A coreógrafa Roseli Rodrigues dirige a Raça Companhia de Dança, de São Paulo, há 20 anos, e fez carreira competindo no festival de dança de Joinville. Os Novos Ventos é a coreografia mais famosa do grupo que estreou recentemente novo espetáculo: Iyano. Roseli assina a coreografia que o Balé do Teatro Guaíra apresenta nesta primeira noite de gala do festival. Como você começou sua carreira? Roseli Rodrigues - Comecei a dançar na faculdade de educação física de Guarulhos, fiz especialização em ginástica olímpica e abri a escola com o grupo da faculdade. Fiz muito curso de dança, com Edson Claro, fui assistente dele, fiz todos os cursos, fiz um intensivo de dança, porque eu já tinha 21 anos. Como eram as competições no festival? No início o grupo tinha oito homens e oito mulheres e chamava atenção pelos homens, o que na época era raro, e vínhamos da ginástica olímpica, o que era outro atrativo. Fomos ganhando amador um, amador dois, profissional, até sermos convidados para apresentar trabalhos maiores, de 20 minutos. Aqui é uma grande vitrine. Fomos convidados para dançar em outros Estados e então fui obrigada a fazer coreografias e contratei o Mário Nascimento, entre outros. E sobre a coreografia de O Segundo Sopro Procuro sempre inovar, tentar uma linguagem nova, uma movimentação diferente. O Guaíra sempre foi muito clássico, mas está com cara nova. Não mudei demais, porque ainda não foi possível. Foram dois meses de ensaios, mesmo tempo necessário para a equipe técnica construir a chuva que cai no palco que é coberto por lona para permitir que uma nova atração se apresente depois do balé e o sistema de um bombeamento que tanto joga a água através de canos perfurados, como a recolhe do chão.