Se o caso de Jair Bolsonaro não é de impeachment, seria o de impedimento? Em conversa com esta coluna, FHC admite que essa poderia ser a saída para o que considera o âmago da atual - e urgente - questão política nacional. Não custa lembrar: há algumas semanas, o próprio tucano falou em renúncia e Miguel Reale Jr. chegou a sugerir...junta médica. Ou seja, impedimento por sanidade mental.
Sobre o manifesto que assinou, o #EstamosJuntos, de grande repercussão - ao qual já se somaram vários outros, Brasil afora -, o ex-presidente avisa: "Você tem que despertar a sociedade civil. Como fizemos em outras épocas contra a ditadura".
Cauteloso com as palavras, FHC pondera que "aqui não há ditadura ainda, temos liberdade" - e é preciso aproveitar essa liberdade "para protestar, é preciso agitar a sociedade civil". A palavra de ordem "é preservar a democracia, a imprensa livre, o jogo aberto, aproveitar para falar antes que fechem".
O ex-presidente pontua que a pandemia não permite manifestações de rua. Assim, as pessoas ficam aflitas querendo fazer algo... "e torcendo para que os militares não embarquem na onda Bolsonaro".
FHC crê que não se chegará a tal ponto. E conclui que o melhor é esperar as eleições de 2022. O impeachment agora "traria confusão nacional". Leva em conta, ainda, que Bolsonaro "foi eleito sendo como é".
Dentro do carro
Em tempos de isolamento social, a casa de shows Tom Brasil vai abrir um drive-in. O espaço, que tem pré-estreia prevista para 16 e 17 de junho, apresentará filmes de sucesso como De Volta Para o Futuro, Jurassic Park, Meu Malvado Favorito e outras atrações a céu aberto.
Capacidade? 159 carros.
Firma filmada
Desde a semana passada, é possível realizar divórcios, compra, vendas, doações, partilhas e inventários, entre outros, por meio de videoconferência por todos os Cartórios de Notas do País.
Elas serão conduzidas por tabeliães de notas que indicarão a abertura da gravação, a data e hora de seu início, o nome por inteiro dos participantes e, no fim, leitura da íntegra do ato.
Pensado
O DEM, que expulsou Sara Winter ontem, já pensava em tirá-la há tempos.
De acordo com fontes da coluna, a ativista bolsonarista já era monitorada e sua expulsão só não aconteceu antes porque o partido não queria "chamar ainda mais atenção" para ela.
Avalanche
Dois movimentos recém-criados contra o bolsonarismo e em favor da democracia - Estamos Juntos e o #somos70porcento - geraram muito apoio, mas também confusão na 'origem'.
Alexandre Frota, por exemplo, ao postar seu apoio a Eduardo Moreira, criador do #somos70porcento, usou outra hashtag, a do manifesto Estamos Juntos - ainda sem um criador identificado. "Irmão, conte comigo em SP ou BSB, o que precisar", postou o deputado no Twitter.
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