Sergio Sá Leitão bem que pressentiu. Antes do show de Roger Waters, terça-feira, ele esteve nos bastidores do palco do Allianz Parque. Ali, na conversa com o empresário do artista, o ministro da Cultura - que tirou uma semana de férias - soube que Waters iria se manifestar politicamente.
"Avisei que a situação no Brasil é delicada, que o País está dividido", contou à coluna. Não adiantou.
Dito e feito. No fim do show, a plateia vaiou o artista quando o nome de Bolsonaro apareceu na lista de neofascistas do mundo em telão gigante do palco. Foram mais de cinco minutos de vaia ininterrupta, com aplausos menos barulhentos. Os "contra" o candidato do PSL quase tiveram que sair de fininho... por medo de agressões.
Waters falou em meio à gritaria, apesar de não estar sendo ouvido. Ele pareceu surpreso e sem saber o que fazer. E o bis simplesmente não existiu...
Profissional
Indagado ontem sobre o ocorrido, se iria pedir para Waters eliminar do seu show a manifestação antifascista, Fernando Alterio, da Time for Fun - organizadora do evento - declarou: "Não interferimos nas apresentações de artistas". Xarás, pero no mucho
O cantor Roger, do Ultraje a rigor, criticou Waters nas redes sociais. Segundo o apoiador de Bolsonaro, seu xará é "um babaca" e deveria ter acusado o governo de Maduro. Ele concluiu: "Cada um tem o Roger que merece. Eu sou mais eu".
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