Literatura infantil e outras histórias

Lúcia Hiratsuka usa craft, carvão, pastel e muita delicadeza para contar a história da avó em 'Orie'


Avó materna da escritora imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Livro trata da infância, em uma cidade rural japonesa

Por Bia Reis
 Foto: Estadão

Orie, da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, é delicadeza pura em forma de livro. Delicadeza na história, no jeito de contá-la, no ritmo, nos desenhos.

Orie é a avó materna de Lúcia que imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Viveu no País por mais de 80 anos e acostumou-se à vida por aqui. Gostava de fazer café e misturar a comida brasileira à japonesa, conta a autora. Nunca voltou à vila onde nasceu e passou os primeiros anos da infância e a adolescência. "Ela dizia que queria guardar na memória o local como era, não com as transformações do tempo", diz Lúcia. Orie morreu em 2007, aos 104 anos.

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Da avó, a escritora herdou o gosto por contar histórias. Ela ensinava lendas japonesas e falava de sua vida no Japão. Foi uma das histórias da avó menina que Lúcia transformou em livro.

Na obra, Orie balança no barco para chegar à cidade com os pais, que trabalham com transporte de produtos. Ela sente o chacoalhar do rio e vê o vai e vem dos peixinhos e do remo de bambu que os ajuda a se deslocar na água. Orie se sente feliz entre os braços fortes do pai e os olhos macios da mãe. "O barco parece um ninho. Pai, mãe, Orie, que nem passarinho", descreve Lúcia.

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A cidade está cheia de gente de vários lugares.

"Hora de olhar gente. Roupa, cabelo, calçado.Hora de ouvir barulho. Trombeta, conversa, passos.Hora de sentir cheiro. Fritura, perfume, fumaça.Hora de brincar. Bola, peteca, máscara."

No retorno, o cansaço faz a menina perceber o quão duro é o chão do barco, o quão comprido é o rio em que navega. O barco passa por uma ponte e, do alto, uma moça lança um lenço amarrado em laço. O fato, verdadeiro, é das histórias que Lúcia mais se lembra da avó contar. Gostava de detalhes, os guardava na memória.

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E o barco continua indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando...

Para Lúcia, a delicadeza do livro está no barco e no que ele tem de simbólico, no papel craft utilizado e na técnica empregada - o sumiê. "A ideia do craft veio por causa da terra, que me lembra a infância, por ter crescido em um sítio. Ele dá a sensação de aquecer", diz a ilustradora. A cor do papel faz branco e preto parecerem querer saltar das páginas. "Já o laranja, o amarelo e o azul 'respiram' a cor do craft." Para os desenhos, Lúcia usou carvão, lápis carvão, grafite e pastel. E delicadeza, muita delicadeza.

ServiçoOrieEscritora e ilustradora: Lúcia HiratsukaEditora: Pequena ZaharPreço: R$ 44,90 (capa dura)

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 Foto: Estadão

Orie, da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, é delicadeza pura em forma de livro. Delicadeza na história, no jeito de contá-la, no ritmo, nos desenhos.

Orie é a avó materna de Lúcia que imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Viveu no País por mais de 80 anos e acostumou-se à vida por aqui. Gostava de fazer café e misturar a comida brasileira à japonesa, conta a autora. Nunca voltou à vila onde nasceu e passou os primeiros anos da infância e a adolescência. "Ela dizia que queria guardar na memória o local como era, não com as transformações do tempo", diz Lúcia. Orie morreu em 2007, aos 104 anos.

Da avó, a escritora herdou o gosto por contar histórias. Ela ensinava lendas japonesas e falava de sua vida no Japão. Foi uma das histórias da avó menina que Lúcia transformou em livro.

Na obra, Orie balança no barco para chegar à cidade com os pais, que trabalham com transporte de produtos. Ela sente o chacoalhar do rio e vê o vai e vem dos peixinhos e do remo de bambu que os ajuda a se deslocar na água. Orie se sente feliz entre os braços fortes do pai e os olhos macios da mãe. "O barco parece um ninho. Pai, mãe, Orie, que nem passarinho", descreve Lúcia.

A cidade está cheia de gente de vários lugares.

"Hora de olhar gente. Roupa, cabelo, calçado.Hora de ouvir barulho. Trombeta, conversa, passos.Hora de sentir cheiro. Fritura, perfume, fumaça.Hora de brincar. Bola, peteca, máscara."

No retorno, o cansaço faz a menina perceber o quão duro é o chão do barco, o quão comprido é o rio em que navega. O barco passa por uma ponte e, do alto, uma moça lança um lenço amarrado em laço. O fato, verdadeiro, é das histórias que Lúcia mais se lembra da avó contar. Gostava de detalhes, os guardava na memória.

E o barco continua indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando...

Para Lúcia, a delicadeza do livro está no barco e no que ele tem de simbólico, no papel craft utilizado e na técnica empregada - o sumiê. "A ideia do craft veio por causa da terra, que me lembra a infância, por ter crescido em um sítio. Ele dá a sensação de aquecer", diz a ilustradora. A cor do papel faz branco e preto parecerem querer saltar das páginas. "Já o laranja, o amarelo e o azul 'respiram' a cor do craft." Para os desenhos, Lúcia usou carvão, lápis carvão, grafite e pastel. E delicadeza, muita delicadeza.

ServiçoOrieEscritora e ilustradora: Lúcia HiratsukaEditora: Pequena ZaharPreço: R$ 44,90 (capa dura)

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Orie, da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, é delicadeza pura em forma de livro. Delicadeza na história, no jeito de contá-la, no ritmo, nos desenhos.

Orie é a avó materna de Lúcia que imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Viveu no País por mais de 80 anos e acostumou-se à vida por aqui. Gostava de fazer café e misturar a comida brasileira à japonesa, conta a autora. Nunca voltou à vila onde nasceu e passou os primeiros anos da infância e a adolescência. "Ela dizia que queria guardar na memória o local como era, não com as transformações do tempo", diz Lúcia. Orie morreu em 2007, aos 104 anos.

Da avó, a escritora herdou o gosto por contar histórias. Ela ensinava lendas japonesas e falava de sua vida no Japão. Foi uma das histórias da avó menina que Lúcia transformou em livro.

Na obra, Orie balança no barco para chegar à cidade com os pais, que trabalham com transporte de produtos. Ela sente o chacoalhar do rio e vê o vai e vem dos peixinhos e do remo de bambu que os ajuda a se deslocar na água. Orie se sente feliz entre os braços fortes do pai e os olhos macios da mãe. "O barco parece um ninho. Pai, mãe, Orie, que nem passarinho", descreve Lúcia.

A cidade está cheia de gente de vários lugares.

"Hora de olhar gente. Roupa, cabelo, calçado.Hora de ouvir barulho. Trombeta, conversa, passos.Hora de sentir cheiro. Fritura, perfume, fumaça.Hora de brincar. Bola, peteca, máscara."

No retorno, o cansaço faz a menina perceber o quão duro é o chão do barco, o quão comprido é o rio em que navega. O barco passa por uma ponte e, do alto, uma moça lança um lenço amarrado em laço. O fato, verdadeiro, é das histórias que Lúcia mais se lembra da avó contar. Gostava de detalhes, os guardava na memória.

E o barco continua indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando...

Para Lúcia, a delicadeza do livro está no barco e no que ele tem de simbólico, no papel craft utilizado e na técnica empregada - o sumiê. "A ideia do craft veio por causa da terra, que me lembra a infância, por ter crescido em um sítio. Ele dá a sensação de aquecer", diz a ilustradora. A cor do papel faz branco e preto parecerem querer saltar das páginas. "Já o laranja, o amarelo e o azul 'respiram' a cor do craft." Para os desenhos, Lúcia usou carvão, lápis carvão, grafite e pastel. E delicadeza, muita delicadeza.

ServiçoOrieEscritora e ilustradora: Lúcia HiratsukaEditora: Pequena ZaharPreço: R$ 44,90 (capa dura)

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Orie, da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, é delicadeza pura em forma de livro. Delicadeza na história, no jeito de contá-la, no ritmo, nos desenhos.

Orie é a avó materna de Lúcia que imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Viveu no País por mais de 80 anos e acostumou-se à vida por aqui. Gostava de fazer café e misturar a comida brasileira à japonesa, conta a autora. Nunca voltou à vila onde nasceu e passou os primeiros anos da infância e a adolescência. "Ela dizia que queria guardar na memória o local como era, não com as transformações do tempo", diz Lúcia. Orie morreu em 2007, aos 104 anos.

Da avó, a escritora herdou o gosto por contar histórias. Ela ensinava lendas japonesas e falava de sua vida no Japão. Foi uma das histórias da avó menina que Lúcia transformou em livro.

Na obra, Orie balança no barco para chegar à cidade com os pais, que trabalham com transporte de produtos. Ela sente o chacoalhar do rio e vê o vai e vem dos peixinhos e do remo de bambu que os ajuda a se deslocar na água. Orie se sente feliz entre os braços fortes do pai e os olhos macios da mãe. "O barco parece um ninho. Pai, mãe, Orie, que nem passarinho", descreve Lúcia.

A cidade está cheia de gente de vários lugares.

"Hora de olhar gente. Roupa, cabelo, calçado.Hora de ouvir barulho. Trombeta, conversa, passos.Hora de sentir cheiro. Fritura, perfume, fumaça.Hora de brincar. Bola, peteca, máscara."

No retorno, o cansaço faz a menina perceber o quão duro é o chão do barco, o quão comprido é o rio em que navega. O barco passa por uma ponte e, do alto, uma moça lança um lenço amarrado em laço. O fato, verdadeiro, é das histórias que Lúcia mais se lembra da avó contar. Gostava de detalhes, os guardava na memória.

E o barco continua indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando...

Para Lúcia, a delicadeza do livro está no barco e no que ele tem de simbólico, no papel craft utilizado e na técnica empregada - o sumiê. "A ideia do craft veio por causa da terra, que me lembra a infância, por ter crescido em um sítio. Ele dá a sensação de aquecer", diz a ilustradora. A cor do papel faz branco e preto parecerem querer saltar das páginas. "Já o laranja, o amarelo e o azul 'respiram' a cor do craft." Para os desenhos, Lúcia usou carvão, lápis carvão, grafite e pastel. E delicadeza, muita delicadeza.

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Orie, da escritora e ilustradora Lúcia Hiratsuka, é delicadeza pura em forma de livro. Delicadeza na história, no jeito de contá-la, no ritmo, nos desenhos.

Orie é a avó materna de Lúcia que imigrou para o Brasil no começo do século passado, quando tinha cerca de 20 anos. Viveu no País por mais de 80 anos e acostumou-se à vida por aqui. Gostava de fazer café e misturar a comida brasileira à japonesa, conta a autora. Nunca voltou à vila onde nasceu e passou os primeiros anos da infância e a adolescência. "Ela dizia que queria guardar na memória o local como era, não com as transformações do tempo", diz Lúcia. Orie morreu em 2007, aos 104 anos.

Da avó, a escritora herdou o gosto por contar histórias. Ela ensinava lendas japonesas e falava de sua vida no Japão. Foi uma das histórias da avó menina que Lúcia transformou em livro.

Na obra, Orie balança no barco para chegar à cidade com os pais, que trabalham com transporte de produtos. Ela sente o chacoalhar do rio e vê o vai e vem dos peixinhos e do remo de bambu que os ajuda a se deslocar na água. Orie se sente feliz entre os braços fortes do pai e os olhos macios da mãe. "O barco parece um ninho. Pai, mãe, Orie, que nem passarinho", descreve Lúcia.

A cidade está cheia de gente de vários lugares.

"Hora de olhar gente. Roupa, cabelo, calçado.Hora de ouvir barulho. Trombeta, conversa, passos.Hora de sentir cheiro. Fritura, perfume, fumaça.Hora de brincar. Bola, peteca, máscara."

No retorno, o cansaço faz a menina perceber o quão duro é o chão do barco, o quão comprido é o rio em que navega. O barco passa por uma ponte e, do alto, uma moça lança um lenço amarrado em laço. O fato, verdadeiro, é das histórias que Lúcia mais se lembra da avó contar. Gostava de detalhes, os guardava na memória.

E o barco continua indo e voltando, indo e voltando, indo e voltando...

Para Lúcia, a delicadeza do livro está no barco e no que ele tem de simbólico, no papel craft utilizado e na técnica empregada - o sumiê. "A ideia do craft veio por causa da terra, que me lembra a infância, por ter crescido em um sítio. Ele dá a sensação de aquecer", diz a ilustradora. A cor do papel faz branco e preto parecerem querer saltar das páginas. "Já o laranja, o amarelo e o azul 'respiram' a cor do craft." Para os desenhos, Lúcia usou carvão, lápis carvão, grafite e pastel. E delicadeza, muita delicadeza.

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