Às vésperas de gravar mais um episódio da última edição do The Voice Brasil, Fátima Bernardes quebrou o pé esquerdo durante uma aula de dança. O contratempo não tirou o humor da apresentadora e nem impediu que ela retornasse aos estúdios. Nesta conversa com a coluna, Fátima fala sobre, claro, o The Voice, a vida fora do jornalismo e de como o seu namoro tem sido inspirador para muitas mulheres. Leia a seguir:
Não tem como começar essa entrevista com outra pergunta: como está o pé?
Foi um susto. Minha primeira fratura na vida, né? A gente não esquece isso. Foi em uma aula de dança. Eu me joguei no chão, porque eu senti que eu estava me desequilibrando. E como eu já tive, na época da dança, muito problema de tornozelo, não queria torcê-lo para não atrapalhar as gravações do The Voice. Fraturei o quinto metatarso (pé esquerdo). Felizmente, não precisou de cirurgia. Mas são três semanas sem botar o pé no chão.
Foi preciso adaptar algumas coisas para gravar o The Voice?
A produção fez um super esquema. Eu fui de cadeira de rodas até o local. Me subiram no palco, depois me colocaram em um banco alto para ficar encostada. Então tudo bem, eu já tinha gravado a primeira fase. Essa foi a segunda parte das audições às cegas, mas funcionou tudo direitinho porque o público não vai notar muita diferença.
Quais as novidades desta última edição?
Eu brinco que eu sou uma pessoa acostumada a abrir e fechar ciclos. As pessoas vão poder esperar a mesma qualidade. E, de novo, muita emoção. A gente vai lembrar das edições anteriores, mas não será uma retrospectiva tradicional. O público que é fiel ao The Voice, vai identificar várias referências aos programas passados. O critério para selecionar essas últimas vozes foi muito apurado porque estava difícil rejeitar uma voz.
Você se emociona com os candidatos?
Antes das audições, eu entrevisto muitos candidatos. Não tem como você não se emocionar, como você não torcer para a pessoa, para algum técnico virar... Como não sou técnica, posso torcer para todos.
Vai cantar no programa?
(Risos) Eu não quero afastar o público. Tenho muito apreço pela audiência. Quero que eles fiquem comigo até o último dia. Fiz até aulas de canto quando eu fui começar o The Voice – para que eu entendesse um pouco mais o que o nervosismo pode fazer com o cantor.
Deixar o jornalismo, o hard news, mudou sua vida?
Tem época que o noticiário é tão pesado... A gente é obrigado a levar para casa das pessoas algo que é muito importante, mas também é muito duro. Hoje, poder trabalhar só com o sonho é um bálsamo.
Como é a sua relação com as redes sociais?
O Instagram, eu gosto. Mas só tive rede social depois que deixei o Jornal Nacional. No início, eu usava mais como um álbum mesmo. Depois, a gente passou a comercializar esse espaço, que era algo novo para mim. Então, hoje gosto da troca ali. Acho que chegou na minha vida no momento que eu já tinha uma certa maturidade para encarar rede social. Eu me preocupo muito com uma galera muito jovem que se deixa abater por um comentário ruim na internet.
A reação das redes ou do público em geral influencia sua relação com o Túlio Gadêlha (namorado de Fátima e deputado federal)?
A gente conversou muito sobre isso. Conseguimos escolher a forma que a gente queria contar nossa história. Eu acho muito bonito, por exemplo, ver as mulheres que estão na minha faixa etária reagindo ao nosso relacionamento (Fátima tem 61 anos; Gadêlha, 36).
Deve ser inspirador...
No início, muita gente dizia que meu relacionamento não ia durar seis meses. Agora, que a gente completou seis anos, as pessoas ficam: ‘nossa, então é possível...’. Ouço muitas coisas bonitas sobre isso, sobre como as pessoas passaram a acreditar de novo em uma possibilidade de você reconstruir sua vida. Eu entendi o papel que o nosso relacionamento acabou tendo na vida das pessoas. Se a gente pode espalhar amor, por que não?