Rodrigo Faro vai viver o apresentador Silvio Santos no filme “Silvio”, que estreia no dia 12 de setembro.
A cinebiografia tem como foco principal o momento em que o comunicador e dono do SBT teve a casa invadida pelo mesmo criminoso que manteve Patrícia Abravanel em um cativeiro, em 2001.
O longa foi dirigido por Marcelo Antunez e produzido pela Imagem Filmes.
Faro afirmou que sua abordagem de Silvio Santos evitou o tom caricato, que muitas vezes é usado pelos humoristas ao imitarem o apresentador:
“O Silvio caricato todo mundo faz. Vários humoristas fazem e o objetivo é a graça. E no filme isso não faria sentido. O longa-metragem traz o Silvio em um momento de dor, onde ele sente medo, onde está perto da morte. É uma coisa muito complicada você levar para a caricatura um trabalho que tem que ser minucioso. Esse filme é muito psicológico, é um trabalho de muito olhar”, disse Faro.
“O Silvio do palco vai estar no filme, vocês vão ver ele falando ‘quem quer dinheiro?’, jogando aviãozinho. Mas o Silvio não pode ser caricato no meio de um sequestro, quando ele deixa a TV Globo, num momento em que ele precisa resolver a situação com as filhas. Eu busquei o Silvio do dia a dia, o Silvio que existe no meu coração. Seria muito mais fácil fazer caricato, mas não num evento de sequestro, numa história que é sobre a vida dele. Eu jamais faria um Silvo que as pessoas estão acostumadas a ver num programa de humor”, finalizou.
O longa conta com a produção da Moonshot Pictures, Maristela Filmes, FJ Produções, DIS Group e coprodução da Paramount Pictures, e a distribuição da Imagem Filmes.
Relembre o Sequestro
Em 30 de agosto de 2001, o apresentador e empresário Silvio Santos foi sequestrado e feito de refém por oito horas dentro de sua casa. O sequestrador era Fernando Dutra Pinto, mesmo homem que havia sequestrado a apresentadora Patrícia Abravanel, filha do dono do SBT, dias antes.
O criminoso rendeu Silvio na cozinha e pediu um helicóptero para a fuga, se negando a negociar com a polícia. A agonia chegou ao fim quando Fernando se rendeu após a chegada de Geraldo Alckmin, governador de São Paulo na época.