Crônicas de um tempo em ruína


Adriana Lisboa lança a obra Hanói, sobre deslocamentos em vida e para a morte

Por Maria Fernanda Rodrigues

Você tem 32 anos, vai ao médico e recebe a sentença de morte que deve ser cumprida em poucos meses: glioblastoma multiforme. O tratamento desse tumor no cérebro é paliativo e só vai servir para dar uma esticadinha na curta linha da vida. Você se revolta, nega e torce para que um novo exame mostre que o alarme foi falso. Pensa em suicídio. Ou entende, aceita, se prepara e caminha tranquilamente para a morte.

Esse é o mote de Hanói, romance que Adriana Lisboa lança nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, em São Paulo – haverá um bate-papo com o escritor Luiz Ruffato –, e na quinta, no Rio.

Hanói dura exatamente esse tempo entre a tomada de consciência de um fim iminente e o fim. É David – americano filho de um brasileiro imigrante ilegal e de uma mexicana, que adoraria ter sido um trompetista mas que acabou levando uma vida normal, com um emprego normal e poucos amigos – o protagonista desta história sobre deslocamentos. Uma história com tudo para ser triste, mas que ganhou leveza na narrativa de Adriana Lisboa, que lembra, já nas primeiras páginas, o comportamento dos elefantes: quando sentem que chegou a hora de morrer, eles se isolam da manada.

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É mais ou menos como David faz, com a diferença de que o rapaz, órfão de pai e mãe, não tem muito o que deixar para trás. Mesmo assim, ele tem o plano de se neutralizar. "Um plano em que ele fosse se afastando do centro, apagando as letras do seu nome, esfriando a temperatura corporal, respirando mais devagar, falando cada vez mais baixo, até que não estivesse mais ali e as pessoas nem mesmo notassem que em algum momento tinha estado", escreve Adriana.

Mas existe sempre algo de imponderável na vida, e a certeza de que o caminho escolhido para viver a própria morte pode não ser assim tão certa.

Já sabedor de seu diagnóstico, David resolveu entrar pela primeira vez numa lojinha vietnamita perto de sua casa, em Chicago. Não é dele puxar conversa com estranhos, mas interage com Alex, a garota do caixa. Como David, ela também é americana, e como muitos americanos, filha de refugiados. Sua mãe é filha de uma mulher vietnamita que se envolveu com um soldado americano. É para Alex que David pergunta para onde ela iria se pudesse fazer uma longa viagem. "Hanói", ela responde – e é para lá que ele decide ir. HANÓI Autora: Adriana Lisboa. Editora: Alfaguara (240 págs., R$ 39)Lançamento: Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915). Nesta segunda-feira, 18h30.

Você tem 32 anos, vai ao médico e recebe a sentença de morte que deve ser cumprida em poucos meses: glioblastoma multiforme. O tratamento desse tumor no cérebro é paliativo e só vai servir para dar uma esticadinha na curta linha da vida. Você se revolta, nega e torce para que um novo exame mostre que o alarme foi falso. Pensa em suicídio. Ou entende, aceita, se prepara e caminha tranquilamente para a morte.

Esse é o mote de Hanói, romance que Adriana Lisboa lança nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, em São Paulo – haverá um bate-papo com o escritor Luiz Ruffato –, e na quinta, no Rio.

Hanói dura exatamente esse tempo entre a tomada de consciência de um fim iminente e o fim. É David – americano filho de um brasileiro imigrante ilegal e de uma mexicana, que adoraria ter sido um trompetista mas que acabou levando uma vida normal, com um emprego normal e poucos amigos – o protagonista desta história sobre deslocamentos. Uma história com tudo para ser triste, mas que ganhou leveza na narrativa de Adriana Lisboa, que lembra, já nas primeiras páginas, o comportamento dos elefantes: quando sentem que chegou a hora de morrer, eles se isolam da manada.

É mais ou menos como David faz, com a diferença de que o rapaz, órfão de pai e mãe, não tem muito o que deixar para trás. Mesmo assim, ele tem o plano de se neutralizar. "Um plano em que ele fosse se afastando do centro, apagando as letras do seu nome, esfriando a temperatura corporal, respirando mais devagar, falando cada vez mais baixo, até que não estivesse mais ali e as pessoas nem mesmo notassem que em algum momento tinha estado", escreve Adriana.

Mas existe sempre algo de imponderável na vida, e a certeza de que o caminho escolhido para viver a própria morte pode não ser assim tão certa.

Já sabedor de seu diagnóstico, David resolveu entrar pela primeira vez numa lojinha vietnamita perto de sua casa, em Chicago. Não é dele puxar conversa com estranhos, mas interage com Alex, a garota do caixa. Como David, ela também é americana, e como muitos americanos, filha de refugiados. Sua mãe é filha de uma mulher vietnamita que se envolveu com um soldado americano. É para Alex que David pergunta para onde ela iria se pudesse fazer uma longa viagem. "Hanói", ela responde – e é para lá que ele decide ir. HANÓI Autora: Adriana Lisboa. Editora: Alfaguara (240 págs., R$ 39)Lançamento: Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915). Nesta segunda-feira, 18h30.

Você tem 32 anos, vai ao médico e recebe a sentença de morte que deve ser cumprida em poucos meses: glioblastoma multiforme. O tratamento desse tumor no cérebro é paliativo e só vai servir para dar uma esticadinha na curta linha da vida. Você se revolta, nega e torce para que um novo exame mostre que o alarme foi falso. Pensa em suicídio. Ou entende, aceita, se prepara e caminha tranquilamente para a morte.

Esse é o mote de Hanói, romance que Adriana Lisboa lança nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, em São Paulo – haverá um bate-papo com o escritor Luiz Ruffato –, e na quinta, no Rio.

Hanói dura exatamente esse tempo entre a tomada de consciência de um fim iminente e o fim. É David – americano filho de um brasileiro imigrante ilegal e de uma mexicana, que adoraria ter sido um trompetista mas que acabou levando uma vida normal, com um emprego normal e poucos amigos – o protagonista desta história sobre deslocamentos. Uma história com tudo para ser triste, mas que ganhou leveza na narrativa de Adriana Lisboa, que lembra, já nas primeiras páginas, o comportamento dos elefantes: quando sentem que chegou a hora de morrer, eles se isolam da manada.

É mais ou menos como David faz, com a diferença de que o rapaz, órfão de pai e mãe, não tem muito o que deixar para trás. Mesmo assim, ele tem o plano de se neutralizar. "Um plano em que ele fosse se afastando do centro, apagando as letras do seu nome, esfriando a temperatura corporal, respirando mais devagar, falando cada vez mais baixo, até que não estivesse mais ali e as pessoas nem mesmo notassem que em algum momento tinha estado", escreve Adriana.

Mas existe sempre algo de imponderável na vida, e a certeza de que o caminho escolhido para viver a própria morte pode não ser assim tão certa.

Já sabedor de seu diagnóstico, David resolveu entrar pela primeira vez numa lojinha vietnamita perto de sua casa, em Chicago. Não é dele puxar conversa com estranhos, mas interage com Alex, a garota do caixa. Como David, ela também é americana, e como muitos americanos, filha de refugiados. Sua mãe é filha de uma mulher vietnamita que se envolveu com um soldado americano. É para Alex que David pergunta para onde ela iria se pudesse fazer uma longa viagem. "Hanói", ela responde – e é para lá que ele decide ir. HANÓI Autora: Adriana Lisboa. Editora: Alfaguara (240 págs., R$ 39)Lançamento: Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915). Nesta segunda-feira, 18h30.

Você tem 32 anos, vai ao médico e recebe a sentença de morte que deve ser cumprida em poucos meses: glioblastoma multiforme. O tratamento desse tumor no cérebro é paliativo e só vai servir para dar uma esticadinha na curta linha da vida. Você se revolta, nega e torce para que um novo exame mostre que o alarme foi falso. Pensa em suicídio. Ou entende, aceita, se prepara e caminha tranquilamente para a morte.

Esse é o mote de Hanói, romance que Adriana Lisboa lança nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, em São Paulo – haverá um bate-papo com o escritor Luiz Ruffato –, e na quinta, no Rio.

Hanói dura exatamente esse tempo entre a tomada de consciência de um fim iminente e o fim. É David – americano filho de um brasileiro imigrante ilegal e de uma mexicana, que adoraria ter sido um trompetista mas que acabou levando uma vida normal, com um emprego normal e poucos amigos – o protagonista desta história sobre deslocamentos. Uma história com tudo para ser triste, mas que ganhou leveza na narrativa de Adriana Lisboa, que lembra, já nas primeiras páginas, o comportamento dos elefantes: quando sentem que chegou a hora de morrer, eles se isolam da manada.

É mais ou menos como David faz, com a diferença de que o rapaz, órfão de pai e mãe, não tem muito o que deixar para trás. Mesmo assim, ele tem o plano de se neutralizar. "Um plano em que ele fosse se afastando do centro, apagando as letras do seu nome, esfriando a temperatura corporal, respirando mais devagar, falando cada vez mais baixo, até que não estivesse mais ali e as pessoas nem mesmo notassem que em algum momento tinha estado", escreve Adriana.

Mas existe sempre algo de imponderável na vida, e a certeza de que o caminho escolhido para viver a própria morte pode não ser assim tão certa.

Já sabedor de seu diagnóstico, David resolveu entrar pela primeira vez numa lojinha vietnamita perto de sua casa, em Chicago. Não é dele puxar conversa com estranhos, mas interage com Alex, a garota do caixa. Como David, ela também é americana, e como muitos americanos, filha de refugiados. Sua mãe é filha de uma mulher vietnamita que se envolveu com um soldado americano. É para Alex que David pergunta para onde ela iria se pudesse fazer uma longa viagem. "Hanói", ela responde – e é para lá que ele decide ir. HANÓI Autora: Adriana Lisboa. Editora: Alfaguara (240 págs., R$ 39)Lançamento: Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915). Nesta segunda-feira, 18h30.

Você tem 32 anos, vai ao médico e recebe a sentença de morte que deve ser cumprida em poucos meses: glioblastoma multiforme. O tratamento desse tumor no cérebro é paliativo e só vai servir para dar uma esticadinha na curta linha da vida. Você se revolta, nega e torce para que um novo exame mostre que o alarme foi falso. Pensa em suicídio. Ou entende, aceita, se prepara e caminha tranquilamente para a morte.

Esse é o mote de Hanói, romance que Adriana Lisboa lança nesta segunda-feira, às 18h30, na Livraria da Vila, em São Paulo – haverá um bate-papo com o escritor Luiz Ruffato –, e na quinta, no Rio.

Hanói dura exatamente esse tempo entre a tomada de consciência de um fim iminente e o fim. É David – americano filho de um brasileiro imigrante ilegal e de uma mexicana, que adoraria ter sido um trompetista mas que acabou levando uma vida normal, com um emprego normal e poucos amigos – o protagonista desta história sobre deslocamentos. Uma história com tudo para ser triste, mas que ganhou leveza na narrativa de Adriana Lisboa, que lembra, já nas primeiras páginas, o comportamento dos elefantes: quando sentem que chegou a hora de morrer, eles se isolam da manada.

É mais ou menos como David faz, com a diferença de que o rapaz, órfão de pai e mãe, não tem muito o que deixar para trás. Mesmo assim, ele tem o plano de se neutralizar. "Um plano em que ele fosse se afastando do centro, apagando as letras do seu nome, esfriando a temperatura corporal, respirando mais devagar, falando cada vez mais baixo, até que não estivesse mais ali e as pessoas nem mesmo notassem que em algum momento tinha estado", escreve Adriana.

Mas existe sempre algo de imponderável na vida, e a certeza de que o caminho escolhido para viver a própria morte pode não ser assim tão certa.

Já sabedor de seu diagnóstico, David resolveu entrar pela primeira vez numa lojinha vietnamita perto de sua casa, em Chicago. Não é dele puxar conversa com estranhos, mas interage com Alex, a garota do caixa. Como David, ela também é americana, e como muitos americanos, filha de refugiados. Sua mãe é filha de uma mulher vietnamita que se envolveu com um soldado americano. É para Alex que David pergunta para onde ela iria se pudesse fazer uma longa viagem. "Hanói", ela responde – e é para lá que ele decide ir. HANÓI Autora: Adriana Lisboa. Editora: Alfaguara (240 págs., R$ 39)Lançamento: Livraria da Vila (R. Fradique Coutinho, 915). Nesta segunda-feira, 18h30.

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