Simone desfila hoje na Portela, na Sapucaí. A cantora de clássicos da música brasileira pediu à direção da escola para sair perto da bateria, pois quer emoção batendo forte. Ela foi convidada pela Tia Surica, pelo presidente Fábio Pavão e pela sambista Teresa Cristina, e se sentiu honrada por receber o convite.
Ela fala sobre a sua ligação com a folia: “Eu sou baiana. Meus pais eram muito fãs de carnaval, iam para os bailes e eu brincava atrás dos trio elétricos. Morava em Itapagipe, minha casa era bem perto de onde Dodô e Osmar saiam (no início do trio elétrico). Faz parte da minha vida, de como é samba para mim, as festas são muito fortes em Salvador. O carnaval está totalmente dentro de mim”.
A cantora deve vestir uma camiseta azul e branca da escola de samba. No entanto, em seus shows, a cantora veste apenas branco desde a década de 70, podendo ter prata ou dourado. Nestes tons, ela subirá ao palco do Tokio Marine Hall nos dias 3 e 4 de maio, no show de encerramento da turnê comemorativa de 50 anos “Tô voltando”.
No repertório do show, estarão presentes “Começar de Novo”, de Ivan Lins, “O que Será”, de Chico Buarque, “Encontros e Despedidas”, de Milton Nascimento, e, claro, “Tô Voltando”, de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro.
Na bagagem, a artista tem trinta e um álbuns de estúdio e seis ao vivo. São 50 canções em trilhas de novelas. Aos 74 anos, ela não pensa em parar de cantar, dizendo: “Enquanto eu tiver tesão e força para ficar em cima do palco, vou fazer. No dia que não der mais, tomara Deus que eu esteja preparada psicologicamente para deixar de fazer a coisa que amo. Mas por enquanto não penso mesmo nisso.”
Sobre a origem de seu talento, ela reflete: “Não tem muita explicação. Canto quando a melodia bate no coração. A minha música sempre foi escolhida quando dispara alguma coisa internamente em mim, o coração acelera ou eu fico arrepiada”.