Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘Antigamente você só tinha o ator como celebridade’, diz Carol Sampaio, que organiza vip do RiR


Na opinião da empresária, a pandemia mudou as características das listas de convidados vip do evento

Por Marcela Paes
Atualização:

Carol Sampaio entra na videoconferência em que será realizada a entrevista levemente esbaforida. Ela pede desculpas e avisa que está aproveitando o intervalo entre uma soneca e outra de seu filho, Antônio, de cerca de cinco meses, para resolver compromissos profissionais, que incluem o bate-papo com a coluna. O outro compromisso profissional a que Carol se refere é o de organizar a lista de convidados da área vip de um dos maiores festivais do País, o Rock in Rio.

O evento começou na sexta (13) terá mais apresentações na próxima sexta, no sábado e no próximo domingo. No ramo há 23 anos, ela também é responsável por um camarote da Sapucaí e eventos fechados. Leia abaixo a entrevista com a empresária dada à repórter Marcela Paes:

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A promoter Carol Sampaio Foto: Leandro Tumenas

Você trabalha com áreas vip e camarotes há mais de 23 anos. Como você escolhe quem vai estar nesses lugares?

Hoje em dia a gente não escolhe nem quem vai. Mudou muito desde quando eu comecei, aos 18 anos de idade. Muitos amigos meus ficavam de fora porque não eram o perfil da marca que controlava o evento ou espaço. Na verdade, a nossa profissão é sempre fazer com que os convidados daquelas listas tenham ‘match’ com aquela determinada marca.

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E quando alguém insiste muito? Como você lida?

Quando eu tenho uma cota ali pra convidar quem eu quero, eu até consigo encaixar, mas quando o evento não é meu, como o Rock in Rio, não dá. Tem gente que não entende e fala ‘mas como assim, você não manda na área vip?’. Eu faço a lista, mas quem escolhe é o cliente. Aí você tem que explicar com jeito que ‘não, o evento não é meu’. Tem gente que fica chateada até hoje. Mesmo com 23 anos de profissão existem pessoas que mandam mensagem todo dia mesmo depois de eu falar não. Já teve caso de eu comprar convite da área VIP do próprio evento pelo qual eu sou responsável para atender uma pessoa muito insistente.

Hoje discute-se muito a entrada de influencers em lugares que antes eram ocupados por outras profissões, como atores, músicos e jornalistas. Na área vip isso acontece também?

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Eu acho que o mundo pós-pandemia mudou muito, foi uma mudança radical. Era uma lista vip de antes da pandemia e hoje existe uma nova lista de vips. Antigamente você só tinha o ator como celebridade. É muito engraçado, hoje em dia quando você vai fazer uma lista você fica até perdida. É uma lista muito variada. Você tem o influenciador, o artista, a pessoa que é bem-sucedida na área dela, a que é de lifestyle. Antes a gente tinha uma lista que era, basicamente, de globais, esses eram os grandes nomes que as pessoas queriam.

Mudou muito pra você, na maneira como você estrutura seu trabalho de relacionamento?

Sim, a gente teve que entender esse novo mundo, teve que ir pro mercado refazer um mailing todo praticamente do zero. E sim, tem vezes em que os clientes falam ‘não, prefiro não chamar mais essa pessoa, mas quero aquela outra’. Aconteceu já na primeira edição pós-pandemia do Rock in Rio de eu ter que chamar pessoas que eu não conhecia. Tive que fazer um relacionamento ali, coisa que eu não fazia há mais de 15 anos. Mandar mensagem pelo Instagram e dizer ‘Oi, sou a Carol Sampaio. Trabalho com isso há 23 anos e gostaria de ter seu contato’. E, aliás, antes era muito mais difícil chegar até uma pessoa.

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Como?

Quem começou nesta nova era se deu muito bem, porque eu sofri pra fazer mailing. Era por telefone fixo, procurar um por um.

Nesses 13 anos em que você está fazendo Rock in Rio, qual foi a maior saia justa que passou?

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Acho que foi aquele ‘vipinho vipão’ que não existiu, né? Tinha uma lista que a própria assessoria da marca dividiu entre o vipinho, que ficava no vip menor, que era o lounge, e o vipão, que era a tenda, que é enorme. Na hora de mandarem a lista para imprensa, enviaram assim, com essa divisão. E sobrou pra quem? Pra pessoa aqui que acordou sendo metralhada...E não fazia sentido algum, sabe? Pra você ter uma ideia a Juliana Paes estava no vipinho. Tinha nomes que não batiam. Mas o que eu acho engraçado é que até hoje as pessoas falam ‘eu estou no seu vipinho ou estou no seu vipão?’ (risos).

Você teve o Antônio há cerca de seis meses e está trabalhando no RiR. Era uma plano engravidar? Como está sendo?

Sempre tive a certeza de que eu seria mãe, só que eu ia trabalhando, trabalhando. Acho que era sempre um trabalho me sugando o que eu podia e o que eu não podia. Congelei meus óvulos, mas acabei engravidando naturalmente. Antes do Antônio eu nunca tinha dormido sem responder todas as mensagens de Whatsapp. Todas. Hoje em dia, quando olho antes de dormir, às 23h, ainda faltam umas 30 pessoas. Isso me mata um pouco por dentro. Mas, hoje, eu entendo que faz parte

Carol Sampaio entra na videoconferência em que será realizada a entrevista levemente esbaforida. Ela pede desculpas e avisa que está aproveitando o intervalo entre uma soneca e outra de seu filho, Antônio, de cerca de cinco meses, para resolver compromissos profissionais, que incluem o bate-papo com a coluna. O outro compromisso profissional a que Carol se refere é o de organizar a lista de convidados da área vip de um dos maiores festivais do País, o Rock in Rio.

O evento começou na sexta (13) terá mais apresentações na próxima sexta, no sábado e no próximo domingo. No ramo há 23 anos, ela também é responsável por um camarote da Sapucaí e eventos fechados. Leia abaixo a entrevista com a empresária dada à repórter Marcela Paes:

A promoter Carol Sampaio Foto: Leandro Tumenas

Você trabalha com áreas vip e camarotes há mais de 23 anos. Como você escolhe quem vai estar nesses lugares?

Hoje em dia a gente não escolhe nem quem vai. Mudou muito desde quando eu comecei, aos 18 anos de idade. Muitos amigos meus ficavam de fora porque não eram o perfil da marca que controlava o evento ou espaço. Na verdade, a nossa profissão é sempre fazer com que os convidados daquelas listas tenham ‘match’ com aquela determinada marca.

E quando alguém insiste muito? Como você lida?

Quando eu tenho uma cota ali pra convidar quem eu quero, eu até consigo encaixar, mas quando o evento não é meu, como o Rock in Rio, não dá. Tem gente que não entende e fala ‘mas como assim, você não manda na área vip?’. Eu faço a lista, mas quem escolhe é o cliente. Aí você tem que explicar com jeito que ‘não, o evento não é meu’. Tem gente que fica chateada até hoje. Mesmo com 23 anos de profissão existem pessoas que mandam mensagem todo dia mesmo depois de eu falar não. Já teve caso de eu comprar convite da área VIP do próprio evento pelo qual eu sou responsável para atender uma pessoa muito insistente.

Hoje discute-se muito a entrada de influencers em lugares que antes eram ocupados por outras profissões, como atores, músicos e jornalistas. Na área vip isso acontece também?

Eu acho que o mundo pós-pandemia mudou muito, foi uma mudança radical. Era uma lista vip de antes da pandemia e hoje existe uma nova lista de vips. Antigamente você só tinha o ator como celebridade. É muito engraçado, hoje em dia quando você vai fazer uma lista você fica até perdida. É uma lista muito variada. Você tem o influenciador, o artista, a pessoa que é bem-sucedida na área dela, a que é de lifestyle. Antes a gente tinha uma lista que era, basicamente, de globais, esses eram os grandes nomes que as pessoas queriam.

Mudou muito pra você, na maneira como você estrutura seu trabalho de relacionamento?

Sim, a gente teve que entender esse novo mundo, teve que ir pro mercado refazer um mailing todo praticamente do zero. E sim, tem vezes em que os clientes falam ‘não, prefiro não chamar mais essa pessoa, mas quero aquela outra’. Aconteceu já na primeira edição pós-pandemia do Rock in Rio de eu ter que chamar pessoas que eu não conhecia. Tive que fazer um relacionamento ali, coisa que eu não fazia há mais de 15 anos. Mandar mensagem pelo Instagram e dizer ‘Oi, sou a Carol Sampaio. Trabalho com isso há 23 anos e gostaria de ter seu contato’. E, aliás, antes era muito mais difícil chegar até uma pessoa.

Como?

Quem começou nesta nova era se deu muito bem, porque eu sofri pra fazer mailing. Era por telefone fixo, procurar um por um.

Nesses 13 anos em que você está fazendo Rock in Rio, qual foi a maior saia justa que passou?

Acho que foi aquele ‘vipinho vipão’ que não existiu, né? Tinha uma lista que a própria assessoria da marca dividiu entre o vipinho, que ficava no vip menor, que era o lounge, e o vipão, que era a tenda, que é enorme. Na hora de mandarem a lista para imprensa, enviaram assim, com essa divisão. E sobrou pra quem? Pra pessoa aqui que acordou sendo metralhada...E não fazia sentido algum, sabe? Pra você ter uma ideia a Juliana Paes estava no vipinho. Tinha nomes que não batiam. Mas o que eu acho engraçado é que até hoje as pessoas falam ‘eu estou no seu vipinho ou estou no seu vipão?’ (risos).

Você teve o Antônio há cerca de seis meses e está trabalhando no RiR. Era uma plano engravidar? Como está sendo?

Sempre tive a certeza de que eu seria mãe, só que eu ia trabalhando, trabalhando. Acho que era sempre um trabalho me sugando o que eu podia e o que eu não podia. Congelei meus óvulos, mas acabei engravidando naturalmente. Antes do Antônio eu nunca tinha dormido sem responder todas as mensagens de Whatsapp. Todas. Hoje em dia, quando olho antes de dormir, às 23h, ainda faltam umas 30 pessoas. Isso me mata um pouco por dentro. Mas, hoje, eu entendo que faz parte

Carol Sampaio entra na videoconferência em que será realizada a entrevista levemente esbaforida. Ela pede desculpas e avisa que está aproveitando o intervalo entre uma soneca e outra de seu filho, Antônio, de cerca de cinco meses, para resolver compromissos profissionais, que incluem o bate-papo com a coluna. O outro compromisso profissional a que Carol se refere é o de organizar a lista de convidados da área vip de um dos maiores festivais do País, o Rock in Rio.

O evento começou na sexta (13) terá mais apresentações na próxima sexta, no sábado e no próximo domingo. No ramo há 23 anos, ela também é responsável por um camarote da Sapucaí e eventos fechados. Leia abaixo a entrevista com a empresária dada à repórter Marcela Paes:

A promoter Carol Sampaio Foto: Leandro Tumenas

Você trabalha com áreas vip e camarotes há mais de 23 anos. Como você escolhe quem vai estar nesses lugares?

Hoje em dia a gente não escolhe nem quem vai. Mudou muito desde quando eu comecei, aos 18 anos de idade. Muitos amigos meus ficavam de fora porque não eram o perfil da marca que controlava o evento ou espaço. Na verdade, a nossa profissão é sempre fazer com que os convidados daquelas listas tenham ‘match’ com aquela determinada marca.

E quando alguém insiste muito? Como você lida?

Quando eu tenho uma cota ali pra convidar quem eu quero, eu até consigo encaixar, mas quando o evento não é meu, como o Rock in Rio, não dá. Tem gente que não entende e fala ‘mas como assim, você não manda na área vip?’. Eu faço a lista, mas quem escolhe é o cliente. Aí você tem que explicar com jeito que ‘não, o evento não é meu’. Tem gente que fica chateada até hoje. Mesmo com 23 anos de profissão existem pessoas que mandam mensagem todo dia mesmo depois de eu falar não. Já teve caso de eu comprar convite da área VIP do próprio evento pelo qual eu sou responsável para atender uma pessoa muito insistente.

Hoje discute-se muito a entrada de influencers em lugares que antes eram ocupados por outras profissões, como atores, músicos e jornalistas. Na área vip isso acontece também?

Eu acho que o mundo pós-pandemia mudou muito, foi uma mudança radical. Era uma lista vip de antes da pandemia e hoje existe uma nova lista de vips. Antigamente você só tinha o ator como celebridade. É muito engraçado, hoje em dia quando você vai fazer uma lista você fica até perdida. É uma lista muito variada. Você tem o influenciador, o artista, a pessoa que é bem-sucedida na área dela, a que é de lifestyle. Antes a gente tinha uma lista que era, basicamente, de globais, esses eram os grandes nomes que as pessoas queriam.

Mudou muito pra você, na maneira como você estrutura seu trabalho de relacionamento?

Sim, a gente teve que entender esse novo mundo, teve que ir pro mercado refazer um mailing todo praticamente do zero. E sim, tem vezes em que os clientes falam ‘não, prefiro não chamar mais essa pessoa, mas quero aquela outra’. Aconteceu já na primeira edição pós-pandemia do Rock in Rio de eu ter que chamar pessoas que eu não conhecia. Tive que fazer um relacionamento ali, coisa que eu não fazia há mais de 15 anos. Mandar mensagem pelo Instagram e dizer ‘Oi, sou a Carol Sampaio. Trabalho com isso há 23 anos e gostaria de ter seu contato’. E, aliás, antes era muito mais difícil chegar até uma pessoa.

Como?

Quem começou nesta nova era se deu muito bem, porque eu sofri pra fazer mailing. Era por telefone fixo, procurar um por um.

Nesses 13 anos em que você está fazendo Rock in Rio, qual foi a maior saia justa que passou?

Acho que foi aquele ‘vipinho vipão’ que não existiu, né? Tinha uma lista que a própria assessoria da marca dividiu entre o vipinho, que ficava no vip menor, que era o lounge, e o vipão, que era a tenda, que é enorme. Na hora de mandarem a lista para imprensa, enviaram assim, com essa divisão. E sobrou pra quem? Pra pessoa aqui que acordou sendo metralhada...E não fazia sentido algum, sabe? Pra você ter uma ideia a Juliana Paes estava no vipinho. Tinha nomes que não batiam. Mas o que eu acho engraçado é que até hoje as pessoas falam ‘eu estou no seu vipinho ou estou no seu vipão?’ (risos).

Você teve o Antônio há cerca de seis meses e está trabalhando no RiR. Era uma plano engravidar? Como está sendo?

Sempre tive a certeza de que eu seria mãe, só que eu ia trabalhando, trabalhando. Acho que era sempre um trabalho me sugando o que eu podia e o que eu não podia. Congelei meus óvulos, mas acabei engravidando naturalmente. Antes do Antônio eu nunca tinha dormido sem responder todas as mensagens de Whatsapp. Todas. Hoje em dia, quando olho antes de dormir, às 23h, ainda faltam umas 30 pessoas. Isso me mata um pouco por dentro. Mas, hoje, eu entendo que faz parte

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