Havelange surge como um gângster visionário em ‘Jogo da Corrupção’


Série do Amazon Prime Vídeo mostra história do controverso’Don Corleone do futebol’, que terminou a carreira de forma melancólica.

Por Pedro Venceslau
Atualização:

Acabou a eleição, não teve golpe e enfim chegou a hora de ressignificar a camisa amarela da Seleção Brasileira e torcer em paz,

Neste momento em que a Copa do Mundo substituiu a política na mesa do bar, é impossível não falar em corrupção. Afinal, como foi mesmo que a Copa do Mundo foi parar no homofóbico, ditatorial e calorento Catar?

É disso que se trata a imperdível série Jogo da Corrupção, da Amazon Prime, que é na verdade a segunda temporada da antologia El presidente.

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A produção conta de forma dramatizada o caso do Fifagate, investigação de 2015 que revelou as engrenagens da corrupção no futebol mundial. A série é uma versão para inglês ver - e entender - da história do controverso João Havelange, que foi uma espécie de Don Corleone do futebol durante décadas, mas terminou a carreira de forma melancólica.

Se por um lado Havelange foi um gângster, como mostra a série, por outro foi também o responsável por organizar o futebol mundial e transformá-lo em um grande negócio. Foi dele, por exemplo, a ideia de introduzir cartões amarelos e vermelhos para coibir a violência em campo.

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Sósias?

Vemos em cena atores interpretando Pelé, Zagalo e Rivelino, o que para nós brasileiros pode causar certa estranheza. Mas eles estão na lateral do roteiro. Jogo do Poder mostra como a Fifa era uma entidade modesta, mas esnobe, xenófoba e eurocêntrica até a Copa de 1970.

Havelange não só revolucionou a entidade, como a tornou bilionária e ao introduzir o marketing no futebol.

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A série aborda a relação de Havelange com os generais militares, mas não explica direito sua dinâmica. A série também mostra a influência do bicheiro Ivo Noal na CDB e a passagem do comunista João Saldanha como técnico da Seleção.

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Em uma cena, os atletas estendem uma faixa com os dizeres abaixo a ditadura após o jogo que classificou o Brasil para a Copa de 1970. Saldanha, claro, perdeu o emprego na hora. Mas fica no ar a pergunta: a Seleção de Neymar e Daniel Alves teria feito o feito o mesmo?

Nada de Novo no Front

Nada de Novo no Front, da Netflix, é um filme pesado, violento, com muito sangue, vísceras, lama e pólvora. Com um trilha sonora sóbria e pontual, o longa é, enfim, um filme que mostra a guerra como a estupidez que ela - sem heróis ou vilões, sem superações ou redenções. E, vale dizer, sem um final feliz.

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O filme concorrerá na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional do Oscar 2023. Mas a história desse roteiro é antiga e tem detalhes trágicos.

A produção da Netflix acompanha um soldado alemão de 17 anos, Paul Bäumer, que mente sua idade junto a um amigo para poder combater na Primeira Guerra Mundial. Graças a propaganda militar, o garoto acredita que a guerra é o caminho mais curto para a glória.

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Cobra

A série Cobra, da Star +, é tipo uma mistura do gênero catástrofe com House of Cards.

Classificada como drama político no catálogo, a produção está mais para uma versão britânica daqueles filmes em que o presidente dos Estados Unidos comanda a nação no momento de uma crise natural irreversível que se aproxima, mas com ingredientes de conspiração política, traições e dramas pessoais.

No caso, em vez de um presidente é o primeiro ministro que lidera o gabinete de crise, ou o fórum de resiliência como os ingleses chamam a sala de situação. Resumindo assim parece tosco, mas até que não é.

Acabou a eleição, não teve golpe e enfim chegou a hora de ressignificar a camisa amarela da Seleção Brasileira e torcer em paz,

Neste momento em que a Copa do Mundo substituiu a política na mesa do bar, é impossível não falar em corrupção. Afinal, como foi mesmo que a Copa do Mundo foi parar no homofóbico, ditatorial e calorento Catar?

É disso que se trata a imperdível série Jogo da Corrupção, da Amazon Prime, que é na verdade a segunda temporada da antologia El presidente.

A produção conta de forma dramatizada o caso do Fifagate, investigação de 2015 que revelou as engrenagens da corrupção no futebol mundial. A série é uma versão para inglês ver - e entender - da história do controverso João Havelange, que foi uma espécie de Don Corleone do futebol durante décadas, mas terminou a carreira de forma melancólica.

Se por um lado Havelange foi um gângster, como mostra a série, por outro foi também o responsável por organizar o futebol mundial e transformá-lo em um grande negócio. Foi dele, por exemplo, a ideia de introduzir cartões amarelos e vermelhos para coibir a violência em campo.

Sósias?

Vemos em cena atores interpretando Pelé, Zagalo e Rivelino, o que para nós brasileiros pode causar certa estranheza. Mas eles estão na lateral do roteiro. Jogo do Poder mostra como a Fifa era uma entidade modesta, mas esnobe, xenófoba e eurocêntrica até a Copa de 1970.

Havelange não só revolucionou a entidade, como a tornou bilionária e ao introduzir o marketing no futebol.

A série aborda a relação de Havelange com os generais militares, mas não explica direito sua dinâmica. A série também mostra a influência do bicheiro Ivo Noal na CDB e a passagem do comunista João Saldanha como técnico da Seleção.

Em uma cena, os atletas estendem uma faixa com os dizeres abaixo a ditadura após o jogo que classificou o Brasil para a Copa de 1970. Saldanha, claro, perdeu o emprego na hora. Mas fica no ar a pergunta: a Seleção de Neymar e Daniel Alves teria feito o feito o mesmo?

Nada de Novo no Front

Nada de Novo no Front, da Netflix, é um filme pesado, violento, com muito sangue, vísceras, lama e pólvora. Com um trilha sonora sóbria e pontual, o longa é, enfim, um filme que mostra a guerra como a estupidez que ela - sem heróis ou vilões, sem superações ou redenções. E, vale dizer, sem um final feliz.

O filme concorrerá na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional do Oscar 2023. Mas a história desse roteiro é antiga e tem detalhes trágicos.

A produção da Netflix acompanha um soldado alemão de 17 anos, Paul Bäumer, que mente sua idade junto a um amigo para poder combater na Primeira Guerra Mundial. Graças a propaganda militar, o garoto acredita que a guerra é o caminho mais curto para a glória.

Cobra

A série Cobra, da Star +, é tipo uma mistura do gênero catástrofe com House of Cards.

Classificada como drama político no catálogo, a produção está mais para uma versão britânica daqueles filmes em que o presidente dos Estados Unidos comanda a nação no momento de uma crise natural irreversível que se aproxima, mas com ingredientes de conspiração política, traições e dramas pessoais.

No caso, em vez de um presidente é o primeiro ministro que lidera o gabinete de crise, ou o fórum de resiliência como os ingleses chamam a sala de situação. Resumindo assim parece tosco, mas até que não é.

Acabou a eleição, não teve golpe e enfim chegou a hora de ressignificar a camisa amarela da Seleção Brasileira e torcer em paz,

Neste momento em que a Copa do Mundo substituiu a política na mesa do bar, é impossível não falar em corrupção. Afinal, como foi mesmo que a Copa do Mundo foi parar no homofóbico, ditatorial e calorento Catar?

É disso que se trata a imperdível série Jogo da Corrupção, da Amazon Prime, que é na verdade a segunda temporada da antologia El presidente.

A produção conta de forma dramatizada o caso do Fifagate, investigação de 2015 que revelou as engrenagens da corrupção no futebol mundial. A série é uma versão para inglês ver - e entender - da história do controverso João Havelange, que foi uma espécie de Don Corleone do futebol durante décadas, mas terminou a carreira de forma melancólica.

Se por um lado Havelange foi um gângster, como mostra a série, por outro foi também o responsável por organizar o futebol mundial e transformá-lo em um grande negócio. Foi dele, por exemplo, a ideia de introduzir cartões amarelos e vermelhos para coibir a violência em campo.

Sósias?

Vemos em cena atores interpretando Pelé, Zagalo e Rivelino, o que para nós brasileiros pode causar certa estranheza. Mas eles estão na lateral do roteiro. Jogo do Poder mostra como a Fifa era uma entidade modesta, mas esnobe, xenófoba e eurocêntrica até a Copa de 1970.

Havelange não só revolucionou a entidade, como a tornou bilionária e ao introduzir o marketing no futebol.

A série aborda a relação de Havelange com os generais militares, mas não explica direito sua dinâmica. A série também mostra a influência do bicheiro Ivo Noal na CDB e a passagem do comunista João Saldanha como técnico da Seleção.

Em uma cena, os atletas estendem uma faixa com os dizeres abaixo a ditadura após o jogo que classificou o Brasil para a Copa de 1970. Saldanha, claro, perdeu o emprego na hora. Mas fica no ar a pergunta: a Seleção de Neymar e Daniel Alves teria feito o feito o mesmo?

Nada de Novo no Front

Nada de Novo no Front, da Netflix, é um filme pesado, violento, com muito sangue, vísceras, lama e pólvora. Com um trilha sonora sóbria e pontual, o longa é, enfim, um filme que mostra a guerra como a estupidez que ela - sem heróis ou vilões, sem superações ou redenções. E, vale dizer, sem um final feliz.

O filme concorrerá na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional do Oscar 2023. Mas a história desse roteiro é antiga e tem detalhes trágicos.

A produção da Netflix acompanha um soldado alemão de 17 anos, Paul Bäumer, que mente sua idade junto a um amigo para poder combater na Primeira Guerra Mundial. Graças a propaganda militar, o garoto acredita que a guerra é o caminho mais curto para a glória.

Cobra

A série Cobra, da Star +, é tipo uma mistura do gênero catástrofe com House of Cards.

Classificada como drama político no catálogo, a produção está mais para uma versão britânica daqueles filmes em que o presidente dos Estados Unidos comanda a nação no momento de uma crise natural irreversível que se aproxima, mas com ingredientes de conspiração política, traições e dramas pessoais.

No caso, em vez de um presidente é o primeiro ministro que lidera o gabinete de crise, ou o fórum de resiliência como os ingleses chamam a sala de situação. Resumindo assim parece tosco, mas até que não é.

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