O cantor e compositor João Suplicy está em fase de celebração por causa dos seu 50 anos. Para comemorar meio século de vida, o artista reuniu 500 amigos e convidados na Casa Rockambole em Pinheiros, onde tocou com seu bloco TBT músicas festivas de Música Popular Brasileira ao Forró poucos dias atrás.
Em conversa com à coluna, o irmão de Supla disse: “São muitas emoções misturar show com aniversário, estar com as pessoas que eu gosto e tocar as músicas que amo. Eu não me sinto com 50 anos. Antes eu achava uma idade muito avançada fazer 50, mas estou com muita energia, querendo realizar mil coisas. Esse número não me assusta mais. Sou muito menos ansioso hoje do que quando era mais jovem. Tem umas coisas boas que a idade traz…”
Sobre as mudanças no corpo, ele não se incomoda com as rugas, já da juba sente falta: ”Eu gostaria de ter mais cabelo, mas tudo bem”. E percebeu também que precisa aquecer a voz por um tempo maior para cantar, embora prefira o seu timbre mais grave hoje em relação a quando era mais novo.
Questionado, Suplicy refletiu sobre a passagem do tempo na sua vida sexual: “Cara, melhorou muito. Eu sou muito mais feliz hoje do que era. A gente passa a se conhecer melhor...” Ele está namorando há uma ano e meio e tem um relacionamento aberto com a Antoniela Canto.
Além disso, ele vai apresentar ainda canções do seu último álbum “Samblues” pela primeira vez com orquestra. O concerto será hoje no Teatro B32, em São Paulo, com a Big Band e o Octeto de Cordas da Orquestra Brasil Jazz Sinfônica, sob regência do maestro João Maurício Galindo.
O álbum “Samblues”, segundo Suplicy, nasceu da sua forma de tocar o violão juntamente com sua pesquisa sobre samba e blues. “As minhas influências são muito diversas e nessas origens do samba e do blues dos Estado Unidos, ambos têm a ver com a diáspora africana e a história dos escravos sequestrados para as Américas. O samba e o blues são diferentes com essa origem semelhante”, contou.
No repertório do show estão canções como ‘O Tambor’, de João Suplicy, com arranjo de Rodrigo Morte; ‘Lágrimas de um Blues’, de João Suplicy e Lecy Brandão; ‘Água de Beber’, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.