Clara Carvalho, que dedica a sua carreira ao teatro, está que não se aguenta. Ela recebeu o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte por seu trabalho em 2023. Além de atriz, Clara é diretora e tradutora de peças teatrais.
A artista de 65 anos já recebeu reconhecimentos semelhantes, mas conta que esse foi especial: “Eu fiquei muito feliz com esse prêmio porque ele junta as múltiplas coisas que eu faço. Exploro vários saberes do teatro”.
O seu próximo projeto é dirigir a peça “Hedda Gabler”, do dramaturgo norueguês Hendrik Ibsen, que deve estrear no final de junho no auditório do MASP. “Ibsen é um precursor do feminismo, das grandes heroínas e anti-heroínas. Ele criou personagens femininos fortíssimos”, diz.
A APCA divulgou os melhores nomes das artes em 2023 no último dia 30. Clara recebeu o Grande Prêmio da Crítica por sua atuação como atriz, tradutora e diretora. No ano que passou, ela se destacou dirigindo “O Dilema do Médico”, uma produção independente do Círculo de Atores, Clara dirigiu também “Os Escombro”, do autor inglês contemporâneo Dennis Kelly, que teve 12 sessões no SESC Pompeia.
Traduziu ainda a comédia francesa “O Nome do Bebê” em cartaz no Teatro FAAP e a peça inglesa “Consentimento”, montada pela Camila Turim e o Hugo Possolo. Pelo Tapa, ela atuou em “Um Picasso” em julho e agosto.
E por último, Clara fez “Agnes de Deus” com direção do Murillo Basso no Aliança Francesa. “Eu sou do núcleo artístico do Tapa, do qual faço parte há 35 anos, mas também realizo trabalhos fora para outros produtores. Me envolvo em um conjunto de ações artísticas. Eu sou tão apaixonada por teatro, que tudo que diz respeito a ele eu gosto de fazer”, conclui.