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‘Já escapei de apanhar por conta do humor, por saber me zoar’, diz o ator Fernando Caruso


Fernando Caruso será o protagonista do filme ‘Cansei de Ser Nerd’

Por Gilberto Amendola
Atualização:

Em um ponto da entrevista, o ator e humorista Fernando Caruso comenta: “Isso agora está virando uma sessão de análise”. Sim, ele tem razão. A conversa com Caruso passou pela infância e adolescência nerd, a descoberta do humor e também pela importância de saber rir de si mesmo. Além disso, falou sobre o seu primeiro filme como protagonista, o Cansei de Ser Nerd, dirigido por Gualter Pupo, e que entra em cartaz no primeiro semestre de 2024. A seguir:

Como você encontrou o tom dos seu personagem em Cansei de Ser Nerd?

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Eu não precisei muito longe não. Eu sou membro honorário do Conselho Jedi do Rio de Janeiro. Tenho uma coleção de quadrinho enorme, jogo RPG... Eu sou bem de dentro desse universo. Tenho lugar de fala para dar voz a esse tipo de personagem no filme. Sou uma espécie de embaixador nerd do filme.

Quando e como você se descobriu nerd?

Eu me lembro de um ponto de virada. Foi lá pelos 11 anos, quando li minha primeira revistinha do Homem-Aranha. Eu já gostava de quadrinhos, mas a relação era meio passageira. Eu não colecionava, não guardava. Essa relação mais obsessiva começou com o Homem-Aranha. Aprendi a ler em inglês para ler as revistas.

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O Homem-Aranha é uma porta de entrada...

Sim, porque com o Homem-Aranha a gente consegue se identificar. A gente se vê ali e acredita que é possível botar aquele uniforme... E que podia ser a gente e seria muito legal.

Você já sonhou em fazer um filme da Marvel?

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Eu faria qualquer um. Não tenho nenhuma autoestima. Se me colocassem para fazer o figurante dois que é assassinado na batalha, eu iria amarradão. Faria qualquer personagem. Tipo, vão dizer que Caruso não tem nada a ver com o Thor... Pô, eu ia convencer todo mundo de que eu podia ser o melhor Thor do multiverso.

Fernando Caruso com uma cópia do roteiro de 'Cansei de Ser Nerd' Foto: Mariana Vianna

Sentia vergonha de ser nerd?

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Aos 13 e 14 anos. Naquela época daqueles trabalhos do colégio, sabe? Me lembro nitidamente do desespero do dia que as meninas da escola iam para minha casa. Elas queriam entrar no meu quarto. Eu tinha vergonha da minha coleção de gibis. Eu joguei uma camisa por cima dela. Não queria que elas soubessem.

Ser nerd te atrasou um lado? Tipo com as garotas...

Eu entendo a pergunta e reconheço isso em boa parte dos meus amigos, mas eu tinha uma vida dupla. Eu tinha o teatro – que te leva por um outro caminho. Aí tinha uma socialização diferente, um pouco mais acelerada. Então não atrasou meu timeline, entendeu?

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Como o humor entrou na vida do nerd?

O humor vem desde a infância. Sou filho do cartunista Chico Caruso. Meus pais recebiam muita gente em casa. Ela era frequentada pelo Jaguar, Millôr Fernandes... A impressão que eu tinha é que o motivo dos encontros de todos os adultos era rir. Eles estavam sempre bebendo e rindo. Tenho uma lembrança de criança de querer estar perto daquilo e ficar fascinado.

E tem a sensação de poder de fazer o outro rir, né?

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Isso agora tá virando uma sessão de análise... Mas eu me lembro de uma apresentação de Natal da escola. Eu era uma ovelha. A peça tinha Jesus, os Reis Magos e todos os papéis maneiros. Eu estava na base da cadeia alimentar da apresentação. Eu usava uma caixa de leite com dois buraquinhos para colocar nas pernas. Aquilo era o corpo da ovelha – e eu tinha que ficar segurando aquilo. Uma hora a caixa caiu e eu peguei rapidinho. Todo mundo riu da situação. Eu gostei da sensação e comecei a derrubá-la de propósito.

Qual a importância de saber rir de si mesmo?

Saber rir de si mesmo é uma questão de sobrevivência. Já escapei de apanhar por conta do humor, por saber me zoar. No stand-up, quando chego em cidades diferentes, o melhor cartão de visita é a autodepreciação. Você conquista mais rápido a plateia para depois você depreciar o que mais você quer depreciar.

Você impõe limites ao seu humor?

A minha baliza está em fazer rir quem eu quero que ria. Acho que isso ficou um pouco mais claro depois dessa guerra civil opinativa que a gente viveu nas redes sociais. Tem quem eu não quero fazer rir, tem gente que eu quero que reflita, que repense. As pessoas que acham que racismo não é crime, que homofobia não é crime, eu não quero agradar essas pessoas. Se eu tiver a opção de não me apresentar para uma plateia 100% bolsonarista, ótimo. Eu prefiro ir para casa. Pode ser que mais para frente, quem sabe um dia, eu encontre a paz de Jesus Cristo na vida e tenha vontade de conciliar, mas no momento não estou me sentindo assim.

Em um ponto da entrevista, o ator e humorista Fernando Caruso comenta: “Isso agora está virando uma sessão de análise”. Sim, ele tem razão. A conversa com Caruso passou pela infância e adolescência nerd, a descoberta do humor e também pela importância de saber rir de si mesmo. Além disso, falou sobre o seu primeiro filme como protagonista, o Cansei de Ser Nerd, dirigido por Gualter Pupo, e que entra em cartaz no primeiro semestre de 2024. A seguir:

Como você encontrou o tom dos seu personagem em Cansei de Ser Nerd?

Eu não precisei muito longe não. Eu sou membro honorário do Conselho Jedi do Rio de Janeiro. Tenho uma coleção de quadrinho enorme, jogo RPG... Eu sou bem de dentro desse universo. Tenho lugar de fala para dar voz a esse tipo de personagem no filme. Sou uma espécie de embaixador nerd do filme.

Quando e como você se descobriu nerd?

Eu me lembro de um ponto de virada. Foi lá pelos 11 anos, quando li minha primeira revistinha do Homem-Aranha. Eu já gostava de quadrinhos, mas a relação era meio passageira. Eu não colecionava, não guardava. Essa relação mais obsessiva começou com o Homem-Aranha. Aprendi a ler em inglês para ler as revistas.

O Homem-Aranha é uma porta de entrada...

Sim, porque com o Homem-Aranha a gente consegue se identificar. A gente se vê ali e acredita que é possível botar aquele uniforme... E que podia ser a gente e seria muito legal.

Você já sonhou em fazer um filme da Marvel?

Eu faria qualquer um. Não tenho nenhuma autoestima. Se me colocassem para fazer o figurante dois que é assassinado na batalha, eu iria amarradão. Faria qualquer personagem. Tipo, vão dizer que Caruso não tem nada a ver com o Thor... Pô, eu ia convencer todo mundo de que eu podia ser o melhor Thor do multiverso.

Fernando Caruso com uma cópia do roteiro de 'Cansei de Ser Nerd' Foto: Mariana Vianna

Sentia vergonha de ser nerd?

Aos 13 e 14 anos. Naquela época daqueles trabalhos do colégio, sabe? Me lembro nitidamente do desespero do dia que as meninas da escola iam para minha casa. Elas queriam entrar no meu quarto. Eu tinha vergonha da minha coleção de gibis. Eu joguei uma camisa por cima dela. Não queria que elas soubessem.

Ser nerd te atrasou um lado? Tipo com as garotas...

Eu entendo a pergunta e reconheço isso em boa parte dos meus amigos, mas eu tinha uma vida dupla. Eu tinha o teatro – que te leva por um outro caminho. Aí tinha uma socialização diferente, um pouco mais acelerada. Então não atrasou meu timeline, entendeu?

Como o humor entrou na vida do nerd?

O humor vem desde a infância. Sou filho do cartunista Chico Caruso. Meus pais recebiam muita gente em casa. Ela era frequentada pelo Jaguar, Millôr Fernandes... A impressão que eu tinha é que o motivo dos encontros de todos os adultos era rir. Eles estavam sempre bebendo e rindo. Tenho uma lembrança de criança de querer estar perto daquilo e ficar fascinado.

E tem a sensação de poder de fazer o outro rir, né?

Isso agora tá virando uma sessão de análise... Mas eu me lembro de uma apresentação de Natal da escola. Eu era uma ovelha. A peça tinha Jesus, os Reis Magos e todos os papéis maneiros. Eu estava na base da cadeia alimentar da apresentação. Eu usava uma caixa de leite com dois buraquinhos para colocar nas pernas. Aquilo era o corpo da ovelha – e eu tinha que ficar segurando aquilo. Uma hora a caixa caiu e eu peguei rapidinho. Todo mundo riu da situação. Eu gostei da sensação e comecei a derrubá-la de propósito.

Qual a importância de saber rir de si mesmo?

Saber rir de si mesmo é uma questão de sobrevivência. Já escapei de apanhar por conta do humor, por saber me zoar. No stand-up, quando chego em cidades diferentes, o melhor cartão de visita é a autodepreciação. Você conquista mais rápido a plateia para depois você depreciar o que mais você quer depreciar.

Você impõe limites ao seu humor?

A minha baliza está em fazer rir quem eu quero que ria. Acho que isso ficou um pouco mais claro depois dessa guerra civil opinativa que a gente viveu nas redes sociais. Tem quem eu não quero fazer rir, tem gente que eu quero que reflita, que repense. As pessoas que acham que racismo não é crime, que homofobia não é crime, eu não quero agradar essas pessoas. Se eu tiver a opção de não me apresentar para uma plateia 100% bolsonarista, ótimo. Eu prefiro ir para casa. Pode ser que mais para frente, quem sabe um dia, eu encontre a paz de Jesus Cristo na vida e tenha vontade de conciliar, mas no momento não estou me sentindo assim.

Em um ponto da entrevista, o ator e humorista Fernando Caruso comenta: “Isso agora está virando uma sessão de análise”. Sim, ele tem razão. A conversa com Caruso passou pela infância e adolescência nerd, a descoberta do humor e também pela importância de saber rir de si mesmo. Além disso, falou sobre o seu primeiro filme como protagonista, o Cansei de Ser Nerd, dirigido por Gualter Pupo, e que entra em cartaz no primeiro semestre de 2024. A seguir:

Como você encontrou o tom dos seu personagem em Cansei de Ser Nerd?

Eu não precisei muito longe não. Eu sou membro honorário do Conselho Jedi do Rio de Janeiro. Tenho uma coleção de quadrinho enorme, jogo RPG... Eu sou bem de dentro desse universo. Tenho lugar de fala para dar voz a esse tipo de personagem no filme. Sou uma espécie de embaixador nerd do filme.

Quando e como você se descobriu nerd?

Eu me lembro de um ponto de virada. Foi lá pelos 11 anos, quando li minha primeira revistinha do Homem-Aranha. Eu já gostava de quadrinhos, mas a relação era meio passageira. Eu não colecionava, não guardava. Essa relação mais obsessiva começou com o Homem-Aranha. Aprendi a ler em inglês para ler as revistas.

O Homem-Aranha é uma porta de entrada...

Sim, porque com o Homem-Aranha a gente consegue se identificar. A gente se vê ali e acredita que é possível botar aquele uniforme... E que podia ser a gente e seria muito legal.

Você já sonhou em fazer um filme da Marvel?

Eu faria qualquer um. Não tenho nenhuma autoestima. Se me colocassem para fazer o figurante dois que é assassinado na batalha, eu iria amarradão. Faria qualquer personagem. Tipo, vão dizer que Caruso não tem nada a ver com o Thor... Pô, eu ia convencer todo mundo de que eu podia ser o melhor Thor do multiverso.

Fernando Caruso com uma cópia do roteiro de 'Cansei de Ser Nerd' Foto: Mariana Vianna

Sentia vergonha de ser nerd?

Aos 13 e 14 anos. Naquela época daqueles trabalhos do colégio, sabe? Me lembro nitidamente do desespero do dia que as meninas da escola iam para minha casa. Elas queriam entrar no meu quarto. Eu tinha vergonha da minha coleção de gibis. Eu joguei uma camisa por cima dela. Não queria que elas soubessem.

Ser nerd te atrasou um lado? Tipo com as garotas...

Eu entendo a pergunta e reconheço isso em boa parte dos meus amigos, mas eu tinha uma vida dupla. Eu tinha o teatro – que te leva por um outro caminho. Aí tinha uma socialização diferente, um pouco mais acelerada. Então não atrasou meu timeline, entendeu?

Como o humor entrou na vida do nerd?

O humor vem desde a infância. Sou filho do cartunista Chico Caruso. Meus pais recebiam muita gente em casa. Ela era frequentada pelo Jaguar, Millôr Fernandes... A impressão que eu tinha é que o motivo dos encontros de todos os adultos era rir. Eles estavam sempre bebendo e rindo. Tenho uma lembrança de criança de querer estar perto daquilo e ficar fascinado.

E tem a sensação de poder de fazer o outro rir, né?

Isso agora tá virando uma sessão de análise... Mas eu me lembro de uma apresentação de Natal da escola. Eu era uma ovelha. A peça tinha Jesus, os Reis Magos e todos os papéis maneiros. Eu estava na base da cadeia alimentar da apresentação. Eu usava uma caixa de leite com dois buraquinhos para colocar nas pernas. Aquilo era o corpo da ovelha – e eu tinha que ficar segurando aquilo. Uma hora a caixa caiu e eu peguei rapidinho. Todo mundo riu da situação. Eu gostei da sensação e comecei a derrubá-la de propósito.

Qual a importância de saber rir de si mesmo?

Saber rir de si mesmo é uma questão de sobrevivência. Já escapei de apanhar por conta do humor, por saber me zoar. No stand-up, quando chego em cidades diferentes, o melhor cartão de visita é a autodepreciação. Você conquista mais rápido a plateia para depois você depreciar o que mais você quer depreciar.

Você impõe limites ao seu humor?

A minha baliza está em fazer rir quem eu quero que ria. Acho que isso ficou um pouco mais claro depois dessa guerra civil opinativa que a gente viveu nas redes sociais. Tem quem eu não quero fazer rir, tem gente que eu quero que reflita, que repense. As pessoas que acham que racismo não é crime, que homofobia não é crime, eu não quero agradar essas pessoas. Se eu tiver a opção de não me apresentar para uma plateia 100% bolsonarista, ótimo. Eu prefiro ir para casa. Pode ser que mais para frente, quem sabe um dia, eu encontre a paz de Jesus Cristo na vida e tenha vontade de conciliar, mas no momento não estou me sentindo assim.

Em um ponto da entrevista, o ator e humorista Fernando Caruso comenta: “Isso agora está virando uma sessão de análise”. Sim, ele tem razão. A conversa com Caruso passou pela infância e adolescência nerd, a descoberta do humor e também pela importância de saber rir de si mesmo. Além disso, falou sobre o seu primeiro filme como protagonista, o Cansei de Ser Nerd, dirigido por Gualter Pupo, e que entra em cartaz no primeiro semestre de 2024. A seguir:

Como você encontrou o tom dos seu personagem em Cansei de Ser Nerd?

Eu não precisei muito longe não. Eu sou membro honorário do Conselho Jedi do Rio de Janeiro. Tenho uma coleção de quadrinho enorme, jogo RPG... Eu sou bem de dentro desse universo. Tenho lugar de fala para dar voz a esse tipo de personagem no filme. Sou uma espécie de embaixador nerd do filme.

Quando e como você se descobriu nerd?

Eu me lembro de um ponto de virada. Foi lá pelos 11 anos, quando li minha primeira revistinha do Homem-Aranha. Eu já gostava de quadrinhos, mas a relação era meio passageira. Eu não colecionava, não guardava. Essa relação mais obsessiva começou com o Homem-Aranha. Aprendi a ler em inglês para ler as revistas.

O Homem-Aranha é uma porta de entrada...

Sim, porque com o Homem-Aranha a gente consegue se identificar. A gente se vê ali e acredita que é possível botar aquele uniforme... E que podia ser a gente e seria muito legal.

Você já sonhou em fazer um filme da Marvel?

Eu faria qualquer um. Não tenho nenhuma autoestima. Se me colocassem para fazer o figurante dois que é assassinado na batalha, eu iria amarradão. Faria qualquer personagem. Tipo, vão dizer que Caruso não tem nada a ver com o Thor... Pô, eu ia convencer todo mundo de que eu podia ser o melhor Thor do multiverso.

Fernando Caruso com uma cópia do roteiro de 'Cansei de Ser Nerd' Foto: Mariana Vianna

Sentia vergonha de ser nerd?

Aos 13 e 14 anos. Naquela época daqueles trabalhos do colégio, sabe? Me lembro nitidamente do desespero do dia que as meninas da escola iam para minha casa. Elas queriam entrar no meu quarto. Eu tinha vergonha da minha coleção de gibis. Eu joguei uma camisa por cima dela. Não queria que elas soubessem.

Ser nerd te atrasou um lado? Tipo com as garotas...

Eu entendo a pergunta e reconheço isso em boa parte dos meus amigos, mas eu tinha uma vida dupla. Eu tinha o teatro – que te leva por um outro caminho. Aí tinha uma socialização diferente, um pouco mais acelerada. Então não atrasou meu timeline, entendeu?

Como o humor entrou na vida do nerd?

O humor vem desde a infância. Sou filho do cartunista Chico Caruso. Meus pais recebiam muita gente em casa. Ela era frequentada pelo Jaguar, Millôr Fernandes... A impressão que eu tinha é que o motivo dos encontros de todos os adultos era rir. Eles estavam sempre bebendo e rindo. Tenho uma lembrança de criança de querer estar perto daquilo e ficar fascinado.

E tem a sensação de poder de fazer o outro rir, né?

Isso agora tá virando uma sessão de análise... Mas eu me lembro de uma apresentação de Natal da escola. Eu era uma ovelha. A peça tinha Jesus, os Reis Magos e todos os papéis maneiros. Eu estava na base da cadeia alimentar da apresentação. Eu usava uma caixa de leite com dois buraquinhos para colocar nas pernas. Aquilo era o corpo da ovelha – e eu tinha que ficar segurando aquilo. Uma hora a caixa caiu e eu peguei rapidinho. Todo mundo riu da situação. Eu gostei da sensação e comecei a derrubá-la de propósito.

Qual a importância de saber rir de si mesmo?

Saber rir de si mesmo é uma questão de sobrevivência. Já escapei de apanhar por conta do humor, por saber me zoar. No stand-up, quando chego em cidades diferentes, o melhor cartão de visita é a autodepreciação. Você conquista mais rápido a plateia para depois você depreciar o que mais você quer depreciar.

Você impõe limites ao seu humor?

A minha baliza está em fazer rir quem eu quero que ria. Acho que isso ficou um pouco mais claro depois dessa guerra civil opinativa que a gente viveu nas redes sociais. Tem quem eu não quero fazer rir, tem gente que eu quero que reflita, que repense. As pessoas que acham que racismo não é crime, que homofobia não é crime, eu não quero agradar essas pessoas. Se eu tiver a opção de não me apresentar para uma plateia 100% bolsonarista, ótimo. Eu prefiro ir para casa. Pode ser que mais para frente, quem sabe um dia, eu encontre a paz de Jesus Cristo na vida e tenha vontade de conciliar, mas no momento não estou me sentindo assim.

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