Conheça 5 livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias


Além da função de registro histórico, obras trazem lições de resiliência e esperança; conheça um lançamento recente e outros títulos que proporcionam leituras potentes

Por Gabriela Caputo

Seja no cinema ou na literatura, obras que retratam os horrores do Holocausto chamam a atenção do público não somente pelo valor de registro histórico, mas também pelas lições de resiliência e esperança transmitidas por aqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais tristes da memória coletiva mundial.

Acaba de chegar às livrarias Ingrid, a Filha do Comandante, livro de Gabriel Waldman publicado pela editora Buzz. Judeu nascido na Hungria, ele e sua mãe sobreviveram às perseguições durante a 2ª Guerra e encontraram asilo no Brasil. Trata-se de uma “biografia literária”, como descreve o autor, em que narra suas memórias da juventude, principalmente o romance vivido, no Brasil, com a filha de um comandante de dois campos de extermínio. Clique aqui para ler uma entrevista com o autor.

Confira a seguir outros livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias – alguns deles construíram a vida no Brasil após fugir do nazismo.

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Eu Sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz Konig

'Eu Sobrevivi ao Holocausto' (Universo dos Livros), de Nanette Blitz Konig Foto: Divulgação/Universo dos Livros

Holandesa radicada em São Paulo, Nanette Blitz Konig narra em seu livro como sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela perdeu os pais e o irmão, mortos pelos nazistas, e, quando foi libertada, estava sozinha no mundo. Pesava 31 quilos e precisou de três anos de tratamento para se recuperar, já que tivera tifo, tuberculose e pleurisia. Nanette também foi uma das últimas pessoas a ver Anne Frank viva. Elas estudaram juntas, e Nanette é mencionada no famoso diário com certo desafeto – mas o reencontro em Bergen-Belsen permitiu que as amigas tivessem um momento de apoio mútuo em meio à tragédia.

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O Menino Que Desenhou Auschwitz, de Thomas Geve

'O Menino Que Desenhou Auschwitz' (Alta Life), de Thomas Geve. Foto: Divulgação/Alta Life
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O alemão Thomas Geve passou a infância se escondendo dos nazistas mas acabou sendo levado para Auschwitz com a mãe quando tinha 13 anos. Ela foi vítima dos nazistas. Quando a guerra acabou, o jovem demorou para reencontra o pai, que partira para a Inglaterra. Nesse meio tempo, sozinho, ficou em Buchenwald, o último dos três campos por onde passou, onde desenhou em pequenos cartões tudo o que viu enquanto foi prisioneiro de guerra. Logo, também começou a escrever as suas memórias. No livro, ilustrado por seus traços infantis, narra com detalhes a vida antes e durante o Holocausto.

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Cinco vezes vivo, de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia

'Cinco Vezes Vivo: Um sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado' (Terceiro Nome), de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia Foto: Divulgação/Terceiro Nome

Louis Frankenberg era apenas uma criança quando foi separado dos pais e da irmã, passando por dois campos de concentração. Sobreviveu graças a uma oportunidade milagrosa e chegou ao Brasil aos 10 anos para viver com parentes imigrados. A proposta de sua biografia é a reconstrução da própria memória, desde as origens de sua família até os acontecimentos trágicos do Holocausto. Por isso, narra o passo a passo de um processo que levou anos, durante os quais realizou viagens, reuniu documentos e ouviu antigos amigos. Além de resgatar lembranças dolorosas, também descreve uma história pessoal de superação, que resultou na construção de sua família e carreira no Brasil.

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O Sobrevivente, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender

'O Sobrevivente: Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz' (Record), de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender Foto: Divulgação/Record

Aleksander Henryk Laks (1926-2015), polonês naturalizado brasileiro, resistiu por seis anos em campos de concentração até ser libertado de Auschwitz. Em duas memórias, narra as atrocidades às quais foi submetido, e como conseguiu escapar insistentemente da morte. Sua cidade natal foi invadida pelo exército nazista em setembro de 1939. Aos 12 anos, Aleksander testemunhou amigos e parentes serem torturados publicamente por soltados alemães. Depois, veio a fome, e então o primeiro confinamento no gueto de Lodz. Muitos sofrimentos depois, ele foi um dos 50 sobrevivente entre os 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz na chamada Marcha da Morte, sendo por fim salvo pelas tropas aliadas.

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O Que os Cegos Estão Sonhando?: Com o Diário de Lili Jaffe, de Noemi Jaffe

'O que os cegos estão sonhando?' (Editora 34), de Noemi Jaffe Foto: Divulgação/Editora 34

A escritora Noemi Jaffe nasceu no Brasil, mas cresceu com os fantasmas do Holocausto, que conheceu por meio dos relatos de sua mãe, Lili Jaffe (1926-2020). Nascida na antiga Iugoslávia, Lili passou 11 meses em Auschwitz e, após ter sido resgatada pela Cruz Vermelha, aos 19 anos, escreveu tudo que estava fresco em sua mente em um diário. É a partir da apresentação desses registros que a filha constrói um ‘mosaico de perguntas’, chegando a conclusão de que não há respostas que comportem todos os horrores que aconteceram durante aquele período.

Seja no cinema ou na literatura, obras que retratam os horrores do Holocausto chamam a atenção do público não somente pelo valor de registro histórico, mas também pelas lições de resiliência e esperança transmitidas por aqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais tristes da memória coletiva mundial.

Acaba de chegar às livrarias Ingrid, a Filha do Comandante, livro de Gabriel Waldman publicado pela editora Buzz. Judeu nascido na Hungria, ele e sua mãe sobreviveram às perseguições durante a 2ª Guerra e encontraram asilo no Brasil. Trata-se de uma “biografia literária”, como descreve o autor, em que narra suas memórias da juventude, principalmente o romance vivido, no Brasil, com a filha de um comandante de dois campos de extermínio. Clique aqui para ler uma entrevista com o autor.

Confira a seguir outros livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias – alguns deles construíram a vida no Brasil após fugir do nazismo.

Eu Sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz Konig

'Eu Sobrevivi ao Holocausto' (Universo dos Livros), de Nanette Blitz Konig Foto: Divulgação/Universo dos Livros

Holandesa radicada em São Paulo, Nanette Blitz Konig narra em seu livro como sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela perdeu os pais e o irmão, mortos pelos nazistas, e, quando foi libertada, estava sozinha no mundo. Pesava 31 quilos e precisou de três anos de tratamento para se recuperar, já que tivera tifo, tuberculose e pleurisia. Nanette também foi uma das últimas pessoas a ver Anne Frank viva. Elas estudaram juntas, e Nanette é mencionada no famoso diário com certo desafeto – mas o reencontro em Bergen-Belsen permitiu que as amigas tivessem um momento de apoio mútuo em meio à tragédia.

O Menino Que Desenhou Auschwitz, de Thomas Geve

'O Menino Que Desenhou Auschwitz' (Alta Life), de Thomas Geve. Foto: Divulgação/Alta Life

O alemão Thomas Geve passou a infância se escondendo dos nazistas mas acabou sendo levado para Auschwitz com a mãe quando tinha 13 anos. Ela foi vítima dos nazistas. Quando a guerra acabou, o jovem demorou para reencontra o pai, que partira para a Inglaterra. Nesse meio tempo, sozinho, ficou em Buchenwald, o último dos três campos por onde passou, onde desenhou em pequenos cartões tudo o que viu enquanto foi prisioneiro de guerra. Logo, também começou a escrever as suas memórias. No livro, ilustrado por seus traços infantis, narra com detalhes a vida antes e durante o Holocausto.

Cinco vezes vivo, de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia

'Cinco Vezes Vivo: Um sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado' (Terceiro Nome), de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia Foto: Divulgação/Terceiro Nome

Louis Frankenberg era apenas uma criança quando foi separado dos pais e da irmã, passando por dois campos de concentração. Sobreviveu graças a uma oportunidade milagrosa e chegou ao Brasil aos 10 anos para viver com parentes imigrados. A proposta de sua biografia é a reconstrução da própria memória, desde as origens de sua família até os acontecimentos trágicos do Holocausto. Por isso, narra o passo a passo de um processo que levou anos, durante os quais realizou viagens, reuniu documentos e ouviu antigos amigos. Além de resgatar lembranças dolorosas, também descreve uma história pessoal de superação, que resultou na construção de sua família e carreira no Brasil.

O Sobrevivente, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender

'O Sobrevivente: Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz' (Record), de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender Foto: Divulgação/Record

Aleksander Henryk Laks (1926-2015), polonês naturalizado brasileiro, resistiu por seis anos em campos de concentração até ser libertado de Auschwitz. Em duas memórias, narra as atrocidades às quais foi submetido, e como conseguiu escapar insistentemente da morte. Sua cidade natal foi invadida pelo exército nazista em setembro de 1939. Aos 12 anos, Aleksander testemunhou amigos e parentes serem torturados publicamente por soltados alemães. Depois, veio a fome, e então o primeiro confinamento no gueto de Lodz. Muitos sofrimentos depois, ele foi um dos 50 sobrevivente entre os 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz na chamada Marcha da Morte, sendo por fim salvo pelas tropas aliadas.

O Que os Cegos Estão Sonhando?: Com o Diário de Lili Jaffe, de Noemi Jaffe

'O que os cegos estão sonhando?' (Editora 34), de Noemi Jaffe Foto: Divulgação/Editora 34

A escritora Noemi Jaffe nasceu no Brasil, mas cresceu com os fantasmas do Holocausto, que conheceu por meio dos relatos de sua mãe, Lili Jaffe (1926-2020). Nascida na antiga Iugoslávia, Lili passou 11 meses em Auschwitz e, após ter sido resgatada pela Cruz Vermelha, aos 19 anos, escreveu tudo que estava fresco em sua mente em um diário. É a partir da apresentação desses registros que a filha constrói um ‘mosaico de perguntas’, chegando a conclusão de que não há respostas que comportem todos os horrores que aconteceram durante aquele período.

Seja no cinema ou na literatura, obras que retratam os horrores do Holocausto chamam a atenção do público não somente pelo valor de registro histórico, mas também pelas lições de resiliência e esperança transmitidas por aqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais tristes da memória coletiva mundial.

Acaba de chegar às livrarias Ingrid, a Filha do Comandante, livro de Gabriel Waldman publicado pela editora Buzz. Judeu nascido na Hungria, ele e sua mãe sobreviveram às perseguições durante a 2ª Guerra e encontraram asilo no Brasil. Trata-se de uma “biografia literária”, como descreve o autor, em que narra suas memórias da juventude, principalmente o romance vivido, no Brasil, com a filha de um comandante de dois campos de extermínio. Clique aqui para ler uma entrevista com o autor.

Confira a seguir outros livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias – alguns deles construíram a vida no Brasil após fugir do nazismo.

Eu Sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz Konig

'Eu Sobrevivi ao Holocausto' (Universo dos Livros), de Nanette Blitz Konig Foto: Divulgação/Universo dos Livros

Holandesa radicada em São Paulo, Nanette Blitz Konig narra em seu livro como sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela perdeu os pais e o irmão, mortos pelos nazistas, e, quando foi libertada, estava sozinha no mundo. Pesava 31 quilos e precisou de três anos de tratamento para se recuperar, já que tivera tifo, tuberculose e pleurisia. Nanette também foi uma das últimas pessoas a ver Anne Frank viva. Elas estudaram juntas, e Nanette é mencionada no famoso diário com certo desafeto – mas o reencontro em Bergen-Belsen permitiu que as amigas tivessem um momento de apoio mútuo em meio à tragédia.

O Menino Que Desenhou Auschwitz, de Thomas Geve

'O Menino Que Desenhou Auschwitz' (Alta Life), de Thomas Geve. Foto: Divulgação/Alta Life

O alemão Thomas Geve passou a infância se escondendo dos nazistas mas acabou sendo levado para Auschwitz com a mãe quando tinha 13 anos. Ela foi vítima dos nazistas. Quando a guerra acabou, o jovem demorou para reencontra o pai, que partira para a Inglaterra. Nesse meio tempo, sozinho, ficou em Buchenwald, o último dos três campos por onde passou, onde desenhou em pequenos cartões tudo o que viu enquanto foi prisioneiro de guerra. Logo, também começou a escrever as suas memórias. No livro, ilustrado por seus traços infantis, narra com detalhes a vida antes e durante o Holocausto.

Cinco vezes vivo, de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia

'Cinco Vezes Vivo: Um sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado' (Terceiro Nome), de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia Foto: Divulgação/Terceiro Nome

Louis Frankenberg era apenas uma criança quando foi separado dos pais e da irmã, passando por dois campos de concentração. Sobreviveu graças a uma oportunidade milagrosa e chegou ao Brasil aos 10 anos para viver com parentes imigrados. A proposta de sua biografia é a reconstrução da própria memória, desde as origens de sua família até os acontecimentos trágicos do Holocausto. Por isso, narra o passo a passo de um processo que levou anos, durante os quais realizou viagens, reuniu documentos e ouviu antigos amigos. Além de resgatar lembranças dolorosas, também descreve uma história pessoal de superação, que resultou na construção de sua família e carreira no Brasil.

O Sobrevivente, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender

'O Sobrevivente: Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz' (Record), de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender Foto: Divulgação/Record

Aleksander Henryk Laks (1926-2015), polonês naturalizado brasileiro, resistiu por seis anos em campos de concentração até ser libertado de Auschwitz. Em duas memórias, narra as atrocidades às quais foi submetido, e como conseguiu escapar insistentemente da morte. Sua cidade natal foi invadida pelo exército nazista em setembro de 1939. Aos 12 anos, Aleksander testemunhou amigos e parentes serem torturados publicamente por soltados alemães. Depois, veio a fome, e então o primeiro confinamento no gueto de Lodz. Muitos sofrimentos depois, ele foi um dos 50 sobrevivente entre os 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz na chamada Marcha da Morte, sendo por fim salvo pelas tropas aliadas.

O Que os Cegos Estão Sonhando?: Com o Diário de Lili Jaffe, de Noemi Jaffe

'O que os cegos estão sonhando?' (Editora 34), de Noemi Jaffe Foto: Divulgação/Editora 34

A escritora Noemi Jaffe nasceu no Brasil, mas cresceu com os fantasmas do Holocausto, que conheceu por meio dos relatos de sua mãe, Lili Jaffe (1926-2020). Nascida na antiga Iugoslávia, Lili passou 11 meses em Auschwitz e, após ter sido resgatada pela Cruz Vermelha, aos 19 anos, escreveu tudo que estava fresco em sua mente em um diário. É a partir da apresentação desses registros que a filha constrói um ‘mosaico de perguntas’, chegando a conclusão de que não há respostas que comportem todos os horrores que aconteceram durante aquele período.

Seja no cinema ou na literatura, obras que retratam os horrores do Holocausto chamam a atenção do público não somente pelo valor de registro histórico, mas também pelas lições de resiliência e esperança transmitidas por aqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais tristes da memória coletiva mundial.

Acaba de chegar às livrarias Ingrid, a Filha do Comandante, livro de Gabriel Waldman publicado pela editora Buzz. Judeu nascido na Hungria, ele e sua mãe sobreviveram às perseguições durante a 2ª Guerra e encontraram asilo no Brasil. Trata-se de uma “biografia literária”, como descreve o autor, em que narra suas memórias da juventude, principalmente o romance vivido, no Brasil, com a filha de um comandante de dois campos de extermínio. Clique aqui para ler uma entrevista com o autor.

Confira a seguir outros livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias – alguns deles construíram a vida no Brasil após fugir do nazismo.

Eu Sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz Konig

'Eu Sobrevivi ao Holocausto' (Universo dos Livros), de Nanette Blitz Konig Foto: Divulgação/Universo dos Livros

Holandesa radicada em São Paulo, Nanette Blitz Konig narra em seu livro como sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela perdeu os pais e o irmão, mortos pelos nazistas, e, quando foi libertada, estava sozinha no mundo. Pesava 31 quilos e precisou de três anos de tratamento para se recuperar, já que tivera tifo, tuberculose e pleurisia. Nanette também foi uma das últimas pessoas a ver Anne Frank viva. Elas estudaram juntas, e Nanette é mencionada no famoso diário com certo desafeto – mas o reencontro em Bergen-Belsen permitiu que as amigas tivessem um momento de apoio mútuo em meio à tragédia.

O Menino Que Desenhou Auschwitz, de Thomas Geve

'O Menino Que Desenhou Auschwitz' (Alta Life), de Thomas Geve. Foto: Divulgação/Alta Life

O alemão Thomas Geve passou a infância se escondendo dos nazistas mas acabou sendo levado para Auschwitz com a mãe quando tinha 13 anos. Ela foi vítima dos nazistas. Quando a guerra acabou, o jovem demorou para reencontra o pai, que partira para a Inglaterra. Nesse meio tempo, sozinho, ficou em Buchenwald, o último dos três campos por onde passou, onde desenhou em pequenos cartões tudo o que viu enquanto foi prisioneiro de guerra. Logo, também começou a escrever as suas memórias. No livro, ilustrado por seus traços infantis, narra com detalhes a vida antes e durante o Holocausto.

Cinco vezes vivo, de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia

'Cinco Vezes Vivo: Um sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado' (Terceiro Nome), de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia Foto: Divulgação/Terceiro Nome

Louis Frankenberg era apenas uma criança quando foi separado dos pais e da irmã, passando por dois campos de concentração. Sobreviveu graças a uma oportunidade milagrosa e chegou ao Brasil aos 10 anos para viver com parentes imigrados. A proposta de sua biografia é a reconstrução da própria memória, desde as origens de sua família até os acontecimentos trágicos do Holocausto. Por isso, narra o passo a passo de um processo que levou anos, durante os quais realizou viagens, reuniu documentos e ouviu antigos amigos. Além de resgatar lembranças dolorosas, também descreve uma história pessoal de superação, que resultou na construção de sua família e carreira no Brasil.

O Sobrevivente, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender

'O Sobrevivente: Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz' (Record), de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender Foto: Divulgação/Record

Aleksander Henryk Laks (1926-2015), polonês naturalizado brasileiro, resistiu por seis anos em campos de concentração até ser libertado de Auschwitz. Em duas memórias, narra as atrocidades às quais foi submetido, e como conseguiu escapar insistentemente da morte. Sua cidade natal foi invadida pelo exército nazista em setembro de 1939. Aos 12 anos, Aleksander testemunhou amigos e parentes serem torturados publicamente por soltados alemães. Depois, veio a fome, e então o primeiro confinamento no gueto de Lodz. Muitos sofrimentos depois, ele foi um dos 50 sobrevivente entre os 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz na chamada Marcha da Morte, sendo por fim salvo pelas tropas aliadas.

O Que os Cegos Estão Sonhando?: Com o Diário de Lili Jaffe, de Noemi Jaffe

'O que os cegos estão sonhando?' (Editora 34), de Noemi Jaffe Foto: Divulgação/Editora 34

A escritora Noemi Jaffe nasceu no Brasil, mas cresceu com os fantasmas do Holocausto, que conheceu por meio dos relatos de sua mãe, Lili Jaffe (1926-2020). Nascida na antiga Iugoslávia, Lili passou 11 meses em Auschwitz e, após ter sido resgatada pela Cruz Vermelha, aos 19 anos, escreveu tudo que estava fresco em sua mente em um diário. É a partir da apresentação desses registros que a filha constrói um ‘mosaico de perguntas’, chegando a conclusão de que não há respostas que comportem todos os horrores que aconteceram durante aquele período.

Seja no cinema ou na literatura, obras que retratam os horrores do Holocausto chamam a atenção do público não somente pelo valor de registro histórico, mas também pelas lições de resiliência e esperança transmitidas por aqueles que sobreviveram a um dos capítulos mais tristes da memória coletiva mundial.

Acaba de chegar às livrarias Ingrid, a Filha do Comandante, livro de Gabriel Waldman publicado pela editora Buzz. Judeu nascido na Hungria, ele e sua mãe sobreviveram às perseguições durante a 2ª Guerra e encontraram asilo no Brasil. Trata-se de uma “biografia literária”, como descreve o autor, em que narra suas memórias da juventude, principalmente o romance vivido, no Brasil, com a filha de um comandante de dois campos de extermínio. Clique aqui para ler uma entrevista com o autor.

Confira a seguir outros livros em que sobreviventes do Holocausto contam suas histórias – alguns deles construíram a vida no Brasil após fugir do nazismo.

Eu Sobrevivi ao Holocausto, de Nanette Blitz Konig

'Eu Sobrevivi ao Holocausto' (Universo dos Livros), de Nanette Blitz Konig Foto: Divulgação/Universo dos Livros

Holandesa radicada em São Paulo, Nanette Blitz Konig narra em seu livro como sobreviveu ao campo de concentração de Bergen-Belsen. Ela perdeu os pais e o irmão, mortos pelos nazistas, e, quando foi libertada, estava sozinha no mundo. Pesava 31 quilos e precisou de três anos de tratamento para se recuperar, já que tivera tifo, tuberculose e pleurisia. Nanette também foi uma das últimas pessoas a ver Anne Frank viva. Elas estudaram juntas, e Nanette é mencionada no famoso diário com certo desafeto – mas o reencontro em Bergen-Belsen permitiu que as amigas tivessem um momento de apoio mútuo em meio à tragédia.

O Menino Que Desenhou Auschwitz, de Thomas Geve

'O Menino Que Desenhou Auschwitz' (Alta Life), de Thomas Geve. Foto: Divulgação/Alta Life

O alemão Thomas Geve passou a infância se escondendo dos nazistas mas acabou sendo levado para Auschwitz com a mãe quando tinha 13 anos. Ela foi vítima dos nazistas. Quando a guerra acabou, o jovem demorou para reencontra o pai, que partira para a Inglaterra. Nesse meio tempo, sozinho, ficou em Buchenwald, o último dos três campos por onde passou, onde desenhou em pequenos cartões tudo o que viu enquanto foi prisioneiro de guerra. Logo, também começou a escrever as suas memórias. No livro, ilustrado por seus traços infantis, narra com detalhes a vida antes e durante o Holocausto.

Cinco vezes vivo, de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia

'Cinco Vezes Vivo: Um sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado' (Terceiro Nome), de Louis Frankenberg com Ricardo Garcia Foto: Divulgação/Terceiro Nome

Louis Frankenberg era apenas uma criança quando foi separado dos pais e da irmã, passando por dois campos de concentração. Sobreviveu graças a uma oportunidade milagrosa e chegou ao Brasil aos 10 anos para viver com parentes imigrados. A proposta de sua biografia é a reconstrução da própria memória, desde as origens de sua família até os acontecimentos trágicos do Holocausto. Por isso, narra o passo a passo de um processo que levou anos, durante os quais realizou viagens, reuniu documentos e ouviu antigos amigos. Além de resgatar lembranças dolorosas, também descreve uma história pessoal de superação, que resultou na construção de sua família e carreira no Brasil.

O Sobrevivente, de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender

'O Sobrevivente: Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz' (Record), de Aleksander Henryk Laks com Tova Sender Foto: Divulgação/Record

Aleksander Henryk Laks (1926-2015), polonês naturalizado brasileiro, resistiu por seis anos em campos de concentração até ser libertado de Auschwitz. Em duas memórias, narra as atrocidades às quais foi submetido, e como conseguiu escapar insistentemente da morte. Sua cidade natal foi invadida pelo exército nazista em setembro de 1939. Aos 12 anos, Aleksander testemunhou amigos e parentes serem torturados publicamente por soltados alemães. Depois, veio a fome, e então o primeiro confinamento no gueto de Lodz. Muitos sofrimentos depois, ele foi um dos 50 sobrevivente entre os 600 prisioneiros que partiram de Auschwitz na chamada Marcha da Morte, sendo por fim salvo pelas tropas aliadas.

O Que os Cegos Estão Sonhando?: Com o Diário de Lili Jaffe, de Noemi Jaffe

'O que os cegos estão sonhando?' (Editora 34), de Noemi Jaffe Foto: Divulgação/Editora 34

A escritora Noemi Jaffe nasceu no Brasil, mas cresceu com os fantasmas do Holocausto, que conheceu por meio dos relatos de sua mãe, Lili Jaffe (1926-2020). Nascida na antiga Iugoslávia, Lili passou 11 meses em Auschwitz e, após ter sido resgatada pela Cruz Vermelha, aos 19 anos, escreveu tudo que estava fresco em sua mente em um diário. É a partir da apresentação desses registros que a filha constrói um ‘mosaico de perguntas’, chegando a conclusão de que não há respostas que comportem todos os horrores que aconteceram durante aquele período.

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