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‘O que é engraçado é que virei uma pessoa famosa’, diz Karla Felmanas, vice-presidente da Cimed


Executiva do grupo farmacêutico ganhou fama ao entrar nas redes sociais e diz que isso ajudou no faturamento de cerca de R$ 3 bilhões que a empresa teve no ano passado

Por Marcela Paes
Atualização:

Karla Marques Felmanas poderia ser facilmente confundida como uma influencer. Com 1,2 milhões de seguidores no Instagram, ela costuma aparecer em suas postagens bem-vestida em locais deslumbrantes. Mas engana-se quem pensa que Karla ganha a vida só mostrando seu dia a dia. A executiva é vice-presidente do grupo farmacêutico Cimed, que comanda ao lado do irmão, João Adibe. Na empresa familiar desde os 17 anos, Karla enxergou nas redes sociais uma forma de dar uma cara à Cimed e a estratégia, segundo ela, deu certo.

SAO PAULO CADERNO 2 01-01-2024 DIRETO DA FONTE Karla Marques Felmanas lanvßa livro Crv©dito: Gui Paganini Foto: DIV
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“A entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Eu acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto”, diz à repórter Marcela Paes. Agora, Karla mostra ainda mais no livro Oi, Tchurma, que lança ainda este mês. Nele, a empresária reúne os pensamentos e as experiências mais definitivas de sua vida. Leia abaixo a entrevista.

Como é mostrar sua vida nas redes sociais?

Eu me apresentei para esse mercado digital quando fui eleita uma das mulheres de sucesso da Forbes. Aí, uma amiga minha me falou para eu estar mais à frente do meu Instagram, mostrar minha rotina. Ela me disse ‘você é uma mulher que inspira, que está numa posição importante’. E é verdade, a Cimed hoje é uma empresa que faturou R$ 3 bilhões só no ano passado, temos 5 mil funcionários. Ela me trouxe essa ideia de mostrar como eu consigo lidar com a vida pessoal, 26 anos de casamento, três filhos e uma carreira profissional super bacana.

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Como foi com a sua família?

A primeira coisa que eu fiz foi chamar os meus filhos e o meu marido e falar ‘gente, vocês topam entrar nessa jornada?’ Porque é uma exposição geral, não é só uma exposição minha, mas eles toparam. E essa entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto, por eu estar na fábrica toda terça-feira. A garotada ficava louca vendo o meu Tik Tok para ver se eu postava algum spoiler.

Foi um case de sucesso e viralizou. O marketing foi espontâneo ou pensado?

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Minha filha Juliana, que trabalha na parte de inovação, sugeriu uma collab com a Fini depois de eles terem nos procurado buscando um parceiro nas revendas. Foram quase oito meses desenvolvendo o produto e toda terça-feira eu ia à fábrica e fazia postagens para o TikTok. Uma postagem do primeiro lote já foi um estouro. Aí, resolvemos fazer kits para influenciadores. Nós mandamos kits personalizados, era pensado para cada pessoa, eu mesma escrevia uma carta à mão. Depois foi essa loucura de cada um ir atrás e cada hora surgia uma trend nova no TikTok por conta das próprias pessoas. A gente não gastou nada no TikTok, foi 100% orgânico. Na sequência lançamos o BFF, sobre melhores amigas, e trouxemos a Larissa Manoela e a Maisa para a campanha, que também foi um estouro. Pensamos até em algo com a Taylor Swift, mas os números dela eram muito gigantescos e não faziam sentido para nós.

Teve receio que pessoas do meio corporativo e outros empresários tivessem uma reação negativa à sua exposição nas redes?

Não, porque nos mostramos de verdade. Não tem uma Karla do TikTok, do Instagram, uma Karla da Cimed no dia a dia. Acho que se fosse um personagem, aí poderia chocar as pessoas. O que é engraçado é que de fato virei famosa. Hoje, as pessoas me param para tirar foto. Sou uma empresária, nunca imaginei que estaria nessa situação. Outro dia eu entrei no shopping e fui abordada quatro vezes. É muito legal esse negócio do contato com um fã, porque eu não sou uma artista pra ter fãs. O que eu escuto das mulheres é ‘você me representa’, sabe? Às cinco e meia da manhã eu já estou fazendo ginástica, às oito horas já estou no escritório e saio daqui quase oito horas da noite. Brasileiro gosta de ver uma galera que trabalha. Tenho zero haters.

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Te incomodaria se sofresse muitas críticas?

Se eu tivesse haters também não teria problema porque eu tenho total convicção que ninguém é obrigado a gostar de todo mundo. Cada um tem um estilo, um jeito de ser. Toda vez em que eu saio para viajar, gosto de mostrar um pouquinho do nosso lifestyle, mas tenho total convicção de que minha vida é muito privilegiada. É zero pra esnobar, sabe? As pessoas falam, ‘nossa, que legal que você tá me mostrando como é o hotel que você fica’...É ostentação de uma forma porque são hotéis caros, mas dá para perceber a diferença de quando é uma coisa pra se exibir ou quando é uma coisa de fato para poder trocar, mostrar um pouco daquela experiência que eu estou vivendo.

Para os negócios, a entrada nas redes foi um acerto?

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As pessoas se relacionam com pessoas e não com produtos. Não tenho dúvida de que grande parte do reconhecimento que a Cimed tem hoje é devido às minhas redes e às redes do João Adibe. Dá pra colher os frutos e inspirar. O País precisa disso.

Você disse que recebe um feedback muito legal das mulheres que te seguem. Isso ajudou na sua autoestima?

Não. Sempre tive uma autoestima muito boa, deveria até ser estudada (risos). Sou tranquila comigo, não preciso de coisas externas. Sei o que eu faço, o que eu quero fazer e até onde quero chegar. Meu maior cuidado é com a minha família. Teve um dos capítulos do livro em que eu quis falar sobre sexo, acho que é importante. Conto como perdi a virgindade, falo dos meus primeiros namorados, como é a minha relação com o meu marido... Não é nada explícito, mas é um assunto que ainda tem muito tabu. Esse foi o único capítulo que eu terminei de escrever e perguntei se a família estava confortável. Talvez meu filho não quisesse que o amigo soubesse como a mãe dele perdeu a virgindade (risos).

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Esse foi o capítulo mais difícil do livro?

Não, eu adoro falar desse assunto, para mim foi muito fácil. O mais delicado com certeza foi o capítulo sobre a minha mãe. É um assunto que eu vivi muito intensamente, a doença da minha mãe. Falo que o câncer é uma doença que um da família tem, mas a família inteira acaba tendo também. Nunca é à toa.

Karla Marques Felmanas poderia ser facilmente confundida como uma influencer. Com 1,2 milhões de seguidores no Instagram, ela costuma aparecer em suas postagens bem-vestida em locais deslumbrantes. Mas engana-se quem pensa que Karla ganha a vida só mostrando seu dia a dia. A executiva é vice-presidente do grupo farmacêutico Cimed, que comanda ao lado do irmão, João Adibe. Na empresa familiar desde os 17 anos, Karla enxergou nas redes sociais uma forma de dar uma cara à Cimed e a estratégia, segundo ela, deu certo.

SAO PAULO CADERNO 2 01-01-2024 DIRETO DA FONTE Karla Marques Felmanas lanvßa livro Crv©dito: Gui Paganini Foto: DIV

“A entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Eu acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto”, diz à repórter Marcela Paes. Agora, Karla mostra ainda mais no livro Oi, Tchurma, que lança ainda este mês. Nele, a empresária reúne os pensamentos e as experiências mais definitivas de sua vida. Leia abaixo a entrevista.

Como é mostrar sua vida nas redes sociais?

Eu me apresentei para esse mercado digital quando fui eleita uma das mulheres de sucesso da Forbes. Aí, uma amiga minha me falou para eu estar mais à frente do meu Instagram, mostrar minha rotina. Ela me disse ‘você é uma mulher que inspira, que está numa posição importante’. E é verdade, a Cimed hoje é uma empresa que faturou R$ 3 bilhões só no ano passado, temos 5 mil funcionários. Ela me trouxe essa ideia de mostrar como eu consigo lidar com a vida pessoal, 26 anos de casamento, três filhos e uma carreira profissional super bacana.

Como foi com a sua família?

A primeira coisa que eu fiz foi chamar os meus filhos e o meu marido e falar ‘gente, vocês topam entrar nessa jornada?’ Porque é uma exposição geral, não é só uma exposição minha, mas eles toparam. E essa entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto, por eu estar na fábrica toda terça-feira. A garotada ficava louca vendo o meu Tik Tok para ver se eu postava algum spoiler.

Foi um case de sucesso e viralizou. O marketing foi espontâneo ou pensado?

Minha filha Juliana, que trabalha na parte de inovação, sugeriu uma collab com a Fini depois de eles terem nos procurado buscando um parceiro nas revendas. Foram quase oito meses desenvolvendo o produto e toda terça-feira eu ia à fábrica e fazia postagens para o TikTok. Uma postagem do primeiro lote já foi um estouro. Aí, resolvemos fazer kits para influenciadores. Nós mandamos kits personalizados, era pensado para cada pessoa, eu mesma escrevia uma carta à mão. Depois foi essa loucura de cada um ir atrás e cada hora surgia uma trend nova no TikTok por conta das próprias pessoas. A gente não gastou nada no TikTok, foi 100% orgânico. Na sequência lançamos o BFF, sobre melhores amigas, e trouxemos a Larissa Manoela e a Maisa para a campanha, que também foi um estouro. Pensamos até em algo com a Taylor Swift, mas os números dela eram muito gigantescos e não faziam sentido para nós.

Teve receio que pessoas do meio corporativo e outros empresários tivessem uma reação negativa à sua exposição nas redes?

Não, porque nos mostramos de verdade. Não tem uma Karla do TikTok, do Instagram, uma Karla da Cimed no dia a dia. Acho que se fosse um personagem, aí poderia chocar as pessoas. O que é engraçado é que de fato virei famosa. Hoje, as pessoas me param para tirar foto. Sou uma empresária, nunca imaginei que estaria nessa situação. Outro dia eu entrei no shopping e fui abordada quatro vezes. É muito legal esse negócio do contato com um fã, porque eu não sou uma artista pra ter fãs. O que eu escuto das mulheres é ‘você me representa’, sabe? Às cinco e meia da manhã eu já estou fazendo ginástica, às oito horas já estou no escritório e saio daqui quase oito horas da noite. Brasileiro gosta de ver uma galera que trabalha. Tenho zero haters.

Te incomodaria se sofresse muitas críticas?

Se eu tivesse haters também não teria problema porque eu tenho total convicção que ninguém é obrigado a gostar de todo mundo. Cada um tem um estilo, um jeito de ser. Toda vez em que eu saio para viajar, gosto de mostrar um pouquinho do nosso lifestyle, mas tenho total convicção de que minha vida é muito privilegiada. É zero pra esnobar, sabe? As pessoas falam, ‘nossa, que legal que você tá me mostrando como é o hotel que você fica’...É ostentação de uma forma porque são hotéis caros, mas dá para perceber a diferença de quando é uma coisa pra se exibir ou quando é uma coisa de fato para poder trocar, mostrar um pouco daquela experiência que eu estou vivendo.

Para os negócios, a entrada nas redes foi um acerto?

As pessoas se relacionam com pessoas e não com produtos. Não tenho dúvida de que grande parte do reconhecimento que a Cimed tem hoje é devido às minhas redes e às redes do João Adibe. Dá pra colher os frutos e inspirar. O País precisa disso.

Você disse que recebe um feedback muito legal das mulheres que te seguem. Isso ajudou na sua autoestima?

Não. Sempre tive uma autoestima muito boa, deveria até ser estudada (risos). Sou tranquila comigo, não preciso de coisas externas. Sei o que eu faço, o que eu quero fazer e até onde quero chegar. Meu maior cuidado é com a minha família. Teve um dos capítulos do livro em que eu quis falar sobre sexo, acho que é importante. Conto como perdi a virgindade, falo dos meus primeiros namorados, como é a minha relação com o meu marido... Não é nada explícito, mas é um assunto que ainda tem muito tabu. Esse foi o único capítulo que eu terminei de escrever e perguntei se a família estava confortável. Talvez meu filho não quisesse que o amigo soubesse como a mãe dele perdeu a virgindade (risos).

Esse foi o capítulo mais difícil do livro?

Não, eu adoro falar desse assunto, para mim foi muito fácil. O mais delicado com certeza foi o capítulo sobre a minha mãe. É um assunto que eu vivi muito intensamente, a doença da minha mãe. Falo que o câncer é uma doença que um da família tem, mas a família inteira acaba tendo também. Nunca é à toa.

Karla Marques Felmanas poderia ser facilmente confundida como uma influencer. Com 1,2 milhões de seguidores no Instagram, ela costuma aparecer em suas postagens bem-vestida em locais deslumbrantes. Mas engana-se quem pensa que Karla ganha a vida só mostrando seu dia a dia. A executiva é vice-presidente do grupo farmacêutico Cimed, que comanda ao lado do irmão, João Adibe. Na empresa familiar desde os 17 anos, Karla enxergou nas redes sociais uma forma de dar uma cara à Cimed e a estratégia, segundo ela, deu certo.

SAO PAULO CADERNO 2 01-01-2024 DIRETO DA FONTE Karla Marques Felmanas lanvßa livro Crv©dito: Gui Paganini Foto: DIV

“A entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Eu acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto”, diz à repórter Marcela Paes. Agora, Karla mostra ainda mais no livro Oi, Tchurma, que lança ainda este mês. Nele, a empresária reúne os pensamentos e as experiências mais definitivas de sua vida. Leia abaixo a entrevista.

Como é mostrar sua vida nas redes sociais?

Eu me apresentei para esse mercado digital quando fui eleita uma das mulheres de sucesso da Forbes. Aí, uma amiga minha me falou para eu estar mais à frente do meu Instagram, mostrar minha rotina. Ela me disse ‘você é uma mulher que inspira, que está numa posição importante’. E é verdade, a Cimed hoje é uma empresa que faturou R$ 3 bilhões só no ano passado, temos 5 mil funcionários. Ela me trouxe essa ideia de mostrar como eu consigo lidar com a vida pessoal, 26 anos de casamento, três filhos e uma carreira profissional super bacana.

Como foi com a sua família?

A primeira coisa que eu fiz foi chamar os meus filhos e o meu marido e falar ‘gente, vocês topam entrar nessa jornada?’ Porque é uma exposição geral, não é só uma exposição minha, mas eles toparam. E essa entrada mais forte no Instagram acabou impulsionando um grande case de sucesso da Cimed, que é o Carmed Fini. Acabei sendo meio que uma garota propaganda do próprio produto, por eu estar na fábrica toda terça-feira. A garotada ficava louca vendo o meu Tik Tok para ver se eu postava algum spoiler.

Foi um case de sucesso e viralizou. O marketing foi espontâneo ou pensado?

Minha filha Juliana, que trabalha na parte de inovação, sugeriu uma collab com a Fini depois de eles terem nos procurado buscando um parceiro nas revendas. Foram quase oito meses desenvolvendo o produto e toda terça-feira eu ia à fábrica e fazia postagens para o TikTok. Uma postagem do primeiro lote já foi um estouro. Aí, resolvemos fazer kits para influenciadores. Nós mandamos kits personalizados, era pensado para cada pessoa, eu mesma escrevia uma carta à mão. Depois foi essa loucura de cada um ir atrás e cada hora surgia uma trend nova no TikTok por conta das próprias pessoas. A gente não gastou nada no TikTok, foi 100% orgânico. Na sequência lançamos o BFF, sobre melhores amigas, e trouxemos a Larissa Manoela e a Maisa para a campanha, que também foi um estouro. Pensamos até em algo com a Taylor Swift, mas os números dela eram muito gigantescos e não faziam sentido para nós.

Teve receio que pessoas do meio corporativo e outros empresários tivessem uma reação negativa à sua exposição nas redes?

Não, porque nos mostramos de verdade. Não tem uma Karla do TikTok, do Instagram, uma Karla da Cimed no dia a dia. Acho que se fosse um personagem, aí poderia chocar as pessoas. O que é engraçado é que de fato virei famosa. Hoje, as pessoas me param para tirar foto. Sou uma empresária, nunca imaginei que estaria nessa situação. Outro dia eu entrei no shopping e fui abordada quatro vezes. É muito legal esse negócio do contato com um fã, porque eu não sou uma artista pra ter fãs. O que eu escuto das mulheres é ‘você me representa’, sabe? Às cinco e meia da manhã eu já estou fazendo ginástica, às oito horas já estou no escritório e saio daqui quase oito horas da noite. Brasileiro gosta de ver uma galera que trabalha. Tenho zero haters.

Te incomodaria se sofresse muitas críticas?

Se eu tivesse haters também não teria problema porque eu tenho total convicção que ninguém é obrigado a gostar de todo mundo. Cada um tem um estilo, um jeito de ser. Toda vez em que eu saio para viajar, gosto de mostrar um pouquinho do nosso lifestyle, mas tenho total convicção de que minha vida é muito privilegiada. É zero pra esnobar, sabe? As pessoas falam, ‘nossa, que legal que você tá me mostrando como é o hotel que você fica’...É ostentação de uma forma porque são hotéis caros, mas dá para perceber a diferença de quando é uma coisa pra se exibir ou quando é uma coisa de fato para poder trocar, mostrar um pouco daquela experiência que eu estou vivendo.

Para os negócios, a entrada nas redes foi um acerto?

As pessoas se relacionam com pessoas e não com produtos. Não tenho dúvida de que grande parte do reconhecimento que a Cimed tem hoje é devido às minhas redes e às redes do João Adibe. Dá pra colher os frutos e inspirar. O País precisa disso.

Você disse que recebe um feedback muito legal das mulheres que te seguem. Isso ajudou na sua autoestima?

Não. Sempre tive uma autoestima muito boa, deveria até ser estudada (risos). Sou tranquila comigo, não preciso de coisas externas. Sei o que eu faço, o que eu quero fazer e até onde quero chegar. Meu maior cuidado é com a minha família. Teve um dos capítulos do livro em que eu quis falar sobre sexo, acho que é importante. Conto como perdi a virgindade, falo dos meus primeiros namorados, como é a minha relação com o meu marido... Não é nada explícito, mas é um assunto que ainda tem muito tabu. Esse foi o único capítulo que eu terminei de escrever e perguntei se a família estava confortável. Talvez meu filho não quisesse que o amigo soubesse como a mãe dele perdeu a virgindade (risos).

Esse foi o capítulo mais difícil do livro?

Não, eu adoro falar desse assunto, para mim foi muito fácil. O mais delicado com certeza foi o capítulo sobre a minha mãe. É um assunto que eu vivi muito intensamente, a doença da minha mãe. Falo que o câncer é uma doença que um da família tem, mas a família inteira acaba tendo também. Nunca é à toa.

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