Dennis Lehane, autor de ´Sobre Meninos e Lobos´, na Flip


Escritor policial diz que não acredita que vá mudar a história da literatura

Por Redação

Dennis Lehane é, antes de um escritor policial, um genuíno professor. Fala com extrema objetividade e lógica. Não se considera um revolucionário da sintaxe nem acredita que vá mudar a história da literatura, mas diz que se dedica ao extremo ao escrever um livro. O que está em preparo, por exemplo, exigiu um ano de pesquisas e quatro de elaboração. Quase tanto como seu livro mais famoso, Mystic River, filmado por Clint Eastwood e lançado com o título brasileiro de Sobre Meninos e Lobos. Contudo, ao contrário desse, nele Lehane não vai tratar de pedofilia, abuso sexual e garotos que brincam juntos num bairro pobre e depois se tornam policiais. Vai, sim, abordar problemas sociais, mas num outro patamar. Quando dá aulas de teoria literária, diz Lehane, ele tampouco tenta incentivar seus alunos ao ensaio antropológico. Leva-os ao confronto com a lógica aristotélica e não incentiva o cruzamento híbrido de gêneros. Um livro policial é um livro policial, não um tratado sociológico. Dennis Lehane prefere ler Elmore Leonard a James Joyce, diz, não porque deixe de reconhecer no último a genialidade, mas por se ver mais no primeiro. Foi com o modelo de Leonard na cabeça que escreveu seu primeiro livro, aos 25 anos. Hoje, com 41, lembra que Um Drink Antes da Guerra foi escrito justamente porque, na universidade, entediou-se com os exercícios literários pseudovanguardistas. Foi justamente esse livro que apresentou os investigadores particulares Angie Gennaro e Patrick Kenzie aos leitores de Lehane. Sobre Meninos e Lobos foi o primeiro a dispensar a dupla para contar a história de um garoto seqüestrado que sofre abuso sexual. Foi também a primeira vez que o personagem principal não trazia um homem, mas um rio que separa uma cidade em duas (no caso, Boston, dividida entre a rica Charleston e a pobre região do Chelsea), representação metafórica que Clint Eastwood, segundo Lehane, captou muito bem. Primeiro roteiro Nos dois filmes que foram feitos baseados em seus livros (além de Sobre Meninos e Lobos, Ben Affleck dirige Gone, Baby, Gone, que será lançado no final do ano), Lehane diz que não se deixou influenciar pela posição política de seus realizadores ao vender os direitos de adaptação cinematográfica. Deixa-os livres. Não deve ser assim com o primeiro roteiro que assina, o de Until Gwen, dirigido por Josh Olson, sobre um garoto iletrado criado às margens da sociedade. Baseado num conto do escritor americano, Until Gwen seria uma espécie de Faulkner revisitado se Lehane escrevesse o que ele chama de "literatura social". É o que faria, diz, se não fosse autor de novelas policiais. "Está claro que o mundo está cada vez mais dividido entre os muito ricos e os muito pobres e alguém precisa se ocupar disso". Ele, diz, ocupa-se da violência. "Tive muitos amigos violentos quando estava na faculdade e, embora não me julgasse superior, achei que poderia escrever sobre o tema". Em Gone, Baby, Gone, por exemplo, o seqüestro de uma garota de quatro anos leva os investigadores a um mundo de traficantes e criminosos. O fato de, mais uma vez, Boston ser o cenário de uma história violenta de seqüestro deixou Lehane mal com os habitantes da cidade? "Não, eles gostaram de Sobre Meninos e Lobos e me enforcariam se eu transmitisse uma imagem só negativa da cidade", diz, rindo. Lehane, católico de formação, atribui sua função pedagógica e seu compromisso social a uma espécie de sentimento de culpa despertado pela própria religião. "Talvez seja por isso que não largo as aulas de teoria literária", analisa. "O sucesso, para um católico, assusta".

Dennis Lehane é, antes de um escritor policial, um genuíno professor. Fala com extrema objetividade e lógica. Não se considera um revolucionário da sintaxe nem acredita que vá mudar a história da literatura, mas diz que se dedica ao extremo ao escrever um livro. O que está em preparo, por exemplo, exigiu um ano de pesquisas e quatro de elaboração. Quase tanto como seu livro mais famoso, Mystic River, filmado por Clint Eastwood e lançado com o título brasileiro de Sobre Meninos e Lobos. Contudo, ao contrário desse, nele Lehane não vai tratar de pedofilia, abuso sexual e garotos que brincam juntos num bairro pobre e depois se tornam policiais. Vai, sim, abordar problemas sociais, mas num outro patamar. Quando dá aulas de teoria literária, diz Lehane, ele tampouco tenta incentivar seus alunos ao ensaio antropológico. Leva-os ao confronto com a lógica aristotélica e não incentiva o cruzamento híbrido de gêneros. Um livro policial é um livro policial, não um tratado sociológico. Dennis Lehane prefere ler Elmore Leonard a James Joyce, diz, não porque deixe de reconhecer no último a genialidade, mas por se ver mais no primeiro. Foi com o modelo de Leonard na cabeça que escreveu seu primeiro livro, aos 25 anos. Hoje, com 41, lembra que Um Drink Antes da Guerra foi escrito justamente porque, na universidade, entediou-se com os exercícios literários pseudovanguardistas. Foi justamente esse livro que apresentou os investigadores particulares Angie Gennaro e Patrick Kenzie aos leitores de Lehane. Sobre Meninos e Lobos foi o primeiro a dispensar a dupla para contar a história de um garoto seqüestrado que sofre abuso sexual. Foi também a primeira vez que o personagem principal não trazia um homem, mas um rio que separa uma cidade em duas (no caso, Boston, dividida entre a rica Charleston e a pobre região do Chelsea), representação metafórica que Clint Eastwood, segundo Lehane, captou muito bem. Primeiro roteiro Nos dois filmes que foram feitos baseados em seus livros (além de Sobre Meninos e Lobos, Ben Affleck dirige Gone, Baby, Gone, que será lançado no final do ano), Lehane diz que não se deixou influenciar pela posição política de seus realizadores ao vender os direitos de adaptação cinematográfica. Deixa-os livres. Não deve ser assim com o primeiro roteiro que assina, o de Until Gwen, dirigido por Josh Olson, sobre um garoto iletrado criado às margens da sociedade. Baseado num conto do escritor americano, Until Gwen seria uma espécie de Faulkner revisitado se Lehane escrevesse o que ele chama de "literatura social". É o que faria, diz, se não fosse autor de novelas policiais. "Está claro que o mundo está cada vez mais dividido entre os muito ricos e os muito pobres e alguém precisa se ocupar disso". Ele, diz, ocupa-se da violência. "Tive muitos amigos violentos quando estava na faculdade e, embora não me julgasse superior, achei que poderia escrever sobre o tema". Em Gone, Baby, Gone, por exemplo, o seqüestro de uma garota de quatro anos leva os investigadores a um mundo de traficantes e criminosos. O fato de, mais uma vez, Boston ser o cenário de uma história violenta de seqüestro deixou Lehane mal com os habitantes da cidade? "Não, eles gostaram de Sobre Meninos e Lobos e me enforcariam se eu transmitisse uma imagem só negativa da cidade", diz, rindo. Lehane, católico de formação, atribui sua função pedagógica e seu compromisso social a uma espécie de sentimento de culpa despertado pela própria religião. "Talvez seja por isso que não largo as aulas de teoria literária", analisa. "O sucesso, para um católico, assusta".

Dennis Lehane é, antes de um escritor policial, um genuíno professor. Fala com extrema objetividade e lógica. Não se considera um revolucionário da sintaxe nem acredita que vá mudar a história da literatura, mas diz que se dedica ao extremo ao escrever um livro. O que está em preparo, por exemplo, exigiu um ano de pesquisas e quatro de elaboração. Quase tanto como seu livro mais famoso, Mystic River, filmado por Clint Eastwood e lançado com o título brasileiro de Sobre Meninos e Lobos. Contudo, ao contrário desse, nele Lehane não vai tratar de pedofilia, abuso sexual e garotos que brincam juntos num bairro pobre e depois se tornam policiais. Vai, sim, abordar problemas sociais, mas num outro patamar. Quando dá aulas de teoria literária, diz Lehane, ele tampouco tenta incentivar seus alunos ao ensaio antropológico. Leva-os ao confronto com a lógica aristotélica e não incentiva o cruzamento híbrido de gêneros. Um livro policial é um livro policial, não um tratado sociológico. Dennis Lehane prefere ler Elmore Leonard a James Joyce, diz, não porque deixe de reconhecer no último a genialidade, mas por se ver mais no primeiro. Foi com o modelo de Leonard na cabeça que escreveu seu primeiro livro, aos 25 anos. Hoje, com 41, lembra que Um Drink Antes da Guerra foi escrito justamente porque, na universidade, entediou-se com os exercícios literários pseudovanguardistas. Foi justamente esse livro que apresentou os investigadores particulares Angie Gennaro e Patrick Kenzie aos leitores de Lehane. Sobre Meninos e Lobos foi o primeiro a dispensar a dupla para contar a história de um garoto seqüestrado que sofre abuso sexual. Foi também a primeira vez que o personagem principal não trazia um homem, mas um rio que separa uma cidade em duas (no caso, Boston, dividida entre a rica Charleston e a pobre região do Chelsea), representação metafórica que Clint Eastwood, segundo Lehane, captou muito bem. Primeiro roteiro Nos dois filmes que foram feitos baseados em seus livros (além de Sobre Meninos e Lobos, Ben Affleck dirige Gone, Baby, Gone, que será lançado no final do ano), Lehane diz que não se deixou influenciar pela posição política de seus realizadores ao vender os direitos de adaptação cinematográfica. Deixa-os livres. Não deve ser assim com o primeiro roteiro que assina, o de Until Gwen, dirigido por Josh Olson, sobre um garoto iletrado criado às margens da sociedade. Baseado num conto do escritor americano, Until Gwen seria uma espécie de Faulkner revisitado se Lehane escrevesse o que ele chama de "literatura social". É o que faria, diz, se não fosse autor de novelas policiais. "Está claro que o mundo está cada vez mais dividido entre os muito ricos e os muito pobres e alguém precisa se ocupar disso". Ele, diz, ocupa-se da violência. "Tive muitos amigos violentos quando estava na faculdade e, embora não me julgasse superior, achei que poderia escrever sobre o tema". Em Gone, Baby, Gone, por exemplo, o seqüestro de uma garota de quatro anos leva os investigadores a um mundo de traficantes e criminosos. O fato de, mais uma vez, Boston ser o cenário de uma história violenta de seqüestro deixou Lehane mal com os habitantes da cidade? "Não, eles gostaram de Sobre Meninos e Lobos e me enforcariam se eu transmitisse uma imagem só negativa da cidade", diz, rindo. Lehane, católico de formação, atribui sua função pedagógica e seu compromisso social a uma espécie de sentimento de culpa despertado pela própria religião. "Talvez seja por isso que não largo as aulas de teoria literária", analisa. "O sucesso, para um católico, assusta".

Dennis Lehane é, antes de um escritor policial, um genuíno professor. Fala com extrema objetividade e lógica. Não se considera um revolucionário da sintaxe nem acredita que vá mudar a história da literatura, mas diz que se dedica ao extremo ao escrever um livro. O que está em preparo, por exemplo, exigiu um ano de pesquisas e quatro de elaboração. Quase tanto como seu livro mais famoso, Mystic River, filmado por Clint Eastwood e lançado com o título brasileiro de Sobre Meninos e Lobos. Contudo, ao contrário desse, nele Lehane não vai tratar de pedofilia, abuso sexual e garotos que brincam juntos num bairro pobre e depois se tornam policiais. Vai, sim, abordar problemas sociais, mas num outro patamar. Quando dá aulas de teoria literária, diz Lehane, ele tampouco tenta incentivar seus alunos ao ensaio antropológico. Leva-os ao confronto com a lógica aristotélica e não incentiva o cruzamento híbrido de gêneros. Um livro policial é um livro policial, não um tratado sociológico. Dennis Lehane prefere ler Elmore Leonard a James Joyce, diz, não porque deixe de reconhecer no último a genialidade, mas por se ver mais no primeiro. Foi com o modelo de Leonard na cabeça que escreveu seu primeiro livro, aos 25 anos. Hoje, com 41, lembra que Um Drink Antes da Guerra foi escrito justamente porque, na universidade, entediou-se com os exercícios literários pseudovanguardistas. Foi justamente esse livro que apresentou os investigadores particulares Angie Gennaro e Patrick Kenzie aos leitores de Lehane. Sobre Meninos e Lobos foi o primeiro a dispensar a dupla para contar a história de um garoto seqüestrado que sofre abuso sexual. Foi também a primeira vez que o personagem principal não trazia um homem, mas um rio que separa uma cidade em duas (no caso, Boston, dividida entre a rica Charleston e a pobre região do Chelsea), representação metafórica que Clint Eastwood, segundo Lehane, captou muito bem. Primeiro roteiro Nos dois filmes que foram feitos baseados em seus livros (além de Sobre Meninos e Lobos, Ben Affleck dirige Gone, Baby, Gone, que será lançado no final do ano), Lehane diz que não se deixou influenciar pela posição política de seus realizadores ao vender os direitos de adaptação cinematográfica. Deixa-os livres. Não deve ser assim com o primeiro roteiro que assina, o de Until Gwen, dirigido por Josh Olson, sobre um garoto iletrado criado às margens da sociedade. Baseado num conto do escritor americano, Until Gwen seria uma espécie de Faulkner revisitado se Lehane escrevesse o que ele chama de "literatura social". É o que faria, diz, se não fosse autor de novelas policiais. "Está claro que o mundo está cada vez mais dividido entre os muito ricos e os muito pobres e alguém precisa se ocupar disso". Ele, diz, ocupa-se da violência. "Tive muitos amigos violentos quando estava na faculdade e, embora não me julgasse superior, achei que poderia escrever sobre o tema". Em Gone, Baby, Gone, por exemplo, o seqüestro de uma garota de quatro anos leva os investigadores a um mundo de traficantes e criminosos. O fato de, mais uma vez, Boston ser o cenário de uma história violenta de seqüestro deixou Lehane mal com os habitantes da cidade? "Não, eles gostaram de Sobre Meninos e Lobos e me enforcariam se eu transmitisse uma imagem só negativa da cidade", diz, rindo. Lehane, católico de formação, atribui sua função pedagógica e seu compromisso social a uma espécie de sentimento de culpa despertado pela própria religião. "Talvez seja por isso que não largo as aulas de teoria literária", analisa. "O sucesso, para um católico, assusta".

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