"Hipertensão": polêmica na TV vai parar na Justiça


Atração da Globo, em que pessoas comuns são desafiadas a comer insetos ou deitar numa cova com 300 ratos, é alvo de ação no Ministério Público. Em pesquisa do Estadao.com, o programa foi reprovado por 85% dos leitores

Por Agencia Estado

Tudo começou com um simples par de olhos de cabra, proposto como tarefa a ser cumprida pelos participantes da primeira edição do reality show No Limite, em 2000, que deu ao vencedor o prêmio de R$ 300 mil. A produção do programa global comandado por Zeca Camargo pedia aos concorrentes que mastigassem e engolissem a maior quantidade possível de olhos de cabra, uma iguaria muito apreciada em algumas cidades do nordeste brasileiro. Estava dado o sinal verde para que um festival de gastronomia pouco convencional - muitas vezes bizarro - chegasse à televisão brasileira, que ainda colhe os louros dos inúmeros reality shows que expõem anônimos em situações vexatórias em rede nacional. É o caso do mais novo modelo explorado pela Globo, o Hipertensão, que teve apenas quatro edições e termina neste domingo, dia 5. Comer insetos e larvas, ser arrastado na lama por dois cavalos ou mergulhar a cabeça num aquário com 25 cobras são algumas das provas criadas para testar os tais limites humanos, que neste caso, valem apenas R$ 50 mil. Todos que se arriscam a participar da atração global assinam um termo de responsabilidade, isentando a emissora no caso de acidentes que possam vir a acontecer em função das provas. Mas além da estrutura de médicos e outros profissionais especializados que acompanham cada modalidade de desafio, a emissora também contrata uma apólice de seguros (de valor não divulgado) em nome de cada participante. A duração da apólice é de apenas uma semana, período em que o concorrente fica aguardando num hotel até o momento de realização das provas, divididas em dois dias. Além da apólice, todos os participantes receberam da emissora um convênio médico válido pelos próximos seis meses. "Topei participar do programa porque estava a fim da grana", assumiu o modelo carioca Fábio Frederico do Nascimento, de 24 anos, vencedor do primeiro episódio do Hipertensão. Para chegar à final, Fábio - que foi escolhido a partir da repescagem de interessados em participar do Big Brother Brasil - teve de saltar de um jet ski em movimento para a base de um helicóptero; engolir minhocas, tenebras e baratas; e se equilibrar numa estreita viga de aço a uma altura de 30 metros. Para o advogado paulista Leonardo Fogaça Pantaleão, que na semana passada entrou com uma ação no Ministério Público para impedir a Globo de exibir quadros que atentem contra a dignidade das pessoas, o tal termo de responsabilidade assinado pelos participantes da atração global não tem valor algum. "Mesmo existindo esse contrato entre a emissora e os participantes, esse documento é muito menor do que a Constituição. É como uma pessoa contratar um bandido para matar alguém: não dá pra isentar a culpa do assassino", compara. Desistência - Impossibilitado de atender à reportagem da Agência Estado em função das gravações do último episódio do programa, o diretor da atração, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boninho, foi representado através de uma nota elaborada pela Central Globo de Comunicação, divisão da qual faz parte o Hipertensão. "O programa coloca os interessados em disputar suas provas frente a frente com seus medos e os desafia a superá-los, física e psicologicamente. A cada um deles é dada a possibilidade de desistir da realização das provas durante a gravação do programa". Quanto ao risco oferecido pelas provas, a Central Globo destaca que todas as provas - tanto as realizadas nos programas produzidos no exterior pela Endemol, como as que são feitas no Brasil - são preparadas e testadas por dublês profissionais e realizadas com equipamento de segurança, além de serem acompanhadas por equipes médicas. "Nas provas que envolvem animais, por exemplo, são utilizados espécimes criados em laboratório, alimentados com rações balanceadas, porém preparados de forma a causar sensações de repulsa que devem ser superadas pelos competidores", justificava a nota. "Cidadania na cova" - Apesar de estar registrando uma média de audiência de 28 pontos no Ibope, Hipertensão está bem distante do índice conquistado por outros reality shows da emissora, como o próprio BBB, que durante dois meses se manteve na casa dos 40 pontos. Em uma enquete realizada pelo Estadao.com, 84,68% das pessoas que responderam às questões não gostaram do programa e 70,79% diziam que não participariam de algo semelhante. A humilhação dos participantes foi o quesito mais apontado como fator negativo da atração, com 32,64%, seguido por 31,25% dos entrevistados que disseram que as provas eram muito nojentas. A pesquisa apenas reforçou a iniciativa do advogado e professor universitário Leonardo Fogaça Pantaleão, que encaminhou ao Ministério Público Estadual uma ação para inibir a exibição dos quadros considerados mais escatológicos. "A cidadania está sendo jogada na cova, assim como os participantes do programa", salienta o advogado, lembrando da prova realizada no segundo episódio de "Hipertensão", onde os participantes se deitavam numa cova do Cemitério do Caju, no Rio, e tinham de ficar lá durante quatro minutos cobertos por 300 ratos. "Eram ratos de laboratório", justifica Márcia Cruz, vencedora dos R$ 50 mil daquele programa. A baiana de 26 anos, que trabalha como promotora de eventos no Rio, disse que estava preparada para qualquer coisa que lhe fosse imposta e que sua única intenção era, realmente, testar seus próprios limites. "Não me arrependi de nada que fiz no programa e acho que a experiência foi bastante válida. E não falo isso pensando no dinheiro. Tive oportunidade de participar de provas para testar minhas emoções e reações, e sinto que saí fortalecida de tudo aquilo. Quando se está numa situação imprevista, os cinco sentidos ficam aguçados e você aprende a raciocinar com aquele turbilhão de emoções. Sei que muita gente não se prestaria a fazer isso porque não é a fim de lidar com esse tipo de emoção, mas para mim, foi ótimo." Pantaleão garante que o objetivo não é tirar o Hipertensão do ar, mas fazer com que outras atrações semelhantes deixem de ser produzidas por qualquer emissora, como já o fazem a Rede TV! - através de um quadro do programa Você na TV!, de João Kléber (cópia do Hipertensão, com uma infra-estrutura bem limitada e utilizando artistas nem tão famosos para participar das provas) - e a Record, no Domingo Show (onde artistas são convidados a participar de um "banquete" de comidas exóticas que incluem desde insetos até cérebros de animais). "Esse tipo de programa humilha as pessoas e algo deve ser feito para que atrações como esta saiam do ar. Sei que Hipertensão não é o único programa que atenta contra a dignidade das pessoas."

Tudo começou com um simples par de olhos de cabra, proposto como tarefa a ser cumprida pelos participantes da primeira edição do reality show No Limite, em 2000, que deu ao vencedor o prêmio de R$ 300 mil. A produção do programa global comandado por Zeca Camargo pedia aos concorrentes que mastigassem e engolissem a maior quantidade possível de olhos de cabra, uma iguaria muito apreciada em algumas cidades do nordeste brasileiro. Estava dado o sinal verde para que um festival de gastronomia pouco convencional - muitas vezes bizarro - chegasse à televisão brasileira, que ainda colhe os louros dos inúmeros reality shows que expõem anônimos em situações vexatórias em rede nacional. É o caso do mais novo modelo explorado pela Globo, o Hipertensão, que teve apenas quatro edições e termina neste domingo, dia 5. Comer insetos e larvas, ser arrastado na lama por dois cavalos ou mergulhar a cabeça num aquário com 25 cobras são algumas das provas criadas para testar os tais limites humanos, que neste caso, valem apenas R$ 50 mil. Todos que se arriscam a participar da atração global assinam um termo de responsabilidade, isentando a emissora no caso de acidentes que possam vir a acontecer em função das provas. Mas além da estrutura de médicos e outros profissionais especializados que acompanham cada modalidade de desafio, a emissora também contrata uma apólice de seguros (de valor não divulgado) em nome de cada participante. A duração da apólice é de apenas uma semana, período em que o concorrente fica aguardando num hotel até o momento de realização das provas, divididas em dois dias. Além da apólice, todos os participantes receberam da emissora um convênio médico válido pelos próximos seis meses. "Topei participar do programa porque estava a fim da grana", assumiu o modelo carioca Fábio Frederico do Nascimento, de 24 anos, vencedor do primeiro episódio do Hipertensão. Para chegar à final, Fábio - que foi escolhido a partir da repescagem de interessados em participar do Big Brother Brasil - teve de saltar de um jet ski em movimento para a base de um helicóptero; engolir minhocas, tenebras e baratas; e se equilibrar numa estreita viga de aço a uma altura de 30 metros. Para o advogado paulista Leonardo Fogaça Pantaleão, que na semana passada entrou com uma ação no Ministério Público para impedir a Globo de exibir quadros que atentem contra a dignidade das pessoas, o tal termo de responsabilidade assinado pelos participantes da atração global não tem valor algum. "Mesmo existindo esse contrato entre a emissora e os participantes, esse documento é muito menor do que a Constituição. É como uma pessoa contratar um bandido para matar alguém: não dá pra isentar a culpa do assassino", compara. Desistência - Impossibilitado de atender à reportagem da Agência Estado em função das gravações do último episódio do programa, o diretor da atração, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boninho, foi representado através de uma nota elaborada pela Central Globo de Comunicação, divisão da qual faz parte o Hipertensão. "O programa coloca os interessados em disputar suas provas frente a frente com seus medos e os desafia a superá-los, física e psicologicamente. A cada um deles é dada a possibilidade de desistir da realização das provas durante a gravação do programa". Quanto ao risco oferecido pelas provas, a Central Globo destaca que todas as provas - tanto as realizadas nos programas produzidos no exterior pela Endemol, como as que são feitas no Brasil - são preparadas e testadas por dublês profissionais e realizadas com equipamento de segurança, além de serem acompanhadas por equipes médicas. "Nas provas que envolvem animais, por exemplo, são utilizados espécimes criados em laboratório, alimentados com rações balanceadas, porém preparados de forma a causar sensações de repulsa que devem ser superadas pelos competidores", justificava a nota. "Cidadania na cova" - Apesar de estar registrando uma média de audiência de 28 pontos no Ibope, Hipertensão está bem distante do índice conquistado por outros reality shows da emissora, como o próprio BBB, que durante dois meses se manteve na casa dos 40 pontos. Em uma enquete realizada pelo Estadao.com, 84,68% das pessoas que responderam às questões não gostaram do programa e 70,79% diziam que não participariam de algo semelhante. A humilhação dos participantes foi o quesito mais apontado como fator negativo da atração, com 32,64%, seguido por 31,25% dos entrevistados que disseram que as provas eram muito nojentas. A pesquisa apenas reforçou a iniciativa do advogado e professor universitário Leonardo Fogaça Pantaleão, que encaminhou ao Ministério Público Estadual uma ação para inibir a exibição dos quadros considerados mais escatológicos. "A cidadania está sendo jogada na cova, assim como os participantes do programa", salienta o advogado, lembrando da prova realizada no segundo episódio de "Hipertensão", onde os participantes se deitavam numa cova do Cemitério do Caju, no Rio, e tinham de ficar lá durante quatro minutos cobertos por 300 ratos. "Eram ratos de laboratório", justifica Márcia Cruz, vencedora dos R$ 50 mil daquele programa. A baiana de 26 anos, que trabalha como promotora de eventos no Rio, disse que estava preparada para qualquer coisa que lhe fosse imposta e que sua única intenção era, realmente, testar seus próprios limites. "Não me arrependi de nada que fiz no programa e acho que a experiência foi bastante válida. E não falo isso pensando no dinheiro. Tive oportunidade de participar de provas para testar minhas emoções e reações, e sinto que saí fortalecida de tudo aquilo. Quando se está numa situação imprevista, os cinco sentidos ficam aguçados e você aprende a raciocinar com aquele turbilhão de emoções. Sei que muita gente não se prestaria a fazer isso porque não é a fim de lidar com esse tipo de emoção, mas para mim, foi ótimo." Pantaleão garante que o objetivo não é tirar o Hipertensão do ar, mas fazer com que outras atrações semelhantes deixem de ser produzidas por qualquer emissora, como já o fazem a Rede TV! - através de um quadro do programa Você na TV!, de João Kléber (cópia do Hipertensão, com uma infra-estrutura bem limitada e utilizando artistas nem tão famosos para participar das provas) - e a Record, no Domingo Show (onde artistas são convidados a participar de um "banquete" de comidas exóticas que incluem desde insetos até cérebros de animais). "Esse tipo de programa humilha as pessoas e algo deve ser feito para que atrações como esta saiam do ar. Sei que Hipertensão não é o único programa que atenta contra a dignidade das pessoas."

Tudo começou com um simples par de olhos de cabra, proposto como tarefa a ser cumprida pelos participantes da primeira edição do reality show No Limite, em 2000, que deu ao vencedor o prêmio de R$ 300 mil. A produção do programa global comandado por Zeca Camargo pedia aos concorrentes que mastigassem e engolissem a maior quantidade possível de olhos de cabra, uma iguaria muito apreciada em algumas cidades do nordeste brasileiro. Estava dado o sinal verde para que um festival de gastronomia pouco convencional - muitas vezes bizarro - chegasse à televisão brasileira, que ainda colhe os louros dos inúmeros reality shows que expõem anônimos em situações vexatórias em rede nacional. É o caso do mais novo modelo explorado pela Globo, o Hipertensão, que teve apenas quatro edições e termina neste domingo, dia 5. Comer insetos e larvas, ser arrastado na lama por dois cavalos ou mergulhar a cabeça num aquário com 25 cobras são algumas das provas criadas para testar os tais limites humanos, que neste caso, valem apenas R$ 50 mil. Todos que se arriscam a participar da atração global assinam um termo de responsabilidade, isentando a emissora no caso de acidentes que possam vir a acontecer em função das provas. Mas além da estrutura de médicos e outros profissionais especializados que acompanham cada modalidade de desafio, a emissora também contrata uma apólice de seguros (de valor não divulgado) em nome de cada participante. A duração da apólice é de apenas uma semana, período em que o concorrente fica aguardando num hotel até o momento de realização das provas, divididas em dois dias. Além da apólice, todos os participantes receberam da emissora um convênio médico válido pelos próximos seis meses. "Topei participar do programa porque estava a fim da grana", assumiu o modelo carioca Fábio Frederico do Nascimento, de 24 anos, vencedor do primeiro episódio do Hipertensão. Para chegar à final, Fábio - que foi escolhido a partir da repescagem de interessados em participar do Big Brother Brasil - teve de saltar de um jet ski em movimento para a base de um helicóptero; engolir minhocas, tenebras e baratas; e se equilibrar numa estreita viga de aço a uma altura de 30 metros. Para o advogado paulista Leonardo Fogaça Pantaleão, que na semana passada entrou com uma ação no Ministério Público para impedir a Globo de exibir quadros que atentem contra a dignidade das pessoas, o tal termo de responsabilidade assinado pelos participantes da atração global não tem valor algum. "Mesmo existindo esse contrato entre a emissora e os participantes, esse documento é muito menor do que a Constituição. É como uma pessoa contratar um bandido para matar alguém: não dá pra isentar a culpa do assassino", compara. Desistência - Impossibilitado de atender à reportagem da Agência Estado em função das gravações do último episódio do programa, o diretor da atração, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boninho, foi representado através de uma nota elaborada pela Central Globo de Comunicação, divisão da qual faz parte o Hipertensão. "O programa coloca os interessados em disputar suas provas frente a frente com seus medos e os desafia a superá-los, física e psicologicamente. A cada um deles é dada a possibilidade de desistir da realização das provas durante a gravação do programa". Quanto ao risco oferecido pelas provas, a Central Globo destaca que todas as provas - tanto as realizadas nos programas produzidos no exterior pela Endemol, como as que são feitas no Brasil - são preparadas e testadas por dublês profissionais e realizadas com equipamento de segurança, além de serem acompanhadas por equipes médicas. "Nas provas que envolvem animais, por exemplo, são utilizados espécimes criados em laboratório, alimentados com rações balanceadas, porém preparados de forma a causar sensações de repulsa que devem ser superadas pelos competidores", justificava a nota. "Cidadania na cova" - Apesar de estar registrando uma média de audiência de 28 pontos no Ibope, Hipertensão está bem distante do índice conquistado por outros reality shows da emissora, como o próprio BBB, que durante dois meses se manteve na casa dos 40 pontos. Em uma enquete realizada pelo Estadao.com, 84,68% das pessoas que responderam às questões não gostaram do programa e 70,79% diziam que não participariam de algo semelhante. A humilhação dos participantes foi o quesito mais apontado como fator negativo da atração, com 32,64%, seguido por 31,25% dos entrevistados que disseram que as provas eram muito nojentas. A pesquisa apenas reforçou a iniciativa do advogado e professor universitário Leonardo Fogaça Pantaleão, que encaminhou ao Ministério Público Estadual uma ação para inibir a exibição dos quadros considerados mais escatológicos. "A cidadania está sendo jogada na cova, assim como os participantes do programa", salienta o advogado, lembrando da prova realizada no segundo episódio de "Hipertensão", onde os participantes se deitavam numa cova do Cemitério do Caju, no Rio, e tinham de ficar lá durante quatro minutos cobertos por 300 ratos. "Eram ratos de laboratório", justifica Márcia Cruz, vencedora dos R$ 50 mil daquele programa. A baiana de 26 anos, que trabalha como promotora de eventos no Rio, disse que estava preparada para qualquer coisa que lhe fosse imposta e que sua única intenção era, realmente, testar seus próprios limites. "Não me arrependi de nada que fiz no programa e acho que a experiência foi bastante válida. E não falo isso pensando no dinheiro. Tive oportunidade de participar de provas para testar minhas emoções e reações, e sinto que saí fortalecida de tudo aquilo. Quando se está numa situação imprevista, os cinco sentidos ficam aguçados e você aprende a raciocinar com aquele turbilhão de emoções. Sei que muita gente não se prestaria a fazer isso porque não é a fim de lidar com esse tipo de emoção, mas para mim, foi ótimo." Pantaleão garante que o objetivo não é tirar o Hipertensão do ar, mas fazer com que outras atrações semelhantes deixem de ser produzidas por qualquer emissora, como já o fazem a Rede TV! - através de um quadro do programa Você na TV!, de João Kléber (cópia do Hipertensão, com uma infra-estrutura bem limitada e utilizando artistas nem tão famosos para participar das provas) - e a Record, no Domingo Show (onde artistas são convidados a participar de um "banquete" de comidas exóticas que incluem desde insetos até cérebros de animais). "Esse tipo de programa humilha as pessoas e algo deve ser feito para que atrações como esta saiam do ar. Sei que Hipertensão não é o único programa que atenta contra a dignidade das pessoas."

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