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Love Cabaret: Sexo? Nudez? Saiba o que acontece nas noites do antigo Love Story


Na plateia dos shows, famosos como o chef Olivier Anquier, a cantora e ex-bbb Karol Conká e o estilista Walério Araújo

Por Gilberto Amendola

Na entrada do Love Cabaret, antigo Love Story, um senhor de bengala (que aparentava já ter ultrapassado a casa dos 70 anos) pergunta ao segurança: ”Quando chegam as primas?”. Com paciência, o homem na porta avisa que a casa mudou...

E mudou mesmo.

Vocês devem lembrar: a Love Story era conhecida como a ‘casa de todas as casas’. Basicamente, funcionava como a balada em que profissionais do sexo iam se divertir depois das 4h da manhã - e, claro, potenciais clientes também apareciam por lá, esperanços ou desesperados ou ainda alcoolizados demais.

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Ginger Moon, no Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgilio

A coluna esteve no último soft opening do Love Cabaret, na quarta-feira, 21. Na frente do imóvel icônico, tudo ainda é reconhecível. Os proprietários quase não mexeram naquilo que a própria dinâmica da cidade criou: pixos e marcas do tempo. A exceção é um grafite escrito ‘Love’ .

Ainda na porta, é até engraçado perceber como taxistas, motoristas de aplicativo e pedestres em geral passam devagar, curiosos com o renascimento daquele endereço.

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Ao menos nesta quarta, a plateia estava repleta de famosos, como o chef Olivier Anquier, a cantora e ex-bbb Karol Conká e o estilista Walério Araújo. Os sócios da casa Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott também estavam por lá.

Do lado de dentro, as mudanças são mais perceptíveis. Ainda que um “toque” da velha Love resista. Aliás, é natural que velhos frequentadores fiquem buscando similaridades com o passado. Ouviu de um convidado a definição perfeita: ‘está igual, mas diferente, sacou?’ Concordo.

Ainda assim, o novo bar, as mesas que ocupam parte da pista e o pavão estilizado (que sai das escadas e alcança a pista) são indícios do novo propósito do lugar.

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Bela Violence Foto: Alexandre V

O público é acomodado em mesas ao redor da pista - que é usada como palco (estilo teatro de arena). Existem sofás nas laterais e no andar de cima, mas a configuração básica serve mais aos casais. A ideia, não escrita, parece a de promover dates. Além dos shows, existe uma preocupação com a gastronomia e a coquetelaria.

Destaque para os drinques da Michelly Rossi - com uma carta inspirada em nomes de divindades relacionadas aos prazeres, à sexualidade e ao amor.

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A mestre de cerimônia da noite foi Indra Haretrava, coordenadora artística do Love. A travesti é a responsável por abrir a noite com um número musical, aquecer o público e fazer a ligação entre as atrações. Cada nova apresentação também era marcada por um som de batidas de coração. Os números duram, em média, 15 minutos.

Os espetáculos que ocuparam o centro da pista foram variações de pole dance, burlesco, sadomasoquismo, amarração e outras modalidades. O clima é de teatro de revista. Travestis são as novas vedetes.

Neste ponto do texto o que todo mundo quer saber é: “Tem sexo? Muita gente pelada?”

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Não. Relaxa. Fica tranquilo. Ou reclame. Depende. Sim, depende das expectativas que cada um nutre sobre o Love Cabaret.

Fica claro que a casa quer alcançar um público amplo, abraçar a chamada classe média e falar mais do desejo do que do sexo em si. Ou melhor, o sexo está lá, mas com um contorno... ritualístico. Pode escapar um peito, dois, uma coisinha ali ou outra aqui, mas nada que vá fazer alguém perder a calma.

Ah, sim. O número com pegada sadomasoquista apresentado na última quarta (uma artista era amarrada e pendurada) não foi ‘hard’. É acrobático, mas não pesado. Essa deve ser a dinâmica desse tipo de conteúdo por lá.

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No momento mais quente da noite, durante um ótimo número de pole dance, a cantora Karol Conká foi convidada para o centro da pista. Karol levou uma bela chave de pernas da artista do pole. O público foi ao delírio. Fora isso, as interações com a plateia não são invasivas.

Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgílio

Mesmo com todas as suscetibilidades possíveis, é difícil imaginar alguém saindo chocado com algum dos números apresentados por lá. Mais do que isso, se você pensar um pouco fora da caixinha (com o perdão do clichê), vai achar tudo bastante ‘romântico’ (talvez essa sensação tenha a ver com o romantismo de estar em um endereço tão icônico, em um centro da cidade tão castigado...).

Se você, ainda assim, quer um parâmetro, tudo bem...

Você se choca com corpos diferentes do seu? Você se choca com uma travesti de barba? Você se choca com peitos controlados pelo poder da mente (pelo menos é o que me pareceu)? Você se choca com elasticidade, flexibilidade e posições exóticas?

Se você respondeu ‘não’, pode ir sem medo. Se você ainda não está ideologicamente ou espiritualmente preparado para isso, talvez esse não seja um programa para você (ainda).

O Love Cabaret inaugura oficialmente para o público nesta sexta-feira, 23. Ingressos disponíveis site: https://lovecabaret.com.br/ingressos/. O horário de funcionamento do Love Cabaret são às quartas e quintas-feiras das 19h às 01h e às sextas e sábados das 19h às 03h. Ao todo são de 5 a 7 apresentações por noite. Ingressos de R$30 a R$360.

Na entrada do Love Cabaret, antigo Love Story, um senhor de bengala (que aparentava já ter ultrapassado a casa dos 70 anos) pergunta ao segurança: ”Quando chegam as primas?”. Com paciência, o homem na porta avisa que a casa mudou...

E mudou mesmo.

Vocês devem lembrar: a Love Story era conhecida como a ‘casa de todas as casas’. Basicamente, funcionava como a balada em que profissionais do sexo iam se divertir depois das 4h da manhã - e, claro, potenciais clientes também apareciam por lá, esperanços ou desesperados ou ainda alcoolizados demais.

Ginger Moon, no Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgilio

A coluna esteve no último soft opening do Love Cabaret, na quarta-feira, 21. Na frente do imóvel icônico, tudo ainda é reconhecível. Os proprietários quase não mexeram naquilo que a própria dinâmica da cidade criou: pixos e marcas do tempo. A exceção é um grafite escrito ‘Love’ .

Ainda na porta, é até engraçado perceber como taxistas, motoristas de aplicativo e pedestres em geral passam devagar, curiosos com o renascimento daquele endereço.

Ao menos nesta quarta, a plateia estava repleta de famosos, como o chef Olivier Anquier, a cantora e ex-bbb Karol Conká e o estilista Walério Araújo. Os sócios da casa Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott também estavam por lá.

Do lado de dentro, as mudanças são mais perceptíveis. Ainda que um “toque” da velha Love resista. Aliás, é natural que velhos frequentadores fiquem buscando similaridades com o passado. Ouviu de um convidado a definição perfeita: ‘está igual, mas diferente, sacou?’ Concordo.

Ainda assim, o novo bar, as mesas que ocupam parte da pista e o pavão estilizado (que sai das escadas e alcança a pista) são indícios do novo propósito do lugar.

Bela Violence Foto: Alexandre V

O público é acomodado em mesas ao redor da pista - que é usada como palco (estilo teatro de arena). Existem sofás nas laterais e no andar de cima, mas a configuração básica serve mais aos casais. A ideia, não escrita, parece a de promover dates. Além dos shows, existe uma preocupação com a gastronomia e a coquetelaria.

Destaque para os drinques da Michelly Rossi - com uma carta inspirada em nomes de divindades relacionadas aos prazeres, à sexualidade e ao amor.

A mestre de cerimônia da noite foi Indra Haretrava, coordenadora artística do Love. A travesti é a responsável por abrir a noite com um número musical, aquecer o público e fazer a ligação entre as atrações. Cada nova apresentação também era marcada por um som de batidas de coração. Os números duram, em média, 15 minutos.

Os espetáculos que ocuparam o centro da pista foram variações de pole dance, burlesco, sadomasoquismo, amarração e outras modalidades. O clima é de teatro de revista. Travestis são as novas vedetes.

Neste ponto do texto o que todo mundo quer saber é: “Tem sexo? Muita gente pelada?”

Não. Relaxa. Fica tranquilo. Ou reclame. Depende. Sim, depende das expectativas que cada um nutre sobre o Love Cabaret.

Fica claro que a casa quer alcançar um público amplo, abraçar a chamada classe média e falar mais do desejo do que do sexo em si. Ou melhor, o sexo está lá, mas com um contorno... ritualístico. Pode escapar um peito, dois, uma coisinha ali ou outra aqui, mas nada que vá fazer alguém perder a calma.

Ah, sim. O número com pegada sadomasoquista apresentado na última quarta (uma artista era amarrada e pendurada) não foi ‘hard’. É acrobático, mas não pesado. Essa deve ser a dinâmica desse tipo de conteúdo por lá.

No momento mais quente da noite, durante um ótimo número de pole dance, a cantora Karol Conká foi convidada para o centro da pista. Karol levou uma bela chave de pernas da artista do pole. O público foi ao delírio. Fora isso, as interações com a plateia não são invasivas.

Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgílio

Mesmo com todas as suscetibilidades possíveis, é difícil imaginar alguém saindo chocado com algum dos números apresentados por lá. Mais do que isso, se você pensar um pouco fora da caixinha (com o perdão do clichê), vai achar tudo bastante ‘romântico’ (talvez essa sensação tenha a ver com o romantismo de estar em um endereço tão icônico, em um centro da cidade tão castigado...).

Se você, ainda assim, quer um parâmetro, tudo bem...

Você se choca com corpos diferentes do seu? Você se choca com uma travesti de barba? Você se choca com peitos controlados pelo poder da mente (pelo menos é o que me pareceu)? Você se choca com elasticidade, flexibilidade e posições exóticas?

Se você respondeu ‘não’, pode ir sem medo. Se você ainda não está ideologicamente ou espiritualmente preparado para isso, talvez esse não seja um programa para você (ainda).

O Love Cabaret inaugura oficialmente para o público nesta sexta-feira, 23. Ingressos disponíveis site: https://lovecabaret.com.br/ingressos/. O horário de funcionamento do Love Cabaret são às quartas e quintas-feiras das 19h às 01h e às sextas e sábados das 19h às 03h. Ao todo são de 5 a 7 apresentações por noite. Ingressos de R$30 a R$360.

Na entrada do Love Cabaret, antigo Love Story, um senhor de bengala (que aparentava já ter ultrapassado a casa dos 70 anos) pergunta ao segurança: ”Quando chegam as primas?”. Com paciência, o homem na porta avisa que a casa mudou...

E mudou mesmo.

Vocês devem lembrar: a Love Story era conhecida como a ‘casa de todas as casas’. Basicamente, funcionava como a balada em que profissionais do sexo iam se divertir depois das 4h da manhã - e, claro, potenciais clientes também apareciam por lá, esperanços ou desesperados ou ainda alcoolizados demais.

Ginger Moon, no Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgilio

A coluna esteve no último soft opening do Love Cabaret, na quarta-feira, 21. Na frente do imóvel icônico, tudo ainda é reconhecível. Os proprietários quase não mexeram naquilo que a própria dinâmica da cidade criou: pixos e marcas do tempo. A exceção é um grafite escrito ‘Love’ .

Ainda na porta, é até engraçado perceber como taxistas, motoristas de aplicativo e pedestres em geral passam devagar, curiosos com o renascimento daquele endereço.

Ao menos nesta quarta, a plateia estava repleta de famosos, como o chef Olivier Anquier, a cantora e ex-bbb Karol Conká e o estilista Walério Araújo. Os sócios da casa Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott também estavam por lá.

Do lado de dentro, as mudanças são mais perceptíveis. Ainda que um “toque” da velha Love resista. Aliás, é natural que velhos frequentadores fiquem buscando similaridades com o passado. Ouviu de um convidado a definição perfeita: ‘está igual, mas diferente, sacou?’ Concordo.

Ainda assim, o novo bar, as mesas que ocupam parte da pista e o pavão estilizado (que sai das escadas e alcança a pista) são indícios do novo propósito do lugar.

Bela Violence Foto: Alexandre V

O público é acomodado em mesas ao redor da pista - que é usada como palco (estilo teatro de arena). Existem sofás nas laterais e no andar de cima, mas a configuração básica serve mais aos casais. A ideia, não escrita, parece a de promover dates. Além dos shows, existe uma preocupação com a gastronomia e a coquetelaria.

Destaque para os drinques da Michelly Rossi - com uma carta inspirada em nomes de divindades relacionadas aos prazeres, à sexualidade e ao amor.

A mestre de cerimônia da noite foi Indra Haretrava, coordenadora artística do Love. A travesti é a responsável por abrir a noite com um número musical, aquecer o público e fazer a ligação entre as atrações. Cada nova apresentação também era marcada por um som de batidas de coração. Os números duram, em média, 15 minutos.

Os espetáculos que ocuparam o centro da pista foram variações de pole dance, burlesco, sadomasoquismo, amarração e outras modalidades. O clima é de teatro de revista. Travestis são as novas vedetes.

Neste ponto do texto o que todo mundo quer saber é: “Tem sexo? Muita gente pelada?”

Não. Relaxa. Fica tranquilo. Ou reclame. Depende. Sim, depende das expectativas que cada um nutre sobre o Love Cabaret.

Fica claro que a casa quer alcançar um público amplo, abraçar a chamada classe média e falar mais do desejo do que do sexo em si. Ou melhor, o sexo está lá, mas com um contorno... ritualístico. Pode escapar um peito, dois, uma coisinha ali ou outra aqui, mas nada que vá fazer alguém perder a calma.

Ah, sim. O número com pegada sadomasoquista apresentado na última quarta (uma artista era amarrada e pendurada) não foi ‘hard’. É acrobático, mas não pesado. Essa deve ser a dinâmica desse tipo de conteúdo por lá.

No momento mais quente da noite, durante um ótimo número de pole dance, a cantora Karol Conká foi convidada para o centro da pista. Karol levou uma bela chave de pernas da artista do pole. O público foi ao delírio. Fora isso, as interações com a plateia não são invasivas.

Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgílio

Mesmo com todas as suscetibilidades possíveis, é difícil imaginar alguém saindo chocado com algum dos números apresentados por lá. Mais do que isso, se você pensar um pouco fora da caixinha (com o perdão do clichê), vai achar tudo bastante ‘romântico’ (talvez essa sensação tenha a ver com o romantismo de estar em um endereço tão icônico, em um centro da cidade tão castigado...).

Se você, ainda assim, quer um parâmetro, tudo bem...

Você se choca com corpos diferentes do seu? Você se choca com uma travesti de barba? Você se choca com peitos controlados pelo poder da mente (pelo menos é o que me pareceu)? Você se choca com elasticidade, flexibilidade e posições exóticas?

Se você respondeu ‘não’, pode ir sem medo. Se você ainda não está ideologicamente ou espiritualmente preparado para isso, talvez esse não seja um programa para você (ainda).

O Love Cabaret inaugura oficialmente para o público nesta sexta-feira, 23. Ingressos disponíveis site: https://lovecabaret.com.br/ingressos/. O horário de funcionamento do Love Cabaret são às quartas e quintas-feiras das 19h às 01h e às sextas e sábados das 19h às 03h. Ao todo são de 5 a 7 apresentações por noite. Ingressos de R$30 a R$360.

Na entrada do Love Cabaret, antigo Love Story, um senhor de bengala (que aparentava já ter ultrapassado a casa dos 70 anos) pergunta ao segurança: ”Quando chegam as primas?”. Com paciência, o homem na porta avisa que a casa mudou...

E mudou mesmo.

Vocês devem lembrar: a Love Story era conhecida como a ‘casa de todas as casas’. Basicamente, funcionava como a balada em que profissionais do sexo iam se divertir depois das 4h da manhã - e, claro, potenciais clientes também apareciam por lá, esperanços ou desesperados ou ainda alcoolizados demais.

Ginger Moon, no Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgilio

A coluna esteve no último soft opening do Love Cabaret, na quarta-feira, 21. Na frente do imóvel icônico, tudo ainda é reconhecível. Os proprietários quase não mexeram naquilo que a própria dinâmica da cidade criou: pixos e marcas do tempo. A exceção é um grafite escrito ‘Love’ .

Ainda na porta, é até engraçado perceber como taxistas, motoristas de aplicativo e pedestres em geral passam devagar, curiosos com o renascimento daquele endereço.

Ao menos nesta quarta, a plateia estava repleta de famosos, como o chef Olivier Anquier, a cantora e ex-bbb Karol Conká e o estilista Walério Araújo. Os sócios da casa Facundo Guerra, Cairê Aoas e Lily Scott também estavam por lá.

Do lado de dentro, as mudanças são mais perceptíveis. Ainda que um “toque” da velha Love resista. Aliás, é natural que velhos frequentadores fiquem buscando similaridades com o passado. Ouviu de um convidado a definição perfeita: ‘está igual, mas diferente, sacou?’ Concordo.

Ainda assim, o novo bar, as mesas que ocupam parte da pista e o pavão estilizado (que sai das escadas e alcança a pista) são indícios do novo propósito do lugar.

Bela Violence Foto: Alexandre V

O público é acomodado em mesas ao redor da pista - que é usada como palco (estilo teatro de arena). Existem sofás nas laterais e no andar de cima, mas a configuração básica serve mais aos casais. A ideia, não escrita, parece a de promover dates. Além dos shows, existe uma preocupação com a gastronomia e a coquetelaria.

Destaque para os drinques da Michelly Rossi - com uma carta inspirada em nomes de divindades relacionadas aos prazeres, à sexualidade e ao amor.

A mestre de cerimônia da noite foi Indra Haretrava, coordenadora artística do Love. A travesti é a responsável por abrir a noite com um número musical, aquecer o público e fazer a ligação entre as atrações. Cada nova apresentação também era marcada por um som de batidas de coração. Os números duram, em média, 15 minutos.

Os espetáculos que ocuparam o centro da pista foram variações de pole dance, burlesco, sadomasoquismo, amarração e outras modalidades. O clima é de teatro de revista. Travestis são as novas vedetes.

Neste ponto do texto o que todo mundo quer saber é: “Tem sexo? Muita gente pelada?”

Não. Relaxa. Fica tranquilo. Ou reclame. Depende. Sim, depende das expectativas que cada um nutre sobre o Love Cabaret.

Fica claro que a casa quer alcançar um público amplo, abraçar a chamada classe média e falar mais do desejo do que do sexo em si. Ou melhor, o sexo está lá, mas com um contorno... ritualístico. Pode escapar um peito, dois, uma coisinha ali ou outra aqui, mas nada que vá fazer alguém perder a calma.

Ah, sim. O número com pegada sadomasoquista apresentado na última quarta (uma artista era amarrada e pendurada) não foi ‘hard’. É acrobático, mas não pesado. Essa deve ser a dinâmica desse tipo de conteúdo por lá.

No momento mais quente da noite, durante um ótimo número de pole dance, a cantora Karol Conká foi convidada para o centro da pista. Karol levou uma bela chave de pernas da artista do pole. O público foi ao delírio. Fora isso, as interações com a plateia não são invasivas.

Love Cabaret Foto: Alexandre Vírgílio

Mesmo com todas as suscetibilidades possíveis, é difícil imaginar alguém saindo chocado com algum dos números apresentados por lá. Mais do que isso, se você pensar um pouco fora da caixinha (com o perdão do clichê), vai achar tudo bastante ‘romântico’ (talvez essa sensação tenha a ver com o romantismo de estar em um endereço tão icônico, em um centro da cidade tão castigado...).

Se você, ainda assim, quer um parâmetro, tudo bem...

Você se choca com corpos diferentes do seu? Você se choca com uma travesti de barba? Você se choca com peitos controlados pelo poder da mente (pelo menos é o que me pareceu)? Você se choca com elasticidade, flexibilidade e posições exóticas?

Se você respondeu ‘não’, pode ir sem medo. Se você ainda não está ideologicamente ou espiritualmente preparado para isso, talvez esse não seja um programa para você (ainda).

O Love Cabaret inaugura oficialmente para o público nesta sexta-feira, 23. Ingressos disponíveis site: https://lovecabaret.com.br/ingressos/. O horário de funcionamento do Love Cabaret são às quartas e quintas-feiras das 19h às 01h e às sextas e sábados das 19h às 03h. Ao todo são de 5 a 7 apresentações por noite. Ingressos de R$30 a R$360.

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