Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘Aprendo muito com Luisa Arraes e com as minhas ex-mulheres’, afirma Caio Blat


Ator fala como lida com o empoderamento feminino, relembra quando sua saúde mental ficou por um fio, discute travestismo e contracena com sua mulher em ‘Grande Sertão’, que estreia no cinema

Por Paula Bonelli
Atualização:

Caio Blat estará nas telas dos cinemas na pele de Riobaldo, em ‘Grande Sertão’, dirigido por Guel Arraes, a partir do dia 6 de junho. Enquanto no livro de Guimarães Rosa as guerras dos jagunços ocorrem no contexto rural, no filme a história se passa na periferia urbana.

Professor bondoso, o Riobaldo do filme é arrastado a se tornar líder de uma facção em meio à violência do tráfico de drogas e ao seu amor por Diadorim, personagem de sexualidade indefinida interpretada por sua mulher na vida real, Luisa Arraes.

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Assim como Riobaldo, Blat também considera que viver é algo perigoso. Indagado, o ator paulistano, de 43 anos, revelou que sua sanidade também já esteve por um fio: “Passei por momentos de muita pressão psicológica, já tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico”.

Em uma relação aberta com Luisa, ele critica o patriarcado: “Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Aprendo muito com a Luisa Arraes e com as minhas ex-mulheres, a Maria Ribeiro e também com a Preta Gil que foi uma mulher que revolucionou a minha vida”.

Confira a entrevista concedida à repórter Paula Bonelli por videoconferência:

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Caio Blat Foto: Bruna Castanheira

Como foi o seu processo de construção do personagem Riobaldo?

Eu e a Luisa vínhamos de uma experiência muito forte de três anos fazendo a peça dirigida pela Bia Lessa. No filme, Guel Arraes colocou uma realidade meio distópica e futurista urbana. Já o livro é extremamente rural com os personagens cruzando o sertão do País a cavalo, mas no filme a história se passa em uma favela de cidade grande. Em vez de cavalo são motos e no lugar de facas são revólveres.

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No livro de Guimarães Rosa, Riobaldo tem uma fascinação por Diadorim que é uma mulher travestida de homem que se misturou aos jagunços. Essa paixão aparece de forma mais direta no filme?

O amor de Riobaldo por Diadorim é o principal componente do livro. A guerra é um pano de fundo porque a transformação pela qual Riobaldo vai passando é em função desse amor. Ele só entra para o bando por causa da paixão. Sente medo de se envolver com uma figura que não é uma mulher convencional, andrógina, com sexualidade indefinida.

O Peru acaba de decretar que o travestismo é uma doença mental. O que você achou disso?

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Nossa, que coisa grave… Acho lamentável porque todos os países estão evoluindo no reconhecimento dos direitos da autodeterminação da pessoa de ter e construir sua própria identidade. É uma regressão que não vai durar porque vai contra os direitos humanos.

O seu personagem sempre fala que viver é perigoso, você concorda com essa frase?

Sim, concordo muito. Essa é uma das principais frases do livro. Riobaldo viu tanto a guerra e pessoas queridas desaparecerem. Ele percebe que a vida é muito efêmera, é um fio que pode se romper em um segundo. Vimos isso na pandemia de covid-19, e agora no Rio Grande do Sul. Uma chuva inesperada, de repente, arrasta metade de uma metrópole e milhões de pessoas perdem suas casas em poucos instantes.

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E você teve algum momento que foi mais difícil?

Já passei por muita pressão psicológica, tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico. São momentos em que você percebe que a nossa sanidade está por um fio.

Você fala de qual época da sua vida?

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Foi durante a separação da Maria Ribeiro. Estivemos casados por muitos anos, temos um filho, construímos uma casa e fizemos muitos trabalhos juntos. Foi difícil me reorganizar e sair desse relacionamento que era realmente uma estrutura para mim.

No filme, Luisa Arraes interpreta Diadorim e o diretor é Guel Arraes. É estranho ser dirigido por seu sogro?

Não, Guel Arraes é um grande diretor como outro qualquer. No set, é muito criativo e, ao mesmo tempo, muito exigente. Espera sempre que o ator traga sugestões, e eu sou um ator que dou muitas ideias e sugestões.

Em suas relações amorosas, você se considera homem moderno?

Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Então, aprendo muito com a Maria Ribeiro, minha ex-mulher, e agora com a Luisa e também com a Preta Gil, uma mulher que revolucionou a minha vida, me ensinou muito. Tenho o tempo inteiro essa vontade de aprender e de tentar entender um pouco melhor o ponto de vista das mulheres, o que é algo moderno.

Caio Blat estará nas telas dos cinemas na pele de Riobaldo, em ‘Grande Sertão’, dirigido por Guel Arraes, a partir do dia 6 de junho. Enquanto no livro de Guimarães Rosa as guerras dos jagunços ocorrem no contexto rural, no filme a história se passa na periferia urbana.

Professor bondoso, o Riobaldo do filme é arrastado a se tornar líder de uma facção em meio à violência do tráfico de drogas e ao seu amor por Diadorim, personagem de sexualidade indefinida interpretada por sua mulher na vida real, Luisa Arraes.

Assim como Riobaldo, Blat também considera que viver é algo perigoso. Indagado, o ator paulistano, de 43 anos, revelou que sua sanidade também já esteve por um fio: “Passei por momentos de muita pressão psicológica, já tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico”.

Em uma relação aberta com Luisa, ele critica o patriarcado: “Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Aprendo muito com a Luisa Arraes e com as minhas ex-mulheres, a Maria Ribeiro e também com a Preta Gil que foi uma mulher que revolucionou a minha vida”.

Confira a entrevista concedida à repórter Paula Bonelli por videoconferência:

Caio Blat Foto: Bruna Castanheira

Como foi o seu processo de construção do personagem Riobaldo?

Eu e a Luisa vínhamos de uma experiência muito forte de três anos fazendo a peça dirigida pela Bia Lessa. No filme, Guel Arraes colocou uma realidade meio distópica e futurista urbana. Já o livro é extremamente rural com os personagens cruzando o sertão do País a cavalo, mas no filme a história se passa em uma favela de cidade grande. Em vez de cavalo são motos e no lugar de facas são revólveres.

No livro de Guimarães Rosa, Riobaldo tem uma fascinação por Diadorim que é uma mulher travestida de homem que se misturou aos jagunços. Essa paixão aparece de forma mais direta no filme?

O amor de Riobaldo por Diadorim é o principal componente do livro. A guerra é um pano de fundo porque a transformação pela qual Riobaldo vai passando é em função desse amor. Ele só entra para o bando por causa da paixão. Sente medo de se envolver com uma figura que não é uma mulher convencional, andrógina, com sexualidade indefinida.

O Peru acaba de decretar que o travestismo é uma doença mental. O que você achou disso?

Nossa, que coisa grave… Acho lamentável porque todos os países estão evoluindo no reconhecimento dos direitos da autodeterminação da pessoa de ter e construir sua própria identidade. É uma regressão que não vai durar porque vai contra os direitos humanos.

O seu personagem sempre fala que viver é perigoso, você concorda com essa frase?

Sim, concordo muito. Essa é uma das principais frases do livro. Riobaldo viu tanto a guerra e pessoas queridas desaparecerem. Ele percebe que a vida é muito efêmera, é um fio que pode se romper em um segundo. Vimos isso na pandemia de covid-19, e agora no Rio Grande do Sul. Uma chuva inesperada, de repente, arrasta metade de uma metrópole e milhões de pessoas perdem suas casas em poucos instantes.

E você teve algum momento que foi mais difícil?

Já passei por muita pressão psicológica, tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico. São momentos em que você percebe que a nossa sanidade está por um fio.

Você fala de qual época da sua vida?

Foi durante a separação da Maria Ribeiro. Estivemos casados por muitos anos, temos um filho, construímos uma casa e fizemos muitos trabalhos juntos. Foi difícil me reorganizar e sair desse relacionamento que era realmente uma estrutura para mim.

No filme, Luisa Arraes interpreta Diadorim e o diretor é Guel Arraes. É estranho ser dirigido por seu sogro?

Não, Guel Arraes é um grande diretor como outro qualquer. No set, é muito criativo e, ao mesmo tempo, muito exigente. Espera sempre que o ator traga sugestões, e eu sou um ator que dou muitas ideias e sugestões.

Em suas relações amorosas, você se considera homem moderno?

Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Então, aprendo muito com a Maria Ribeiro, minha ex-mulher, e agora com a Luisa e também com a Preta Gil, uma mulher que revolucionou a minha vida, me ensinou muito. Tenho o tempo inteiro essa vontade de aprender e de tentar entender um pouco melhor o ponto de vista das mulheres, o que é algo moderno.

Caio Blat estará nas telas dos cinemas na pele de Riobaldo, em ‘Grande Sertão’, dirigido por Guel Arraes, a partir do dia 6 de junho. Enquanto no livro de Guimarães Rosa as guerras dos jagunços ocorrem no contexto rural, no filme a história se passa na periferia urbana.

Professor bondoso, o Riobaldo do filme é arrastado a se tornar líder de uma facção em meio à violência do tráfico de drogas e ao seu amor por Diadorim, personagem de sexualidade indefinida interpretada por sua mulher na vida real, Luisa Arraes.

Assim como Riobaldo, Blat também considera que viver é algo perigoso. Indagado, o ator paulistano, de 43 anos, revelou que sua sanidade também já esteve por um fio: “Passei por momentos de muita pressão psicológica, já tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico”.

Em uma relação aberta com Luisa, ele critica o patriarcado: “Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Aprendo muito com a Luisa Arraes e com as minhas ex-mulheres, a Maria Ribeiro e também com a Preta Gil que foi uma mulher que revolucionou a minha vida”.

Confira a entrevista concedida à repórter Paula Bonelli por videoconferência:

Caio Blat Foto: Bruna Castanheira

Como foi o seu processo de construção do personagem Riobaldo?

Eu e a Luisa vínhamos de uma experiência muito forte de três anos fazendo a peça dirigida pela Bia Lessa. No filme, Guel Arraes colocou uma realidade meio distópica e futurista urbana. Já o livro é extremamente rural com os personagens cruzando o sertão do País a cavalo, mas no filme a história se passa em uma favela de cidade grande. Em vez de cavalo são motos e no lugar de facas são revólveres.

No livro de Guimarães Rosa, Riobaldo tem uma fascinação por Diadorim que é uma mulher travestida de homem que se misturou aos jagunços. Essa paixão aparece de forma mais direta no filme?

O amor de Riobaldo por Diadorim é o principal componente do livro. A guerra é um pano de fundo porque a transformação pela qual Riobaldo vai passando é em função desse amor. Ele só entra para o bando por causa da paixão. Sente medo de se envolver com uma figura que não é uma mulher convencional, andrógina, com sexualidade indefinida.

O Peru acaba de decretar que o travestismo é uma doença mental. O que você achou disso?

Nossa, que coisa grave… Acho lamentável porque todos os países estão evoluindo no reconhecimento dos direitos da autodeterminação da pessoa de ter e construir sua própria identidade. É uma regressão que não vai durar porque vai contra os direitos humanos.

O seu personagem sempre fala que viver é perigoso, você concorda com essa frase?

Sim, concordo muito. Essa é uma das principais frases do livro. Riobaldo viu tanto a guerra e pessoas queridas desaparecerem. Ele percebe que a vida é muito efêmera, é um fio que pode se romper em um segundo. Vimos isso na pandemia de covid-19, e agora no Rio Grande do Sul. Uma chuva inesperada, de repente, arrasta metade de uma metrópole e milhões de pessoas perdem suas casas em poucos instantes.

E você teve algum momento que foi mais difícil?

Já passei por muita pressão psicológica, tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico. São momentos em que você percebe que a nossa sanidade está por um fio.

Você fala de qual época da sua vida?

Foi durante a separação da Maria Ribeiro. Estivemos casados por muitos anos, temos um filho, construímos uma casa e fizemos muitos trabalhos juntos. Foi difícil me reorganizar e sair desse relacionamento que era realmente uma estrutura para mim.

No filme, Luisa Arraes interpreta Diadorim e o diretor é Guel Arraes. É estranho ser dirigido por seu sogro?

Não, Guel Arraes é um grande diretor como outro qualquer. No set, é muito criativo e, ao mesmo tempo, muito exigente. Espera sempre que o ator traga sugestões, e eu sou um ator que dou muitas ideias e sugestões.

Em suas relações amorosas, você se considera homem moderno?

Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Então, aprendo muito com a Maria Ribeiro, minha ex-mulher, e agora com a Luisa e também com a Preta Gil, uma mulher que revolucionou a minha vida, me ensinou muito. Tenho o tempo inteiro essa vontade de aprender e de tentar entender um pouco melhor o ponto de vista das mulheres, o que é algo moderno.

Caio Blat estará nas telas dos cinemas na pele de Riobaldo, em ‘Grande Sertão’, dirigido por Guel Arraes, a partir do dia 6 de junho. Enquanto no livro de Guimarães Rosa as guerras dos jagunços ocorrem no contexto rural, no filme a história se passa na periferia urbana.

Professor bondoso, o Riobaldo do filme é arrastado a se tornar líder de uma facção em meio à violência do tráfico de drogas e ao seu amor por Diadorim, personagem de sexualidade indefinida interpretada por sua mulher na vida real, Luisa Arraes.

Assim como Riobaldo, Blat também considera que viver é algo perigoso. Indagado, o ator paulistano, de 43 anos, revelou que sua sanidade também já esteve por um fio: “Passei por momentos de muita pressão psicológica, já tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico”.

Em uma relação aberta com Luisa, ele critica o patriarcado: “Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Aprendo muito com a Luisa Arraes e com as minhas ex-mulheres, a Maria Ribeiro e também com a Preta Gil que foi uma mulher que revolucionou a minha vida”.

Confira a entrevista concedida à repórter Paula Bonelli por videoconferência:

Caio Blat Foto: Bruna Castanheira

Como foi o seu processo de construção do personagem Riobaldo?

Eu e a Luisa vínhamos de uma experiência muito forte de três anos fazendo a peça dirigida pela Bia Lessa. No filme, Guel Arraes colocou uma realidade meio distópica e futurista urbana. Já o livro é extremamente rural com os personagens cruzando o sertão do País a cavalo, mas no filme a história se passa em uma favela de cidade grande. Em vez de cavalo são motos e no lugar de facas são revólveres.

No livro de Guimarães Rosa, Riobaldo tem uma fascinação por Diadorim que é uma mulher travestida de homem que se misturou aos jagunços. Essa paixão aparece de forma mais direta no filme?

O amor de Riobaldo por Diadorim é o principal componente do livro. A guerra é um pano de fundo porque a transformação pela qual Riobaldo vai passando é em função desse amor. Ele só entra para o bando por causa da paixão. Sente medo de se envolver com uma figura que não é uma mulher convencional, andrógina, com sexualidade indefinida.

O Peru acaba de decretar que o travestismo é uma doença mental. O que você achou disso?

Nossa, que coisa grave… Acho lamentável porque todos os países estão evoluindo no reconhecimento dos direitos da autodeterminação da pessoa de ter e construir sua própria identidade. É uma regressão que não vai durar porque vai contra os direitos humanos.

O seu personagem sempre fala que viver é perigoso, você concorda com essa frase?

Sim, concordo muito. Essa é uma das principais frases do livro. Riobaldo viu tanto a guerra e pessoas queridas desaparecerem. Ele percebe que a vida é muito efêmera, é um fio que pode se romper em um segundo. Vimos isso na pandemia de covid-19, e agora no Rio Grande do Sul. Uma chuva inesperada, de repente, arrasta metade de uma metrópole e milhões de pessoas perdem suas casas em poucos instantes.

E você teve algum momento que foi mais difícil?

Já passei por muita pressão psicológica, tive crises emocionais. Cheguei muito perto de sentir pânico. São momentos em que você percebe que a nossa sanidade está por um fio.

Você fala de qual época da sua vida?

Foi durante a separação da Maria Ribeiro. Estivemos casados por muitos anos, temos um filho, construímos uma casa e fizemos muitos trabalhos juntos. Foi difícil me reorganizar e sair desse relacionamento que era realmente uma estrutura para mim.

No filme, Luisa Arraes interpreta Diadorim e o diretor é Guel Arraes. É estranho ser dirigido por seu sogro?

Não, Guel Arraes é um grande diretor como outro qualquer. No set, é muito criativo e, ao mesmo tempo, muito exigente. Espera sempre que o ator traga sugestões, e eu sou um ator que dou muitas ideias e sugestões.

Em suas relações amorosas, você se considera homem moderno?

Precisamos fazer um esforço para romper com o machismo estrutural, que está implícito em várias relações. Então, aprendo muito com a Maria Ribeiro, minha ex-mulher, e agora com a Luisa e também com a Preta Gil, uma mulher que revolucionou a minha vida, me ensinou muito. Tenho o tempo inteiro essa vontade de aprender e de tentar entender um pouco melhor o ponto de vista das mulheres, o que é algo moderno.

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