Cultura, comportamento, noite e gente em São Paulo

‘Tem que tocar Bossa Nova com o frescor de quando ela foi criada’, afirma Daniel Jobim


Pianista fala sobre show de tributo com Seu Jorge no Carnegie Hall

Atualização:

Daniel Jobim vai reviver o histórico show de 1962 que lançou a Bossa Nova para o mundo. Junto com Seu Jorge, ele conduz a noite, ao piano, recebendo artistas brasileiros como convidados. O tributo será no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 8 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 20, pelo site da tradicional casa. Foi lá que seu avô Tom Jobim e nomes como João Gilberto, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Luiz Bonfá apresentaram as canções Barquinho, Outra Vez e A Felicidade, por exemplo, há 60 anos. Para manter o estilo em alta nos dias de hoje, Jobim diz: “É preciso dar nova vida à Bossa Nova, e tocar com o frescor de quando ela foi criada”.

A Bossa Nova seria a mesma sem aquele show?

Provavelmente não porque foi realmente um grande sucesso. Cada um mostrou um pouco da sua música. Muitos compositores e intérpretes, como o João Gilberto, foram e isso deu muita força para crescer o movimento. Sem eles lá em Nova York seria impossível. As músicas ficaram conhecidas.

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Daniel Jobim Foto: Frederico Mendes

Quando foi convidado para o tributo idealizado por Max Viana, o que sentiu?

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Eu fiquei muito honrado de poder continuar esse legado, mostrar as canções para as novas gerações. Estou muito feliz de tocar com Seu Jorge meu parceiro e receber convidados especiais. Vai ser lindo.

Como vai ser a sua participação na noite?

Vou acompanhar os convidados no piano, cantar algumas músicas solo e outras com o Seu Jorge. Nós vamos tocar principalmente as canções do meu avô.

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Carlinhos Brown e Seu Jorge têm estilos e fazem um som diferente da Bossa Nova original.

É um show revisitado para as novas gerações também. Eles foram muito inspirados pelo movimento. Seu Jorge aprendeu muito com a Bossa Nova. Eu venho tocando com ele há bastante tempo. Ele toca flauta, canta, acerta tudo. O Brown a mesma coisa e o Menescal também. Vai ser um show entre amigos e com certeza não vai faltar entrosamento.

E o que fazer para a Bossa Nova não se transformar em um fundo musical de elevador como tantos clássicos?

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Tem que tocar com o frescor de quando ela foi criada. Pode reinterpretar, dar uma nova vida as canções. Não precisa apresentá-las sempre igual. Pode trocar umas harmonias com bom gosto. Meu avô sempre fazia isso.

Foi um movimento de fora para dentro do Brasil?

Acredito que foi de dentro para fora porque teve aquele início deles se encontrando na noite, conhecendo o João Donato, o João Gilberto, meu avô, o Menescal, Carlos Lyra e tantos outros compondo juntos.

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Quais memórias guarda do seu avô?

São muitas, ele me ensinando algumas músicas de Chopin no piano. Ele me via aprendendo a tocar as músicas dele. Meu avô acordava muito cedo e já começava a tocar clássicos, Brahms, Debussy. Fazia isso atrás de inspiração. Lembro de despertar e ouvir sempre esses sons. E depois ele trabalhava compondo as músicas dele.

Na infância, como você lidava com o peso de ser neto do Tom Jobim?

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No início, quando eu era muito pequenininho, as pessoas diziam: ‘o avô dele fez o verso é pau, é pedra’. Eu nasci em 1973, era o auge da música Águas de Março. Para mim foi natural, eu ia a todos os ensaios e shows dele, sentava ao lado.

Aos 50 anos, qual balanço faz da sua carreira?

Estou muito feliz, já cantei em diversos países. Gosto de ser um artista global, de poder levar a Bossa Nova e a cultura brasileira para vários países. Muitas vezes as pessoas não sabem onde é o Brasil, mas sabem que tem uma praia chamada Ipanema, que tem uma garota que passa bonita.

Já tocou para a Gisele Bündchen desfilar na Olimpíada.

Sim, eu cantei e toquei Garota de Ipanema no piano na abertura da Olimpíada. Foi o momento que a Gisele vai caminhando como se fosse a garota de Ipanema. Ela saiu de um extremo e eu estava no outro do Maracanã. Não fiquei nervoso, apesar de ter 3 bilhões de pessoas assistindo. Subi no palco, senti a energia boa do público.

Quais lugares inusitados a Bossa Nova faz sucesso?

Eu já perdi a conta de quantos shows fiz no Japão. Na Ásia toda faz muito sucesso, na Coreia do Sul, na China também. Eles amam a Bossa Nova, é impressionante. Quando chega o verão, começa a tocar nos bares, hotéis e shoppings como se fosse a música do verão.

Veja o vídeo:

Daniel Jobim vai reviver o histórico show de 1962 que lançou a Bossa Nova para o mundo. Junto com Seu Jorge, ele conduz a noite, ao piano, recebendo artistas brasileiros como convidados. O tributo será no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 8 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 20, pelo site da tradicional casa. Foi lá que seu avô Tom Jobim e nomes como João Gilberto, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Luiz Bonfá apresentaram as canções Barquinho, Outra Vez e A Felicidade, por exemplo, há 60 anos. Para manter o estilo em alta nos dias de hoje, Jobim diz: “É preciso dar nova vida à Bossa Nova, e tocar com o frescor de quando ela foi criada”.

A Bossa Nova seria a mesma sem aquele show?

Provavelmente não porque foi realmente um grande sucesso. Cada um mostrou um pouco da sua música. Muitos compositores e intérpretes, como o João Gilberto, foram e isso deu muita força para crescer o movimento. Sem eles lá em Nova York seria impossível. As músicas ficaram conhecidas.

Daniel Jobim Foto: Frederico Mendes

Quando foi convidado para o tributo idealizado por Max Viana, o que sentiu?

Eu fiquei muito honrado de poder continuar esse legado, mostrar as canções para as novas gerações. Estou muito feliz de tocar com Seu Jorge meu parceiro e receber convidados especiais. Vai ser lindo.

Como vai ser a sua participação na noite?

Vou acompanhar os convidados no piano, cantar algumas músicas solo e outras com o Seu Jorge. Nós vamos tocar principalmente as canções do meu avô.

Carlinhos Brown e Seu Jorge têm estilos e fazem um som diferente da Bossa Nova original.

É um show revisitado para as novas gerações também. Eles foram muito inspirados pelo movimento. Seu Jorge aprendeu muito com a Bossa Nova. Eu venho tocando com ele há bastante tempo. Ele toca flauta, canta, acerta tudo. O Brown a mesma coisa e o Menescal também. Vai ser um show entre amigos e com certeza não vai faltar entrosamento.

E o que fazer para a Bossa Nova não se transformar em um fundo musical de elevador como tantos clássicos?

Tem que tocar com o frescor de quando ela foi criada. Pode reinterpretar, dar uma nova vida as canções. Não precisa apresentá-las sempre igual. Pode trocar umas harmonias com bom gosto. Meu avô sempre fazia isso.

Foi um movimento de fora para dentro do Brasil?

Acredito que foi de dentro para fora porque teve aquele início deles se encontrando na noite, conhecendo o João Donato, o João Gilberto, meu avô, o Menescal, Carlos Lyra e tantos outros compondo juntos.

Quais memórias guarda do seu avô?

São muitas, ele me ensinando algumas músicas de Chopin no piano. Ele me via aprendendo a tocar as músicas dele. Meu avô acordava muito cedo e já começava a tocar clássicos, Brahms, Debussy. Fazia isso atrás de inspiração. Lembro de despertar e ouvir sempre esses sons. E depois ele trabalhava compondo as músicas dele.

Na infância, como você lidava com o peso de ser neto do Tom Jobim?

No início, quando eu era muito pequenininho, as pessoas diziam: ‘o avô dele fez o verso é pau, é pedra’. Eu nasci em 1973, era o auge da música Águas de Março. Para mim foi natural, eu ia a todos os ensaios e shows dele, sentava ao lado.

Aos 50 anos, qual balanço faz da sua carreira?

Estou muito feliz, já cantei em diversos países. Gosto de ser um artista global, de poder levar a Bossa Nova e a cultura brasileira para vários países. Muitas vezes as pessoas não sabem onde é o Brasil, mas sabem que tem uma praia chamada Ipanema, que tem uma garota que passa bonita.

Já tocou para a Gisele Bündchen desfilar na Olimpíada.

Sim, eu cantei e toquei Garota de Ipanema no piano na abertura da Olimpíada. Foi o momento que a Gisele vai caminhando como se fosse a garota de Ipanema. Ela saiu de um extremo e eu estava no outro do Maracanã. Não fiquei nervoso, apesar de ter 3 bilhões de pessoas assistindo. Subi no palco, senti a energia boa do público.

Quais lugares inusitados a Bossa Nova faz sucesso?

Eu já perdi a conta de quantos shows fiz no Japão. Na Ásia toda faz muito sucesso, na Coreia do Sul, na China também. Eles amam a Bossa Nova, é impressionante. Quando chega o verão, começa a tocar nos bares, hotéis e shoppings como se fosse a música do verão.

Veja o vídeo:

Daniel Jobim vai reviver o histórico show de 1962 que lançou a Bossa Nova para o mundo. Junto com Seu Jorge, ele conduz a noite, ao piano, recebendo artistas brasileiros como convidados. O tributo será no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 8 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 20, pelo site da tradicional casa. Foi lá que seu avô Tom Jobim e nomes como João Gilberto, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Luiz Bonfá apresentaram as canções Barquinho, Outra Vez e A Felicidade, por exemplo, há 60 anos. Para manter o estilo em alta nos dias de hoje, Jobim diz: “É preciso dar nova vida à Bossa Nova, e tocar com o frescor de quando ela foi criada”.

A Bossa Nova seria a mesma sem aquele show?

Provavelmente não porque foi realmente um grande sucesso. Cada um mostrou um pouco da sua música. Muitos compositores e intérpretes, como o João Gilberto, foram e isso deu muita força para crescer o movimento. Sem eles lá em Nova York seria impossível. As músicas ficaram conhecidas.

Daniel Jobim Foto: Frederico Mendes

Quando foi convidado para o tributo idealizado por Max Viana, o que sentiu?

Eu fiquei muito honrado de poder continuar esse legado, mostrar as canções para as novas gerações. Estou muito feliz de tocar com Seu Jorge meu parceiro e receber convidados especiais. Vai ser lindo.

Como vai ser a sua participação na noite?

Vou acompanhar os convidados no piano, cantar algumas músicas solo e outras com o Seu Jorge. Nós vamos tocar principalmente as canções do meu avô.

Carlinhos Brown e Seu Jorge têm estilos e fazem um som diferente da Bossa Nova original.

É um show revisitado para as novas gerações também. Eles foram muito inspirados pelo movimento. Seu Jorge aprendeu muito com a Bossa Nova. Eu venho tocando com ele há bastante tempo. Ele toca flauta, canta, acerta tudo. O Brown a mesma coisa e o Menescal também. Vai ser um show entre amigos e com certeza não vai faltar entrosamento.

E o que fazer para a Bossa Nova não se transformar em um fundo musical de elevador como tantos clássicos?

Tem que tocar com o frescor de quando ela foi criada. Pode reinterpretar, dar uma nova vida as canções. Não precisa apresentá-las sempre igual. Pode trocar umas harmonias com bom gosto. Meu avô sempre fazia isso.

Foi um movimento de fora para dentro do Brasil?

Acredito que foi de dentro para fora porque teve aquele início deles se encontrando na noite, conhecendo o João Donato, o João Gilberto, meu avô, o Menescal, Carlos Lyra e tantos outros compondo juntos.

Quais memórias guarda do seu avô?

São muitas, ele me ensinando algumas músicas de Chopin no piano. Ele me via aprendendo a tocar as músicas dele. Meu avô acordava muito cedo e já começava a tocar clássicos, Brahms, Debussy. Fazia isso atrás de inspiração. Lembro de despertar e ouvir sempre esses sons. E depois ele trabalhava compondo as músicas dele.

Na infância, como você lidava com o peso de ser neto do Tom Jobim?

No início, quando eu era muito pequenininho, as pessoas diziam: ‘o avô dele fez o verso é pau, é pedra’. Eu nasci em 1973, era o auge da música Águas de Março. Para mim foi natural, eu ia a todos os ensaios e shows dele, sentava ao lado.

Aos 50 anos, qual balanço faz da sua carreira?

Estou muito feliz, já cantei em diversos países. Gosto de ser um artista global, de poder levar a Bossa Nova e a cultura brasileira para vários países. Muitas vezes as pessoas não sabem onde é o Brasil, mas sabem que tem uma praia chamada Ipanema, que tem uma garota que passa bonita.

Já tocou para a Gisele Bündchen desfilar na Olimpíada.

Sim, eu cantei e toquei Garota de Ipanema no piano na abertura da Olimpíada. Foi o momento que a Gisele vai caminhando como se fosse a garota de Ipanema. Ela saiu de um extremo e eu estava no outro do Maracanã. Não fiquei nervoso, apesar de ter 3 bilhões de pessoas assistindo. Subi no palco, senti a energia boa do público.

Quais lugares inusitados a Bossa Nova faz sucesso?

Eu já perdi a conta de quantos shows fiz no Japão. Na Ásia toda faz muito sucesso, na Coreia do Sul, na China também. Eles amam a Bossa Nova, é impressionante. Quando chega o verão, começa a tocar nos bares, hotéis e shoppings como se fosse a música do verão.

Veja o vídeo:

Daniel Jobim vai reviver o histórico show de 1962 que lançou a Bossa Nova para o mundo. Junto com Seu Jorge, ele conduz a noite, ao piano, recebendo artistas brasileiros como convidados. O tributo será no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 8 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 20, pelo site da tradicional casa. Foi lá que seu avô Tom Jobim e nomes como João Gilberto, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Luiz Bonfá apresentaram as canções Barquinho, Outra Vez e A Felicidade, por exemplo, há 60 anos. Para manter o estilo em alta nos dias de hoje, Jobim diz: “É preciso dar nova vida à Bossa Nova, e tocar com o frescor de quando ela foi criada”.

A Bossa Nova seria a mesma sem aquele show?

Provavelmente não porque foi realmente um grande sucesso. Cada um mostrou um pouco da sua música. Muitos compositores e intérpretes, como o João Gilberto, foram e isso deu muita força para crescer o movimento. Sem eles lá em Nova York seria impossível. As músicas ficaram conhecidas.

Daniel Jobim Foto: Frederico Mendes

Quando foi convidado para o tributo idealizado por Max Viana, o que sentiu?

Eu fiquei muito honrado de poder continuar esse legado, mostrar as canções para as novas gerações. Estou muito feliz de tocar com Seu Jorge meu parceiro e receber convidados especiais. Vai ser lindo.

Como vai ser a sua participação na noite?

Vou acompanhar os convidados no piano, cantar algumas músicas solo e outras com o Seu Jorge. Nós vamos tocar principalmente as canções do meu avô.

Carlinhos Brown e Seu Jorge têm estilos e fazem um som diferente da Bossa Nova original.

É um show revisitado para as novas gerações também. Eles foram muito inspirados pelo movimento. Seu Jorge aprendeu muito com a Bossa Nova. Eu venho tocando com ele há bastante tempo. Ele toca flauta, canta, acerta tudo. O Brown a mesma coisa e o Menescal também. Vai ser um show entre amigos e com certeza não vai faltar entrosamento.

E o que fazer para a Bossa Nova não se transformar em um fundo musical de elevador como tantos clássicos?

Tem que tocar com o frescor de quando ela foi criada. Pode reinterpretar, dar uma nova vida as canções. Não precisa apresentá-las sempre igual. Pode trocar umas harmonias com bom gosto. Meu avô sempre fazia isso.

Foi um movimento de fora para dentro do Brasil?

Acredito que foi de dentro para fora porque teve aquele início deles se encontrando na noite, conhecendo o João Donato, o João Gilberto, meu avô, o Menescal, Carlos Lyra e tantos outros compondo juntos.

Quais memórias guarda do seu avô?

São muitas, ele me ensinando algumas músicas de Chopin no piano. Ele me via aprendendo a tocar as músicas dele. Meu avô acordava muito cedo e já começava a tocar clássicos, Brahms, Debussy. Fazia isso atrás de inspiração. Lembro de despertar e ouvir sempre esses sons. E depois ele trabalhava compondo as músicas dele.

Na infância, como você lidava com o peso de ser neto do Tom Jobim?

No início, quando eu era muito pequenininho, as pessoas diziam: ‘o avô dele fez o verso é pau, é pedra’. Eu nasci em 1973, era o auge da música Águas de Março. Para mim foi natural, eu ia a todos os ensaios e shows dele, sentava ao lado.

Aos 50 anos, qual balanço faz da sua carreira?

Estou muito feliz, já cantei em diversos países. Gosto de ser um artista global, de poder levar a Bossa Nova e a cultura brasileira para vários países. Muitas vezes as pessoas não sabem onde é o Brasil, mas sabem que tem uma praia chamada Ipanema, que tem uma garota que passa bonita.

Já tocou para a Gisele Bündchen desfilar na Olimpíada.

Sim, eu cantei e toquei Garota de Ipanema no piano na abertura da Olimpíada. Foi o momento que a Gisele vai caminhando como se fosse a garota de Ipanema. Ela saiu de um extremo e eu estava no outro do Maracanã. Não fiquei nervoso, apesar de ter 3 bilhões de pessoas assistindo. Subi no palco, senti a energia boa do público.

Quais lugares inusitados a Bossa Nova faz sucesso?

Eu já perdi a conta de quantos shows fiz no Japão. Na Ásia toda faz muito sucesso, na Coreia do Sul, na China também. Eles amam a Bossa Nova, é impressionante. Quando chega o verão, começa a tocar nos bares, hotéis e shoppings como se fosse a música do verão.

Veja o vídeo:

Daniel Jobim vai reviver o histórico show de 1962 que lançou a Bossa Nova para o mundo. Junto com Seu Jorge, ele conduz a noite, ao piano, recebendo artistas brasileiros como convidados. O tributo será no Carnegie Hall, em Nova York, no dia 8 de outubro. Os ingressos começam a ser vendidos na próxima terça-feira, 20, pelo site da tradicional casa. Foi lá que seu avô Tom Jobim e nomes como João Gilberto, Sérgio Mendes, Roberto Menescal e Luiz Bonfá apresentaram as canções Barquinho, Outra Vez e A Felicidade, por exemplo, há 60 anos. Para manter o estilo em alta nos dias de hoje, Jobim diz: “É preciso dar nova vida à Bossa Nova, e tocar com o frescor de quando ela foi criada”.

A Bossa Nova seria a mesma sem aquele show?

Provavelmente não porque foi realmente um grande sucesso. Cada um mostrou um pouco da sua música. Muitos compositores e intérpretes, como o João Gilberto, foram e isso deu muita força para crescer o movimento. Sem eles lá em Nova York seria impossível. As músicas ficaram conhecidas.

Daniel Jobim Foto: Frederico Mendes

Quando foi convidado para o tributo idealizado por Max Viana, o que sentiu?

Eu fiquei muito honrado de poder continuar esse legado, mostrar as canções para as novas gerações. Estou muito feliz de tocar com Seu Jorge meu parceiro e receber convidados especiais. Vai ser lindo.

Como vai ser a sua participação na noite?

Vou acompanhar os convidados no piano, cantar algumas músicas solo e outras com o Seu Jorge. Nós vamos tocar principalmente as canções do meu avô.

Carlinhos Brown e Seu Jorge têm estilos e fazem um som diferente da Bossa Nova original.

É um show revisitado para as novas gerações também. Eles foram muito inspirados pelo movimento. Seu Jorge aprendeu muito com a Bossa Nova. Eu venho tocando com ele há bastante tempo. Ele toca flauta, canta, acerta tudo. O Brown a mesma coisa e o Menescal também. Vai ser um show entre amigos e com certeza não vai faltar entrosamento.

E o que fazer para a Bossa Nova não se transformar em um fundo musical de elevador como tantos clássicos?

Tem que tocar com o frescor de quando ela foi criada. Pode reinterpretar, dar uma nova vida as canções. Não precisa apresentá-las sempre igual. Pode trocar umas harmonias com bom gosto. Meu avô sempre fazia isso.

Foi um movimento de fora para dentro do Brasil?

Acredito que foi de dentro para fora porque teve aquele início deles se encontrando na noite, conhecendo o João Donato, o João Gilberto, meu avô, o Menescal, Carlos Lyra e tantos outros compondo juntos.

Quais memórias guarda do seu avô?

São muitas, ele me ensinando algumas músicas de Chopin no piano. Ele me via aprendendo a tocar as músicas dele. Meu avô acordava muito cedo e já começava a tocar clássicos, Brahms, Debussy. Fazia isso atrás de inspiração. Lembro de despertar e ouvir sempre esses sons. E depois ele trabalhava compondo as músicas dele.

Na infância, como você lidava com o peso de ser neto do Tom Jobim?

No início, quando eu era muito pequenininho, as pessoas diziam: ‘o avô dele fez o verso é pau, é pedra’. Eu nasci em 1973, era o auge da música Águas de Março. Para mim foi natural, eu ia a todos os ensaios e shows dele, sentava ao lado.

Aos 50 anos, qual balanço faz da sua carreira?

Estou muito feliz, já cantei em diversos países. Gosto de ser um artista global, de poder levar a Bossa Nova e a cultura brasileira para vários países. Muitas vezes as pessoas não sabem onde é o Brasil, mas sabem que tem uma praia chamada Ipanema, que tem uma garota que passa bonita.

Já tocou para a Gisele Bündchen desfilar na Olimpíada.

Sim, eu cantei e toquei Garota de Ipanema no piano na abertura da Olimpíada. Foi o momento que a Gisele vai caminhando como se fosse a garota de Ipanema. Ela saiu de um extremo e eu estava no outro do Maracanã. Não fiquei nervoso, apesar de ter 3 bilhões de pessoas assistindo. Subi no palco, senti a energia boa do público.

Quais lugares inusitados a Bossa Nova faz sucesso?

Eu já perdi a conta de quantos shows fiz no Japão. Na Ásia toda faz muito sucesso, na Coreia do Sul, na China também. Eles amam a Bossa Nova, é impressionante. Quando chega o verão, começa a tocar nos bares, hotéis e shoppings como se fosse a música do verão.

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