Ao Paraíso
Hanya Yanagihara
Editora: Companhia das Letras
720 páginas. R$ 129,90
A escritora Hanya Yanagihara, nascida no Havaí, escreveu um romance denso que o escritor Edmund White classificou de “tão bom quanto ‘Guerra e Paz’”. Com tantas camadas históricas (de 1893 ao futuro, em 2093), Ao Paraíso fala de famílias alternativas, diversidade sexual, governos autoritários e atos revolucionários. (Antonio Gonçalves Filho)
*
A Letra da Lei
Autor: Linda Colley
Editora: Zahar
472 páginas. R$ 114,90
A historiadora inglesa Linda Colley assumiu a tarefa de contar como as constituições evoluíram nas sociedades modernas, a ponto de emancipar todas as mulheres da ilha Pitcairn, no Pacífico, em 1838. E destaca o papel que as constituições tiveram na literatura, mas não na emancipação de índios e escravizados. (A.G.F)
*
*
A Luta Verbal: A Preparação do Escritor
Autor: Raimundo Carrero
Editora Iluminuras
264 páginas. R$ 89
O premiado escritor pernambucano Raimundo Carrero, aos 74 anos, analisa, em A Luta Verbal, não só as técnicas de escrita de Graciliano Ramos e Jorge Amado, mas de autores contemporâneos como Itamar Vieira Júnior. Carrero dá oficinas de criação literária e foi assessor de Gilberto Freyre. Tem muito a ensinar. (A.G.F)
*
A Tragédia do Rei Christophe
Autor: Aimé Césaire
Editora Cobogó
240 páginas. R$ 68
O poeta, ensaísta e político caribenho Aimé Césaire foi um homem de incômoda independência ideológica que escreveu sobre o colonialismo, a condição do negro e uma peça, A Tragédia do Rei Christophe, ambientada no século 19, que fala do Haiti e dos esforços de africanos escravizados e sua resistência à violência colonial. (A.G.F)
*
O Nascimento da Sociologia
Johan Heilbron
Editora Edusp
448 páginas. R$ 84
Considerado um autor incontornável, o holandês Johan Heilbron escreveu O Nascimento da Sociologia em 1990, agora traduzido no Brasil. Das academias de filósofos do Antigo Regime aos pensadores do século 19, passando pelos positivistas, Heilbron reflete sobre a vida em sociedade com erudição e sensibilidade. (A.G.F)
*
Abraço Apertado
Émile Ajar (Romain Gary)
Tradução de Rosa Freire D’Aguiar
Editora: Todavia
224 páginas R$ 64,90 - R$ 39,90 (E-book)
Michel Cousin mora em um apartamento quarto-sala no centro de Paris com seu mascote, uma cobra píton de mais de dois metros de comprimento. É uma simpatia incomum, que intriga todos ao seu redor, rende burburinhos no trabalho, afinal, por que a fixação com um predador temido na natureza – ele leva na carteira uma foto 3x4 do animal. Gros-Câlin, que veio da África, é também uma metáfora criada por Émile Ajar, pseudônimo do escritor Romain Gary, autor de A Vida Pela Frente e As Pipas. (Matheus Lopes Quirino)
*
A Árvore Mãe
Suzanne Simard
Tradução de Laura Teixeira Motta
Editora: Zahar
408 páginas R$ 109,90 - R$ 44,90 (E-book)
A pesquisadora e ecologista Suzanne Simard deixa de lado o lugar comum de que o ser humano deve salvar o planeta e afirma que as árvores têm o poder de salvar os seres humanos. Por ironia, Simard é cria de uma família de madeireiros e, ao observar florestas desde pequena, passou a amá-las e pesquisar sobre seus complexos sistemas ecológicos, como a rede subterrânea de troncos e veios, em que elas trocam nutrientes. (M.L.Q)
*
Dias de Areia
Aimée de Jongh
Tradução: Bruno Ferreira Castro e Fernando Scheibe
Editora: Nemo
288 páginas R$ 84,90 - R$ 59,90
A Graphic Novel Dias de Areia, de Aimée de Jongh, mostra como a seca atingiu os Estados Unidos de maneira crítica na década de 1930. O fotógrafo John Clark, um jornalista em início de carreira, é escalado para cobrir o impacto das tempestades de areia na região do Dust Bowl, no centro do País. Lá, ele retrata a vida miserável dos sulistas, em atmosferas marcadas por preconceito, violência e segregação racial. Além do traço da cartunista, fotos da época mostram a dura realidade. (M.L.Q)
*
Cartas a um Jovem Poeta
Rainer Maria Rilke e Franz Caier Kappus
Tradução de Claudia Dornbusch
Editora: Planeta
208 páginas R$ 49,90
Os poetas Rainer Maria Rilke e Franz Kappus iniciaram uma das correspondências memoráveis da literatura. Era o ano de 1903, Rilke recebe uma carta do jovem candidato a escritor. E responde. A partir daí, os dois iniciam uma relação epistolar profunda, em que falam do poder da literatura, do amor, das angústias e da solidão. Esse também é um tratado da aprendizagem, onde um homem mais velho ensina o mais novo sobre as imperfeições da vida. (M.L.Q)
*
O Passageiro
Ulrich Alexander Boschwitz
Tradução de Gisele Eberspächer
Editora: DBA
288 páginas R$ 59,90
Ulrich Alexander Boschwitz teve uma vida breve. Morreu aos 27 anos, quando se preparava para voltar à Inglaterra depois do exílio forçado na Austrália. Seu navio foi atingido por um projétil, uma história trágica. Seu nome, por muito tempo, ficou no anonimato, até o editor alemão Peter Graf publicar, em 2017, o thriller O Passageiro, que conta a história de Otto Silberman, judeu abastado que vê o embrião nazismo na Alemanha. A perseguição é inevitável, e Boschwitz mostra essa tensão página a página. Chiclete. (M.L.Q)