompe a linha narrativa formada nos últimos dois filmes, indo para caminhos mais afastados do núcleo inicial, e que marca a estreia de Wilson na direção.

“[O criador e roteirista da franquia] Leigh Whannell havia escrito um esboço de 15, 20 páginas com o Dalton indo para a faculdade e então coisas acontecem”, explica Patrick Wilson, sobre o início do projeto, à revista Entertainment Weekly. “Eles apresentaram ao meu agente. Como estávamos procurando ativamente por projetos para eu dirigir, ele perguntou para a Blumhouse, que achou a ideia perfeita. Então eles me colocaram no projeto”.

Wilson conta, também para a Entertainment Weekly, que colocou muitas de suas ideias no filme, ampliando sua participação e trazendo mais elementos do segundo longa. “Fui à Blumhouse e disse: ‘se vou fazer este filme e voltar para esta franquia, tenho que abordar essas coisas. Tenho que olhar para Rose Byrne e perguntar o motivo dela ter mentido para mim por 10 anos. Este é o filme que eu quero fazer.’ E eles disseram, ‘Ótimo, vá com Deus.’ Então contratamos Scott Teems e passamos literalmente dois anos e meio, três anos escrevendo”.

Apesar da empolgação de Wilson com sua nova empreitada, fica mais a sensação de que o roteiro continuou com essas 15 ou 20 páginas iniciais. Ao longo de 100 minutos, a história se arrasta com os personagens de Dalton e Josh apenas sofrendo com alucinações. Poucas coisas realmente acontecem. Não é à toa que, com quase uma hora de projeção, a sensação que fica é de que pouca coisa realmente aconteceu no filme. É desesperador.

Patrick Wilson em 'Sobrenatural: A Porta Vermelha' Foto: Divulgação / Sony Pictures

Parece que Wilson tenta emular elementos de filmes como Hereditário ou Babadook, que colocam o medo no inconsciente do público, mas ainda apostando em sustos para deixar o público acordado. Não vai para um lado, nem para outro. Fica no meio do caminho, tentando encontrar terror psicológico no cinema de gênero comercial. Nas mãos de um diretor experiente poderia dar certo. Não nas de Patrick Wilson.

Será que faltou dinheiro? Na mesma entrevista, o diretor soltou algumas reclamações. “Você nunca tem dinheiro suficiente, você nunca tem tempo suficiente, você é constantemente solicitado a fazer concessões. ‘Não temos isso’ ou ‘isso tem que acabar’ ou ‘temos que mudar essa cena’. ‘Você precisa de tantos arranjos?’ ‘Você pode contar a história mais rápido?’”, explicou Patrick Wilson.

“Eu apenas retiro as cartas e espero que a casa não caia. Eles sabiam que era minha primeira experiência [como diretor] e diziam: ‘Eh, você vai ficar bem. ' Mas tudo [no roteiro] era tão precioso para mim. Eu preciso dessa cena, pessoal!”

Em um mar de blockbusters que chegam aos cinemas, com alguns deles custando mais de US$ 300 milhões, quem ri por último é Sobrenatural: A Porta Vermelha, que estreou nesta quinta-feira, 6. O longa-metragem, quinto capítulo de uma franquia que existe desde 2010, chama a atenção por conta de seu orçamento minúsculo: números iniciais indicam que o filme custou apenas US$ 10 milhões e pode se pagar já no primeiro final de semana.

É uma das apostas mais seguras da Sony Pictures nos cinemas. O primeiro filme custou apenas US$ 1,5 milhão e faturou US$ 100 milhões. O segundo foi ainda melhor: custou US$ 5 milhões e faturou mais de US$ 160 milhões. O terceiro e o quarto filmes seguiram caminhos bem parecidos, lucrando acima do esperado e dando dinheiro para o estúdio.

Sobrenatural: A Porta Vermelha é dinheiro certo. No entanto, fica uma sensação ruim para quem assiste ao filme: o longa parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca. Afinal, quase não há história por aqui.

Dirigido e protagonizado por Patrick Wilson (de Invocação do Mal), o longa-metragem tem tão pouco a dizer que é até difícil explicar sobre o que é a história. Inicialmente, acompanha Josh Lambert (Wilson) com a missão de levar seu filho Dalton (Ty Simpkins) até os aposentos da nova faculdade. Eles não se dão bem e, tal qual o filme, também não acham um assunto que os una. O silêncio reina e os dois não sabem por onde começar o papo.

Mas é depois de deixar o garoto na nova casa e ir embora que Josh começa a ver que a vida longe de assombrações está longe de ser apenas um passado distante. Os dois, pai e filho, começam a ter visões assustadoras que distorcem a realidade. Josh está sozinho, sem saber por onde seguir, enquanto Dalton conta com a ajuda apenas da sua nova colega de quarto, Chris (Sinclair Daniel), que tenta compreender melhor o que está acontecendo.

Mudança de ares? Nem tanto

Para quem não acompanha a franquia com afinco, é um pouco confuso situar o longa-metragem. Ele é uma continuação direta de Sobrenatural: Capítulo 2, trazendo de volta os personagens de Wilson e Simpkins. No entanto, Sobrenatural: A Origem e Sobrenatural: A Última Chave tampouco são dispensáveis: nelas, alguns conceitos desse universo do horror são explicados.

É um projeto que interrompe a linha narrativa formada nos últimos dois filmes, indo para caminhos mais afastados do núcleo inicial, e que marca a estreia de Wilson na direção.

“[O criador e roteirista da franquia] Leigh Whannell havia escrito um esboço de 15, 20 páginas com o Dalton indo para a faculdade e então coisas acontecem”, explica Patrick Wilson, sobre o início do projeto, à revista Entertainment Weekly. “Eles apresentaram ao meu agente. Como estávamos procurando ativamente por projetos para eu dirigir, ele perguntou para a Blumhouse, que achou a ideia perfeita. Então eles me colocaram no projeto”.

Wilson conta, também para a Entertainment Weekly, que colocou muitas de suas ideias no filme, ampliando sua participação e trazendo mais elementos do segundo longa. “Fui à Blumhouse e disse: ‘se vou fazer este filme e voltar para esta franquia, tenho que abordar essas coisas. Tenho que olhar para Rose Byrne e perguntar o motivo dela ter mentido para mim por 10 anos. Este é o filme que eu quero fazer.’ E eles disseram, ‘Ótimo, vá com Deus.’ Então contratamos Scott Teems e passamos literalmente dois anos e meio, três anos escrevendo”.

Apesar da empolgação de Wilson com sua nova empreitada, fica mais a sensação de que o roteiro continuou com essas 15 ou 20 páginas iniciais. Ao longo de 100 minutos, a história se arrasta com os personagens de Dalton e Josh apenas sofrendo com alucinações. Poucas coisas realmente acontecem. Não é à toa que, com quase uma hora de projeção, a sensação que fica é de que pouca coisa realmente aconteceu no filme. É desesperador.

Patrick Wilson em 'Sobrenatural: A Porta Vermelha' Foto: Divulgação / Sony Pictures

Parece que Wilson tenta emular elementos de filmes como Hereditário ou Babadook, que colocam o medo no inconsciente do público, mas ainda apostando em sustos para deixar o público acordado. Não vai para um lado, nem para outro. Fica no meio do caminho, tentando encontrar terror psicológico no cinema de gênero comercial. Nas mãos de um diretor experiente poderia dar certo. Não nas de Patrick Wilson.

Será que faltou dinheiro? Na mesma entrevista, o diretor soltou algumas reclamações. “Você nunca tem dinheiro suficiente, você nunca tem tempo suficiente, você é constantemente solicitado a fazer concessões. ‘Não temos isso’ ou ‘isso tem que acabar’ ou ‘temos que mudar essa cena’. ‘Você precisa de tantos arranjos?’ ‘Você pode contar a história mais rápido?’”, explicou Patrick Wilson.

“Eu apenas retiro as cartas e espero que a casa não caia. Eles sabiam que era minha primeira experiência [como diretor] e diziam: ‘Eh, você vai ficar bem. ' Mas tudo [no roteiro] era tão precioso para mim. Eu preciso dessa cena, pessoal!”

Em um mar de blockbusters que chegam aos cinemas, com alguns deles custando mais de US$ 300 milhões, quem ri por último é Sobrenatural: A Porta Vermelha, que estreou nesta quinta-feira, 6. O longa-metragem, quinto capítulo de uma franquia que existe desde 2010, chama a atenção por conta de seu orçamento minúsculo: números iniciais indicam que o filme custou apenas US$ 10 milhões e pode se pagar já no primeiro final de semana.

É uma das apostas mais seguras da Sony Pictures nos cinemas. O primeiro filme custou apenas US$ 1,5 milhão e faturou US$ 100 milhões. O segundo foi ainda melhor: custou US$ 5 milhões e faturou mais de US$ 160 milhões. O terceiro e o quarto filmes seguiram caminhos bem parecidos, lucrando acima do esperado e dando dinheiro para o estúdio.

Sobrenatural: A Porta Vermelha é dinheiro certo. No entanto, fica uma sensação ruim para quem assiste ao filme: o longa parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca. Afinal, quase não há história por aqui.

Dirigido e protagonizado por Patrick Wilson (de Invocação do Mal), o longa-metragem tem tão pouco a dizer que é até difícil explicar sobre o que é a história. Inicialmente, acompanha Josh Lambert (Wilson) com a missão de levar seu filho Dalton (Ty Simpkins) até os aposentos da nova faculdade. Eles não se dão bem e, tal qual o filme, também não acham um assunto que os una. O silêncio reina e os dois não sabem por onde começar o papo.

Mas é depois de deixar o garoto na nova casa e ir embora que Josh começa a ver que a vida longe de assombrações está longe de ser apenas um passado distante. Os dois, pai e filho, começam a ter visões assustadoras que distorcem a realidade. Josh está sozinho, sem saber por onde seguir, enquanto Dalton conta com a ajuda apenas da sua nova colega de quarto, Chris (Sinclair Daniel), que tenta compreender melhor o que está acontecendo.

Mudança de ares? Nem tanto

Para quem não acompanha a franquia com afinco, é um pouco confuso situar o longa-metragem. Ele é uma continuação direta de Sobrenatural: Capítulo 2, trazendo de volta os personagens de Wilson e Simpkins. No entanto, Sobrenatural: A Origem e Sobrenatural: A Última Chave tampouco são dispensáveis: nelas, alguns conceitos desse universo do horror são explicados.

É um projeto que interrompe a linha narrativa formada nos últimos dois filmes, indo para caminhos mais afastados do núcleo inicial, e que marca a estreia de Wilson na direção.

“[O criador e roteirista da franquia] Leigh Whannell havia escrito um esboço de 15, 20 páginas com o Dalton indo para a faculdade e então coisas acontecem”, explica Patrick Wilson, sobre o início do projeto, à revista Entertainment Weekly. “Eles apresentaram ao meu agente. Como estávamos procurando ativamente por projetos para eu dirigir, ele perguntou para a Blumhouse, que achou a ideia perfeita. Então eles me colocaram no projeto”.

Wilson conta, também para a Entertainment Weekly, que colocou muitas de suas ideias no filme, ampliando sua participação e trazendo mais elementos do segundo longa. “Fui à Blumhouse e disse: ‘se vou fazer este filme e voltar para esta franquia, tenho que abordar essas coisas. Tenho que olhar para Rose Byrne e perguntar o motivo dela ter mentido para mim por 10 anos. Este é o filme que eu quero fazer.’ E eles disseram, ‘Ótimo, vá com Deus.’ Então contratamos Scott Teems e passamos literalmente dois anos e meio, três anos escrevendo”.

Apesar da empolgação de Wilson com sua nova empreitada, fica mais a sensação de que o roteiro continuou com essas 15 ou 20 páginas iniciais. Ao longo de 100 minutos, a história se arrasta com os personagens de Dalton e Josh apenas sofrendo com alucinações. Poucas coisas realmente acontecem. Não é à toa que, com quase uma hora de projeção, a sensação que fica é de que pouca coisa realmente aconteceu no filme. É desesperador.

Patrick Wilson em 'Sobrenatural: A Porta Vermelha' Foto: Divulgação / Sony Pictures

Parece que Wilson tenta emular elementos de filmes como Hereditário ou Babadook, que colocam o medo no inconsciente do público, mas ainda apostando em sustos para deixar o público acordado. Não vai para um lado, nem para outro. Fica no meio do caminho, tentando encontrar terror psicológico no cinema de gênero comercial. Nas mãos de um diretor experiente poderia dar certo. Não nas de Patrick Wilson.

Será que faltou dinheiro? Na mesma entrevista, o diretor soltou algumas reclamações. “Você nunca tem dinheiro suficiente, você nunca tem tempo suficiente, você é constantemente solicitado a fazer concessões. ‘Não temos isso’ ou ‘isso tem que acabar’ ou ‘temos que mudar essa cena’. ‘Você precisa de tantos arranjos?’ ‘Você pode contar a história mais rápido?’”, explicou Patrick Wilson.

“Eu apenas retiro as cartas e espero que a casa não caia. Eles sabiam que era minha primeira experiência [como diretor] e diziam: ‘Eh, você vai ficar bem. ' Mas tudo [no roteiro] era tão precioso para mim. Eu preciso dessa cena, pessoal!”

Em um mar de blockbusters que chegam aos cinemas, com alguns deles custando mais de US$ 300 milhões, quem ri por último é Sobrenatural: A Porta Vermelha, que estreou nesta quinta-feira, 6. O longa-metragem, quinto capítulo de uma franquia que existe desde 2010, chama a atenção por conta de seu orçamento minúsculo: números iniciais indicam que o filme custou apenas US$ 10 milhões e pode se pagar já no primeiro final de semana.

É uma das apostas mais seguras da Sony Pictures nos cinemas. O primeiro filme custou apenas US$ 1,5 milhão e faturou US$ 100 milhões. O segundo foi ainda melhor: custou US$ 5 milhões e faturou mais de US$ 160 milhões. O terceiro e o quarto filmes seguiram caminhos bem parecidos, lucrando acima do esperado e dando dinheiro para o estúdio.

Sobrenatural: A Porta Vermelha é dinheiro certo. No entanto, fica uma sensação ruim para quem assiste ao filme: o longa parece ser uma máquina de caça-níquel, em busca de dinheiro e sem entregar quase nada em troca. Afinal, quase não há história por aqui.

Dirigido e protagonizado por Patrick Wilson (de Invocação do Mal), o longa-metragem tem tão pouco a dizer que é até difícil explicar sobre o que é a história. Inicialmente, acompanha Josh Lambert (Wilson) com a missão de levar seu filho Dalton (Ty Simpkins) até os aposentos da nova faculdade. Eles não se dão bem e, tal qual o filme, também não acham um assunto que os una. O silêncio reina e os dois não sabem por onde começar o papo.

Mas é depois de deixar o garoto na nova casa e ir embora que Josh começa a ver que a vida longe de assombrações está longe de ser apenas um passado distante. Os dois, pai e filho, começam a ter visões assustadoras que distorcem a realidade. Josh está sozinho, sem saber por onde seguir, enquanto Dalton conta com a ajuda apenas da sua nova colega de quarto, Chris (Sinclair Daniel), que tenta compreender melhor o que está acontecendo.

Mudança de ares? Nem tanto

Para quem não acompanha a franquia com afinco, é um pouco confuso situar o longa-metragem. Ele é uma continuação direta de Sobrenatural: Capítulo 2, trazendo de volta os personagens de Wilson e Simpkins. No entanto, Sobrenatural: A Origem e Sobrenatural: A Última Chave tampouco são dispensáveis: nelas, alguns conceitos desse universo do horror são explicados.

É um projeto que interrompe a linha narrativa formada nos últimos dois filmes, indo para caminhos mais afastados do núcleo inicial, e que marca a estreia de Wilson na direção.

“[O criador e roteirista da franquia] Leigh Whannell havia escrito um esboço de 15, 20 páginas com o Dalton indo para a faculdade e então coisas acontecem”, explica Patrick Wilson, sobre o início do projeto, à revista Entertainment Weekly. “Eles apresentaram ao meu agente. Como estávamos procurando ativamente por projetos para eu dirigir, ele perguntou para a Blumhouse, que achou a ideia perfeita. Então eles me colocaram no projeto”.

Wilson conta, também para a Entertainment Weekly, que colocou muitas de suas ideias no filme, ampliando sua participação e trazendo mais elementos do segundo longa. “Fui à Blumhouse e disse: ‘se vou fazer este filme e voltar para esta franquia, tenho que abordar essas coisas. Tenho que olhar para Rose Byrne e perguntar o motivo dela ter mentido para mim por 10 anos. Este é o filme que eu quero fazer.’ E eles disseram, ‘Ótimo, vá com Deus.’ Então contratamos Scott Teems e passamos literalmente dois anos e meio, três anos escrevendo”.

Apesar da empolgação de Wilson com sua nova empreitada, fica mais a sensação de que o roteiro continuou com essas 15 ou 20 páginas iniciais. Ao longo de 100 minutos, a história se arrasta com os personagens de Dalton e Josh apenas sofrendo com alucinações. Poucas coisas realmente acontecem. Não é à toa que, com quase uma hora de projeção, a sensação que fica é de que pouca coisa realmente aconteceu no filme. É desesperador.

Patrick Wilson em 'Sobrenatural: A Porta Vermelha' Foto: Divulgação / Sony Pictures

Parece que Wilson tenta emular elementos de filmes como Hereditário ou Babadook, que colocam o medo no inconsciente do público, mas ainda apostando em sustos para deixar o público acordado. Não vai para um lado, nem para outro. Fica no meio do caminho, tentando encontrar terror psicológico no cinema de gênero comercial. Nas mãos de um diretor experiente poderia dar certo. Não nas de Patrick Wilson.

Será que faltou dinheiro? Na mesma entrevista, o diretor soltou algumas reclamações. “Você nunca tem dinheiro suficiente, você nunca tem tempo suficiente, você é constantemente solicitado a fazer concessões. ‘Não temos isso’ ou ‘isso tem que acabar’ ou ‘temos que mudar essa cena’. ‘Você precisa de tantos arranjos?’ ‘Você pode contar a história mais rápido?’”, explicou Patrick Wilson.

“Eu apenas retiro as cartas e espero que a casa não caia. Eles sabiam que era minha primeira experiência [como diretor] e diziam: ‘Eh, você vai ficar bem. ' Mas tudo [no roteiro] era tão precioso para mim. Eu preciso dessa cena, pessoal!”

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