A escrita íntima de Boris Fausto e suas reflexões sobre o País em debate na Flip


Historiador falou sobre O Brilho do Bronze, o governo e a oposição

Por Maria Fernanda Rodrigues

PARATY - Morte, dor, luto, escrita, história e política foram assuntos da conversa entre Boris Fausto e o jornalista Paulo Roberto Pires na mesa que abriu a programação da Flip, nesta sexta-feira, 3, dia em que os debates serão mais na linha da história.

Um dos principais historiadores vivos, Boris Fausto, aos 84, começou falando sobre sua obra mais recente: O Brilho do Bronze (Cosac Naify). Trata-se do diário que ele começou a escrever um mês depois da morte de sua mulher, a educadora Cynira, e encerrou quatro anos depois. Este foi seu terceiro livro “na rota intimista”, como disse ontem ao Estado. Mas é o mais emotivo. Cynira foi sua companheira por quase meio século, e nos seus últimos sete anos, lutou contra um câncer.

Boris Fausto na Flip 2015 Foto: Walter Craveiro/Estadão
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“Consegui encaixar a memória da Cynira num lugar tranquilo e melancólico, e me abri a novos afetos. Foi aí que o luto se encerrou. Hoje sou capaz de falar sobre essa história dela sem chorar”, disse. Ele já não está mais sozinho.  “Encontrei uma solução, uma continuidade amorosa. Naquele tempo era uma grande dor, uma vontade de romper essa solidão, mas não a qualquer preço. Como dizem, antes só do que mal acompanhado.”

No livro, o historiador alterna essa narrativa íntima com fatos cotidianos, e em determinado momento do processo a população vai às ruas. “O movimento de 2013 foi surpreendente, mas foi um movimento e não uma corrente política importante. Teria que desembocar em alguma coisa, mas parou ali”, comentou. “De 2013 para 2015, a situação do Brasil mudou velozmente. Não acho que o país entrou no precipício final, mas numa crise muito grande. Em substituição ao otimismo daquela época surgiu um desencanto muito grande. A classe media, por razões políticas, foi para a rua, mas também isso chegou a um impasse”, comentou. 

Fausto foi aplaudido em dois momentos: quando falou mal do PT e quando disse que a oposição não sabe ser oposição. Para ele, houve um razoável período de equilíbrio financeiro combinado com programas sociais quando o partido assumiu o governo. No segundo mandato de Lula, no entanto, a economia começou a piorar. Falou também sobre “a transformação da cúpula, de gente corrupta que trabalha num sistema mafioso gigante”.

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Sobre a oposição, disse: “A oposição vai mal, obrigado”. Segundo o historiador, “ela não teve coragem de assumir ser oposição, de falar que é um partido de classe média, de ser coerente (no caso do fator previdenciário)”.

PARATY - Morte, dor, luto, escrita, história e política foram assuntos da conversa entre Boris Fausto e o jornalista Paulo Roberto Pires na mesa que abriu a programação da Flip, nesta sexta-feira, 3, dia em que os debates serão mais na linha da história.

Um dos principais historiadores vivos, Boris Fausto, aos 84, começou falando sobre sua obra mais recente: O Brilho do Bronze (Cosac Naify). Trata-se do diário que ele começou a escrever um mês depois da morte de sua mulher, a educadora Cynira, e encerrou quatro anos depois. Este foi seu terceiro livro “na rota intimista”, como disse ontem ao Estado. Mas é o mais emotivo. Cynira foi sua companheira por quase meio século, e nos seus últimos sete anos, lutou contra um câncer.

Boris Fausto na Flip 2015 Foto: Walter Craveiro/Estadão

“Consegui encaixar a memória da Cynira num lugar tranquilo e melancólico, e me abri a novos afetos. Foi aí que o luto se encerrou. Hoje sou capaz de falar sobre essa história dela sem chorar”, disse. Ele já não está mais sozinho.  “Encontrei uma solução, uma continuidade amorosa. Naquele tempo era uma grande dor, uma vontade de romper essa solidão, mas não a qualquer preço. Como dizem, antes só do que mal acompanhado.”

No livro, o historiador alterna essa narrativa íntima com fatos cotidianos, e em determinado momento do processo a população vai às ruas. “O movimento de 2013 foi surpreendente, mas foi um movimento e não uma corrente política importante. Teria que desembocar em alguma coisa, mas parou ali”, comentou. “De 2013 para 2015, a situação do Brasil mudou velozmente. Não acho que o país entrou no precipício final, mas numa crise muito grande. Em substituição ao otimismo daquela época surgiu um desencanto muito grande. A classe media, por razões políticas, foi para a rua, mas também isso chegou a um impasse”, comentou. 

Fausto foi aplaudido em dois momentos: quando falou mal do PT e quando disse que a oposição não sabe ser oposição. Para ele, houve um razoável período de equilíbrio financeiro combinado com programas sociais quando o partido assumiu o governo. No segundo mandato de Lula, no entanto, a economia começou a piorar. Falou também sobre “a transformação da cúpula, de gente corrupta que trabalha num sistema mafioso gigante”.

Sobre a oposição, disse: “A oposição vai mal, obrigado”. Segundo o historiador, “ela não teve coragem de assumir ser oposição, de falar que é um partido de classe média, de ser coerente (no caso do fator previdenciário)”.

PARATY - Morte, dor, luto, escrita, história e política foram assuntos da conversa entre Boris Fausto e o jornalista Paulo Roberto Pires na mesa que abriu a programação da Flip, nesta sexta-feira, 3, dia em que os debates serão mais na linha da história.

Um dos principais historiadores vivos, Boris Fausto, aos 84, começou falando sobre sua obra mais recente: O Brilho do Bronze (Cosac Naify). Trata-se do diário que ele começou a escrever um mês depois da morte de sua mulher, a educadora Cynira, e encerrou quatro anos depois. Este foi seu terceiro livro “na rota intimista”, como disse ontem ao Estado. Mas é o mais emotivo. Cynira foi sua companheira por quase meio século, e nos seus últimos sete anos, lutou contra um câncer.

Boris Fausto na Flip 2015 Foto: Walter Craveiro/Estadão

“Consegui encaixar a memória da Cynira num lugar tranquilo e melancólico, e me abri a novos afetos. Foi aí que o luto se encerrou. Hoje sou capaz de falar sobre essa história dela sem chorar”, disse. Ele já não está mais sozinho.  “Encontrei uma solução, uma continuidade amorosa. Naquele tempo era uma grande dor, uma vontade de romper essa solidão, mas não a qualquer preço. Como dizem, antes só do que mal acompanhado.”

No livro, o historiador alterna essa narrativa íntima com fatos cotidianos, e em determinado momento do processo a população vai às ruas. “O movimento de 2013 foi surpreendente, mas foi um movimento e não uma corrente política importante. Teria que desembocar em alguma coisa, mas parou ali”, comentou. “De 2013 para 2015, a situação do Brasil mudou velozmente. Não acho que o país entrou no precipício final, mas numa crise muito grande. Em substituição ao otimismo daquela época surgiu um desencanto muito grande. A classe media, por razões políticas, foi para a rua, mas também isso chegou a um impasse”, comentou. 

Fausto foi aplaudido em dois momentos: quando falou mal do PT e quando disse que a oposição não sabe ser oposição. Para ele, houve um razoável período de equilíbrio financeiro combinado com programas sociais quando o partido assumiu o governo. No segundo mandato de Lula, no entanto, a economia começou a piorar. Falou também sobre “a transformação da cúpula, de gente corrupta que trabalha num sistema mafioso gigante”.

Sobre a oposição, disse: “A oposição vai mal, obrigado”. Segundo o historiador, “ela não teve coragem de assumir ser oposição, de falar que é um partido de classe média, de ser coerente (no caso do fator previdenciário)”.

PARATY - Morte, dor, luto, escrita, história e política foram assuntos da conversa entre Boris Fausto e o jornalista Paulo Roberto Pires na mesa que abriu a programação da Flip, nesta sexta-feira, 3, dia em que os debates serão mais na linha da história.

Um dos principais historiadores vivos, Boris Fausto, aos 84, começou falando sobre sua obra mais recente: O Brilho do Bronze (Cosac Naify). Trata-se do diário que ele começou a escrever um mês depois da morte de sua mulher, a educadora Cynira, e encerrou quatro anos depois. Este foi seu terceiro livro “na rota intimista”, como disse ontem ao Estado. Mas é o mais emotivo. Cynira foi sua companheira por quase meio século, e nos seus últimos sete anos, lutou contra um câncer.

Boris Fausto na Flip 2015 Foto: Walter Craveiro/Estadão

“Consegui encaixar a memória da Cynira num lugar tranquilo e melancólico, e me abri a novos afetos. Foi aí que o luto se encerrou. Hoje sou capaz de falar sobre essa história dela sem chorar”, disse. Ele já não está mais sozinho.  “Encontrei uma solução, uma continuidade amorosa. Naquele tempo era uma grande dor, uma vontade de romper essa solidão, mas não a qualquer preço. Como dizem, antes só do que mal acompanhado.”

No livro, o historiador alterna essa narrativa íntima com fatos cotidianos, e em determinado momento do processo a população vai às ruas. “O movimento de 2013 foi surpreendente, mas foi um movimento e não uma corrente política importante. Teria que desembocar em alguma coisa, mas parou ali”, comentou. “De 2013 para 2015, a situação do Brasil mudou velozmente. Não acho que o país entrou no precipício final, mas numa crise muito grande. Em substituição ao otimismo daquela época surgiu um desencanto muito grande. A classe media, por razões políticas, foi para a rua, mas também isso chegou a um impasse”, comentou. 

Fausto foi aplaudido em dois momentos: quando falou mal do PT e quando disse que a oposição não sabe ser oposição. Para ele, houve um razoável período de equilíbrio financeiro combinado com programas sociais quando o partido assumiu o governo. No segundo mandato de Lula, no entanto, a economia começou a piorar. Falou também sobre “a transformação da cúpula, de gente corrupta que trabalha num sistema mafioso gigante”.

Sobre a oposição, disse: “A oposição vai mal, obrigado”. Segundo o historiador, “ela não teve coragem de assumir ser oposição, de falar que é um partido de classe média, de ser coerente (no caso do fator previdenciário)”.

PARATY - Morte, dor, luto, escrita, história e política foram assuntos da conversa entre Boris Fausto e o jornalista Paulo Roberto Pires na mesa que abriu a programação da Flip, nesta sexta-feira, 3, dia em que os debates serão mais na linha da história.

Um dos principais historiadores vivos, Boris Fausto, aos 84, começou falando sobre sua obra mais recente: O Brilho do Bronze (Cosac Naify). Trata-se do diário que ele começou a escrever um mês depois da morte de sua mulher, a educadora Cynira, e encerrou quatro anos depois. Este foi seu terceiro livro “na rota intimista”, como disse ontem ao Estado. Mas é o mais emotivo. Cynira foi sua companheira por quase meio século, e nos seus últimos sete anos, lutou contra um câncer.

Boris Fausto na Flip 2015 Foto: Walter Craveiro/Estadão

“Consegui encaixar a memória da Cynira num lugar tranquilo e melancólico, e me abri a novos afetos. Foi aí que o luto se encerrou. Hoje sou capaz de falar sobre essa história dela sem chorar”, disse. Ele já não está mais sozinho.  “Encontrei uma solução, uma continuidade amorosa. Naquele tempo era uma grande dor, uma vontade de romper essa solidão, mas não a qualquer preço. Como dizem, antes só do que mal acompanhado.”

No livro, o historiador alterna essa narrativa íntima com fatos cotidianos, e em determinado momento do processo a população vai às ruas. “O movimento de 2013 foi surpreendente, mas foi um movimento e não uma corrente política importante. Teria que desembocar em alguma coisa, mas parou ali”, comentou. “De 2013 para 2015, a situação do Brasil mudou velozmente. Não acho que o país entrou no precipício final, mas numa crise muito grande. Em substituição ao otimismo daquela época surgiu um desencanto muito grande. A classe media, por razões políticas, foi para a rua, mas também isso chegou a um impasse”, comentou. 

Fausto foi aplaudido em dois momentos: quando falou mal do PT e quando disse que a oposição não sabe ser oposição. Para ele, houve um razoável período de equilíbrio financeiro combinado com programas sociais quando o partido assumiu o governo. No segundo mandato de Lula, no entanto, a economia começou a piorar. Falou também sobre “a transformação da cúpula, de gente corrupta que trabalha num sistema mafioso gigante”.

Sobre a oposição, disse: “A oposição vai mal, obrigado”. Segundo o historiador, “ela não teve coragem de assumir ser oposição, de falar que é um partido de classe média, de ser coerente (no caso do fator previdenciário)”.

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