'The Glorias': Julianne Moore e Alicia Vikander vivem fases da vida de Gloria Steinem


Dirigido por Julie Taymor (de 'Frida'), produção é um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance; 'Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras', disse Steinem na estreia do longa

Por Guilherme Sobota
Atualização:

PARK CITY, UTAH — Um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance – que vai até domingo, 2 – era The Glorias, a incursão da diretora Julie Taymor, de Frida e Across the Universe, na vida da jornalista e ativista norte-americana Gloria Steinem. Listado na seção Premieres do festival, o filme traz Julianne Moore e Alicia Vikander interpretando Steinem em fases diferentes da sua vida – Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson também vivem a pensadora em seus anos de infância e adolescência.

Baseado na autobiografia de Steinem (Minha Vida na Estrada, lançada no Brasil pela editora Bertrand), o filme reúne as quatro Glorias em um ônibus Greyhound – na viagem, elas refletem sobre alguns dos principais eventos da vida da ativista, sublinhando seu próprio desenvolvimento em relação a temas caros do feminismo: direitos reprodutivos das mulheres, igualdade de direitos perante a lei, respostas a comportamentos sexualmente inapropriados, entre outros.

Julianne Moore em cena de 'The Glorias', de Julie Taymor, uma das estreias do Festival de Cinema de Sundance 2020 Foto: Daniel McFadden/Sundance Institute
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Na premiere global do filme, em Sundance, Steinem disse que a diretora entrou em contato com ela e sua resposta foi: “você é uma gênia, pode fazer o que quiser”. Quando as pessoas a perguntavam se ela dera aprovação ao projeto, disse não entender bem a pergunta. “Eu tenho mais do que aprovação, tenho fé”, disse.

A ativista esteve apenas duas vezes no set durante a produção, filmada na maior parte no estado da Geórgia, mas também na Índia: as viagens, de maneira geral, definiram a vida de Steinem, daí a metáfora do ônibus.

O filme usa efeitos especiais e construções animadas para mostrar certos desenvolvimentos intelectuais, mas cresce em cenas inspiradas na realidade, como quando a Gloria de Alicia Vikander viaja na classe econômica de um trem na Índia para se conectar com as mulheres dali, ou como quando a Gloria de Julianne Moore convence a líder trabalhista Dolores Huerta, católica, de que o direito reprodutivo pertence às mulheres.

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The Glorias tem imenso potencial de inspirar novas gerações de mulheres (“e também queremos os homens”, disse a diretora), mas ela acredita que a produção também tem um aspecto intergeracional importante. “Seria maravilhoso exibir esse filme nas escolas”, afirmou. “Mas se o filme dizer apenas que não podemos desistir, já atingimos um objetivo também.”

O filme também mostra uma resposta sutil a uma das principais críticas ao feminismo do qual Steinem se tornou uma das principais faces: o de que ele seria predominantemente branco. Com um subtítulo provisório “Encontros com grandes mulheres”, The Glorias conta como ela própria se envolveu com o movimento: ao lado e aprendendo de mulheres negras (Dorothy Pitman Hughes, vivida por Janelle Monae, e Flo Kennedy, interpretada por Lorraine Toussaint) e indígenas (Wilma Mankiller, vivida por Kimberly Guerrero).

“Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras”, disse Steinem em Sundance. Ela citou dados históricos de que o feminismo sempre foi apoiado por uma parcela maior de mulheres negras do que de brancas, o que se refletiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 (enquanto 94% das mulheres negras votaram em Hillary, 52% das mulheres brancas votaram em Trump, segundo diversas pesquisas divulgadas na época).

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“Eu mesma não sabia quem eram essas ativistas”, disse Taymor, falando sobre as outras personagens retratadas no longa. “Se o filme fizer as pessoas abriram o Google e procurarem esses nomes, ficarei realmente feliz, porque elas merecem seus próprios filmes.” Otimista por natureza, Steinem concluiu o debate pedindo por mudanças. “Existem duas coisas: a História e o passado. E elas são diferentes. Precisamos fazer da História um retrato bem mais preciso.”

O filme procura por um contrato de distribuição em Sundance, então, por ora, não há previsão de data para chegar aos cinemas.

PARK CITY, UTAH — Um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance – que vai até domingo, 2 – era The Glorias, a incursão da diretora Julie Taymor, de Frida e Across the Universe, na vida da jornalista e ativista norte-americana Gloria Steinem. Listado na seção Premieres do festival, o filme traz Julianne Moore e Alicia Vikander interpretando Steinem em fases diferentes da sua vida – Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson também vivem a pensadora em seus anos de infância e adolescência.

Baseado na autobiografia de Steinem (Minha Vida na Estrada, lançada no Brasil pela editora Bertrand), o filme reúne as quatro Glorias em um ônibus Greyhound – na viagem, elas refletem sobre alguns dos principais eventos da vida da ativista, sublinhando seu próprio desenvolvimento em relação a temas caros do feminismo: direitos reprodutivos das mulheres, igualdade de direitos perante a lei, respostas a comportamentos sexualmente inapropriados, entre outros.

Julianne Moore em cena de 'The Glorias', de Julie Taymor, uma das estreias do Festival de Cinema de Sundance 2020 Foto: Daniel McFadden/Sundance Institute

Na premiere global do filme, em Sundance, Steinem disse que a diretora entrou em contato com ela e sua resposta foi: “você é uma gênia, pode fazer o que quiser”. Quando as pessoas a perguntavam se ela dera aprovação ao projeto, disse não entender bem a pergunta. “Eu tenho mais do que aprovação, tenho fé”, disse.

A ativista esteve apenas duas vezes no set durante a produção, filmada na maior parte no estado da Geórgia, mas também na Índia: as viagens, de maneira geral, definiram a vida de Steinem, daí a metáfora do ônibus.

O filme usa efeitos especiais e construções animadas para mostrar certos desenvolvimentos intelectuais, mas cresce em cenas inspiradas na realidade, como quando a Gloria de Alicia Vikander viaja na classe econômica de um trem na Índia para se conectar com as mulheres dali, ou como quando a Gloria de Julianne Moore convence a líder trabalhista Dolores Huerta, católica, de que o direito reprodutivo pertence às mulheres.

The Glorias tem imenso potencial de inspirar novas gerações de mulheres (“e também queremos os homens”, disse a diretora), mas ela acredita que a produção também tem um aspecto intergeracional importante. “Seria maravilhoso exibir esse filme nas escolas”, afirmou. “Mas se o filme dizer apenas que não podemos desistir, já atingimos um objetivo também.”

O filme também mostra uma resposta sutil a uma das principais críticas ao feminismo do qual Steinem se tornou uma das principais faces: o de que ele seria predominantemente branco. Com um subtítulo provisório “Encontros com grandes mulheres”, The Glorias conta como ela própria se envolveu com o movimento: ao lado e aprendendo de mulheres negras (Dorothy Pitman Hughes, vivida por Janelle Monae, e Flo Kennedy, interpretada por Lorraine Toussaint) e indígenas (Wilma Mankiller, vivida por Kimberly Guerrero).

“Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras”, disse Steinem em Sundance. Ela citou dados históricos de que o feminismo sempre foi apoiado por uma parcela maior de mulheres negras do que de brancas, o que se refletiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 (enquanto 94% das mulheres negras votaram em Hillary, 52% das mulheres brancas votaram em Trump, segundo diversas pesquisas divulgadas na época).

“Eu mesma não sabia quem eram essas ativistas”, disse Taymor, falando sobre as outras personagens retratadas no longa. “Se o filme fizer as pessoas abriram o Google e procurarem esses nomes, ficarei realmente feliz, porque elas merecem seus próprios filmes.” Otimista por natureza, Steinem concluiu o debate pedindo por mudanças. “Existem duas coisas: a História e o passado. E elas são diferentes. Precisamos fazer da História um retrato bem mais preciso.”

O filme procura por um contrato de distribuição em Sundance, então, por ora, não há previsão de data para chegar aos cinemas.

PARK CITY, UTAH — Um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance – que vai até domingo, 2 – era The Glorias, a incursão da diretora Julie Taymor, de Frida e Across the Universe, na vida da jornalista e ativista norte-americana Gloria Steinem. Listado na seção Premieres do festival, o filme traz Julianne Moore e Alicia Vikander interpretando Steinem em fases diferentes da sua vida – Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson também vivem a pensadora em seus anos de infância e adolescência.

Baseado na autobiografia de Steinem (Minha Vida na Estrada, lançada no Brasil pela editora Bertrand), o filme reúne as quatro Glorias em um ônibus Greyhound – na viagem, elas refletem sobre alguns dos principais eventos da vida da ativista, sublinhando seu próprio desenvolvimento em relação a temas caros do feminismo: direitos reprodutivos das mulheres, igualdade de direitos perante a lei, respostas a comportamentos sexualmente inapropriados, entre outros.

Julianne Moore em cena de 'The Glorias', de Julie Taymor, uma das estreias do Festival de Cinema de Sundance 2020 Foto: Daniel McFadden/Sundance Institute

Na premiere global do filme, em Sundance, Steinem disse que a diretora entrou em contato com ela e sua resposta foi: “você é uma gênia, pode fazer o que quiser”. Quando as pessoas a perguntavam se ela dera aprovação ao projeto, disse não entender bem a pergunta. “Eu tenho mais do que aprovação, tenho fé”, disse.

A ativista esteve apenas duas vezes no set durante a produção, filmada na maior parte no estado da Geórgia, mas também na Índia: as viagens, de maneira geral, definiram a vida de Steinem, daí a metáfora do ônibus.

O filme usa efeitos especiais e construções animadas para mostrar certos desenvolvimentos intelectuais, mas cresce em cenas inspiradas na realidade, como quando a Gloria de Alicia Vikander viaja na classe econômica de um trem na Índia para se conectar com as mulheres dali, ou como quando a Gloria de Julianne Moore convence a líder trabalhista Dolores Huerta, católica, de que o direito reprodutivo pertence às mulheres.

The Glorias tem imenso potencial de inspirar novas gerações de mulheres (“e também queremos os homens”, disse a diretora), mas ela acredita que a produção também tem um aspecto intergeracional importante. “Seria maravilhoso exibir esse filme nas escolas”, afirmou. “Mas se o filme dizer apenas que não podemos desistir, já atingimos um objetivo também.”

O filme também mostra uma resposta sutil a uma das principais críticas ao feminismo do qual Steinem se tornou uma das principais faces: o de que ele seria predominantemente branco. Com um subtítulo provisório “Encontros com grandes mulheres”, The Glorias conta como ela própria se envolveu com o movimento: ao lado e aprendendo de mulheres negras (Dorothy Pitman Hughes, vivida por Janelle Monae, e Flo Kennedy, interpretada por Lorraine Toussaint) e indígenas (Wilma Mankiller, vivida por Kimberly Guerrero).

“Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras”, disse Steinem em Sundance. Ela citou dados históricos de que o feminismo sempre foi apoiado por uma parcela maior de mulheres negras do que de brancas, o que se refletiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 (enquanto 94% das mulheres negras votaram em Hillary, 52% das mulheres brancas votaram em Trump, segundo diversas pesquisas divulgadas na época).

“Eu mesma não sabia quem eram essas ativistas”, disse Taymor, falando sobre as outras personagens retratadas no longa. “Se o filme fizer as pessoas abriram o Google e procurarem esses nomes, ficarei realmente feliz, porque elas merecem seus próprios filmes.” Otimista por natureza, Steinem concluiu o debate pedindo por mudanças. “Existem duas coisas: a História e o passado. E elas são diferentes. Precisamos fazer da História um retrato bem mais preciso.”

O filme procura por um contrato de distribuição em Sundance, então, por ora, não há previsão de data para chegar aos cinemas.

PARK CITY, UTAH — Um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance – que vai até domingo, 2 – era The Glorias, a incursão da diretora Julie Taymor, de Frida e Across the Universe, na vida da jornalista e ativista norte-americana Gloria Steinem. Listado na seção Premieres do festival, o filme traz Julianne Moore e Alicia Vikander interpretando Steinem em fases diferentes da sua vida – Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson também vivem a pensadora em seus anos de infância e adolescência.

Baseado na autobiografia de Steinem (Minha Vida na Estrada, lançada no Brasil pela editora Bertrand), o filme reúne as quatro Glorias em um ônibus Greyhound – na viagem, elas refletem sobre alguns dos principais eventos da vida da ativista, sublinhando seu próprio desenvolvimento em relação a temas caros do feminismo: direitos reprodutivos das mulheres, igualdade de direitos perante a lei, respostas a comportamentos sexualmente inapropriados, entre outros.

Julianne Moore em cena de 'The Glorias', de Julie Taymor, uma das estreias do Festival de Cinema de Sundance 2020 Foto: Daniel McFadden/Sundance Institute

Na premiere global do filme, em Sundance, Steinem disse que a diretora entrou em contato com ela e sua resposta foi: “você é uma gênia, pode fazer o que quiser”. Quando as pessoas a perguntavam se ela dera aprovação ao projeto, disse não entender bem a pergunta. “Eu tenho mais do que aprovação, tenho fé”, disse.

A ativista esteve apenas duas vezes no set durante a produção, filmada na maior parte no estado da Geórgia, mas também na Índia: as viagens, de maneira geral, definiram a vida de Steinem, daí a metáfora do ônibus.

O filme usa efeitos especiais e construções animadas para mostrar certos desenvolvimentos intelectuais, mas cresce em cenas inspiradas na realidade, como quando a Gloria de Alicia Vikander viaja na classe econômica de um trem na Índia para se conectar com as mulheres dali, ou como quando a Gloria de Julianne Moore convence a líder trabalhista Dolores Huerta, católica, de que o direito reprodutivo pertence às mulheres.

The Glorias tem imenso potencial de inspirar novas gerações de mulheres (“e também queremos os homens”, disse a diretora), mas ela acredita que a produção também tem um aspecto intergeracional importante. “Seria maravilhoso exibir esse filme nas escolas”, afirmou. “Mas se o filme dizer apenas que não podemos desistir, já atingimos um objetivo também.”

O filme também mostra uma resposta sutil a uma das principais críticas ao feminismo do qual Steinem se tornou uma das principais faces: o de que ele seria predominantemente branco. Com um subtítulo provisório “Encontros com grandes mulheres”, The Glorias conta como ela própria se envolveu com o movimento: ao lado e aprendendo de mulheres negras (Dorothy Pitman Hughes, vivida por Janelle Monae, e Flo Kennedy, interpretada por Lorraine Toussaint) e indígenas (Wilma Mankiller, vivida por Kimberly Guerrero).

“Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras”, disse Steinem em Sundance. Ela citou dados históricos de que o feminismo sempre foi apoiado por uma parcela maior de mulheres negras do que de brancas, o que se refletiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 (enquanto 94% das mulheres negras votaram em Hillary, 52% das mulheres brancas votaram em Trump, segundo diversas pesquisas divulgadas na época).

“Eu mesma não sabia quem eram essas ativistas”, disse Taymor, falando sobre as outras personagens retratadas no longa. “Se o filme fizer as pessoas abriram o Google e procurarem esses nomes, ficarei realmente feliz, porque elas merecem seus próprios filmes.” Otimista por natureza, Steinem concluiu o debate pedindo por mudanças. “Existem duas coisas: a História e o passado. E elas são diferentes. Precisamos fazer da História um retrato bem mais preciso.”

O filme procura por um contrato de distribuição em Sundance, então, por ora, não há previsão de data para chegar aos cinemas.

PARK CITY, UTAH — Um dos filmes mais antecipados do Festival de Cinema de Sundance – que vai até domingo, 2 – era The Glorias, a incursão da diretora Julie Taymor, de Frida e Across the Universe, na vida da jornalista e ativista norte-americana Gloria Steinem. Listado na seção Premieres do festival, o filme traz Julianne Moore e Alicia Vikander interpretando Steinem em fases diferentes da sua vida – Ryan Kiera Armstrong e Lulu Wilson também vivem a pensadora em seus anos de infância e adolescência.

Baseado na autobiografia de Steinem (Minha Vida na Estrada, lançada no Brasil pela editora Bertrand), o filme reúne as quatro Glorias em um ônibus Greyhound – na viagem, elas refletem sobre alguns dos principais eventos da vida da ativista, sublinhando seu próprio desenvolvimento em relação a temas caros do feminismo: direitos reprodutivos das mulheres, igualdade de direitos perante a lei, respostas a comportamentos sexualmente inapropriados, entre outros.

Julianne Moore em cena de 'The Glorias', de Julie Taymor, uma das estreias do Festival de Cinema de Sundance 2020 Foto: Daniel McFadden/Sundance Institute

Na premiere global do filme, em Sundance, Steinem disse que a diretora entrou em contato com ela e sua resposta foi: “você é uma gênia, pode fazer o que quiser”. Quando as pessoas a perguntavam se ela dera aprovação ao projeto, disse não entender bem a pergunta. “Eu tenho mais do que aprovação, tenho fé”, disse.

A ativista esteve apenas duas vezes no set durante a produção, filmada na maior parte no estado da Geórgia, mas também na Índia: as viagens, de maneira geral, definiram a vida de Steinem, daí a metáfora do ônibus.

O filme usa efeitos especiais e construções animadas para mostrar certos desenvolvimentos intelectuais, mas cresce em cenas inspiradas na realidade, como quando a Gloria de Alicia Vikander viaja na classe econômica de um trem na Índia para se conectar com as mulheres dali, ou como quando a Gloria de Julianne Moore convence a líder trabalhista Dolores Huerta, católica, de que o direito reprodutivo pertence às mulheres.

The Glorias tem imenso potencial de inspirar novas gerações de mulheres (“e também queremos os homens”, disse a diretora), mas ela acredita que a produção também tem um aspecto intergeracional importante. “Seria maravilhoso exibir esse filme nas escolas”, afirmou. “Mas se o filme dizer apenas que não podemos desistir, já atingimos um objetivo também.”

O filme também mostra uma resposta sutil a uma das principais críticas ao feminismo do qual Steinem se tornou uma das principais faces: o de que ele seria predominantemente branco. Com um subtítulo provisório “Encontros com grandes mulheres”, The Glorias conta como ela própria se envolveu com o movimento: ao lado e aprendendo de mulheres negras (Dorothy Pitman Hughes, vivida por Janelle Monae, e Flo Kennedy, interpretada por Lorraine Toussaint) e indígenas (Wilma Mankiller, vivida por Kimberly Guerrero).

“Aprendi o feminismo desproporcionalmente com mulheres negras”, disse Steinem em Sundance. Ela citou dados históricos de que o feminismo sempre foi apoiado por uma parcela maior de mulheres negras do que de brancas, o que se refletiu nas eleições presidenciais dos EUA de 2016 (enquanto 94% das mulheres negras votaram em Hillary, 52% das mulheres brancas votaram em Trump, segundo diversas pesquisas divulgadas na época).

“Eu mesma não sabia quem eram essas ativistas”, disse Taymor, falando sobre as outras personagens retratadas no longa. “Se o filme fizer as pessoas abriram o Google e procurarem esses nomes, ficarei realmente feliz, porque elas merecem seus próprios filmes.” Otimista por natureza, Steinem concluiu o debate pedindo por mudanças. “Existem duas coisas: a História e o passado. E elas são diferentes. Precisamos fazer da História um retrato bem mais preciso.”

O filme procura por um contrato de distribuição em Sundance, então, por ora, não há previsão de data para chegar aos cinemas.

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