O Acadêmicos do Baixo Augusta, maior bloco de carnaval da cidade, anuncia seu primeiro EP musical. A coletânea digital A Cidade É Nossa reúne interpretações de oito canções icônicas de artistas como Tim Maia, Lulu Santos, Leci Brandão e Jorge Aragão, sambista que será homenageado pelo bloco no próximo ano.
A novidade, dirigida e produzida por Wilson Simoninha, chegará às plataformas de streaming no próximo dia 20, de forma gratuita.
Canções que marcaram gerações — como Não Quero Dinheiro, de Tim Maia, Zédo Caroço, de Leci Brandão, compõem o primeiro EP do bloco. Também será incluída a música Apavora, mas não assusta, hino do Acadêmicos do Baixo Augusta,
A seguir uma conversa com Wilson Simoninha:
Como foi escolher as músicas que entraram no EP?
“Esse primeiro EP que a gente está lançando tem característica mais essa coisa da energia e das misturas que o Baixo Augusta tradicionalmente faz no Carnaval. Então, até pela proximidade com o Carnaval, a gente optou por um repertório mais festivo, que mostra a força e a energia da nossa bateria, mas durante o ano 2025 a gente vai lançar outros EPs. O próximo EP provavelmente vai ser mais voltado a uma roda de samba, uma coisa também mais tranquila. Enfim, tem várias facetas, várias possibilidades a banda do Baixo Augusta.”
Você se emociona com alguma canção que toque durante o bloco?
”Eu me emociono quando existe uma conexão, e ela sempre existe, muito poderosa, entre o que a gente faz no palco e o público, seja nos ensaios e principalmente na avenida. Quando você tem uma quantidade enorme de pessoas ali, isso já aconteceu diversas vezes. Com a Elza Soares foi realmente um negócio assim mágico e único. Às vezes, quando a gente toca uma música que cria uma sintonia com a plateia, sei lá, no dia em que estava chovendo, a gente começou a cantar uma música que já fazia referência a isso. São momentos únicos e especiais. Quando acontecem os momentos perto do nosso final, e a gente canta Toda Forma de Amor, gera uma explosão de alegria e liberdade. São coisas muito bonitas que acontecem.”
Como você definiria o Carnaval Paulistano?
“Eu acredito que o Carnaval paulistano, a cada dia, deixa mais clara a sua personalidade e a sua marca. Creio que a gente subverte um pouco uma cidade tão gigante como São Paulo, essa coisa das pessoas tomarem as ruas para se divertir, cantar, fantasiar, se abraçar, dançar. Isso é muito poderoso, porque cada cidade tem suas peculiaridades.São Paulo tem essa coisa do gigantismo, e nesse momento você se entrega à folia de uma forma tão bonita, tão espontânea. É um momento em que realmente as pessoas, e as pessoas do Brasil inteiro, vêm para São Paulo e abraçam a cidade de uma outra maneira. E as pessoas ali realmente se sentem parte de algo, que é a cidade de São Paulo.”