Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

'Sabedoria das cidades asiáticas será necessária na era pós-covid-19', diz Kengo Kuma


Por Marcela Paes
Kengo Kuma. Foto: J.C Carbonne

Mais fluidez na divisão entre exterior e interior pode ser a resposta para as mudanças na arquitetura do pós-pandemia. Pelo menos essa é a ideia do arquiteto Kengo Kuma, professor titular da Universidade de Tóquio - tendo lecionado antes, na Universidade de Columbia, em NY.

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Fã de SP, uma de suas cidades preferidas no mundo, o japonês - que entre outros projetos de peso é responsável pelo novo Estádio Olímpico do Japão e pela Japan House, na avenida Paulista - imprime sua marca na nova loja da Fast Shop do Shopping Ibirapuera, com inauguração marcada para amanhã. "Projetamos um espaço que não estava focado somente na exposição de produtos, mas, sim, na jornada do dia a dia das pessoas", explica. Leia abaixo trechos da entrevista feita por e-mail.

Acha que a arquitetura vai mudar depois da pandemia?

Sim. Penso que terá uma grande mudança. Acho que a tendência de design tem sido muito orientada para a cidade. Agora, olhará para a natureza.

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A maioria das grandes cidades têm, naturalmente, muita aglomeração.

Até a pandemia acontecer, empacotar as pessoas em uma caixa grande era considerado eficiente. De agora em diante, o tema cidades terá que sair da caixa, consequência da tecnologia digital que temos hoje. O fato de estarmos quase sempre confinados em uma caixa acaba gerando estresse. Os materiais naturais serão mais usados nas construções. Além disso, os espaços arejados e agradáveis serão mais populares.

As diferenças entre a arquitetura oriental e a ocidental podem levar a alguns insights das mudanças que estão por vir?

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Enquanto as cidades ocidentais são construídas sobre a ideia de demarcação clara do interior e do exterior com paredes pesadas, as cidades asiáticas são construídas sobre uma relação fluida entre o interior e o exterior com limites ambíguos. A sabedoria das cidades asiáticas será necessária na era pós-covid-19.

Conhece arquitetura brasileira? De quem você gosta?

A arquitetura brasileira tem tradição de ser mais criativa. Além de Oscar Niemeyer, estou impressionado com Paulo Mendes da Rocha e outros arquitetos contemporâneos daqui. Eles estão se desenvolvendo e indicam uma nova maneira de desenhar no contexto Brasil./MARCELA PAES

Kengo Kuma. Foto: J.C Carbonne

Mais fluidez na divisão entre exterior e interior pode ser a resposta para as mudanças na arquitetura do pós-pandemia. Pelo menos essa é a ideia do arquiteto Kengo Kuma, professor titular da Universidade de Tóquio - tendo lecionado antes, na Universidade de Columbia, em NY.

Fã de SP, uma de suas cidades preferidas no mundo, o japonês - que entre outros projetos de peso é responsável pelo novo Estádio Olímpico do Japão e pela Japan House, na avenida Paulista - imprime sua marca na nova loja da Fast Shop do Shopping Ibirapuera, com inauguração marcada para amanhã. "Projetamos um espaço que não estava focado somente na exposição de produtos, mas, sim, na jornada do dia a dia das pessoas", explica. Leia abaixo trechos da entrevista feita por e-mail.

Acha que a arquitetura vai mudar depois da pandemia?

Sim. Penso que terá uma grande mudança. Acho que a tendência de design tem sido muito orientada para a cidade. Agora, olhará para a natureza.

A maioria das grandes cidades têm, naturalmente, muita aglomeração.

Até a pandemia acontecer, empacotar as pessoas em uma caixa grande era considerado eficiente. De agora em diante, o tema cidades terá que sair da caixa, consequência da tecnologia digital que temos hoje. O fato de estarmos quase sempre confinados em uma caixa acaba gerando estresse. Os materiais naturais serão mais usados nas construções. Além disso, os espaços arejados e agradáveis serão mais populares.

As diferenças entre a arquitetura oriental e a ocidental podem levar a alguns insights das mudanças que estão por vir?

Enquanto as cidades ocidentais são construídas sobre a ideia de demarcação clara do interior e do exterior com paredes pesadas, as cidades asiáticas são construídas sobre uma relação fluida entre o interior e o exterior com limites ambíguos. A sabedoria das cidades asiáticas será necessária na era pós-covid-19.

Conhece arquitetura brasileira? De quem você gosta?

A arquitetura brasileira tem tradição de ser mais criativa. Além de Oscar Niemeyer, estou impressionado com Paulo Mendes da Rocha e outros arquitetos contemporâneos daqui. Eles estão se desenvolvendo e indicam uma nova maneira de desenhar no contexto Brasil./MARCELA PAES

Kengo Kuma. Foto: J.C Carbonne

Mais fluidez na divisão entre exterior e interior pode ser a resposta para as mudanças na arquitetura do pós-pandemia. Pelo menos essa é a ideia do arquiteto Kengo Kuma, professor titular da Universidade de Tóquio - tendo lecionado antes, na Universidade de Columbia, em NY.

Fã de SP, uma de suas cidades preferidas no mundo, o japonês - que entre outros projetos de peso é responsável pelo novo Estádio Olímpico do Japão e pela Japan House, na avenida Paulista - imprime sua marca na nova loja da Fast Shop do Shopping Ibirapuera, com inauguração marcada para amanhã. "Projetamos um espaço que não estava focado somente na exposição de produtos, mas, sim, na jornada do dia a dia das pessoas", explica. Leia abaixo trechos da entrevista feita por e-mail.

Acha que a arquitetura vai mudar depois da pandemia?

Sim. Penso que terá uma grande mudança. Acho que a tendência de design tem sido muito orientada para a cidade. Agora, olhará para a natureza.

A maioria das grandes cidades têm, naturalmente, muita aglomeração.

Até a pandemia acontecer, empacotar as pessoas em uma caixa grande era considerado eficiente. De agora em diante, o tema cidades terá que sair da caixa, consequência da tecnologia digital que temos hoje. O fato de estarmos quase sempre confinados em uma caixa acaba gerando estresse. Os materiais naturais serão mais usados nas construções. Além disso, os espaços arejados e agradáveis serão mais populares.

As diferenças entre a arquitetura oriental e a ocidental podem levar a alguns insights das mudanças que estão por vir?

Enquanto as cidades ocidentais são construídas sobre a ideia de demarcação clara do interior e do exterior com paredes pesadas, as cidades asiáticas são construídas sobre uma relação fluida entre o interior e o exterior com limites ambíguos. A sabedoria das cidades asiáticas será necessária na era pós-covid-19.

Conhece arquitetura brasileira? De quem você gosta?

A arquitetura brasileira tem tradição de ser mais criativa. Além de Oscar Niemeyer, estou impressionado com Paulo Mendes da Rocha e outros arquitetos contemporâneos daqui. Eles estão se desenvolvendo e indicam uma nova maneira de desenhar no contexto Brasil./MARCELA PAES

Kengo Kuma. Foto: J.C Carbonne

Mais fluidez na divisão entre exterior e interior pode ser a resposta para as mudanças na arquitetura do pós-pandemia. Pelo menos essa é a ideia do arquiteto Kengo Kuma, professor titular da Universidade de Tóquio - tendo lecionado antes, na Universidade de Columbia, em NY.

Fã de SP, uma de suas cidades preferidas no mundo, o japonês - que entre outros projetos de peso é responsável pelo novo Estádio Olímpico do Japão e pela Japan House, na avenida Paulista - imprime sua marca na nova loja da Fast Shop do Shopping Ibirapuera, com inauguração marcada para amanhã. "Projetamos um espaço que não estava focado somente na exposição de produtos, mas, sim, na jornada do dia a dia das pessoas", explica. Leia abaixo trechos da entrevista feita por e-mail.

Acha que a arquitetura vai mudar depois da pandemia?

Sim. Penso que terá uma grande mudança. Acho que a tendência de design tem sido muito orientada para a cidade. Agora, olhará para a natureza.

A maioria das grandes cidades têm, naturalmente, muita aglomeração.

Até a pandemia acontecer, empacotar as pessoas em uma caixa grande era considerado eficiente. De agora em diante, o tema cidades terá que sair da caixa, consequência da tecnologia digital que temos hoje. O fato de estarmos quase sempre confinados em uma caixa acaba gerando estresse. Os materiais naturais serão mais usados nas construções. Além disso, os espaços arejados e agradáveis serão mais populares.

As diferenças entre a arquitetura oriental e a ocidental podem levar a alguns insights das mudanças que estão por vir?

Enquanto as cidades ocidentais são construídas sobre a ideia de demarcação clara do interior e do exterior com paredes pesadas, as cidades asiáticas são construídas sobre uma relação fluida entre o interior e o exterior com limites ambíguos. A sabedoria das cidades asiáticas será necessária na era pós-covid-19.

Conhece arquitetura brasileira? De quem você gosta?

A arquitetura brasileira tem tradição de ser mais criativa. Além de Oscar Niemeyer, estou impressionado com Paulo Mendes da Rocha e outros arquitetos contemporâneos daqui. Eles estão se desenvolvendo e indicam uma nova maneira de desenhar no contexto Brasil./MARCELA PAES

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