Coluna quinzenal do escritor Ignácio de Loyola Brandão com crônicas e memórias

Opinião|Sobre a Bienal, o amor aos livros e a magia da literatura


Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar

Por Ignácio de Loyola Brandão
Atualização:

Então se deu o encontro sobrenatural. Na Bienal do livro, agora de volta ao Anhembi. Aumentaram os espaços, ingressos se esgotavam a cada sessão. O bom foi circular tranquilamente com minha bengala em meio à multidão. Vi todas as idades, adolescentes, jovens, crianças e, por que não, idosos. Coragem? Não. Amor aos livros. Não soube de nenhum incidente, queda, etc. Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar, havia na vizinhança uma concentração religiosa católica com praças e ruas lotadas de fiéis. Planejamento caótico de quem descontrola o trânsito nesta cidade.

Pela primeira vez, sentei-me para autografar, ao lado da ilustradora do livro, Isabela Santos. Emoção nova. Transmissão imediata, achados, soluções, sem termos trocado uma só palavra. Longe, eu, ela, fluímos na crista da mesma onda. E ali estávamos a lançarSó Sei Que Nasci, da Editora Global. Livro que traz o diálogo que eu, com 87 anos, tive com minha neta Antonia, no dia seguinte ao nascimento dela. Livro alegre, estranho diálogo que fluiu, com os dois a se provocar.

Antonia mostrou assombro ao entrar nesta vida. Quis porque quis saber o que é viver. E mesmo tendo eu tantos anos a mais do que ela, me foi difícil, complexo. Não sei se a menina se divertiu, zoando, mas foi agradável. Na verdade, pouco se sabe sobre o assunto vida, ainda que bilhões, desde que o mundo é mundo, tenham dado seus palpites de filósofos aos modernos influencers. Nenhuma certeza. Enquanto isso, vivo a perguntar: por quanto tempo acompanharei Antonia?

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Isabela, ao meu lado, assinava. Bom astral, sorridente, gostando de tudo. Foram poucas as vezes que isso aconteceu em minha carreira. Ter ao lado quem transformou meu texto em imagens. E era a primeira vez que Isabela se juntava aos personagens reais, avós, pais, amigos dos pais, Diogo e Rita. Mostrava-se inquieta, excitada. Até então, trabalhara com a imaginação. Precisou ler e reler, triler o texto, para penetrar na mente e no espírito da recém-nascida. Portanto, recriou-nos à sua maneira. Sentia-se intensidade na atmosfera. Fluidos bons. Isabela, naquele momento, entrou na família da personagem. Um ilustrador, após ler o texto infinitas vezes, torna-se parte do autor, depois de muita angústia na busca até delinear todos participantes. Linda ligação com o além. Instante em que Isabela tirou a menina de mim e a entregou a todos na terra. Naquela Bienal, Antonia personagem nasceu realmente, sob o olhar da Antonia real, hoje com um ano e quatro meses. Ela agora é da humanidade, viverá nas bibliotecas e mentes. É a magia da literatura.

Movimentação na bienal do livro de São Paulo em 2024 Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Então se deu o encontro sobrenatural. Na Bienal do livro, agora de volta ao Anhembi. Aumentaram os espaços, ingressos se esgotavam a cada sessão. O bom foi circular tranquilamente com minha bengala em meio à multidão. Vi todas as idades, adolescentes, jovens, crianças e, por que não, idosos. Coragem? Não. Amor aos livros. Não soube de nenhum incidente, queda, etc. Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar, havia na vizinhança uma concentração religiosa católica com praças e ruas lotadas de fiéis. Planejamento caótico de quem descontrola o trânsito nesta cidade.

Pela primeira vez, sentei-me para autografar, ao lado da ilustradora do livro, Isabela Santos. Emoção nova. Transmissão imediata, achados, soluções, sem termos trocado uma só palavra. Longe, eu, ela, fluímos na crista da mesma onda. E ali estávamos a lançarSó Sei Que Nasci, da Editora Global. Livro que traz o diálogo que eu, com 87 anos, tive com minha neta Antonia, no dia seguinte ao nascimento dela. Livro alegre, estranho diálogo que fluiu, com os dois a se provocar.

Antonia mostrou assombro ao entrar nesta vida. Quis porque quis saber o que é viver. E mesmo tendo eu tantos anos a mais do que ela, me foi difícil, complexo. Não sei se a menina se divertiu, zoando, mas foi agradável. Na verdade, pouco se sabe sobre o assunto vida, ainda que bilhões, desde que o mundo é mundo, tenham dado seus palpites de filósofos aos modernos influencers. Nenhuma certeza. Enquanto isso, vivo a perguntar: por quanto tempo acompanharei Antonia?

Isabela, ao meu lado, assinava. Bom astral, sorridente, gostando de tudo. Foram poucas as vezes que isso aconteceu em minha carreira. Ter ao lado quem transformou meu texto em imagens. E era a primeira vez que Isabela se juntava aos personagens reais, avós, pais, amigos dos pais, Diogo e Rita. Mostrava-se inquieta, excitada. Até então, trabalhara com a imaginação. Precisou ler e reler, triler o texto, para penetrar na mente e no espírito da recém-nascida. Portanto, recriou-nos à sua maneira. Sentia-se intensidade na atmosfera. Fluidos bons. Isabela, naquele momento, entrou na família da personagem. Um ilustrador, após ler o texto infinitas vezes, torna-se parte do autor, depois de muita angústia na busca até delinear todos participantes. Linda ligação com o além. Instante em que Isabela tirou a menina de mim e a entregou a todos na terra. Naquela Bienal, Antonia personagem nasceu realmente, sob o olhar da Antonia real, hoje com um ano e quatro meses. Ela agora é da humanidade, viverá nas bibliotecas e mentes. É a magia da literatura.

Movimentação na bienal do livro de São Paulo em 2024 Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Então se deu o encontro sobrenatural. Na Bienal do livro, agora de volta ao Anhembi. Aumentaram os espaços, ingressos se esgotavam a cada sessão. O bom foi circular tranquilamente com minha bengala em meio à multidão. Vi todas as idades, adolescentes, jovens, crianças e, por que não, idosos. Coragem? Não. Amor aos livros. Não soube de nenhum incidente, queda, etc. Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar, havia na vizinhança uma concentração religiosa católica com praças e ruas lotadas de fiéis. Planejamento caótico de quem descontrola o trânsito nesta cidade.

Pela primeira vez, sentei-me para autografar, ao lado da ilustradora do livro, Isabela Santos. Emoção nova. Transmissão imediata, achados, soluções, sem termos trocado uma só palavra. Longe, eu, ela, fluímos na crista da mesma onda. E ali estávamos a lançarSó Sei Que Nasci, da Editora Global. Livro que traz o diálogo que eu, com 87 anos, tive com minha neta Antonia, no dia seguinte ao nascimento dela. Livro alegre, estranho diálogo que fluiu, com os dois a se provocar.

Antonia mostrou assombro ao entrar nesta vida. Quis porque quis saber o que é viver. E mesmo tendo eu tantos anos a mais do que ela, me foi difícil, complexo. Não sei se a menina se divertiu, zoando, mas foi agradável. Na verdade, pouco se sabe sobre o assunto vida, ainda que bilhões, desde que o mundo é mundo, tenham dado seus palpites de filósofos aos modernos influencers. Nenhuma certeza. Enquanto isso, vivo a perguntar: por quanto tempo acompanharei Antonia?

Isabela, ao meu lado, assinava. Bom astral, sorridente, gostando de tudo. Foram poucas as vezes que isso aconteceu em minha carreira. Ter ao lado quem transformou meu texto em imagens. E era a primeira vez que Isabela se juntava aos personagens reais, avós, pais, amigos dos pais, Diogo e Rita. Mostrava-se inquieta, excitada. Até então, trabalhara com a imaginação. Precisou ler e reler, triler o texto, para penetrar na mente e no espírito da recém-nascida. Portanto, recriou-nos à sua maneira. Sentia-se intensidade na atmosfera. Fluidos bons. Isabela, naquele momento, entrou na família da personagem. Um ilustrador, após ler o texto infinitas vezes, torna-se parte do autor, depois de muita angústia na busca até delinear todos participantes. Linda ligação com o além. Instante em que Isabela tirou a menina de mim e a entregou a todos na terra. Naquela Bienal, Antonia personagem nasceu realmente, sob o olhar da Antonia real, hoje com um ano e quatro meses. Ela agora é da humanidade, viverá nas bibliotecas e mentes. É a magia da literatura.

Movimentação na bienal do livro de São Paulo em 2024 Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Então se deu o encontro sobrenatural. Na Bienal do livro, agora de volta ao Anhembi. Aumentaram os espaços, ingressos se esgotavam a cada sessão. O bom foi circular tranquilamente com minha bengala em meio à multidão. Vi todas as idades, adolescentes, jovens, crianças e, por que não, idosos. Coragem? Não. Amor aos livros. Não soube de nenhum incidente, queda, etc. Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar, havia na vizinhança uma concentração religiosa católica com praças e ruas lotadas de fiéis. Planejamento caótico de quem descontrola o trânsito nesta cidade.

Pela primeira vez, sentei-me para autografar, ao lado da ilustradora do livro, Isabela Santos. Emoção nova. Transmissão imediata, achados, soluções, sem termos trocado uma só palavra. Longe, eu, ela, fluímos na crista da mesma onda. E ali estávamos a lançarSó Sei Que Nasci, da Editora Global. Livro que traz o diálogo que eu, com 87 anos, tive com minha neta Antonia, no dia seguinte ao nascimento dela. Livro alegre, estranho diálogo que fluiu, com os dois a se provocar.

Antonia mostrou assombro ao entrar nesta vida. Quis porque quis saber o que é viver. E mesmo tendo eu tantos anos a mais do que ela, me foi difícil, complexo. Não sei se a menina se divertiu, zoando, mas foi agradável. Na verdade, pouco se sabe sobre o assunto vida, ainda que bilhões, desde que o mundo é mundo, tenham dado seus palpites de filósofos aos modernos influencers. Nenhuma certeza. Enquanto isso, vivo a perguntar: por quanto tempo acompanharei Antonia?

Isabela, ao meu lado, assinava. Bom astral, sorridente, gostando de tudo. Foram poucas as vezes que isso aconteceu em minha carreira. Ter ao lado quem transformou meu texto em imagens. E era a primeira vez que Isabela se juntava aos personagens reais, avós, pais, amigos dos pais, Diogo e Rita. Mostrava-se inquieta, excitada. Até então, trabalhara com a imaginação. Precisou ler e reler, triler o texto, para penetrar na mente e no espírito da recém-nascida. Portanto, recriou-nos à sua maneira. Sentia-se intensidade na atmosfera. Fluidos bons. Isabela, naquele momento, entrou na família da personagem. Um ilustrador, após ler o texto infinitas vezes, torna-se parte do autor, depois de muita angústia na busca até delinear todos participantes. Linda ligação com o além. Instante em que Isabela tirou a menina de mim e a entregou a todos na terra. Naquela Bienal, Antonia personagem nasceu realmente, sob o olhar da Antonia real, hoje com um ano e quatro meses. Ela agora é da humanidade, viverá nas bibliotecas e mentes. É a magia da literatura.

Movimentação na bienal do livro de São Paulo em 2024 Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Então se deu o encontro sobrenatural. Na Bienal do livro, agora de volta ao Anhembi. Aumentaram os espaços, ingressos se esgotavam a cada sessão. O bom foi circular tranquilamente com minha bengala em meio à multidão. Vi todas as idades, adolescentes, jovens, crianças e, por que não, idosos. Coragem? Não. Amor aos livros. Não soube de nenhum incidente, queda, etc. Houve de tudo, para todos os gostos. E saibam que no último domingo não foi nada fácil chegar, havia na vizinhança uma concentração religiosa católica com praças e ruas lotadas de fiéis. Planejamento caótico de quem descontrola o trânsito nesta cidade.

Pela primeira vez, sentei-me para autografar, ao lado da ilustradora do livro, Isabela Santos. Emoção nova. Transmissão imediata, achados, soluções, sem termos trocado uma só palavra. Longe, eu, ela, fluímos na crista da mesma onda. E ali estávamos a lançarSó Sei Que Nasci, da Editora Global. Livro que traz o diálogo que eu, com 87 anos, tive com minha neta Antonia, no dia seguinte ao nascimento dela. Livro alegre, estranho diálogo que fluiu, com os dois a se provocar.

Antonia mostrou assombro ao entrar nesta vida. Quis porque quis saber o que é viver. E mesmo tendo eu tantos anos a mais do que ela, me foi difícil, complexo. Não sei se a menina se divertiu, zoando, mas foi agradável. Na verdade, pouco se sabe sobre o assunto vida, ainda que bilhões, desde que o mundo é mundo, tenham dado seus palpites de filósofos aos modernos influencers. Nenhuma certeza. Enquanto isso, vivo a perguntar: por quanto tempo acompanharei Antonia?

Isabela, ao meu lado, assinava. Bom astral, sorridente, gostando de tudo. Foram poucas as vezes que isso aconteceu em minha carreira. Ter ao lado quem transformou meu texto em imagens. E era a primeira vez que Isabela se juntava aos personagens reais, avós, pais, amigos dos pais, Diogo e Rita. Mostrava-se inquieta, excitada. Até então, trabalhara com a imaginação. Precisou ler e reler, triler o texto, para penetrar na mente e no espírito da recém-nascida. Portanto, recriou-nos à sua maneira. Sentia-se intensidade na atmosfera. Fluidos bons. Isabela, naquele momento, entrou na família da personagem. Um ilustrador, após ler o texto infinitas vezes, torna-se parte do autor, depois de muita angústia na busca até delinear todos participantes. Linda ligação com o além. Instante em que Isabela tirou a menina de mim e a entregou a todos na terra. Naquela Bienal, Antonia personagem nasceu realmente, sob o olhar da Antonia real, hoje com um ano e quatro meses. Ela agora é da humanidade, viverá nas bibliotecas e mentes. É a magia da literatura.

Movimentação na bienal do livro de São Paulo em 2024 Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
Opinião por Ignácio de Loyola Brandão

É escritor, membro da Academia Brasileira de Letras e autor de 'Zero' e 'Não Verás País Nenhum'

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