A noite sem fim: o mágico encontro dos Stones com Muddy Waters


Por Redação

Marcelo Moreira

De todos o bluesmen históricos norte-americanos, Muddy Waters era o menos rancoroso em relação ao sucesso que os roqueiros brancos dos dois lados do Atlântico conseguiram desde os anos 60. Gente como Sonny Boy Williamson II e Howlin' Wolf, por exemplo, nunca perdia a oportunidade de menosprezar os "branquelos usurpadores" do som dos negros - e que ficaram milionários.

 O primeiro frequentemente destratava as estrelas inglesas que lhe faziam suporte em turnês pela Inglaterra. Wolf repetia o mesmo comportamento quando visitava Londres e gravava com os pupilos famosos que babavam ao verem a então lenda viva.

continua após a publicidade

Waters tinha ressentimento, mas engolia seco e seguia em frente. Mas não se conteve quando recebeu meio de última hora alguns dos Rolling Stones em um show em um clube de Chicago, em novembro de 1981.

Ficaram famosos na década de 80  vídeos não oficiais que mostram um já milionário Mick Jagger babando, com cara de fã encantado, cantando ao lado do ídolo durante a execução de "Champagne and Reefer", tendo ao fundo Keith Richards na guitarra,   humilde e intimidado. Muddy Waters toma conta do palco de maneira soberba e incontestável, mostrando quem é que mandava naquele pedaço.

Os registros em vídeo e em áudio só existiam CDs   e fitas de vídeo VHS piratas. Esse tesouro acaba de ser lançado oficialmente. A Eagle Rock Entertainment lançou em  julho e a ST2 traz para o mercado nacional o CD e DVD "Muddy Waters & The Rolling Stones Live at the Checkerboard Lounge Chicago 1981".

continua após a publicidade

O material traz o registro completo da apresentação de Muddy Waters naquele dia de novembro de 1981. Os Stones estavam em turnê pelos Estados Unidos e  aproveitaram uma noite livre em Chicago para conferir a lenda de perto no clube que pertencia a Buddy Guy, chamado  The Checkerboard Lounge.

Na ânsia de se "vingar" dos usurpadores, Waters chamou ao palco Mick Jagger, Ron Wood, Keith Richards e Ian Stewart (pianista de apoio da banda britânica e um dos membros fundadores dos Stones).

continua após a publicidade

O bluesman deu uma aula de feeling e comandou o espetáculo de forma simples, mas estupenda, com ajuda deBuddy Guy e do ótimo gaitista Junior Wells em boa parte do show. Quando Jagger cantava, Muddy Waters ora demonstrava certo enfado, ora olhava o "branquelo" de forma zombeteira.

 A recuperação das imagens e do áudio foi um trabalho extraordinário do produtor e engenheiro de som Bob Clearmountain. Além do encontro de gigantes - mestre e discípulos -, o vídeo também é histórico por outro motivo: menos de um ano depois Waters faria seu último show, em outubro de 1982, na Flórida, com a banda de Eric Clapton. Seis meses depois, morreria em casa vitimado por um ataque cardíaco enquanto dormia. Mas ele teve a sua vingança.

Marcelo Moreira

De todos o bluesmen históricos norte-americanos, Muddy Waters era o menos rancoroso em relação ao sucesso que os roqueiros brancos dos dois lados do Atlântico conseguiram desde os anos 60. Gente como Sonny Boy Williamson II e Howlin' Wolf, por exemplo, nunca perdia a oportunidade de menosprezar os "branquelos usurpadores" do som dos negros - e que ficaram milionários.

 O primeiro frequentemente destratava as estrelas inglesas que lhe faziam suporte em turnês pela Inglaterra. Wolf repetia o mesmo comportamento quando visitava Londres e gravava com os pupilos famosos que babavam ao verem a então lenda viva.

Waters tinha ressentimento, mas engolia seco e seguia em frente. Mas não se conteve quando recebeu meio de última hora alguns dos Rolling Stones em um show em um clube de Chicago, em novembro de 1981.

Ficaram famosos na década de 80  vídeos não oficiais que mostram um já milionário Mick Jagger babando, com cara de fã encantado, cantando ao lado do ídolo durante a execução de "Champagne and Reefer", tendo ao fundo Keith Richards na guitarra,   humilde e intimidado. Muddy Waters toma conta do palco de maneira soberba e incontestável, mostrando quem é que mandava naquele pedaço.

Os registros em vídeo e em áudio só existiam CDs   e fitas de vídeo VHS piratas. Esse tesouro acaba de ser lançado oficialmente. A Eagle Rock Entertainment lançou em  julho e a ST2 traz para o mercado nacional o CD e DVD "Muddy Waters & The Rolling Stones Live at the Checkerboard Lounge Chicago 1981".

O material traz o registro completo da apresentação de Muddy Waters naquele dia de novembro de 1981. Os Stones estavam em turnê pelos Estados Unidos e  aproveitaram uma noite livre em Chicago para conferir a lenda de perto no clube que pertencia a Buddy Guy, chamado  The Checkerboard Lounge.

Na ânsia de se "vingar" dos usurpadores, Waters chamou ao palco Mick Jagger, Ron Wood, Keith Richards e Ian Stewart (pianista de apoio da banda britânica e um dos membros fundadores dos Stones).

O bluesman deu uma aula de feeling e comandou o espetáculo de forma simples, mas estupenda, com ajuda deBuddy Guy e do ótimo gaitista Junior Wells em boa parte do show. Quando Jagger cantava, Muddy Waters ora demonstrava certo enfado, ora olhava o "branquelo" de forma zombeteira.

 A recuperação das imagens e do áudio foi um trabalho extraordinário do produtor e engenheiro de som Bob Clearmountain. Além do encontro de gigantes - mestre e discípulos -, o vídeo também é histórico por outro motivo: menos de um ano depois Waters faria seu último show, em outubro de 1982, na Flórida, com a banda de Eric Clapton. Seis meses depois, morreria em casa vitimado por um ataque cardíaco enquanto dormia. Mas ele teve a sua vingança.

Marcelo Moreira

De todos o bluesmen históricos norte-americanos, Muddy Waters era o menos rancoroso em relação ao sucesso que os roqueiros brancos dos dois lados do Atlântico conseguiram desde os anos 60. Gente como Sonny Boy Williamson II e Howlin' Wolf, por exemplo, nunca perdia a oportunidade de menosprezar os "branquelos usurpadores" do som dos negros - e que ficaram milionários.

 O primeiro frequentemente destratava as estrelas inglesas que lhe faziam suporte em turnês pela Inglaterra. Wolf repetia o mesmo comportamento quando visitava Londres e gravava com os pupilos famosos que babavam ao verem a então lenda viva.

Waters tinha ressentimento, mas engolia seco e seguia em frente. Mas não se conteve quando recebeu meio de última hora alguns dos Rolling Stones em um show em um clube de Chicago, em novembro de 1981.

Ficaram famosos na década de 80  vídeos não oficiais que mostram um já milionário Mick Jagger babando, com cara de fã encantado, cantando ao lado do ídolo durante a execução de "Champagne and Reefer", tendo ao fundo Keith Richards na guitarra,   humilde e intimidado. Muddy Waters toma conta do palco de maneira soberba e incontestável, mostrando quem é que mandava naquele pedaço.

Os registros em vídeo e em áudio só existiam CDs   e fitas de vídeo VHS piratas. Esse tesouro acaba de ser lançado oficialmente. A Eagle Rock Entertainment lançou em  julho e a ST2 traz para o mercado nacional o CD e DVD "Muddy Waters & The Rolling Stones Live at the Checkerboard Lounge Chicago 1981".

O material traz o registro completo da apresentação de Muddy Waters naquele dia de novembro de 1981. Os Stones estavam em turnê pelos Estados Unidos e  aproveitaram uma noite livre em Chicago para conferir a lenda de perto no clube que pertencia a Buddy Guy, chamado  The Checkerboard Lounge.

Na ânsia de se "vingar" dos usurpadores, Waters chamou ao palco Mick Jagger, Ron Wood, Keith Richards e Ian Stewart (pianista de apoio da banda britânica e um dos membros fundadores dos Stones).

O bluesman deu uma aula de feeling e comandou o espetáculo de forma simples, mas estupenda, com ajuda deBuddy Guy e do ótimo gaitista Junior Wells em boa parte do show. Quando Jagger cantava, Muddy Waters ora demonstrava certo enfado, ora olhava o "branquelo" de forma zombeteira.

 A recuperação das imagens e do áudio foi um trabalho extraordinário do produtor e engenheiro de som Bob Clearmountain. Além do encontro de gigantes - mestre e discípulos -, o vídeo também é histórico por outro motivo: menos de um ano depois Waters faria seu último show, em outubro de 1982, na Flórida, com a banda de Eric Clapton. Seis meses depois, morreria em casa vitimado por um ataque cardíaco enquanto dormia. Mas ele teve a sua vingança.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.