Dá o Play | Podcasts de humor (4): 'PandCast FM'


O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais

Por Guilherme Sobota

No futuro, será interessante analisar a produção artística da pandemia – possibilidades narrativas já passaram pelo processo de multiplicação da internet, e a ideia de que a web era simplesmente uma inovação maravilhosa ficou no passado. Porém, ainda há espaço para exploração, como sempre houve nas outras plataformas, e o momento cria condições particulares para o novo, também em podcasts.

Com isso em mente, é uma novidade instigante o PandCast FM, um programa totalmente independente que, em sete episódios (até agora), mistura influências diversas para construir um podcast humorístico sem nenhum par no Brasil.

Em nome da transparência, preciso dizer que fui consultado no início da produção, em março, para dar algumas ideias sobre divulgação, mas o conteúdo (pauta, texto e edição) é feito pela dupla Guilherme Nasser e Laga Villanova, diretores de cena na Pródigo Filmes e fãs dedicados da boa comédia americana, no cinema, na TV e no stand-up. A caprichada identidade visual é obra de Gustavo Bockos, ilustrador e diretor, e outros colaboradores também emprestam vozes e ideias.

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Uma das ilustrações do 'PandCast FM' Foto: Gustavo Bockos

O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais – tudo isso comandado por Tanato Guerra (Nasser), um apresentador das antigas que investe de nova roupagem velhos hábitos de radialistas e apresentadores de televisão.

A cada programa, o podcast continua desenvolvendo sua linguagem, explorando as opções, atento ao contexto social, mas, ao mesmo tempo, buscando a provocação numa inquietude que se reflete no resultado final, sempre pintado em tintas de surrealismo. Em um dos episódios, uma “cigarrinha” aparece no estúdio e faz um repente sobre a morte da humanidade, sob influência de Bob Dylan. Depois, o apresentador vai até a Academia Brasileira de Letras conversar com a palavra “fora”. Ela diz: “Antes eu era coisa boa, sabe? O povo falava: vai brincar lá ‘fora’, criançada. (...) O povo voltava de viagem dizendo que viajou para ‘fora’, com orgulho. Agora eu tô banalizada”, reclama, sobre os “fora, Dilma” e “fora, Bolsonaro” emitidos em profusão. “Você acredita que me botaram até em propaganda contra as drogas?”

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Em outro, o episódio é apresentado do espaço sideral – a edição e o humor ganham contornos, ora, espaciais. “O sol nasceu de novo”, diz o apresentador em um de seus marcantes bordões, antes de iniciar um monólogo em que fala de Yuri Gagarin e existencialismo, e acaba numa interação com marcianos da polícia de fronteira: “Que lugarzinho desgraçado que virou aquela terra, hein?”.

Esse tipo de exploração formal é fundamental para enriquecer o ambiente da produção nacional de podcasts de humor, muito frequentemente resumidos a uma mesa de amigos comentando as notícias da semana em tom falastrão e metralhando piadas sem graça em programas enormes, às vezes preconceituosos, quase sempre desagradáveis. Não surpreende que uma exceção incrível como o PandCast FM tenha nascido independente, de pessoas criativas enfrentando como podem a situação global deste 2020.

Ouça o PandCast FM:

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No futuro, será interessante analisar a produção artística da pandemia – possibilidades narrativas já passaram pelo processo de multiplicação da internet, e a ideia de que a web era simplesmente uma inovação maravilhosa ficou no passado. Porém, ainda há espaço para exploração, como sempre houve nas outras plataformas, e o momento cria condições particulares para o novo, também em podcasts.

Com isso em mente, é uma novidade instigante o PandCast FM, um programa totalmente independente que, em sete episódios (até agora), mistura influências diversas para construir um podcast humorístico sem nenhum par no Brasil.

Em nome da transparência, preciso dizer que fui consultado no início da produção, em março, para dar algumas ideias sobre divulgação, mas o conteúdo (pauta, texto e edição) é feito pela dupla Guilherme Nasser e Laga Villanova, diretores de cena na Pródigo Filmes e fãs dedicados da boa comédia americana, no cinema, na TV e no stand-up. A caprichada identidade visual é obra de Gustavo Bockos, ilustrador e diretor, e outros colaboradores também emprestam vozes e ideias.

Uma das ilustrações do 'PandCast FM' Foto: Gustavo Bockos

O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais – tudo isso comandado por Tanato Guerra (Nasser), um apresentador das antigas que investe de nova roupagem velhos hábitos de radialistas e apresentadores de televisão.

A cada programa, o podcast continua desenvolvendo sua linguagem, explorando as opções, atento ao contexto social, mas, ao mesmo tempo, buscando a provocação numa inquietude que se reflete no resultado final, sempre pintado em tintas de surrealismo. Em um dos episódios, uma “cigarrinha” aparece no estúdio e faz um repente sobre a morte da humanidade, sob influência de Bob Dylan. Depois, o apresentador vai até a Academia Brasileira de Letras conversar com a palavra “fora”. Ela diz: “Antes eu era coisa boa, sabe? O povo falava: vai brincar lá ‘fora’, criançada. (...) O povo voltava de viagem dizendo que viajou para ‘fora’, com orgulho. Agora eu tô banalizada”, reclama, sobre os “fora, Dilma” e “fora, Bolsonaro” emitidos em profusão. “Você acredita que me botaram até em propaganda contra as drogas?”

Em outro, o episódio é apresentado do espaço sideral – a edição e o humor ganham contornos, ora, espaciais. “O sol nasceu de novo”, diz o apresentador em um de seus marcantes bordões, antes de iniciar um monólogo em que fala de Yuri Gagarin e existencialismo, e acaba numa interação com marcianos da polícia de fronteira: “Que lugarzinho desgraçado que virou aquela terra, hein?”.

Esse tipo de exploração formal é fundamental para enriquecer o ambiente da produção nacional de podcasts de humor, muito frequentemente resumidos a uma mesa de amigos comentando as notícias da semana em tom falastrão e metralhando piadas sem graça em programas enormes, às vezes preconceituosos, quase sempre desagradáveis. Não surpreende que uma exceção incrível como o PandCast FM tenha nascido independente, de pessoas criativas enfrentando como podem a situação global deste 2020.

Ouça o PandCast FM:

No futuro, será interessante analisar a produção artística da pandemia – possibilidades narrativas já passaram pelo processo de multiplicação da internet, e a ideia de que a web era simplesmente uma inovação maravilhosa ficou no passado. Porém, ainda há espaço para exploração, como sempre houve nas outras plataformas, e o momento cria condições particulares para o novo, também em podcasts.

Com isso em mente, é uma novidade instigante o PandCast FM, um programa totalmente independente que, em sete episódios (até agora), mistura influências diversas para construir um podcast humorístico sem nenhum par no Brasil.

Em nome da transparência, preciso dizer que fui consultado no início da produção, em março, para dar algumas ideias sobre divulgação, mas o conteúdo (pauta, texto e edição) é feito pela dupla Guilherme Nasser e Laga Villanova, diretores de cena na Pródigo Filmes e fãs dedicados da boa comédia americana, no cinema, na TV e no stand-up. A caprichada identidade visual é obra de Gustavo Bockos, ilustrador e diretor, e outros colaboradores também emprestam vozes e ideias.

Uma das ilustrações do 'PandCast FM' Foto: Gustavo Bockos

O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais – tudo isso comandado por Tanato Guerra (Nasser), um apresentador das antigas que investe de nova roupagem velhos hábitos de radialistas e apresentadores de televisão.

A cada programa, o podcast continua desenvolvendo sua linguagem, explorando as opções, atento ao contexto social, mas, ao mesmo tempo, buscando a provocação numa inquietude que se reflete no resultado final, sempre pintado em tintas de surrealismo. Em um dos episódios, uma “cigarrinha” aparece no estúdio e faz um repente sobre a morte da humanidade, sob influência de Bob Dylan. Depois, o apresentador vai até a Academia Brasileira de Letras conversar com a palavra “fora”. Ela diz: “Antes eu era coisa boa, sabe? O povo falava: vai brincar lá ‘fora’, criançada. (...) O povo voltava de viagem dizendo que viajou para ‘fora’, com orgulho. Agora eu tô banalizada”, reclama, sobre os “fora, Dilma” e “fora, Bolsonaro” emitidos em profusão. “Você acredita que me botaram até em propaganda contra as drogas?”

Em outro, o episódio é apresentado do espaço sideral – a edição e o humor ganham contornos, ora, espaciais. “O sol nasceu de novo”, diz o apresentador em um de seus marcantes bordões, antes de iniciar um monólogo em que fala de Yuri Gagarin e existencialismo, e acaba numa interação com marcianos da polícia de fronteira: “Que lugarzinho desgraçado que virou aquela terra, hein?”.

Esse tipo de exploração formal é fundamental para enriquecer o ambiente da produção nacional de podcasts de humor, muito frequentemente resumidos a uma mesa de amigos comentando as notícias da semana em tom falastrão e metralhando piadas sem graça em programas enormes, às vezes preconceituosos, quase sempre desagradáveis. Não surpreende que uma exceção incrível como o PandCast FM tenha nascido independente, de pessoas criativas enfrentando como podem a situação global deste 2020.

Ouça o PandCast FM:

No futuro, será interessante analisar a produção artística da pandemia – possibilidades narrativas já passaram pelo processo de multiplicação da internet, e a ideia de que a web era simplesmente uma inovação maravilhosa ficou no passado. Porém, ainda há espaço para exploração, como sempre houve nas outras plataformas, e o momento cria condições particulares para o novo, também em podcasts.

Com isso em mente, é uma novidade instigante o PandCast FM, um programa totalmente independente que, em sete episódios (até agora), mistura influências diversas para construir um podcast humorístico sem nenhum par no Brasil.

Em nome da transparência, preciso dizer que fui consultado no início da produção, em março, para dar algumas ideias sobre divulgação, mas o conteúdo (pauta, texto e edição) é feito pela dupla Guilherme Nasser e Laga Villanova, diretores de cena na Pródigo Filmes e fãs dedicados da boa comédia americana, no cinema, na TV e no stand-up. A caprichada identidade visual é obra de Gustavo Bockos, ilustrador e diretor, e outros colaboradores também emprestam vozes e ideias.

Uma das ilustrações do 'PandCast FM' Foto: Gustavo Bockos

O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais – tudo isso comandado por Tanato Guerra (Nasser), um apresentador das antigas que investe de nova roupagem velhos hábitos de radialistas e apresentadores de televisão.

A cada programa, o podcast continua desenvolvendo sua linguagem, explorando as opções, atento ao contexto social, mas, ao mesmo tempo, buscando a provocação numa inquietude que se reflete no resultado final, sempre pintado em tintas de surrealismo. Em um dos episódios, uma “cigarrinha” aparece no estúdio e faz um repente sobre a morte da humanidade, sob influência de Bob Dylan. Depois, o apresentador vai até a Academia Brasileira de Letras conversar com a palavra “fora”. Ela diz: “Antes eu era coisa boa, sabe? O povo falava: vai brincar lá ‘fora’, criançada. (...) O povo voltava de viagem dizendo que viajou para ‘fora’, com orgulho. Agora eu tô banalizada”, reclama, sobre os “fora, Dilma” e “fora, Bolsonaro” emitidos em profusão. “Você acredita que me botaram até em propaganda contra as drogas?”

Em outro, o episódio é apresentado do espaço sideral – a edição e o humor ganham contornos, ora, espaciais. “O sol nasceu de novo”, diz o apresentador em um de seus marcantes bordões, antes de iniciar um monólogo em que fala de Yuri Gagarin e existencialismo, e acaba numa interação com marcianos da polícia de fronteira: “Que lugarzinho desgraçado que virou aquela terra, hein?”.

Esse tipo de exploração formal é fundamental para enriquecer o ambiente da produção nacional de podcasts de humor, muito frequentemente resumidos a uma mesa de amigos comentando as notícias da semana em tom falastrão e metralhando piadas sem graça em programas enormes, às vezes preconceituosos, quase sempre desagradáveis. Não surpreende que uma exceção incrível como o PandCast FM tenha nascido independente, de pessoas criativas enfrentando como podem a situação global deste 2020.

Ouça o PandCast FM:

No futuro, será interessante analisar a produção artística da pandemia – possibilidades narrativas já passaram pelo processo de multiplicação da internet, e a ideia de que a web era simplesmente uma inovação maravilhosa ficou no passado. Porém, ainda há espaço para exploração, como sempre houve nas outras plataformas, e o momento cria condições particulares para o novo, também em podcasts.

Com isso em mente, é uma novidade instigante o PandCast FM, um programa totalmente independente que, em sete episódios (até agora), mistura influências diversas para construir um podcast humorístico sem nenhum par no Brasil.

Em nome da transparência, preciso dizer que fui consultado no início da produção, em março, para dar algumas ideias sobre divulgação, mas o conteúdo (pauta, texto e edição) é feito pela dupla Guilherme Nasser e Laga Villanova, diretores de cena na Pródigo Filmes e fãs dedicados da boa comédia americana, no cinema, na TV e no stand-up. A caprichada identidade visual é obra de Gustavo Bockos, ilustrador e diretor, e outros colaboradores também emprestam vozes e ideias.

Uma das ilustrações do 'PandCast FM' Foto: Gustavo Bockos

O formato da rádio popular é a base de uma exploração que envolve esquetes, entrevistas fictícias, músicas, relatos pessoais de personagens caricatos, um tratamento absurdo de notícias reais – tudo isso comandado por Tanato Guerra (Nasser), um apresentador das antigas que investe de nova roupagem velhos hábitos de radialistas e apresentadores de televisão.

A cada programa, o podcast continua desenvolvendo sua linguagem, explorando as opções, atento ao contexto social, mas, ao mesmo tempo, buscando a provocação numa inquietude que se reflete no resultado final, sempre pintado em tintas de surrealismo. Em um dos episódios, uma “cigarrinha” aparece no estúdio e faz um repente sobre a morte da humanidade, sob influência de Bob Dylan. Depois, o apresentador vai até a Academia Brasileira de Letras conversar com a palavra “fora”. Ela diz: “Antes eu era coisa boa, sabe? O povo falava: vai brincar lá ‘fora’, criançada. (...) O povo voltava de viagem dizendo que viajou para ‘fora’, com orgulho. Agora eu tô banalizada”, reclama, sobre os “fora, Dilma” e “fora, Bolsonaro” emitidos em profusão. “Você acredita que me botaram até em propaganda contra as drogas?”

Em outro, o episódio é apresentado do espaço sideral – a edição e o humor ganham contornos, ora, espaciais. “O sol nasceu de novo”, diz o apresentador em um de seus marcantes bordões, antes de iniciar um monólogo em que fala de Yuri Gagarin e existencialismo, e acaba numa interação com marcianos da polícia de fronteira: “Que lugarzinho desgraçado que virou aquela terra, hein?”.

Esse tipo de exploração formal é fundamental para enriquecer o ambiente da produção nacional de podcasts de humor, muito frequentemente resumidos a uma mesa de amigos comentando as notícias da semana em tom falastrão e metralhando piadas sem graça em programas enormes, às vezes preconceituosos, quase sempre desagradáveis. Não surpreende que uma exceção incrível como o PandCast FM tenha nascido independente, de pessoas criativas enfrentando como podem a situação global deste 2020.

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