Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘A coisa mais importante no Brasil é a música brasileira’, diz a apresentadora Sarah Oliveira


Sarah Oliveira também fala sobre a nostalgia em relação à MTV

Por Gilberto Amendola

Aos 44 anos, Sarah Oliveira transborda sua paixão pela música brasileira. Nesta entrevista, a apresentadora fala sobre sua vocação em criar pontes entre artistas de estilos diferentes. “Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho”, falou. Sarah também comenta sobre todo o saudosismo em relação à MTV original (aquela que encerrou suas atividades em 2013). “Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo (...) A MTV faz muita falta”, comentou. Leia trechos deste bate papo a seguir:

Sarah Oliveira Foto: Maria Ribeiro

Lembra do seu primeiro contato com a música?

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Eu ia muito em show com os meus pais. Lembro muito claramente de um show do Paulinho da Viola que fui com os meus pais. Minha mãe me levava no Canecão. Aliás, o Canecão foi muito presente na minha vida. Fui em shows do Lulu Santos, do Ney Matogrosso e muitos outros...

Algumas dessas figuras te fascinavam...

Eu era fascinada pelo Ney Matogrosso, Beth Carvalho... Quando conheci a Beth Carvalho na MTV, eu cheguei pra ela e disse: ‘eu sei quem é o Cartola e quem é o Pixinguinha porque você existe’. Eu agradeço muito aos meus pais por essa educação musical. Faço isso com meus filhos também.

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E como é a relação deles com a música?

Eu estava com minha filha de 10 anos na Califórnia e o sonho dela era passar na Amoeba (loja icônica de vinil) e comprar um disco da Rosalía. O meu pequeno, de 7 anos, vê a Simone e sai correndo para abraçá-la. Tem uma educação da minha parte, mas eu vejo que eles têm um interesse que é genuíno.

Você se considera alguém eclética musicalmente?

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Eu falo que sou super roqueira, mas sou louca por samba também. Se você me encontrar num show de pagode, eu estou lá feliz cantando Xande de Pilares e Revelação. Sou essa pessoa que se tem um show do Iron Maiden, eu quero estar no show. E também amo a Beyoncé e canto todas as músicas. Eu amo música.

O que acha desta nostalgia em relação à MTV?

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Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo. A gente não pegou só uma geração, a gente pegou algumas gerações. Os anos 2000 foram muito fortes porque foi a descoberta da internet e a música pop explodiu. Então, acho que eu estava no lugar certo na hora certa também.

Aquela MTV faz falta?

A MTV faz muita falta. A coisa mais importante no Brasil é a música brasileira. Eu acho o samba a base de tudo. É o fundamento. A MTV fazia misturas muito interessantes. Eu achava isso encantador. Mas para além da música, a MTV também tinha uma função social muito importante. Ela falava da importância da camisinha, discutia preconceitos, falava de racismo, misoginia, feminismo e tudo de uma maneira natural e moderna.

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Em seus projetos, inclusive o Minha Canção, na Rádio Eldorado, você costuma criar pontes entre artistas de diversos estilos. Essa é uma vocação?

Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho. Sempre tive isso de criar pontes. A vida é sobre conexões. A gente está aqui para se conectar com o outro. Eu me encanto em mergulhar no universo do outro. No ‘Minha Canção’ deixo as coisas acontecerem naturalmente. Acho até que esse é o meu papel. Não sou uma pesquisadora musical, não sou jornalista, não tenho essa formação. Sou uma apaixonada por música. Então, me vejo como uma ponte para poder agregar. Se posso e consigo fazer isso, fico muito feliz.

No último The Town, alguns artistas jovens receberam críticas da imprensa. Muito desses artistas responderam de forma dura, indo mesmo para o confronto. Acha que essa geração tem dificuldade de lidar com a crítica?

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Não sei se isso é dessa nova geração... Você vai amadurecendo, vai lidando com a crítica de outras formas. Às vezes, as pessoas ainda não têm o estofo emocional para lidar com isso. Mas rebater uma crítica também acho legal. É importante existir uma crítica, um olhar um olhar crítico. Talvez falte amadurecimento para lidar com ela.

Como é a sua relação com redes sociais?

A minha relação com as redes sociais é completamente atrelada ao meu trabalho. Eu não fico desesperada para postar coisas. Não entro em embates de rede social. Não seguro essa onda e não me exponho muito

Aos 44 anos, Sarah Oliveira transborda sua paixão pela música brasileira. Nesta entrevista, a apresentadora fala sobre sua vocação em criar pontes entre artistas de estilos diferentes. “Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho”, falou. Sarah também comenta sobre todo o saudosismo em relação à MTV original (aquela que encerrou suas atividades em 2013). “Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo (...) A MTV faz muita falta”, comentou. Leia trechos deste bate papo a seguir:

Sarah Oliveira Foto: Maria Ribeiro

Lembra do seu primeiro contato com a música?

Eu ia muito em show com os meus pais. Lembro muito claramente de um show do Paulinho da Viola que fui com os meus pais. Minha mãe me levava no Canecão. Aliás, o Canecão foi muito presente na minha vida. Fui em shows do Lulu Santos, do Ney Matogrosso e muitos outros...

Algumas dessas figuras te fascinavam...

Eu era fascinada pelo Ney Matogrosso, Beth Carvalho... Quando conheci a Beth Carvalho na MTV, eu cheguei pra ela e disse: ‘eu sei quem é o Cartola e quem é o Pixinguinha porque você existe’. Eu agradeço muito aos meus pais por essa educação musical. Faço isso com meus filhos também.

E como é a relação deles com a música?

Eu estava com minha filha de 10 anos na Califórnia e o sonho dela era passar na Amoeba (loja icônica de vinil) e comprar um disco da Rosalía. O meu pequeno, de 7 anos, vê a Simone e sai correndo para abraçá-la. Tem uma educação da minha parte, mas eu vejo que eles têm um interesse que é genuíno.

Você se considera alguém eclética musicalmente?

Eu falo que sou super roqueira, mas sou louca por samba também. Se você me encontrar num show de pagode, eu estou lá feliz cantando Xande de Pilares e Revelação. Sou essa pessoa que se tem um show do Iron Maiden, eu quero estar no show. E também amo a Beyoncé e canto todas as músicas. Eu amo música.

O que acha desta nostalgia em relação à MTV?

Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo. A gente não pegou só uma geração, a gente pegou algumas gerações. Os anos 2000 foram muito fortes porque foi a descoberta da internet e a música pop explodiu. Então, acho que eu estava no lugar certo na hora certa também.

Aquela MTV faz falta?

A MTV faz muita falta. A coisa mais importante no Brasil é a música brasileira. Eu acho o samba a base de tudo. É o fundamento. A MTV fazia misturas muito interessantes. Eu achava isso encantador. Mas para além da música, a MTV também tinha uma função social muito importante. Ela falava da importância da camisinha, discutia preconceitos, falava de racismo, misoginia, feminismo e tudo de uma maneira natural e moderna.

Em seus projetos, inclusive o Minha Canção, na Rádio Eldorado, você costuma criar pontes entre artistas de diversos estilos. Essa é uma vocação?

Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho. Sempre tive isso de criar pontes. A vida é sobre conexões. A gente está aqui para se conectar com o outro. Eu me encanto em mergulhar no universo do outro. No ‘Minha Canção’ deixo as coisas acontecerem naturalmente. Acho até que esse é o meu papel. Não sou uma pesquisadora musical, não sou jornalista, não tenho essa formação. Sou uma apaixonada por música. Então, me vejo como uma ponte para poder agregar. Se posso e consigo fazer isso, fico muito feliz.

No último The Town, alguns artistas jovens receberam críticas da imprensa. Muito desses artistas responderam de forma dura, indo mesmo para o confronto. Acha que essa geração tem dificuldade de lidar com a crítica?

Não sei se isso é dessa nova geração... Você vai amadurecendo, vai lidando com a crítica de outras formas. Às vezes, as pessoas ainda não têm o estofo emocional para lidar com isso. Mas rebater uma crítica também acho legal. É importante existir uma crítica, um olhar um olhar crítico. Talvez falte amadurecimento para lidar com ela.

Como é a sua relação com redes sociais?

A minha relação com as redes sociais é completamente atrelada ao meu trabalho. Eu não fico desesperada para postar coisas. Não entro em embates de rede social. Não seguro essa onda e não me exponho muito

Aos 44 anos, Sarah Oliveira transborda sua paixão pela música brasileira. Nesta entrevista, a apresentadora fala sobre sua vocação em criar pontes entre artistas de estilos diferentes. “Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho”, falou. Sarah também comenta sobre todo o saudosismo em relação à MTV original (aquela que encerrou suas atividades em 2013). “Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo (...) A MTV faz muita falta”, comentou. Leia trechos deste bate papo a seguir:

Sarah Oliveira Foto: Maria Ribeiro

Lembra do seu primeiro contato com a música?

Eu ia muito em show com os meus pais. Lembro muito claramente de um show do Paulinho da Viola que fui com os meus pais. Minha mãe me levava no Canecão. Aliás, o Canecão foi muito presente na minha vida. Fui em shows do Lulu Santos, do Ney Matogrosso e muitos outros...

Algumas dessas figuras te fascinavam...

Eu era fascinada pelo Ney Matogrosso, Beth Carvalho... Quando conheci a Beth Carvalho na MTV, eu cheguei pra ela e disse: ‘eu sei quem é o Cartola e quem é o Pixinguinha porque você existe’. Eu agradeço muito aos meus pais por essa educação musical. Faço isso com meus filhos também.

E como é a relação deles com a música?

Eu estava com minha filha de 10 anos na Califórnia e o sonho dela era passar na Amoeba (loja icônica de vinil) e comprar um disco da Rosalía. O meu pequeno, de 7 anos, vê a Simone e sai correndo para abraçá-la. Tem uma educação da minha parte, mas eu vejo que eles têm um interesse que é genuíno.

Você se considera alguém eclética musicalmente?

Eu falo que sou super roqueira, mas sou louca por samba também. Se você me encontrar num show de pagode, eu estou lá feliz cantando Xande de Pilares e Revelação. Sou essa pessoa que se tem um show do Iron Maiden, eu quero estar no show. E também amo a Beyoncé e canto todas as músicas. Eu amo música.

O que acha desta nostalgia em relação à MTV?

Acho tão saudável a nostalgia que a gente provoca – porque é sobre memória afetiva mesmo. A gente não pegou só uma geração, a gente pegou algumas gerações. Os anos 2000 foram muito fortes porque foi a descoberta da internet e a música pop explodiu. Então, acho que eu estava no lugar certo na hora certa também.

Aquela MTV faz falta?

A MTV faz muita falta. A coisa mais importante no Brasil é a música brasileira. Eu acho o samba a base de tudo. É o fundamento. A MTV fazia misturas muito interessantes. Eu achava isso encantador. Mas para além da música, a MTV também tinha uma função social muito importante. Ela falava da importância da camisinha, discutia preconceitos, falava de racismo, misoginia, feminismo e tudo de uma maneira natural e moderna.

Em seus projetos, inclusive o Minha Canção, na Rádio Eldorado, você costuma criar pontes entre artistas de diversos estilos. Essa é uma vocação?

Com os meus amigos, com os meus amores, sempre fui uma pessoa muito agregadora – e, sim, levo isso para o meu trabalho. Sempre tive isso de criar pontes. A vida é sobre conexões. A gente está aqui para se conectar com o outro. Eu me encanto em mergulhar no universo do outro. No ‘Minha Canção’ deixo as coisas acontecerem naturalmente. Acho até que esse é o meu papel. Não sou uma pesquisadora musical, não sou jornalista, não tenho essa formação. Sou uma apaixonada por música. Então, me vejo como uma ponte para poder agregar. Se posso e consigo fazer isso, fico muito feliz.

No último The Town, alguns artistas jovens receberam críticas da imprensa. Muito desses artistas responderam de forma dura, indo mesmo para o confronto. Acha que essa geração tem dificuldade de lidar com a crítica?

Não sei se isso é dessa nova geração... Você vai amadurecendo, vai lidando com a crítica de outras formas. Às vezes, as pessoas ainda não têm o estofo emocional para lidar com isso. Mas rebater uma crítica também acho legal. É importante existir uma crítica, um olhar um olhar crítico. Talvez falte amadurecimento para lidar com ela.

Como é a sua relação com redes sociais?

A minha relação com as redes sociais é completamente atrelada ao meu trabalho. Eu não fico desesperada para postar coisas. Não entro em embates de rede social. Não seguro essa onda e não me exponho muito

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