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Sírio-Libanês deve ter universidade com curso de medicina até 2024, diz CEO Paulo Nigro


Por Gilberto Amendola
O CEO do Sírio, Paulo Nigro. Foto: Werther Santana/Estadão

Ler os jornais pela manhã tomando uma xícara de café. Esse é um ritual diário na vida de Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. Engenheiro de formação, ele está prestes a completar o seu primeiro ano no cargo. "Neste tempo, aprendi o que era inegociável para a instituição: excelência, assistência e acolhimento", disse Nigro. Apesar de pouco tempo, Nigro já está concluindo um dos projetos mais importantes para a instituição: a criação da Universidade Sírio-Libanês.

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"Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Também iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024", disse. Leia a entrevista a seguir:

Como avalia esse primeiro ano como CEO do Sírio? Em dezembro, eu completo um ano à frente do Sírio. Foi um ano desafiador. Não sou oriundo do mercado hospitalar, trabalhei praticamente minha vida toda na indústria de alimentos e na farmacêutica. Foi uma mudança expressiva. O Sírio tem uma peculiaridade que é o fato de ser uma instituição centenária, que tem na sua essência o acolhimento e a assistência. Eu saí de um mundo de produção, dos indicadores da produtividade, e vim para o mundo da excelência clínico-assistencial. Foi uma mudança de paradigma.

E qual foi o principal aprendizado neste período? Aprendi o que era inegociável para instituição: excelência, assistência e acolhimento. Tudo o que eu venha a sugerir, do mundo da excelência operacional, precisa levar esses três pilares em consideração. Em tudo o que é feito aqui, colocamos a vida em primeiro lugar e a filantropia no centro. Não dividimos, não compartilhamos lucros, tudo é reinvestido aqui mesmo. Na indústria, eu teria outro approach.

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Como está o projeto da universidade Sírio-Libanês? O Sírio já tem uma área de ensino e pesquisa consolidada. Nossa área de ensino é da pós-graduação em diante. Nós oferecemos hoje cursos de pós nas áreas de saúde - passando pelo mestrado, doutorado e residência médica. Mas nos faltava a graduação. Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação na área da saúde que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Em 2023, iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024. Esse é o nosso sonho: chegar à Universidade Sírio-Libanês.

A universidade já tem um espaço físico? Estamos próximos de fechar o local da universidade. Será perto da nossa base, na região da Bela Vista e da Paulista. Nossa ideia é criar todo um sistema educacional integrado ao hospital. Inovação, pesquisa e ensino precisam caminhar juntos. As indústrias mais avançadas criam suas próprias escolas e academias. Esse ecossistema vai ser virtuoso para o Brasil e para a América Latina.

Como o Sírio irá se colocar em relação ao futuro? A decisão institucional é focar nas especialidades que consideramos nossa expertise. A gente não vai concorrer nas mesmas bases desses grupos que estão comprando hospitais e serviços e virando grandes conglomerados. Não é a nossa vocação - e não achamos que esse é o futuro.

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E qual seria? O futuro é a diminuição das estruturas hospitalares. A tendência é que os pacientes sejam tratados de maneira individual - inclusive dentro de suas casas. A estrutura será menor e mais especializada.

E como o Sírio pretende promover essa aproximação com os pacientes? Em relação às especialidades, a gente pretende avançar para mais perto dos clientes. Vamos construir novas unidades que vão oferecer, regionalmente, clínicas de ortopedia, cardiologia e oncologia. Pretendemos expandir para fora das duas grandes bases que nós temos (São Paulo e Brasília). O que a gente imagina é crescer ao redor dessas grandes unidades, criando centros de alta complexidade e excelência mais próxima dos clientes.

Pouca gente sabe da parceria do Sírio com o SUS... Eu confesso que quando cheguei no Sírio, eu não sabia. O Sírio é low profile nesse aspecto. Administramos aproximadamente 500 leitos. E por meio do nosso instituto de responsabilidade social, administramos praticamente outros 500. Nossa outra frente, é a parceria com o SUS em um programa chamado Proadi. Trata-se de um programa de transferência de know how e outras iniciativas. Usamos 100 % do nosso benefício fiscal em programas voltados ao SUS.

O CEO do Sírio, Paulo Nigro. Foto: Werther Santana/Estadão

Ler os jornais pela manhã tomando uma xícara de café. Esse é um ritual diário na vida de Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. Engenheiro de formação, ele está prestes a completar o seu primeiro ano no cargo. "Neste tempo, aprendi o que era inegociável para a instituição: excelência, assistência e acolhimento", disse Nigro. Apesar de pouco tempo, Nigro já está concluindo um dos projetos mais importantes para a instituição: a criação da Universidade Sírio-Libanês.

"Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Também iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024", disse. Leia a entrevista a seguir:

Como avalia esse primeiro ano como CEO do Sírio? Em dezembro, eu completo um ano à frente do Sírio. Foi um ano desafiador. Não sou oriundo do mercado hospitalar, trabalhei praticamente minha vida toda na indústria de alimentos e na farmacêutica. Foi uma mudança expressiva. O Sírio tem uma peculiaridade que é o fato de ser uma instituição centenária, que tem na sua essência o acolhimento e a assistência. Eu saí de um mundo de produção, dos indicadores da produtividade, e vim para o mundo da excelência clínico-assistencial. Foi uma mudança de paradigma.

E qual foi o principal aprendizado neste período? Aprendi o que era inegociável para instituição: excelência, assistência e acolhimento. Tudo o que eu venha a sugerir, do mundo da excelência operacional, precisa levar esses três pilares em consideração. Em tudo o que é feito aqui, colocamos a vida em primeiro lugar e a filantropia no centro. Não dividimos, não compartilhamos lucros, tudo é reinvestido aqui mesmo. Na indústria, eu teria outro approach.

Como está o projeto da universidade Sírio-Libanês? O Sírio já tem uma área de ensino e pesquisa consolidada. Nossa área de ensino é da pós-graduação em diante. Nós oferecemos hoje cursos de pós nas áreas de saúde - passando pelo mestrado, doutorado e residência médica. Mas nos faltava a graduação. Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação na área da saúde que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Em 2023, iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024. Esse é o nosso sonho: chegar à Universidade Sírio-Libanês.

A universidade já tem um espaço físico? Estamos próximos de fechar o local da universidade. Será perto da nossa base, na região da Bela Vista e da Paulista. Nossa ideia é criar todo um sistema educacional integrado ao hospital. Inovação, pesquisa e ensino precisam caminhar juntos. As indústrias mais avançadas criam suas próprias escolas e academias. Esse ecossistema vai ser virtuoso para o Brasil e para a América Latina.

Como o Sírio irá se colocar em relação ao futuro? A decisão institucional é focar nas especialidades que consideramos nossa expertise. A gente não vai concorrer nas mesmas bases desses grupos que estão comprando hospitais e serviços e virando grandes conglomerados. Não é a nossa vocação - e não achamos que esse é o futuro.

E qual seria? O futuro é a diminuição das estruturas hospitalares. A tendência é que os pacientes sejam tratados de maneira individual - inclusive dentro de suas casas. A estrutura será menor e mais especializada.

E como o Sírio pretende promover essa aproximação com os pacientes? Em relação às especialidades, a gente pretende avançar para mais perto dos clientes. Vamos construir novas unidades que vão oferecer, regionalmente, clínicas de ortopedia, cardiologia e oncologia. Pretendemos expandir para fora das duas grandes bases que nós temos (São Paulo e Brasília). O que a gente imagina é crescer ao redor dessas grandes unidades, criando centros de alta complexidade e excelência mais próxima dos clientes.

Pouca gente sabe da parceria do Sírio com o SUS... Eu confesso que quando cheguei no Sírio, eu não sabia. O Sírio é low profile nesse aspecto. Administramos aproximadamente 500 leitos. E por meio do nosso instituto de responsabilidade social, administramos praticamente outros 500. Nossa outra frente, é a parceria com o SUS em um programa chamado Proadi. Trata-se de um programa de transferência de know how e outras iniciativas. Usamos 100 % do nosso benefício fiscal em programas voltados ao SUS.

O CEO do Sírio, Paulo Nigro. Foto: Werther Santana/Estadão

Ler os jornais pela manhã tomando uma xícara de café. Esse é um ritual diário na vida de Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. Engenheiro de formação, ele está prestes a completar o seu primeiro ano no cargo. "Neste tempo, aprendi o que era inegociável para a instituição: excelência, assistência e acolhimento", disse Nigro. Apesar de pouco tempo, Nigro já está concluindo um dos projetos mais importantes para a instituição: a criação da Universidade Sírio-Libanês.

"Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Também iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024", disse. Leia a entrevista a seguir:

Como avalia esse primeiro ano como CEO do Sírio? Em dezembro, eu completo um ano à frente do Sírio. Foi um ano desafiador. Não sou oriundo do mercado hospitalar, trabalhei praticamente minha vida toda na indústria de alimentos e na farmacêutica. Foi uma mudança expressiva. O Sírio tem uma peculiaridade que é o fato de ser uma instituição centenária, que tem na sua essência o acolhimento e a assistência. Eu saí de um mundo de produção, dos indicadores da produtividade, e vim para o mundo da excelência clínico-assistencial. Foi uma mudança de paradigma.

E qual foi o principal aprendizado neste período? Aprendi o que era inegociável para instituição: excelência, assistência e acolhimento. Tudo o que eu venha a sugerir, do mundo da excelência operacional, precisa levar esses três pilares em consideração. Em tudo o que é feito aqui, colocamos a vida em primeiro lugar e a filantropia no centro. Não dividimos, não compartilhamos lucros, tudo é reinvestido aqui mesmo. Na indústria, eu teria outro approach.

Como está o projeto da universidade Sírio-Libanês? O Sírio já tem uma área de ensino e pesquisa consolidada. Nossa área de ensino é da pós-graduação em diante. Nós oferecemos hoje cursos de pós nas áreas de saúde - passando pelo mestrado, doutorado e residência médica. Mas nos faltava a graduação. Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação na área da saúde que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Em 2023, iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024. Esse é o nosso sonho: chegar à Universidade Sírio-Libanês.

A universidade já tem um espaço físico? Estamos próximos de fechar o local da universidade. Será perto da nossa base, na região da Bela Vista e da Paulista. Nossa ideia é criar todo um sistema educacional integrado ao hospital. Inovação, pesquisa e ensino precisam caminhar juntos. As indústrias mais avançadas criam suas próprias escolas e academias. Esse ecossistema vai ser virtuoso para o Brasil e para a América Latina.

Como o Sírio irá se colocar em relação ao futuro? A decisão institucional é focar nas especialidades que consideramos nossa expertise. A gente não vai concorrer nas mesmas bases desses grupos que estão comprando hospitais e serviços e virando grandes conglomerados. Não é a nossa vocação - e não achamos que esse é o futuro.

E qual seria? O futuro é a diminuição das estruturas hospitalares. A tendência é que os pacientes sejam tratados de maneira individual - inclusive dentro de suas casas. A estrutura será menor e mais especializada.

E como o Sírio pretende promover essa aproximação com os pacientes? Em relação às especialidades, a gente pretende avançar para mais perto dos clientes. Vamos construir novas unidades que vão oferecer, regionalmente, clínicas de ortopedia, cardiologia e oncologia. Pretendemos expandir para fora das duas grandes bases que nós temos (São Paulo e Brasília). O que a gente imagina é crescer ao redor dessas grandes unidades, criando centros de alta complexidade e excelência mais próxima dos clientes.

Pouca gente sabe da parceria do Sírio com o SUS... Eu confesso que quando cheguei no Sírio, eu não sabia. O Sírio é low profile nesse aspecto. Administramos aproximadamente 500 leitos. E por meio do nosso instituto de responsabilidade social, administramos praticamente outros 500. Nossa outra frente, é a parceria com o SUS em um programa chamado Proadi. Trata-se de um programa de transferência de know how e outras iniciativas. Usamos 100 % do nosso benefício fiscal em programas voltados ao SUS.

O CEO do Sírio, Paulo Nigro. Foto: Werther Santana/Estadão

Ler os jornais pela manhã tomando uma xícara de café. Esse é um ritual diário na vida de Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. Engenheiro de formação, ele está prestes a completar o seu primeiro ano no cargo. "Neste tempo, aprendi o que era inegociável para a instituição: excelência, assistência e acolhimento", disse Nigro. Apesar de pouco tempo, Nigro já está concluindo um dos projetos mais importantes para a instituição: a criação da Universidade Sírio-Libanês.

"Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Também iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024", disse. Leia a entrevista a seguir:

Como avalia esse primeiro ano como CEO do Sírio? Em dezembro, eu completo um ano à frente do Sírio. Foi um ano desafiador. Não sou oriundo do mercado hospitalar, trabalhei praticamente minha vida toda na indústria de alimentos e na farmacêutica. Foi uma mudança expressiva. O Sírio tem uma peculiaridade que é o fato de ser uma instituição centenária, que tem na sua essência o acolhimento e a assistência. Eu saí de um mundo de produção, dos indicadores da produtividade, e vim para o mundo da excelência clínico-assistencial. Foi uma mudança de paradigma.

E qual foi o principal aprendizado neste período? Aprendi o que era inegociável para instituição: excelência, assistência e acolhimento. Tudo o que eu venha a sugerir, do mundo da excelência operacional, precisa levar esses três pilares em consideração. Em tudo o que é feito aqui, colocamos a vida em primeiro lugar e a filantropia no centro. Não dividimos, não compartilhamos lucros, tudo é reinvestido aqui mesmo. Na indústria, eu teria outro approach.

Como está o projeto da universidade Sírio-Libanês? O Sírio já tem uma área de ensino e pesquisa consolidada. Nossa área de ensino é da pós-graduação em diante. Nós oferecemos hoje cursos de pós nas áreas de saúde - passando pelo mestrado, doutorado e residência médica. Mas nos faltava a graduação. Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação na área da saúde que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Em 2023, iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024. Esse é o nosso sonho: chegar à Universidade Sírio-Libanês.

A universidade já tem um espaço físico? Estamos próximos de fechar o local da universidade. Será perto da nossa base, na região da Bela Vista e da Paulista. Nossa ideia é criar todo um sistema educacional integrado ao hospital. Inovação, pesquisa e ensino precisam caminhar juntos. As indústrias mais avançadas criam suas próprias escolas e academias. Esse ecossistema vai ser virtuoso para o Brasil e para a América Latina.

Como o Sírio irá se colocar em relação ao futuro? A decisão institucional é focar nas especialidades que consideramos nossa expertise. A gente não vai concorrer nas mesmas bases desses grupos que estão comprando hospitais e serviços e virando grandes conglomerados. Não é a nossa vocação - e não achamos que esse é o futuro.

E qual seria? O futuro é a diminuição das estruturas hospitalares. A tendência é que os pacientes sejam tratados de maneira individual - inclusive dentro de suas casas. A estrutura será menor e mais especializada.

E como o Sírio pretende promover essa aproximação com os pacientes? Em relação às especialidades, a gente pretende avançar para mais perto dos clientes. Vamos construir novas unidades que vão oferecer, regionalmente, clínicas de ortopedia, cardiologia e oncologia. Pretendemos expandir para fora das duas grandes bases que nós temos (São Paulo e Brasília). O que a gente imagina é crescer ao redor dessas grandes unidades, criando centros de alta complexidade e excelência mais próxima dos clientes.

Pouca gente sabe da parceria do Sírio com o SUS... Eu confesso que quando cheguei no Sírio, eu não sabia. O Sírio é low profile nesse aspecto. Administramos aproximadamente 500 leitos. E por meio do nosso instituto de responsabilidade social, administramos praticamente outros 500. Nossa outra frente, é a parceria com o SUS em um programa chamado Proadi. Trata-se de um programa de transferência de know how e outras iniciativas. Usamos 100 % do nosso benefício fiscal em programas voltados ao SUS.

O CEO do Sírio, Paulo Nigro. Foto: Werther Santana/Estadão

Ler os jornais pela manhã tomando uma xícara de café. Esse é um ritual diário na vida de Paulo Nigro, CEO do Sírio-Libanês. Engenheiro de formação, ele está prestes a completar o seu primeiro ano no cargo. "Neste tempo, aprendi o que era inegociável para a instituição: excelência, assistência e acolhimento", disse Nigro. Apesar de pouco tempo, Nigro já está concluindo um dos projetos mais importantes para a instituição: a criação da Universidade Sírio-Libanês.

"Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Também iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024", disse. Leia a entrevista a seguir:

Como avalia esse primeiro ano como CEO do Sírio? Em dezembro, eu completo um ano à frente do Sírio. Foi um ano desafiador. Não sou oriundo do mercado hospitalar, trabalhei praticamente minha vida toda na indústria de alimentos e na farmacêutica. Foi uma mudança expressiva. O Sírio tem uma peculiaridade que é o fato de ser uma instituição centenária, que tem na sua essência o acolhimento e a assistência. Eu saí de um mundo de produção, dos indicadores da produtividade, e vim para o mundo da excelência clínico-assistencial. Foi uma mudança de paradigma.

E qual foi o principal aprendizado neste período? Aprendi o que era inegociável para instituição: excelência, assistência e acolhimento. Tudo o que eu venha a sugerir, do mundo da excelência operacional, precisa levar esses três pilares em consideração. Em tudo o que é feito aqui, colocamos a vida em primeiro lugar e a filantropia no centro. Não dividimos, não compartilhamos lucros, tudo é reinvestido aqui mesmo. Na indústria, eu teria outro approach.

Como está o projeto da universidade Sírio-Libanês? O Sírio já tem uma área de ensino e pesquisa consolidada. Nossa área de ensino é da pós-graduação em diante. Nós oferecemos hoje cursos de pós nas áreas de saúde - passando pelo mestrado, doutorado e residência médica. Mas nos faltava a graduação. Estamos credenciando no MEC cinco cursos de graduação na área da saúde que irão formar nossa faculdade a partir do ano que vem. São cursos de Enfermagem, de Fisioterapia, Psicologia, Nutrição e Gestão Hospitalar. Em 2023, iremos credenciar o curso de Medicina - que deve começar a partir de 2024. Esse é o nosso sonho: chegar à Universidade Sírio-Libanês.

A universidade já tem um espaço físico? Estamos próximos de fechar o local da universidade. Será perto da nossa base, na região da Bela Vista e da Paulista. Nossa ideia é criar todo um sistema educacional integrado ao hospital. Inovação, pesquisa e ensino precisam caminhar juntos. As indústrias mais avançadas criam suas próprias escolas e academias. Esse ecossistema vai ser virtuoso para o Brasil e para a América Latina.

Como o Sírio irá se colocar em relação ao futuro? A decisão institucional é focar nas especialidades que consideramos nossa expertise. A gente não vai concorrer nas mesmas bases desses grupos que estão comprando hospitais e serviços e virando grandes conglomerados. Não é a nossa vocação - e não achamos que esse é o futuro.

E qual seria? O futuro é a diminuição das estruturas hospitalares. A tendência é que os pacientes sejam tratados de maneira individual - inclusive dentro de suas casas. A estrutura será menor e mais especializada.

E como o Sírio pretende promover essa aproximação com os pacientes? Em relação às especialidades, a gente pretende avançar para mais perto dos clientes. Vamos construir novas unidades que vão oferecer, regionalmente, clínicas de ortopedia, cardiologia e oncologia. Pretendemos expandir para fora das duas grandes bases que nós temos (São Paulo e Brasília). O que a gente imagina é crescer ao redor dessas grandes unidades, criando centros de alta complexidade e excelência mais próxima dos clientes.

Pouca gente sabe da parceria do Sírio com o SUS... Eu confesso que quando cheguei no Sírio, eu não sabia. O Sírio é low profile nesse aspecto. Administramos aproximadamente 500 leitos. E por meio do nosso instituto de responsabilidade social, administramos praticamente outros 500. Nossa outra frente, é a parceria com o SUS em um programa chamado Proadi. Trata-se de um programa de transferência de know how e outras iniciativas. Usamos 100 % do nosso benefício fiscal em programas voltados ao SUS.

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