Tom Hardy e Andy Serkis 'cravam seus dentes' na sequência de ‘Venom’


'Venom: Tempo de Carnificina', que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente

Por Jake Coyle
'Venom: Tempo de Carnificina' tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer. Foto: Sony Pictures

NOVA YORK - Se houve um consenso geral a respeito de Venom, de 2018, com certeza é que quando você deixa Tom Hardy solto, boas coisas acontecem.

Nem tudo funcionou no filme, um spinoffmais sombrio e pegajoso próximo ao Mundo Marvel do Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony Pictures. Mas Venom, conduzido pela atuação Jekyll e Hyde, de Hardy, conseguiu se livrar dos ritmos conhecidos dos filmes de super-heróis.

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Em sua cena mais comentada, o jornalista Eddie Brock (Hardy), é dominado pelo alien simbionte que vive dentro dele: Venom, um hulk alienígena pegajoso de aparência sinistra também dublado por Hardy. Venom tem um apetite voraz, por conta disso em uma cena dentro de um restaurante de frutos do mar, Hardy improvisou que Brock iria, sob o controle de Venom, pular dentro de um tanque de lagosta. O que deveria ser um cenário de fundo foi reconstruído para dar suporte a Hardy e então gerou o momento definidor para uma franquia de quadrinhos estranha e distorcida.

“Todo mundo concordou universalmente que esse tom era o epicentro desse mundo”, diz Andy Serkis, diretor da sequência Venom: Tempo de Carnificina. “Esse é exatamente o momento fundamental que gerou tudo.”

Venom: Tempo de Carnificina, que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente. O conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. E considerando que os dois papéis principais são interpretados pelo mesmo ator, é o filme baseado em história em quadrinhos mais centrado na atuação livre de um ator.

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“É emocionante ser capaz de mergulhar na psique humana e no paradoxo da condição humana e interpretá-los em um thriller de ação farsesco de super-heróis”. diz Hardy, falando de Londres por telefone. “As máscaras de Eddie Brock e Venom são maiores que a vida, mas são, na verdade, dois lados da mesma moeda.”

No universo confiável dos filmes de super-heróis, o primeiro Venom era um pouco arriscado. Venom é um personagem da Marvel relativamente marginal; os filmes, Serkis diz, são “um mergulho na parte mais escura da piscina da Marvel”. Mas embora as críticas não tenham sido muito boas, o filme foi um sucesso, arrecadando 856 milhões de dólares ao redor do mundo.

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“Quando estreou, os críticos não gostaram - o que é justo - e o público gostou. Ele foi muito bem, o suficiente para a Sony fazer um outro”, diz Hardy. “Tivemos que nos questionar, pensar e dizer: O que funcionou aqui? O que não funcionou? O que podemos fazer melhor?”

Para a sequência, Hardy teve pulso firme. No primeiro Venom, o ator disse que 30 minutos de cenas foram deixados na sala de edição. Dessa vez, ele procurou Serkis, o ator-diretor mais conhecido por seu extenso trabalho em performance de captura de movimento, para substituir o diretor original, Ruben Fleischer. Hardy também ajudou a elaborar a sequência; ele e Kelly Marcel (co-autor de Venom) escreveram a história do filme. Hardy também é produtor, sua primeira produção em um longa-metragem.

“Correr o risco é um passo lógico. Perguntamos para a Sony, Kelly e eu, se poderíamos ter a chance de apresentar nossas ideias para o segundo filme”, diz Hardy. “E eles disseram ‘Claro’.”

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Tempo de Carnificina tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer, Cletus Kasaday (Woody Harrelson). Kasaday atrai seu próprio simbionte, Carnage, o que permite sua fuga da prisão. A sequência também é sobre Brock e Venom passando pelo que Serkis chama de “crise dos sete anos” em seu relacionamento, já queambos anseiam por independência. Em uma cena ao som de Louis Prima, Venom faz café da manhã para Hardy tentando animá-lo.

No set, Hardy geralmente se retira para um canto para gravar suas falas de Venom, que são aprimoradas com um modulador. Então, quando Hardy atua como Brock, as falas de Venom são tocadas através de um fone de ouvido. Serkis chama o método de Hardy de “mesmérico” para se assistir. Para Hardy, atuar consigo mesmo tornou-se um processo familiar.

“Eu me acostumei a me ver como um pedaço de carne e a me observar de fora, assim: O que quero fazer com meu veículo? Ok, Tom não está funcionando adequadamente. O que não está funcionando?” diz Hardy.

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Em 'Venom: Tempo de Carnificina', o conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. Foto: Sony Pictures

“Pode parecer esquizofrênico e gosto de parecer um louco quando faço isso”, acrescenta Hardy. “Espero que também veja isso na tela - a natureza frenética e maníaca de alguém julgando duas personalidades.”

Para Serkis, que dirigiu Mogli: Entre dois Mundos, em 2018, Uma Razão para Viver, de 2017, e está preparando uma adaptação de A revolução dos bichos para a Netflix, essa é outra virada em uma carreira mutante. Serkis, que revolucionou o uso da captura de movimento em personagens como Gollum, de O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos: a Origem, tem sido cada vez mais atraído pela conexão entre filmes e tecnologia.

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“Estou realmente interessado no futuro das narrativas e em como isso vai mudar nos próximos 10, 20, 30 anos", diz Serkis. “No momento, estamos em um cruzamento. Tivemos a pandemia, que forçou as pessoas a assistirem coisas em uma tela muito pequena. Mas com certeza voltaremos ao que estava começando a despontar antes da pandemia.”

Tempo da Carnificina, originalmente previsto para ser lançado em outubro passado, será um dos maiores lançamentos exibidos apenas em cinemas durante a pandemia. Após diversos atrasos, a Sony adiantou o lançamento em algumas semanas. Venom irá estrear a temporada de filmes de outono, com muitos olhos atentos ao seu desempenho.

“Agora é a hora”, diz Serkis. “Existe realmente um momento aqui, porque há alguns grandes filmes saindo, e eles virão com tudo”.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

'Venom: Tempo de Carnificina' tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer. Foto: Sony Pictures

NOVA YORK - Se houve um consenso geral a respeito de Venom, de 2018, com certeza é que quando você deixa Tom Hardy solto, boas coisas acontecem.

Nem tudo funcionou no filme, um spinoffmais sombrio e pegajoso próximo ao Mundo Marvel do Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony Pictures. Mas Venom, conduzido pela atuação Jekyll e Hyde, de Hardy, conseguiu se livrar dos ritmos conhecidos dos filmes de super-heróis.

Em sua cena mais comentada, o jornalista Eddie Brock (Hardy), é dominado pelo alien simbionte que vive dentro dele: Venom, um hulk alienígena pegajoso de aparência sinistra também dublado por Hardy. Venom tem um apetite voraz, por conta disso em uma cena dentro de um restaurante de frutos do mar, Hardy improvisou que Brock iria, sob o controle de Venom, pular dentro de um tanque de lagosta. O que deveria ser um cenário de fundo foi reconstruído para dar suporte a Hardy e então gerou o momento definidor para uma franquia de quadrinhos estranha e distorcida.

“Todo mundo concordou universalmente que esse tom era o epicentro desse mundo”, diz Andy Serkis, diretor da sequência Venom: Tempo de Carnificina. “Esse é exatamente o momento fundamental que gerou tudo.”

Venom: Tempo de Carnificina, que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente. O conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. E considerando que os dois papéis principais são interpretados pelo mesmo ator, é o filme baseado em história em quadrinhos mais centrado na atuação livre de um ator.

“É emocionante ser capaz de mergulhar na psique humana e no paradoxo da condição humana e interpretá-los em um thriller de ação farsesco de super-heróis”. diz Hardy, falando de Londres por telefone. “As máscaras de Eddie Brock e Venom são maiores que a vida, mas são, na verdade, dois lados da mesma moeda.”

No universo confiável dos filmes de super-heróis, o primeiro Venom era um pouco arriscado. Venom é um personagem da Marvel relativamente marginal; os filmes, Serkis diz, são “um mergulho na parte mais escura da piscina da Marvel”. Mas embora as críticas não tenham sido muito boas, o filme foi um sucesso, arrecadando 856 milhões de dólares ao redor do mundo.

“Quando estreou, os críticos não gostaram - o que é justo - e o público gostou. Ele foi muito bem, o suficiente para a Sony fazer um outro”, diz Hardy. “Tivemos que nos questionar, pensar e dizer: O que funcionou aqui? O que não funcionou? O que podemos fazer melhor?”

Para a sequência, Hardy teve pulso firme. No primeiro Venom, o ator disse que 30 minutos de cenas foram deixados na sala de edição. Dessa vez, ele procurou Serkis, o ator-diretor mais conhecido por seu extenso trabalho em performance de captura de movimento, para substituir o diretor original, Ruben Fleischer. Hardy também ajudou a elaborar a sequência; ele e Kelly Marcel (co-autor de Venom) escreveram a história do filme. Hardy também é produtor, sua primeira produção em um longa-metragem.

“Correr o risco é um passo lógico. Perguntamos para a Sony, Kelly e eu, se poderíamos ter a chance de apresentar nossas ideias para o segundo filme”, diz Hardy. “E eles disseram ‘Claro’.”

Tempo de Carnificina tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer, Cletus Kasaday (Woody Harrelson). Kasaday atrai seu próprio simbionte, Carnage, o que permite sua fuga da prisão. A sequência também é sobre Brock e Venom passando pelo que Serkis chama de “crise dos sete anos” em seu relacionamento, já queambos anseiam por independência. Em uma cena ao som de Louis Prima, Venom faz café da manhã para Hardy tentando animá-lo.

No set, Hardy geralmente se retira para um canto para gravar suas falas de Venom, que são aprimoradas com um modulador. Então, quando Hardy atua como Brock, as falas de Venom são tocadas através de um fone de ouvido. Serkis chama o método de Hardy de “mesmérico” para se assistir. Para Hardy, atuar consigo mesmo tornou-se um processo familiar.

“Eu me acostumei a me ver como um pedaço de carne e a me observar de fora, assim: O que quero fazer com meu veículo? Ok, Tom não está funcionando adequadamente. O que não está funcionando?” diz Hardy.

Em 'Venom: Tempo de Carnificina', o conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. Foto: Sony Pictures

“Pode parecer esquizofrênico e gosto de parecer um louco quando faço isso”, acrescenta Hardy. “Espero que também veja isso na tela - a natureza frenética e maníaca de alguém julgando duas personalidades.”

Para Serkis, que dirigiu Mogli: Entre dois Mundos, em 2018, Uma Razão para Viver, de 2017, e está preparando uma adaptação de A revolução dos bichos para a Netflix, essa é outra virada em uma carreira mutante. Serkis, que revolucionou o uso da captura de movimento em personagens como Gollum, de O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos: a Origem, tem sido cada vez mais atraído pela conexão entre filmes e tecnologia.

“Estou realmente interessado no futuro das narrativas e em como isso vai mudar nos próximos 10, 20, 30 anos", diz Serkis. “No momento, estamos em um cruzamento. Tivemos a pandemia, que forçou as pessoas a assistirem coisas em uma tela muito pequena. Mas com certeza voltaremos ao que estava começando a despontar antes da pandemia.”

Tempo da Carnificina, originalmente previsto para ser lançado em outubro passado, será um dos maiores lançamentos exibidos apenas em cinemas durante a pandemia. Após diversos atrasos, a Sony adiantou o lançamento em algumas semanas. Venom irá estrear a temporada de filmes de outono, com muitos olhos atentos ao seu desempenho.

“Agora é a hora”, diz Serkis. “Existe realmente um momento aqui, porque há alguns grandes filmes saindo, e eles virão com tudo”.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

'Venom: Tempo de Carnificina' tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer. Foto: Sony Pictures

NOVA YORK - Se houve um consenso geral a respeito de Venom, de 2018, com certeza é que quando você deixa Tom Hardy solto, boas coisas acontecem.

Nem tudo funcionou no filme, um spinoffmais sombrio e pegajoso próximo ao Mundo Marvel do Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony Pictures. Mas Venom, conduzido pela atuação Jekyll e Hyde, de Hardy, conseguiu se livrar dos ritmos conhecidos dos filmes de super-heróis.

Em sua cena mais comentada, o jornalista Eddie Brock (Hardy), é dominado pelo alien simbionte que vive dentro dele: Venom, um hulk alienígena pegajoso de aparência sinistra também dublado por Hardy. Venom tem um apetite voraz, por conta disso em uma cena dentro de um restaurante de frutos do mar, Hardy improvisou que Brock iria, sob o controle de Venom, pular dentro de um tanque de lagosta. O que deveria ser um cenário de fundo foi reconstruído para dar suporte a Hardy e então gerou o momento definidor para uma franquia de quadrinhos estranha e distorcida.

“Todo mundo concordou universalmente que esse tom era o epicentro desse mundo”, diz Andy Serkis, diretor da sequência Venom: Tempo de Carnificina. “Esse é exatamente o momento fundamental que gerou tudo.”

Venom: Tempo de Carnificina, que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente. O conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. E considerando que os dois papéis principais são interpretados pelo mesmo ator, é o filme baseado em história em quadrinhos mais centrado na atuação livre de um ator.

“É emocionante ser capaz de mergulhar na psique humana e no paradoxo da condição humana e interpretá-los em um thriller de ação farsesco de super-heróis”. diz Hardy, falando de Londres por telefone. “As máscaras de Eddie Brock e Venom são maiores que a vida, mas são, na verdade, dois lados da mesma moeda.”

No universo confiável dos filmes de super-heróis, o primeiro Venom era um pouco arriscado. Venom é um personagem da Marvel relativamente marginal; os filmes, Serkis diz, são “um mergulho na parte mais escura da piscina da Marvel”. Mas embora as críticas não tenham sido muito boas, o filme foi um sucesso, arrecadando 856 milhões de dólares ao redor do mundo.

“Quando estreou, os críticos não gostaram - o que é justo - e o público gostou. Ele foi muito bem, o suficiente para a Sony fazer um outro”, diz Hardy. “Tivemos que nos questionar, pensar e dizer: O que funcionou aqui? O que não funcionou? O que podemos fazer melhor?”

Para a sequência, Hardy teve pulso firme. No primeiro Venom, o ator disse que 30 minutos de cenas foram deixados na sala de edição. Dessa vez, ele procurou Serkis, o ator-diretor mais conhecido por seu extenso trabalho em performance de captura de movimento, para substituir o diretor original, Ruben Fleischer. Hardy também ajudou a elaborar a sequência; ele e Kelly Marcel (co-autor de Venom) escreveram a história do filme. Hardy também é produtor, sua primeira produção em um longa-metragem.

“Correr o risco é um passo lógico. Perguntamos para a Sony, Kelly e eu, se poderíamos ter a chance de apresentar nossas ideias para o segundo filme”, diz Hardy. “E eles disseram ‘Claro’.”

Tempo de Carnificina tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer, Cletus Kasaday (Woody Harrelson). Kasaday atrai seu próprio simbionte, Carnage, o que permite sua fuga da prisão. A sequência também é sobre Brock e Venom passando pelo que Serkis chama de “crise dos sete anos” em seu relacionamento, já queambos anseiam por independência. Em uma cena ao som de Louis Prima, Venom faz café da manhã para Hardy tentando animá-lo.

No set, Hardy geralmente se retira para um canto para gravar suas falas de Venom, que são aprimoradas com um modulador. Então, quando Hardy atua como Brock, as falas de Venom são tocadas através de um fone de ouvido. Serkis chama o método de Hardy de “mesmérico” para se assistir. Para Hardy, atuar consigo mesmo tornou-se um processo familiar.

“Eu me acostumei a me ver como um pedaço de carne e a me observar de fora, assim: O que quero fazer com meu veículo? Ok, Tom não está funcionando adequadamente. O que não está funcionando?” diz Hardy.

Em 'Venom: Tempo de Carnificina', o conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. Foto: Sony Pictures

“Pode parecer esquizofrênico e gosto de parecer um louco quando faço isso”, acrescenta Hardy. “Espero que também veja isso na tela - a natureza frenética e maníaca de alguém julgando duas personalidades.”

Para Serkis, que dirigiu Mogli: Entre dois Mundos, em 2018, Uma Razão para Viver, de 2017, e está preparando uma adaptação de A revolução dos bichos para a Netflix, essa é outra virada em uma carreira mutante. Serkis, que revolucionou o uso da captura de movimento em personagens como Gollum, de O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos: a Origem, tem sido cada vez mais atraído pela conexão entre filmes e tecnologia.

“Estou realmente interessado no futuro das narrativas e em como isso vai mudar nos próximos 10, 20, 30 anos", diz Serkis. “No momento, estamos em um cruzamento. Tivemos a pandemia, que forçou as pessoas a assistirem coisas em uma tela muito pequena. Mas com certeza voltaremos ao que estava começando a despontar antes da pandemia.”

Tempo da Carnificina, originalmente previsto para ser lançado em outubro passado, será um dos maiores lançamentos exibidos apenas em cinemas durante a pandemia. Após diversos atrasos, a Sony adiantou o lançamento em algumas semanas. Venom irá estrear a temporada de filmes de outono, com muitos olhos atentos ao seu desempenho.

“Agora é a hora”, diz Serkis. “Existe realmente um momento aqui, porque há alguns grandes filmes saindo, e eles virão com tudo”.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

'Venom: Tempo de Carnificina' tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer. Foto: Sony Pictures

NOVA YORK - Se houve um consenso geral a respeito de Venom, de 2018, com certeza é que quando você deixa Tom Hardy solto, boas coisas acontecem.

Nem tudo funcionou no filme, um spinoffmais sombrio e pegajoso próximo ao Mundo Marvel do Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony Pictures. Mas Venom, conduzido pela atuação Jekyll e Hyde, de Hardy, conseguiu se livrar dos ritmos conhecidos dos filmes de super-heróis.

Em sua cena mais comentada, o jornalista Eddie Brock (Hardy), é dominado pelo alien simbionte que vive dentro dele: Venom, um hulk alienígena pegajoso de aparência sinistra também dublado por Hardy. Venom tem um apetite voraz, por conta disso em uma cena dentro de um restaurante de frutos do mar, Hardy improvisou que Brock iria, sob o controle de Venom, pular dentro de um tanque de lagosta. O que deveria ser um cenário de fundo foi reconstruído para dar suporte a Hardy e então gerou o momento definidor para uma franquia de quadrinhos estranha e distorcida.

“Todo mundo concordou universalmente que esse tom era o epicentro desse mundo”, diz Andy Serkis, diretor da sequência Venom: Tempo de Carnificina. “Esse é exatamente o momento fundamental que gerou tudo.”

Venom: Tempo de Carnificina, que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente. O conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. E considerando que os dois papéis principais são interpretados pelo mesmo ator, é o filme baseado em história em quadrinhos mais centrado na atuação livre de um ator.

“É emocionante ser capaz de mergulhar na psique humana e no paradoxo da condição humana e interpretá-los em um thriller de ação farsesco de super-heróis”. diz Hardy, falando de Londres por telefone. “As máscaras de Eddie Brock e Venom são maiores que a vida, mas são, na verdade, dois lados da mesma moeda.”

No universo confiável dos filmes de super-heróis, o primeiro Venom era um pouco arriscado. Venom é um personagem da Marvel relativamente marginal; os filmes, Serkis diz, são “um mergulho na parte mais escura da piscina da Marvel”. Mas embora as críticas não tenham sido muito boas, o filme foi um sucesso, arrecadando 856 milhões de dólares ao redor do mundo.

“Quando estreou, os críticos não gostaram - o que é justo - e o público gostou. Ele foi muito bem, o suficiente para a Sony fazer um outro”, diz Hardy. “Tivemos que nos questionar, pensar e dizer: O que funcionou aqui? O que não funcionou? O que podemos fazer melhor?”

Para a sequência, Hardy teve pulso firme. No primeiro Venom, o ator disse que 30 minutos de cenas foram deixados na sala de edição. Dessa vez, ele procurou Serkis, o ator-diretor mais conhecido por seu extenso trabalho em performance de captura de movimento, para substituir o diretor original, Ruben Fleischer. Hardy também ajudou a elaborar a sequência; ele e Kelly Marcel (co-autor de Venom) escreveram a história do filme. Hardy também é produtor, sua primeira produção em um longa-metragem.

“Correr o risco é um passo lógico. Perguntamos para a Sony, Kelly e eu, se poderíamos ter a chance de apresentar nossas ideias para o segundo filme”, diz Hardy. “E eles disseram ‘Claro’.”

Tempo de Carnificina tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer, Cletus Kasaday (Woody Harrelson). Kasaday atrai seu próprio simbionte, Carnage, o que permite sua fuga da prisão. A sequência também é sobre Brock e Venom passando pelo que Serkis chama de “crise dos sete anos” em seu relacionamento, já queambos anseiam por independência. Em uma cena ao som de Louis Prima, Venom faz café da manhã para Hardy tentando animá-lo.

No set, Hardy geralmente se retira para um canto para gravar suas falas de Venom, que são aprimoradas com um modulador. Então, quando Hardy atua como Brock, as falas de Venom são tocadas através de um fone de ouvido. Serkis chama o método de Hardy de “mesmérico” para se assistir. Para Hardy, atuar consigo mesmo tornou-se um processo familiar.

“Eu me acostumei a me ver como um pedaço de carne e a me observar de fora, assim: O que quero fazer com meu veículo? Ok, Tom não está funcionando adequadamente. O que não está funcionando?” diz Hardy.

Em 'Venom: Tempo de Carnificina', o conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. Foto: Sony Pictures

“Pode parecer esquizofrênico e gosto de parecer um louco quando faço isso”, acrescenta Hardy. “Espero que também veja isso na tela - a natureza frenética e maníaca de alguém julgando duas personalidades.”

Para Serkis, que dirigiu Mogli: Entre dois Mundos, em 2018, Uma Razão para Viver, de 2017, e está preparando uma adaptação de A revolução dos bichos para a Netflix, essa é outra virada em uma carreira mutante. Serkis, que revolucionou o uso da captura de movimento em personagens como Gollum, de O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos: a Origem, tem sido cada vez mais atraído pela conexão entre filmes e tecnologia.

“Estou realmente interessado no futuro das narrativas e em como isso vai mudar nos próximos 10, 20, 30 anos", diz Serkis. “No momento, estamos em um cruzamento. Tivemos a pandemia, que forçou as pessoas a assistirem coisas em uma tela muito pequena. Mas com certeza voltaremos ao que estava começando a despontar antes da pandemia.”

Tempo da Carnificina, originalmente previsto para ser lançado em outubro passado, será um dos maiores lançamentos exibidos apenas em cinemas durante a pandemia. Após diversos atrasos, a Sony adiantou o lançamento em algumas semanas. Venom irá estrear a temporada de filmes de outono, com muitos olhos atentos ao seu desempenho.

“Agora é a hora”, diz Serkis. “Existe realmente um momento aqui, porque há alguns grandes filmes saindo, e eles virão com tudo”.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

'Venom: Tempo de Carnificina' tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer. Foto: Sony Pictures

NOVA YORK - Se houve um consenso geral a respeito de Venom, de 2018, com certeza é que quando você deixa Tom Hardy solto, boas coisas acontecem.

Nem tudo funcionou no filme, um spinoffmais sombrio e pegajoso próximo ao Mundo Marvel do Homem-Aranha no Aranhaverso, da Sony Pictures. Mas Venom, conduzido pela atuação Jekyll e Hyde, de Hardy, conseguiu se livrar dos ritmos conhecidos dos filmes de super-heróis.

Em sua cena mais comentada, o jornalista Eddie Brock (Hardy), é dominado pelo alien simbionte que vive dentro dele: Venom, um hulk alienígena pegajoso de aparência sinistra também dublado por Hardy. Venom tem um apetite voraz, por conta disso em uma cena dentro de um restaurante de frutos do mar, Hardy improvisou que Brock iria, sob o controle de Venom, pular dentro de um tanque de lagosta. O que deveria ser um cenário de fundo foi reconstruído para dar suporte a Hardy e então gerou o momento definidor para uma franquia de quadrinhos estranha e distorcida.

“Todo mundo concordou universalmente que esse tom era o epicentro desse mundo”, diz Andy Serkis, diretor da sequência Venom: Tempo de Carnificina. “Esse é exatamente o momento fundamental que gerou tudo.”

Venom: Tempo de Carnificina, que a Sony vai lançar nos cinemas na próxima semana após um ano de atraso por causa da pandemia, continua o que pode ser a série mais estranha de super-heróis existente. O conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. E considerando que os dois papéis principais são interpretados pelo mesmo ator, é o filme baseado em história em quadrinhos mais centrado na atuação livre de um ator.

“É emocionante ser capaz de mergulhar na psique humana e no paradoxo da condição humana e interpretá-los em um thriller de ação farsesco de super-heróis”. diz Hardy, falando de Londres por telefone. “As máscaras de Eddie Brock e Venom são maiores que a vida, mas são, na verdade, dois lados da mesma moeda.”

No universo confiável dos filmes de super-heróis, o primeiro Venom era um pouco arriscado. Venom é um personagem da Marvel relativamente marginal; os filmes, Serkis diz, são “um mergulho na parte mais escura da piscina da Marvel”. Mas embora as críticas não tenham sido muito boas, o filme foi um sucesso, arrecadando 856 milhões de dólares ao redor do mundo.

“Quando estreou, os críticos não gostaram - o que é justo - e o público gostou. Ele foi muito bem, o suficiente para a Sony fazer um outro”, diz Hardy. “Tivemos que nos questionar, pensar e dizer: O que funcionou aqui? O que não funcionou? O que podemos fazer melhor?”

Para a sequência, Hardy teve pulso firme. No primeiro Venom, o ator disse que 30 minutos de cenas foram deixados na sala de edição. Dessa vez, ele procurou Serkis, o ator-diretor mais conhecido por seu extenso trabalho em performance de captura de movimento, para substituir o diretor original, Ruben Fleischer. Hardy também ajudou a elaborar a sequência; ele e Kelly Marcel (co-autor de Venom) escreveram a história do filme. Hardy também é produtor, sua primeira produção em um longa-metragem.

“Correr o risco é um passo lógico. Perguntamos para a Sony, Kelly e eu, se poderíamos ter a chance de apresentar nossas ideias para o segundo filme”, diz Hardy. “E eles disseram ‘Claro’.”

Tempo de Carnificina tem uma virada gótica, trazendo Brock para a órbita de um serial killer, Cletus Kasaday (Woody Harrelson). Kasaday atrai seu próprio simbionte, Carnage, o que permite sua fuga da prisão. A sequência também é sobre Brock e Venom passando pelo que Serkis chama de “crise dos sete anos” em seu relacionamento, já queambos anseiam por independência. Em uma cena ao som de Louis Prima, Venom faz café da manhã para Hardy tentando animá-lo.

No set, Hardy geralmente se retira para um canto para gravar suas falas de Venom, que são aprimoradas com um modulador. Então, quando Hardy atua como Brock, as falas de Venom são tocadas através de um fone de ouvido. Serkis chama o método de Hardy de “mesmérico” para se assistir. Para Hardy, atuar consigo mesmo tornou-se um processo familiar.

“Eu me acostumei a me ver como um pedaço de carne e a me observar de fora, assim: O que quero fazer com meu veículo? Ok, Tom não está funcionando adequadamente. O que não está funcionando?” diz Hardy.

Em 'Venom: Tempo de Carnificina', o conflito dominante tem menos a ver com a salvação do mundo e mais com um estranho casal dentro de um mesmo corpo. Foto: Sony Pictures

“Pode parecer esquizofrênico e gosto de parecer um louco quando faço isso”, acrescenta Hardy. “Espero que também veja isso na tela - a natureza frenética e maníaca de alguém julgando duas personalidades.”

Para Serkis, que dirigiu Mogli: Entre dois Mundos, em 2018, Uma Razão para Viver, de 2017, e está preparando uma adaptação de A revolução dos bichos para a Netflix, essa é outra virada em uma carreira mutante. Serkis, que revolucionou o uso da captura de movimento em personagens como Gollum, de O Senhor dos Anéis e César em Planeta dos Macacos: a Origem, tem sido cada vez mais atraído pela conexão entre filmes e tecnologia.

“Estou realmente interessado no futuro das narrativas e em como isso vai mudar nos próximos 10, 20, 30 anos", diz Serkis. “No momento, estamos em um cruzamento. Tivemos a pandemia, que forçou as pessoas a assistirem coisas em uma tela muito pequena. Mas com certeza voltaremos ao que estava começando a despontar antes da pandemia.”

Tempo da Carnificina, originalmente previsto para ser lançado em outubro passado, será um dos maiores lançamentos exibidos apenas em cinemas durante a pandemia. Após diversos atrasos, a Sony adiantou o lançamento em algumas semanas. Venom irá estrear a temporada de filmes de outono, com muitos olhos atentos ao seu desempenho.

“Agora é a hora”, diz Serkis. “Existe realmente um momento aqui, porque há alguns grandes filmes saindo, e eles virão com tudo”.

TRADUÇÃO LÍVIA BUELONI GONÇALVES

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