Após o longo processo de restauração em razão do incêndio em 2008, o histórico Teatro Cultura Artística, localizado no centro de São Paulo, realiza sua pré-abertura com duas apresentações especiais da Orquestra Sinfônica Municipal. Sob a regência de Roberto Minczuk, o ‘Grande Concerto de Música Brasileira’ incluirá obras de Heitor Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, no sábado, 3, e domingo, 4. O repertório será o mesmo da inauguração em 1950, na qual a Orquestra Sinfônica Municipal e os maestros Villa-Lobos e Guarnieri se apresentaram nos palcos do teatro.
O evento é destinado a convidados, incluindo pessoas que trabalharam na recuperação do teatro, desde pedreiros até patrocinadores, além de jornalistas. Com um clima intimista e acolhedor, a nova sala de espetáculos tem capacidade para 773 pessoas e conta com uma instalação de Sandra Cinto.
“O novo Teatro Cultura Artística será um lugar único em São Paulo. As fachadas e áreas do público foram completamente restauradas de acordo com o projeto original de Rino Levi, e a sala de espetáculos, além das áreas de apoio, foram redesenhadas com o que há de mais moderno em termos de conforto, segurança e acústica”, afirma Frederico Lohmann, superintendente do Teatro Cultura Artística. “A partir do ano que vem, a sala abrigará uma programação variada, que incluirá música clássica, jazz, MPB e música eletrônica”, completa.
A segunda diretora da Sociedade Cultura Artística e responsável pela construção do teatro em 1950, Esther Mesquita, será homenageada nesta pré-abertura. O primeiro diretor foi Nestor Pestana.
O site do Teatro Cultura Artística já disponibiliza a programação das próximas semanas. No dia 25 de agosto, na abertura oficial da casa para o público, a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen apresentará concertos de Heitor Villa-Lobos e Beethoven e a livraria Megafauna começará a funcionar no térreo em horário comercial. No feriado de 7 de setembro, a atração será o pianista Lang Lang.
Labaredas
O incêndio do Teatro Cultura Artística, em 12 de dezembro de 2008, destruiu grande parte do espaço, que era importante para eventos culturais em São Paulo. O fogo começou durante a madrugada e se espalhou rapidamente. As causas foram atribuídas a falhas elétricas. As obras de restauração custaram cerca de R$150 milhões, englobando equipamentos e instrumentos musicais. O enorme painel de Di Cavalcanti na fachada não foi destruído. A obra intitulada Alegoria das Artes teve uma restauração que demorou 18 meses, consumiu 1,2 milhão de pastilhas de vidro.