‘Extremistas.br’ mostra no Globoplay subterrâneos do radicalismo no Brasil três dias após ação no DF


Concluída antes dos ataques extremistas aos Três Poderes em 8 de janeiro, série documental foi atualizada com cenas da tentativa de golpe fracassada; produção ouviu ativistas e pesquisadores

Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Um jovem dedica-se a disseminar fake news para destruir reputações, acirrando ânimos e estimulando a indignação. Seus alvos são adversários dos clientes que lhe pagam por esse “trabalho”. Um influenciador digital briga por espaço entre seus congêneres. Para ganhar dinheiro, divulga ideias extremistas no YouTube. Uma militante infiltrada em grupos radicais descreve a estratégia do chamado Gabinete do Ódio. Relata como seus integrantes incitam os protestos antidemocráticos de fanáticos que pedem um golpe e uma ditadura no Brasil. Esses são alguns dos personagens de Extremistas.br, série documental que a Globoplay lança nesta quarta-feira, 11 - três dias após os ataques da extrema direita bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília. O trabalho fala do avanço do radicalismo na política brasileira nos últimos anos e descreve como agem os extremistas.

“A gente trabalha o ódio, narrativa de ódio”, diz um dos entrevistados, que não é identificado. “Cada vez menos espaço para o debate real. "

A série tem oito episódios. Tratam de temas como o armamentismo, o uso político da religião, o negacionismo e a mobilização virtual. Foi produzida pelo Departamento de Jornalismo da TV Globo e ficará disponível aos assinantes doi Globoplay. A produção começou em março de 2021. Durou quase dois anos e estava pronta para ir ao ar quando, no último dia 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses fatos novos foram incluídos nos dois primeiros capítulos da produção que investiga a crescente radicalização que cresce entre os brasileiros.

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Extremistas.br acompanhou, por dois anos, os movimentos radicais Foto: Reprodução Globoplay

“Foi um mergulho intenso e desafiador. Nosso trabalho em Extremistas.br foi principalmente o de ouvir e observar”, afirma Caio Cavechini, diretor da série. “É interessante que muitas pessoas se abriram para a nossa equipe, quando abordadas fora do ambiente de grupo, em conversas individuais. Minha sensação é a de que a série é uma contribuição duradoura para o debate sobre os motivos que levam as pessoas a atacarem a democracia.”

Para mostrar como o extremismo tomou conta da direita no Brasil e entender os motivos que levam milhares de brasileiros a disseminar discursos golpistas e antidemocráticos,a série fez muitas entrevistas. Ouviu especialistas e pesquisadores que monitoram o comportamento radical, além de acompanhar personagens diversos. São pessoas conhecidas na política nacional, atores políticos improváveis, influenciadores digitais em ascensão, militantes arrependidos e eleitores desconhecidos.

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A produção acompanhou trechos da rotina de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a empresária Rosângela Peçanha e o policial federal Paulo Bilynskyj. Também esteve com adversários do ex-mandatário, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Falou ainda com pessoas que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 e depois se tornaram críticos dele, como o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS). Casos como as mortes violentas de um tesoureiro do PT no Paraná, em julho de 2022 e de um soldado da PM da Bahia, por causa de um surto possivelmente motivado por fake news na pandemia, são citados como símbolos da troca do debate pelo uso da arma de fogo na política brasileira.

A série também disseca acontecimentos recentes, como os protestos antidemocráticos e golpistas ocorridos depois do fim da eleição presidencial de 2022. A produção acompanha de perto a rotina de manifestantes inconformados com o resultado do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acamparam perto de quartéis das Forças Armadas, pedindo intervenção militar e promovendo ataques permanentes às urnas e ao Supremo Tribunal Federal. Os acampamentos foram desfeitos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois que os extermistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma autoproclamada tentativa de forçar um golpe militar.

Defesa do voto impresso uniu extremistas de direita Foto: Reprodução Globoplay
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Outra história contada pela sériaa é a do casal de universitários que criou o perfil brasileiro do Sleeping Giants. Trata-se de um movimento dedicado a alertar empresas e consumidores sobre páginas em redes sociais acusadas de disseminar mensagens falsas e discursos de ódio. A dupla já teve em sua mira o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, o apresentador de TV Sikêra Junior e a militante Sara Giromini. Ela é ex-integrante do grupo Trezentos do Brasil, que acampou em Brasília e bombardeou a sede do STF com fogos de artifício e fez uma perfomance com tochas. A coreografia lembrou as caminhadas da Ku Klux Klan e marchas do Partido Nazista da Alemanha. A ativista – que foi presa e chegou a usar o nome postiço de Sara Winter, suposta alusão a uma espiã nazista, também é entrevistada pela produção.

O lançamento de Extremistas.br foi programado para depois das eleições. A ideia foi que os elementos da série não fossem tirados de contexto e explorados na campanha eleitoral do ano passado.

RIO - Um jovem dedica-se a disseminar fake news para destruir reputações, acirrando ânimos e estimulando a indignação. Seus alvos são adversários dos clientes que lhe pagam por esse “trabalho”. Um influenciador digital briga por espaço entre seus congêneres. Para ganhar dinheiro, divulga ideias extremistas no YouTube. Uma militante infiltrada em grupos radicais descreve a estratégia do chamado Gabinete do Ódio. Relata como seus integrantes incitam os protestos antidemocráticos de fanáticos que pedem um golpe e uma ditadura no Brasil. Esses são alguns dos personagens de Extremistas.br, série documental que a Globoplay lança nesta quarta-feira, 11 - três dias após os ataques da extrema direita bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília. O trabalho fala do avanço do radicalismo na política brasileira nos últimos anos e descreve como agem os extremistas.

“A gente trabalha o ódio, narrativa de ódio”, diz um dos entrevistados, que não é identificado. “Cada vez menos espaço para o debate real. "

A série tem oito episódios. Tratam de temas como o armamentismo, o uso político da religião, o negacionismo e a mobilização virtual. Foi produzida pelo Departamento de Jornalismo da TV Globo e ficará disponível aos assinantes doi Globoplay. A produção começou em março de 2021. Durou quase dois anos e estava pronta para ir ao ar quando, no último dia 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses fatos novos foram incluídos nos dois primeiros capítulos da produção que investiga a crescente radicalização que cresce entre os brasileiros.

Extremistas.br acompanhou, por dois anos, os movimentos radicais Foto: Reprodução Globoplay

“Foi um mergulho intenso e desafiador. Nosso trabalho em Extremistas.br foi principalmente o de ouvir e observar”, afirma Caio Cavechini, diretor da série. “É interessante que muitas pessoas se abriram para a nossa equipe, quando abordadas fora do ambiente de grupo, em conversas individuais. Minha sensação é a de que a série é uma contribuição duradoura para o debate sobre os motivos que levam as pessoas a atacarem a democracia.”

Para mostrar como o extremismo tomou conta da direita no Brasil e entender os motivos que levam milhares de brasileiros a disseminar discursos golpistas e antidemocráticos,a série fez muitas entrevistas. Ouviu especialistas e pesquisadores que monitoram o comportamento radical, além de acompanhar personagens diversos. São pessoas conhecidas na política nacional, atores políticos improváveis, influenciadores digitais em ascensão, militantes arrependidos e eleitores desconhecidos.

A produção acompanhou trechos da rotina de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a empresária Rosângela Peçanha e o policial federal Paulo Bilynskyj. Também esteve com adversários do ex-mandatário, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Falou ainda com pessoas que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 e depois se tornaram críticos dele, como o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS). Casos como as mortes violentas de um tesoureiro do PT no Paraná, em julho de 2022 e de um soldado da PM da Bahia, por causa de um surto possivelmente motivado por fake news na pandemia, são citados como símbolos da troca do debate pelo uso da arma de fogo na política brasileira.

A série também disseca acontecimentos recentes, como os protestos antidemocráticos e golpistas ocorridos depois do fim da eleição presidencial de 2022. A produção acompanha de perto a rotina de manifestantes inconformados com o resultado do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acamparam perto de quartéis das Forças Armadas, pedindo intervenção militar e promovendo ataques permanentes às urnas e ao Supremo Tribunal Federal. Os acampamentos foram desfeitos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois que os extermistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma autoproclamada tentativa de forçar um golpe militar.

Defesa do voto impresso uniu extremistas de direita Foto: Reprodução Globoplay

Outra história contada pela sériaa é a do casal de universitários que criou o perfil brasileiro do Sleeping Giants. Trata-se de um movimento dedicado a alertar empresas e consumidores sobre páginas em redes sociais acusadas de disseminar mensagens falsas e discursos de ódio. A dupla já teve em sua mira o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, o apresentador de TV Sikêra Junior e a militante Sara Giromini. Ela é ex-integrante do grupo Trezentos do Brasil, que acampou em Brasília e bombardeou a sede do STF com fogos de artifício e fez uma perfomance com tochas. A coreografia lembrou as caminhadas da Ku Klux Klan e marchas do Partido Nazista da Alemanha. A ativista – que foi presa e chegou a usar o nome postiço de Sara Winter, suposta alusão a uma espiã nazista, também é entrevistada pela produção.

O lançamento de Extremistas.br foi programado para depois das eleições. A ideia foi que os elementos da série não fossem tirados de contexto e explorados na campanha eleitoral do ano passado.

RIO - Um jovem dedica-se a disseminar fake news para destruir reputações, acirrando ânimos e estimulando a indignação. Seus alvos são adversários dos clientes que lhe pagam por esse “trabalho”. Um influenciador digital briga por espaço entre seus congêneres. Para ganhar dinheiro, divulga ideias extremistas no YouTube. Uma militante infiltrada em grupos radicais descreve a estratégia do chamado Gabinete do Ódio. Relata como seus integrantes incitam os protestos antidemocráticos de fanáticos que pedem um golpe e uma ditadura no Brasil. Esses são alguns dos personagens de Extremistas.br, série documental que a Globoplay lança nesta quarta-feira, 11 - três dias após os ataques da extrema direita bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília. O trabalho fala do avanço do radicalismo na política brasileira nos últimos anos e descreve como agem os extremistas.

“A gente trabalha o ódio, narrativa de ódio”, diz um dos entrevistados, que não é identificado. “Cada vez menos espaço para o debate real. "

A série tem oito episódios. Tratam de temas como o armamentismo, o uso político da religião, o negacionismo e a mobilização virtual. Foi produzida pelo Departamento de Jornalismo da TV Globo e ficará disponível aos assinantes doi Globoplay. A produção começou em março de 2021. Durou quase dois anos e estava pronta para ir ao ar quando, no último dia 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses fatos novos foram incluídos nos dois primeiros capítulos da produção que investiga a crescente radicalização que cresce entre os brasileiros.

Extremistas.br acompanhou, por dois anos, os movimentos radicais Foto: Reprodução Globoplay

“Foi um mergulho intenso e desafiador. Nosso trabalho em Extremistas.br foi principalmente o de ouvir e observar”, afirma Caio Cavechini, diretor da série. “É interessante que muitas pessoas se abriram para a nossa equipe, quando abordadas fora do ambiente de grupo, em conversas individuais. Minha sensação é a de que a série é uma contribuição duradoura para o debate sobre os motivos que levam as pessoas a atacarem a democracia.”

Para mostrar como o extremismo tomou conta da direita no Brasil e entender os motivos que levam milhares de brasileiros a disseminar discursos golpistas e antidemocráticos,a série fez muitas entrevistas. Ouviu especialistas e pesquisadores que monitoram o comportamento radical, além de acompanhar personagens diversos. São pessoas conhecidas na política nacional, atores políticos improváveis, influenciadores digitais em ascensão, militantes arrependidos e eleitores desconhecidos.

A produção acompanhou trechos da rotina de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a empresária Rosângela Peçanha e o policial federal Paulo Bilynskyj. Também esteve com adversários do ex-mandatário, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Falou ainda com pessoas que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 e depois se tornaram críticos dele, como o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS). Casos como as mortes violentas de um tesoureiro do PT no Paraná, em julho de 2022 e de um soldado da PM da Bahia, por causa de um surto possivelmente motivado por fake news na pandemia, são citados como símbolos da troca do debate pelo uso da arma de fogo na política brasileira.

A série também disseca acontecimentos recentes, como os protestos antidemocráticos e golpistas ocorridos depois do fim da eleição presidencial de 2022. A produção acompanha de perto a rotina de manifestantes inconformados com o resultado do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acamparam perto de quartéis das Forças Armadas, pedindo intervenção militar e promovendo ataques permanentes às urnas e ao Supremo Tribunal Federal. Os acampamentos foram desfeitos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois que os extermistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma autoproclamada tentativa de forçar um golpe militar.

Defesa do voto impresso uniu extremistas de direita Foto: Reprodução Globoplay

Outra história contada pela sériaa é a do casal de universitários que criou o perfil brasileiro do Sleeping Giants. Trata-se de um movimento dedicado a alertar empresas e consumidores sobre páginas em redes sociais acusadas de disseminar mensagens falsas e discursos de ódio. A dupla já teve em sua mira o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, o apresentador de TV Sikêra Junior e a militante Sara Giromini. Ela é ex-integrante do grupo Trezentos do Brasil, que acampou em Brasília e bombardeou a sede do STF com fogos de artifício e fez uma perfomance com tochas. A coreografia lembrou as caminhadas da Ku Klux Klan e marchas do Partido Nazista da Alemanha. A ativista – que foi presa e chegou a usar o nome postiço de Sara Winter, suposta alusão a uma espiã nazista, também é entrevistada pela produção.

O lançamento de Extremistas.br foi programado para depois das eleições. A ideia foi que os elementos da série não fossem tirados de contexto e explorados na campanha eleitoral do ano passado.

RIO - Um jovem dedica-se a disseminar fake news para destruir reputações, acirrando ânimos e estimulando a indignação. Seus alvos são adversários dos clientes que lhe pagam por esse “trabalho”. Um influenciador digital briga por espaço entre seus congêneres. Para ganhar dinheiro, divulga ideias extremistas no YouTube. Uma militante infiltrada em grupos radicais descreve a estratégia do chamado Gabinete do Ódio. Relata como seus integrantes incitam os protestos antidemocráticos de fanáticos que pedem um golpe e uma ditadura no Brasil. Esses são alguns dos personagens de Extremistas.br, série documental que a Globoplay lança nesta quarta-feira, 11 - três dias após os ataques da extrema direita bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília. O trabalho fala do avanço do radicalismo na política brasileira nos últimos anos e descreve como agem os extremistas.

“A gente trabalha o ódio, narrativa de ódio”, diz um dos entrevistados, que não é identificado. “Cada vez menos espaço para o debate real. "

A série tem oito episódios. Tratam de temas como o armamentismo, o uso político da religião, o negacionismo e a mobilização virtual. Foi produzida pelo Departamento de Jornalismo da TV Globo e ficará disponível aos assinantes doi Globoplay. A produção começou em março de 2021. Durou quase dois anos e estava pronta para ir ao ar quando, no último dia 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses fatos novos foram incluídos nos dois primeiros capítulos da produção que investiga a crescente radicalização que cresce entre os brasileiros.

Extremistas.br acompanhou, por dois anos, os movimentos radicais Foto: Reprodução Globoplay

“Foi um mergulho intenso e desafiador. Nosso trabalho em Extremistas.br foi principalmente o de ouvir e observar”, afirma Caio Cavechini, diretor da série. “É interessante que muitas pessoas se abriram para a nossa equipe, quando abordadas fora do ambiente de grupo, em conversas individuais. Minha sensação é a de que a série é uma contribuição duradoura para o debate sobre os motivos que levam as pessoas a atacarem a democracia.”

Para mostrar como o extremismo tomou conta da direita no Brasil e entender os motivos que levam milhares de brasileiros a disseminar discursos golpistas e antidemocráticos,a série fez muitas entrevistas. Ouviu especialistas e pesquisadores que monitoram o comportamento radical, além de acompanhar personagens diversos. São pessoas conhecidas na política nacional, atores políticos improváveis, influenciadores digitais em ascensão, militantes arrependidos e eleitores desconhecidos.

A produção acompanhou trechos da rotina de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a empresária Rosângela Peçanha e o policial federal Paulo Bilynskyj. Também esteve com adversários do ex-mandatário, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Falou ainda com pessoas que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 e depois se tornaram críticos dele, como o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS). Casos como as mortes violentas de um tesoureiro do PT no Paraná, em julho de 2022 e de um soldado da PM da Bahia, por causa de um surto possivelmente motivado por fake news na pandemia, são citados como símbolos da troca do debate pelo uso da arma de fogo na política brasileira.

A série também disseca acontecimentos recentes, como os protestos antidemocráticos e golpistas ocorridos depois do fim da eleição presidencial de 2022. A produção acompanha de perto a rotina de manifestantes inconformados com o resultado do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acamparam perto de quartéis das Forças Armadas, pedindo intervenção militar e promovendo ataques permanentes às urnas e ao Supremo Tribunal Federal. Os acampamentos foram desfeitos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois que os extermistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma autoproclamada tentativa de forçar um golpe militar.

Defesa do voto impresso uniu extremistas de direita Foto: Reprodução Globoplay

Outra história contada pela sériaa é a do casal de universitários que criou o perfil brasileiro do Sleeping Giants. Trata-se de um movimento dedicado a alertar empresas e consumidores sobre páginas em redes sociais acusadas de disseminar mensagens falsas e discursos de ódio. A dupla já teve em sua mira o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, o apresentador de TV Sikêra Junior e a militante Sara Giromini. Ela é ex-integrante do grupo Trezentos do Brasil, que acampou em Brasília e bombardeou a sede do STF com fogos de artifício e fez uma perfomance com tochas. A coreografia lembrou as caminhadas da Ku Klux Klan e marchas do Partido Nazista da Alemanha. A ativista – que foi presa e chegou a usar o nome postiço de Sara Winter, suposta alusão a uma espiã nazista, também é entrevistada pela produção.

O lançamento de Extremistas.br foi programado para depois das eleições. A ideia foi que os elementos da série não fossem tirados de contexto e explorados na campanha eleitoral do ano passado.

RIO - Um jovem dedica-se a disseminar fake news para destruir reputações, acirrando ânimos e estimulando a indignação. Seus alvos são adversários dos clientes que lhe pagam por esse “trabalho”. Um influenciador digital briga por espaço entre seus congêneres. Para ganhar dinheiro, divulga ideias extremistas no YouTube. Uma militante infiltrada em grupos radicais descreve a estratégia do chamado Gabinete do Ódio. Relata como seus integrantes incitam os protestos antidemocráticos de fanáticos que pedem um golpe e uma ditadura no Brasil. Esses são alguns dos personagens de Extremistas.br, série documental que a Globoplay lança nesta quarta-feira, 11 - três dias após os ataques da extrema direita bolsonarista aos Três Poderes, em Brasília. O trabalho fala do avanço do radicalismo na política brasileira nos últimos anos e descreve como agem os extremistas.

“A gente trabalha o ódio, narrativa de ódio”, diz um dos entrevistados, que não é identificado. “Cada vez menos espaço para o debate real. "

A série tem oito episódios. Tratam de temas como o armamentismo, o uso político da religião, o negacionismo e a mobilização virtual. Foi produzida pelo Departamento de Jornalismo da TV Globo e ficará disponível aos assinantes doi Globoplay. A produção começou em março de 2021. Durou quase dois anos e estava pronta para ir ao ar quando, no último dia 8 de janeiro, golpistas invadiram e depredaram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. Esses fatos novos foram incluídos nos dois primeiros capítulos da produção que investiga a crescente radicalização que cresce entre os brasileiros.

Extremistas.br acompanhou, por dois anos, os movimentos radicais Foto: Reprodução Globoplay

“Foi um mergulho intenso e desafiador. Nosso trabalho em Extremistas.br foi principalmente o de ouvir e observar”, afirma Caio Cavechini, diretor da série. “É interessante que muitas pessoas se abriram para a nossa equipe, quando abordadas fora do ambiente de grupo, em conversas individuais. Minha sensação é a de que a série é uma contribuição duradoura para o debate sobre os motivos que levam as pessoas a atacarem a democracia.”

Para mostrar como o extremismo tomou conta da direita no Brasil e entender os motivos que levam milhares de brasileiros a disseminar discursos golpistas e antidemocráticos,a série fez muitas entrevistas. Ouviu especialistas e pesquisadores que monitoram o comportamento radical, além de acompanhar personagens diversos. São pessoas conhecidas na política nacional, atores políticos improváveis, influenciadores digitais em ascensão, militantes arrependidos e eleitores desconhecidos.

A produção acompanhou trechos da rotina de defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, como a empresária Rosângela Peçanha e o policial federal Paulo Bilynskyj. Também esteve com adversários do ex-mandatário, como o deputado federal André Janones (Avante-MG). Falou ainda com pessoas que apoiaram Bolsonaro na eleição de 2018 e depois se tornaram críticos dele, como o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS). Casos como as mortes violentas de um tesoureiro do PT no Paraná, em julho de 2022 e de um soldado da PM da Bahia, por causa de um surto possivelmente motivado por fake news na pandemia, são citados como símbolos da troca do debate pelo uso da arma de fogo na política brasileira.

A série também disseca acontecimentos recentes, como os protestos antidemocráticos e golpistas ocorridos depois do fim da eleição presidencial de 2022. A produção acompanha de perto a rotina de manifestantes inconformados com o resultado do pleito, vencido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles acamparam perto de quartéis das Forças Armadas, pedindo intervenção militar e promovendo ataques permanentes às urnas e ao Supremo Tribunal Federal. Os acampamentos foram desfeitos, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, depois que os extermistas atacaram as sedes dos Três Poderes, em uma autoproclamada tentativa de forçar um golpe militar.

Defesa do voto impresso uniu extremistas de direita Foto: Reprodução Globoplay

Outra história contada pela sériaa é a do casal de universitários que criou o perfil brasileiro do Sleeping Giants. Trata-se de um movimento dedicado a alertar empresas e consumidores sobre páginas em redes sociais acusadas de disseminar mensagens falsas e discursos de ódio. A dupla já teve em sua mira o blogueiro Allan dos Santos, do canal Terça Livre, o apresentador de TV Sikêra Junior e a militante Sara Giromini. Ela é ex-integrante do grupo Trezentos do Brasil, que acampou em Brasília e bombardeou a sede do STF com fogos de artifício e fez uma perfomance com tochas. A coreografia lembrou as caminhadas da Ku Klux Klan e marchas do Partido Nazista da Alemanha. A ativista – que foi presa e chegou a usar o nome postiço de Sara Winter, suposta alusão a uma espiã nazista, também é entrevistada pela produção.

O lançamento de Extremistas.br foi programado para depois das eleições. A ideia foi que os elementos da série não fossem tirados de contexto e explorados na campanha eleitoral do ano passado.

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