Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘Ouviremos músicas que abrem caminho a artistas audaciosos’, diz Monique Gardenberg; veja o vídeo


Para a produtora do C6 Fest, a noite de sábado do festival e a tarde de domingo, com a jovem MPB, prometem ‘lacrar’

Por Ubiratan Brasil
Atualização:

Fãs de jazz, música eletrônica e rock aguardam ansiosos a chegada da sexta-feira, dia 19, quando começa a primeira edição do C6 Fest, que acontece até domingo, 21, no Parque do Ibirapuera. Serão três dias com apresentações refinadas de nomes premiados como Samara Joy (vencedora do Grammy de revelação deste ano, derrotando a brasileira Anitta) e Jon Batiste, além de grupos destacados como The War on Drugs, Dry Cleaning, Underworld e Kraftwerk, entre outros.

A produtora e diretora Monique Gardenberg, criadora do C6 Fest Foto: Chris von Ameln

“Promete ser marcante também a série de apresentações ao ar livre que vai acontecer no domingo, com shows de brasileiros, como Caetano Veloso, Xênia França e um espetáculo inédito de Tim Bernardes em homenagem a Gal Costa”, conta Monique Gardenberg a Ubiratan Brasil. Ela é diretora e fundadora da Dueto Produções que, desde 1982, é responsável por grandes eventos culturais, como Free Jazz, Tim Festival, BMW Jazz Festival, Carlton Dance, além de peças relevantes como Sete Afluentes do Rio Ota e O Desaparecimento do Elefante, inspirada em contos de Haruki Murakami. Leia detalhes nesta entrevista.

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Qual foi a principal dificuldade para organizar o festival nesse momento pós-pandemia?

Senti duas dificuldades. A primeira é a forma de divulgação: antes, o anúncio da programação era feito pela grande imprensa, que ajudava a gerar uma curiosidade prévia. Agora, o caminho são as redes sociais – por ali, mostramos os artistas novos que o público talvez não conheça e não deveria perder o show. É uma maneira diferente de fazer comunicação. A outra dificuldade é a quantidade de festivais que acontecem anualmente em São Paulo. A logística agora é mais complicada para conciliar a agenda dos artistas com uma data possível, sem ter de enfrentar a competição com outro festival.

E como foi montar o line-up do festival?

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Fizemos um intenso estudo durante quatro meses – o ideal seriam seis, mas o patrocinador queria foi o festival ainda no primeiro semestre. Segundo (o diretor) Felipe Hirsch, que participou da curadoria, foram levantados mais de 700 nomes até chegarmos na formação final. Alguns artistas foram selecionados, mas, como não tinham agenda, foram substituídos por outros.

A ideia era montar um festival mais intimista?

Decidimos por um formato híbrido, com dois palcos mais intimistas e as apresentações ao ar livre, que deverão receber 9 mil pessoas na tarde de domingo, quando vai acontecer uma grande homenagem à música brasileira.

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A americana Samara Joy é um dos destaques do festival – o fato de ela ter ganhado o prêmio Grammy como revelação chegou a ameaçar a vinda dela?

Não, as negociações começaram bem antes, pois ela era uma das unanimidades entre os curadores. E, mesmo depois do prêmio, Samara não pensou em reavaliar o convite. Pelo contrário, ela tem sido muito colaboradora, especialmente na divulgação.

A lista inclui grupos celebrados, como The War on Drugs, famoso no meio indie, e Dry Cleaning, nova sensação do rock inglês.

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São novas estrelas que estão se impondo no mercado internacional e cuja presença no Brasil contribui para a formação musical de muitas pessoas. Veja, quando escutei pela primeira vez a música do Jon Batiste, foi uma revelação – era uma usina sonora, que me fez lembrar de James Brown. E um suingue semelhante ao de Michael Jackson. Quando participei das excursões do Djavan, ele me explicou como o suingue é criado. É algo fora do lugar. E Batiste brinca muito quando se apresenta, tem um talento natural para a dança. Se tivesse a orientação de um coreógrafo, seria ainda mais sensacional.

Com uma lista tão eclética, você indicaria os shows que, pessoalmente, quer muito assistir?

Não vou poder ver tudo, mas alguns não quero perder de jeito nenhum. A tarde de domingo, com a MPB e o incrível repertório de 1973 cantado pela nova geração. São músicas que abrem caminho para gerações audaciosas. A noite de sábado também vai lacrar (risos), com Underworld, Kraftwerk e Model 500, um momento único da música eletrônica mundial. Com minha loucura pelo palco, pelo que é teatral, tenho curiosidade em ver Christine and the Queens – ele tem uma presença de palco, uma força vocal, que me lembra Mick Jagger. E, claro, Jon Batiste.

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Alguém fez uma exigência curiosa para os camarins?

Não, isso parece invenção de equipes de marketing (risos). São quase todos veganos, não pediram nada relevante.

Veja o vídeo:

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Fãs de jazz, música eletrônica e rock aguardam ansiosos a chegada da sexta-feira, dia 19, quando começa a primeira edição do C6 Fest, que acontece até domingo, 21, no Parque do Ibirapuera. Serão três dias com apresentações refinadas de nomes premiados como Samara Joy (vencedora do Grammy de revelação deste ano, derrotando a brasileira Anitta) e Jon Batiste, além de grupos destacados como The War on Drugs, Dry Cleaning, Underworld e Kraftwerk, entre outros.

A produtora e diretora Monique Gardenberg, criadora do C6 Fest Foto: Chris von Ameln

“Promete ser marcante também a série de apresentações ao ar livre que vai acontecer no domingo, com shows de brasileiros, como Caetano Veloso, Xênia França e um espetáculo inédito de Tim Bernardes em homenagem a Gal Costa”, conta Monique Gardenberg a Ubiratan Brasil. Ela é diretora e fundadora da Dueto Produções que, desde 1982, é responsável por grandes eventos culturais, como Free Jazz, Tim Festival, BMW Jazz Festival, Carlton Dance, além de peças relevantes como Sete Afluentes do Rio Ota e O Desaparecimento do Elefante, inspirada em contos de Haruki Murakami. Leia detalhes nesta entrevista.

Qual foi a principal dificuldade para organizar o festival nesse momento pós-pandemia?

Senti duas dificuldades. A primeira é a forma de divulgação: antes, o anúncio da programação era feito pela grande imprensa, que ajudava a gerar uma curiosidade prévia. Agora, o caminho são as redes sociais – por ali, mostramos os artistas novos que o público talvez não conheça e não deveria perder o show. É uma maneira diferente de fazer comunicação. A outra dificuldade é a quantidade de festivais que acontecem anualmente em São Paulo. A logística agora é mais complicada para conciliar a agenda dos artistas com uma data possível, sem ter de enfrentar a competição com outro festival.

E como foi montar o line-up do festival?

Fizemos um intenso estudo durante quatro meses – o ideal seriam seis, mas o patrocinador queria foi o festival ainda no primeiro semestre. Segundo (o diretor) Felipe Hirsch, que participou da curadoria, foram levantados mais de 700 nomes até chegarmos na formação final. Alguns artistas foram selecionados, mas, como não tinham agenda, foram substituídos por outros.

A ideia era montar um festival mais intimista?

Decidimos por um formato híbrido, com dois palcos mais intimistas e as apresentações ao ar livre, que deverão receber 9 mil pessoas na tarde de domingo, quando vai acontecer uma grande homenagem à música brasileira.

A americana Samara Joy é um dos destaques do festival – o fato de ela ter ganhado o prêmio Grammy como revelação chegou a ameaçar a vinda dela?

Não, as negociações começaram bem antes, pois ela era uma das unanimidades entre os curadores. E, mesmo depois do prêmio, Samara não pensou em reavaliar o convite. Pelo contrário, ela tem sido muito colaboradora, especialmente na divulgação.

A lista inclui grupos celebrados, como The War on Drugs, famoso no meio indie, e Dry Cleaning, nova sensação do rock inglês.

São novas estrelas que estão se impondo no mercado internacional e cuja presença no Brasil contribui para a formação musical de muitas pessoas. Veja, quando escutei pela primeira vez a música do Jon Batiste, foi uma revelação – era uma usina sonora, que me fez lembrar de James Brown. E um suingue semelhante ao de Michael Jackson. Quando participei das excursões do Djavan, ele me explicou como o suingue é criado. É algo fora do lugar. E Batiste brinca muito quando se apresenta, tem um talento natural para a dança. Se tivesse a orientação de um coreógrafo, seria ainda mais sensacional.

Com uma lista tão eclética, você indicaria os shows que, pessoalmente, quer muito assistir?

Não vou poder ver tudo, mas alguns não quero perder de jeito nenhum. A tarde de domingo, com a MPB e o incrível repertório de 1973 cantado pela nova geração. São músicas que abrem caminho para gerações audaciosas. A noite de sábado também vai lacrar (risos), com Underworld, Kraftwerk e Model 500, um momento único da música eletrônica mundial. Com minha loucura pelo palco, pelo que é teatral, tenho curiosidade em ver Christine and the Queens – ele tem uma presença de palco, uma força vocal, que me lembra Mick Jagger. E, claro, Jon Batiste.

Alguém fez uma exigência curiosa para os camarins?

Não, isso parece invenção de equipes de marketing (risos). São quase todos veganos, não pediram nada relevante.

Veja o vídeo:

Fãs de jazz, música eletrônica e rock aguardam ansiosos a chegada da sexta-feira, dia 19, quando começa a primeira edição do C6 Fest, que acontece até domingo, 21, no Parque do Ibirapuera. Serão três dias com apresentações refinadas de nomes premiados como Samara Joy (vencedora do Grammy de revelação deste ano, derrotando a brasileira Anitta) e Jon Batiste, além de grupos destacados como The War on Drugs, Dry Cleaning, Underworld e Kraftwerk, entre outros.

A produtora e diretora Monique Gardenberg, criadora do C6 Fest Foto: Chris von Ameln

“Promete ser marcante também a série de apresentações ao ar livre que vai acontecer no domingo, com shows de brasileiros, como Caetano Veloso, Xênia França e um espetáculo inédito de Tim Bernardes em homenagem a Gal Costa”, conta Monique Gardenberg a Ubiratan Brasil. Ela é diretora e fundadora da Dueto Produções que, desde 1982, é responsável por grandes eventos culturais, como Free Jazz, Tim Festival, BMW Jazz Festival, Carlton Dance, além de peças relevantes como Sete Afluentes do Rio Ota e O Desaparecimento do Elefante, inspirada em contos de Haruki Murakami. Leia detalhes nesta entrevista.

Qual foi a principal dificuldade para organizar o festival nesse momento pós-pandemia?

Senti duas dificuldades. A primeira é a forma de divulgação: antes, o anúncio da programação era feito pela grande imprensa, que ajudava a gerar uma curiosidade prévia. Agora, o caminho são as redes sociais – por ali, mostramos os artistas novos que o público talvez não conheça e não deveria perder o show. É uma maneira diferente de fazer comunicação. A outra dificuldade é a quantidade de festivais que acontecem anualmente em São Paulo. A logística agora é mais complicada para conciliar a agenda dos artistas com uma data possível, sem ter de enfrentar a competição com outro festival.

E como foi montar o line-up do festival?

Fizemos um intenso estudo durante quatro meses – o ideal seriam seis, mas o patrocinador queria foi o festival ainda no primeiro semestre. Segundo (o diretor) Felipe Hirsch, que participou da curadoria, foram levantados mais de 700 nomes até chegarmos na formação final. Alguns artistas foram selecionados, mas, como não tinham agenda, foram substituídos por outros.

A ideia era montar um festival mais intimista?

Decidimos por um formato híbrido, com dois palcos mais intimistas e as apresentações ao ar livre, que deverão receber 9 mil pessoas na tarde de domingo, quando vai acontecer uma grande homenagem à música brasileira.

A americana Samara Joy é um dos destaques do festival – o fato de ela ter ganhado o prêmio Grammy como revelação chegou a ameaçar a vinda dela?

Não, as negociações começaram bem antes, pois ela era uma das unanimidades entre os curadores. E, mesmo depois do prêmio, Samara não pensou em reavaliar o convite. Pelo contrário, ela tem sido muito colaboradora, especialmente na divulgação.

A lista inclui grupos celebrados, como The War on Drugs, famoso no meio indie, e Dry Cleaning, nova sensação do rock inglês.

São novas estrelas que estão se impondo no mercado internacional e cuja presença no Brasil contribui para a formação musical de muitas pessoas. Veja, quando escutei pela primeira vez a música do Jon Batiste, foi uma revelação – era uma usina sonora, que me fez lembrar de James Brown. E um suingue semelhante ao de Michael Jackson. Quando participei das excursões do Djavan, ele me explicou como o suingue é criado. É algo fora do lugar. E Batiste brinca muito quando se apresenta, tem um talento natural para a dança. Se tivesse a orientação de um coreógrafo, seria ainda mais sensacional.

Com uma lista tão eclética, você indicaria os shows que, pessoalmente, quer muito assistir?

Não vou poder ver tudo, mas alguns não quero perder de jeito nenhum. A tarde de domingo, com a MPB e o incrível repertório de 1973 cantado pela nova geração. São músicas que abrem caminho para gerações audaciosas. A noite de sábado também vai lacrar (risos), com Underworld, Kraftwerk e Model 500, um momento único da música eletrônica mundial. Com minha loucura pelo palco, pelo que é teatral, tenho curiosidade em ver Christine and the Queens – ele tem uma presença de palco, uma força vocal, que me lembra Mick Jagger. E, claro, Jon Batiste.

Alguém fez uma exigência curiosa para os camarins?

Não, isso parece invenção de equipes de marketing (risos). São quase todos veganos, não pediram nada relevante.

Veja o vídeo:

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