Expedição refaz a trilha de Macunaíma


Cineastas e pesquisadores produzirão documentário e livro sobre os estudos etnológicos feitos no norte do País que inspiraram Mário de Andrade na criação do personagem

Por Agencia Estado

Em 1911, o etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg iniciou uma pesquisa sobre os costumes e a tradição oral dos índios que habitam a região onde hoje se delimita a fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, na região do Monte Roraima. Durante dois anos, ele colheu um farto material que resultou na obra De Roraima a Orinoco, uma coleção de cinco volumes. Um deles chamou a atenção do escritor Mário de Andrade (1893-1945), que, inspirado nas lendas dos índios daquela área, os taurepang e os arekuna, criou Macunaíma. Também fascinado pelo mito do herói sem nenhum caráter, um grupo de cineastas e pesquisadores prepara agora uma expedição que vai resultar em um documentário e um livro sobre a origem desse personagem. "Queremos fazer uma viagem pela tradição oral, mitos, cantos e a fusão de culturas do passado e do presente que marcam a trajetória dos índios pemon, que compreendem os taurepang e os arekuna", comenta João Carlos Nogueira, produtor-executivo do projeto. Para isso, sua empresa, a Fogo Fátuo Expedições, uniu-se à produtora Paradiso Films e à editora Terra Virgem para realizar tanto o documentário como o livro, que deverão levar o nome de Expedição Makunaima - Uma Expedição sem Fronteiras. Trata-se de um projeto arrojado e estimulante - a fim de ultrapassar os limites impostos pela natureza, os grupos vão partir do Rio e de São Paulo rumo a Boa Vista. Na região amazônica, serão visitadas as comunidades indígenas pemon até o Monte Roraima. "Serão 40 dias de viagem, atravessando o País do sudeste ao norte, em direção à Venezuela e Guiana, totalizando cerca de 15 mil quilômetros", conta o diretor Marcos Menescal, da Paradiso, que pretende iniciar as filmagens em maio de 2003. Para isso, a equipe de 20 profissionais vai utilizar seis Land Rovers para transporte, além de barcos, balsa e helicóptero. O grupo vai contar ainda com o apoio de pesquisadores brasileiros e venezuelanos. "O mais importante, porém, será o material fornecido pelos próprios índios", comenta Nogueira. "Por isso, não pretendemos fazer um documentário no formato tradicional, com a voz de um narrador conduzindo a narrativa. Quem vai contar a história são os próprios índios." Imagens indígenas - A proposta é permitir até que os pemon captem algumas imagens - Nogueira e Menescal pretendem levar câmeras portáteis, que serão emprestadas aos índios. "Nossa intenção é interferir o mínimo possível", conta o diretor, que pretende ainda estabelecer uma parceria com entidades alemãs, que detêm o material deixado por Koch-Grünberg. "Ele chegou a filmar algumas atividades dos indígenas." O pesquisador alemão permaneceu entre os pemon durante dois anos, até 1913. Entre seus diversos escritos, destaca-se o segundo dos cinco volumes, que reúne o material sobre mitos e lendas dos índios taulipang e arekuna. Foi esse livro que chamou a atenção de Mário de Andrade, especialmente as características de Macunaíma ressaltadas por Koch-Grünberg: "Ainda era menino, porém mais safado que todos os outros irmãos." Koch-Grünberg ressalta a ambigüidade desse personagem mítico, dotado de poderes de criação e transformação, ao mesmo tempo malicioso e pérfido, cujo nome parece conter como parte essencial a palavra "maku", que significa "mau", e o sufixo "ima", grande. Assim, Makunaima (com "k" e sem acento, na grafia original) significa "o grande mau", nome que, segundo Koch-Grünberg, "calha perfeitamente com o caráter intrigante e funesto do herói". "Um dos traços da atualidade de Macunaíma é a amplitude latino-americana que Mário de Andrade dá a seu herói, que já em Koch-Grünberg é tanto brasileiro como venezuelano", comenta Nogueira, lembrando que a obra do pesquisador alemão permitiu que Mário encontrasse a essência do brasileiro. O próprio autor de Macunaíma comenta essa descoberta em um prefácio que nunca chegou a publicar com o livro, revelado depois de sua morte: "O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os jorubas e os mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente, ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter." Os interessados em participar do projeto devem escrever para os e-mails menescal@uol.com.br ou jcn@fogofatuo.com.br.

Em 1911, o etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg iniciou uma pesquisa sobre os costumes e a tradição oral dos índios que habitam a região onde hoje se delimita a fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, na região do Monte Roraima. Durante dois anos, ele colheu um farto material que resultou na obra De Roraima a Orinoco, uma coleção de cinco volumes. Um deles chamou a atenção do escritor Mário de Andrade (1893-1945), que, inspirado nas lendas dos índios daquela área, os taurepang e os arekuna, criou Macunaíma. Também fascinado pelo mito do herói sem nenhum caráter, um grupo de cineastas e pesquisadores prepara agora uma expedição que vai resultar em um documentário e um livro sobre a origem desse personagem. "Queremos fazer uma viagem pela tradição oral, mitos, cantos e a fusão de culturas do passado e do presente que marcam a trajetória dos índios pemon, que compreendem os taurepang e os arekuna", comenta João Carlos Nogueira, produtor-executivo do projeto. Para isso, sua empresa, a Fogo Fátuo Expedições, uniu-se à produtora Paradiso Films e à editora Terra Virgem para realizar tanto o documentário como o livro, que deverão levar o nome de Expedição Makunaima - Uma Expedição sem Fronteiras. Trata-se de um projeto arrojado e estimulante - a fim de ultrapassar os limites impostos pela natureza, os grupos vão partir do Rio e de São Paulo rumo a Boa Vista. Na região amazônica, serão visitadas as comunidades indígenas pemon até o Monte Roraima. "Serão 40 dias de viagem, atravessando o País do sudeste ao norte, em direção à Venezuela e Guiana, totalizando cerca de 15 mil quilômetros", conta o diretor Marcos Menescal, da Paradiso, que pretende iniciar as filmagens em maio de 2003. Para isso, a equipe de 20 profissionais vai utilizar seis Land Rovers para transporte, além de barcos, balsa e helicóptero. O grupo vai contar ainda com o apoio de pesquisadores brasileiros e venezuelanos. "O mais importante, porém, será o material fornecido pelos próprios índios", comenta Nogueira. "Por isso, não pretendemos fazer um documentário no formato tradicional, com a voz de um narrador conduzindo a narrativa. Quem vai contar a história são os próprios índios." Imagens indígenas - A proposta é permitir até que os pemon captem algumas imagens - Nogueira e Menescal pretendem levar câmeras portáteis, que serão emprestadas aos índios. "Nossa intenção é interferir o mínimo possível", conta o diretor, que pretende ainda estabelecer uma parceria com entidades alemãs, que detêm o material deixado por Koch-Grünberg. "Ele chegou a filmar algumas atividades dos indígenas." O pesquisador alemão permaneceu entre os pemon durante dois anos, até 1913. Entre seus diversos escritos, destaca-se o segundo dos cinco volumes, que reúne o material sobre mitos e lendas dos índios taulipang e arekuna. Foi esse livro que chamou a atenção de Mário de Andrade, especialmente as características de Macunaíma ressaltadas por Koch-Grünberg: "Ainda era menino, porém mais safado que todos os outros irmãos." Koch-Grünberg ressalta a ambigüidade desse personagem mítico, dotado de poderes de criação e transformação, ao mesmo tempo malicioso e pérfido, cujo nome parece conter como parte essencial a palavra "maku", que significa "mau", e o sufixo "ima", grande. Assim, Makunaima (com "k" e sem acento, na grafia original) significa "o grande mau", nome que, segundo Koch-Grünberg, "calha perfeitamente com o caráter intrigante e funesto do herói". "Um dos traços da atualidade de Macunaíma é a amplitude latino-americana que Mário de Andrade dá a seu herói, que já em Koch-Grünberg é tanto brasileiro como venezuelano", comenta Nogueira, lembrando que a obra do pesquisador alemão permitiu que Mário encontrasse a essência do brasileiro. O próprio autor de Macunaíma comenta essa descoberta em um prefácio que nunca chegou a publicar com o livro, revelado depois de sua morte: "O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os jorubas e os mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente, ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter." Os interessados em participar do projeto devem escrever para os e-mails menescal@uol.com.br ou jcn@fogofatuo.com.br.

Em 1911, o etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg iniciou uma pesquisa sobre os costumes e a tradição oral dos índios que habitam a região onde hoje se delimita a fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, na região do Monte Roraima. Durante dois anos, ele colheu um farto material que resultou na obra De Roraima a Orinoco, uma coleção de cinco volumes. Um deles chamou a atenção do escritor Mário de Andrade (1893-1945), que, inspirado nas lendas dos índios daquela área, os taurepang e os arekuna, criou Macunaíma. Também fascinado pelo mito do herói sem nenhum caráter, um grupo de cineastas e pesquisadores prepara agora uma expedição que vai resultar em um documentário e um livro sobre a origem desse personagem. "Queremos fazer uma viagem pela tradição oral, mitos, cantos e a fusão de culturas do passado e do presente que marcam a trajetória dos índios pemon, que compreendem os taurepang e os arekuna", comenta João Carlos Nogueira, produtor-executivo do projeto. Para isso, sua empresa, a Fogo Fátuo Expedições, uniu-se à produtora Paradiso Films e à editora Terra Virgem para realizar tanto o documentário como o livro, que deverão levar o nome de Expedição Makunaima - Uma Expedição sem Fronteiras. Trata-se de um projeto arrojado e estimulante - a fim de ultrapassar os limites impostos pela natureza, os grupos vão partir do Rio e de São Paulo rumo a Boa Vista. Na região amazônica, serão visitadas as comunidades indígenas pemon até o Monte Roraima. "Serão 40 dias de viagem, atravessando o País do sudeste ao norte, em direção à Venezuela e Guiana, totalizando cerca de 15 mil quilômetros", conta o diretor Marcos Menescal, da Paradiso, que pretende iniciar as filmagens em maio de 2003. Para isso, a equipe de 20 profissionais vai utilizar seis Land Rovers para transporte, além de barcos, balsa e helicóptero. O grupo vai contar ainda com o apoio de pesquisadores brasileiros e venezuelanos. "O mais importante, porém, será o material fornecido pelos próprios índios", comenta Nogueira. "Por isso, não pretendemos fazer um documentário no formato tradicional, com a voz de um narrador conduzindo a narrativa. Quem vai contar a história são os próprios índios." Imagens indígenas - A proposta é permitir até que os pemon captem algumas imagens - Nogueira e Menescal pretendem levar câmeras portáteis, que serão emprestadas aos índios. "Nossa intenção é interferir o mínimo possível", conta o diretor, que pretende ainda estabelecer uma parceria com entidades alemãs, que detêm o material deixado por Koch-Grünberg. "Ele chegou a filmar algumas atividades dos indígenas." O pesquisador alemão permaneceu entre os pemon durante dois anos, até 1913. Entre seus diversos escritos, destaca-se o segundo dos cinco volumes, que reúne o material sobre mitos e lendas dos índios taulipang e arekuna. Foi esse livro que chamou a atenção de Mário de Andrade, especialmente as características de Macunaíma ressaltadas por Koch-Grünberg: "Ainda era menino, porém mais safado que todos os outros irmãos." Koch-Grünberg ressalta a ambigüidade desse personagem mítico, dotado de poderes de criação e transformação, ao mesmo tempo malicioso e pérfido, cujo nome parece conter como parte essencial a palavra "maku", que significa "mau", e o sufixo "ima", grande. Assim, Makunaima (com "k" e sem acento, na grafia original) significa "o grande mau", nome que, segundo Koch-Grünberg, "calha perfeitamente com o caráter intrigante e funesto do herói". "Um dos traços da atualidade de Macunaíma é a amplitude latino-americana que Mário de Andrade dá a seu herói, que já em Koch-Grünberg é tanto brasileiro como venezuelano", comenta Nogueira, lembrando que a obra do pesquisador alemão permitiu que Mário encontrasse a essência do brasileiro. O próprio autor de Macunaíma comenta essa descoberta em um prefácio que nunca chegou a publicar com o livro, revelado depois de sua morte: "O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os jorubas e os mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente, ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter." Os interessados em participar do projeto devem escrever para os e-mails menescal@uol.com.br ou jcn@fogofatuo.com.br.

Em 1911, o etnólogo alemão Theodor Koch-Grünberg iniciou uma pesquisa sobre os costumes e a tradição oral dos índios que habitam a região onde hoje se delimita a fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, na região do Monte Roraima. Durante dois anos, ele colheu um farto material que resultou na obra De Roraima a Orinoco, uma coleção de cinco volumes. Um deles chamou a atenção do escritor Mário de Andrade (1893-1945), que, inspirado nas lendas dos índios daquela área, os taurepang e os arekuna, criou Macunaíma. Também fascinado pelo mito do herói sem nenhum caráter, um grupo de cineastas e pesquisadores prepara agora uma expedição que vai resultar em um documentário e um livro sobre a origem desse personagem. "Queremos fazer uma viagem pela tradição oral, mitos, cantos e a fusão de culturas do passado e do presente que marcam a trajetória dos índios pemon, que compreendem os taurepang e os arekuna", comenta João Carlos Nogueira, produtor-executivo do projeto. Para isso, sua empresa, a Fogo Fátuo Expedições, uniu-se à produtora Paradiso Films e à editora Terra Virgem para realizar tanto o documentário como o livro, que deverão levar o nome de Expedição Makunaima - Uma Expedição sem Fronteiras. Trata-se de um projeto arrojado e estimulante - a fim de ultrapassar os limites impostos pela natureza, os grupos vão partir do Rio e de São Paulo rumo a Boa Vista. Na região amazônica, serão visitadas as comunidades indígenas pemon até o Monte Roraima. "Serão 40 dias de viagem, atravessando o País do sudeste ao norte, em direção à Venezuela e Guiana, totalizando cerca de 15 mil quilômetros", conta o diretor Marcos Menescal, da Paradiso, que pretende iniciar as filmagens em maio de 2003. Para isso, a equipe de 20 profissionais vai utilizar seis Land Rovers para transporte, além de barcos, balsa e helicóptero. O grupo vai contar ainda com o apoio de pesquisadores brasileiros e venezuelanos. "O mais importante, porém, será o material fornecido pelos próprios índios", comenta Nogueira. "Por isso, não pretendemos fazer um documentário no formato tradicional, com a voz de um narrador conduzindo a narrativa. Quem vai contar a história são os próprios índios." Imagens indígenas - A proposta é permitir até que os pemon captem algumas imagens - Nogueira e Menescal pretendem levar câmeras portáteis, que serão emprestadas aos índios. "Nossa intenção é interferir o mínimo possível", conta o diretor, que pretende ainda estabelecer uma parceria com entidades alemãs, que detêm o material deixado por Koch-Grünberg. "Ele chegou a filmar algumas atividades dos indígenas." O pesquisador alemão permaneceu entre os pemon durante dois anos, até 1913. Entre seus diversos escritos, destaca-se o segundo dos cinco volumes, que reúne o material sobre mitos e lendas dos índios taulipang e arekuna. Foi esse livro que chamou a atenção de Mário de Andrade, especialmente as características de Macunaíma ressaltadas por Koch-Grünberg: "Ainda era menino, porém mais safado que todos os outros irmãos." Koch-Grünberg ressalta a ambigüidade desse personagem mítico, dotado de poderes de criação e transformação, ao mesmo tempo malicioso e pérfido, cujo nome parece conter como parte essencial a palavra "maku", que significa "mau", e o sufixo "ima", grande. Assim, Makunaima (com "k" e sem acento, na grafia original) significa "o grande mau", nome que, segundo Koch-Grünberg, "calha perfeitamente com o caráter intrigante e funesto do herói". "Um dos traços da atualidade de Macunaíma é a amplitude latino-americana que Mário de Andrade dá a seu herói, que já em Koch-Grünberg é tanto brasileiro como venezuelano", comenta Nogueira, lembrando que a obra do pesquisador alemão permitiu que Mário encontrasse a essência do brasileiro. O próprio autor de Macunaíma comenta essa descoberta em um prefácio que nunca chegou a publicar com o livro, revelado depois de sua morte: "O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional. Os franceses têm caráter e assim os jorubas e os mexicanos. Seja porque civilização própria, perigo iminente, ou consciência de séculos tenham auxiliado, o certo é que esses uns têm caráter." Os interessados em participar do projeto devem escrever para os e-mails menescal@uol.com.br ou jcn@fogofatuo.com.br.

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