A grandeza de Djamila


Escritora tomou posse na Academia Paulista de Letras, na vaga de Lygia Fagundes Telles

Por Ignácio de Loyola Brandão
Atualização:

Astrid Fontenelle. Como não te reconhecer? Faz décadas que somos amigos. Vejo você na televisão conversando sobre mulheres, Brasil, descalabros do desatinado e tantos assuntos que fervem. Sim, você está loira, mas te reconheço pela voz e pelos olhos. Vi que era você quando se juntou a mim e a Marcia, minha mulher, e fomos nos acotovelando em direção a Djamila Ribeiro, envolvida em multidão. Tínhamos vivido uma noite feliz, apoteótica, histórica, a posse da Djamila na Academia Paulista de Letras

A escritora Djamila Ribeiro toma posse na Academia Paulista de Letras Foto: @maxfelipe / reprodução Instagram

Momento dos mais significativos na trajetória da entidade pela sua grandiosidade, pois Djamila é imponente e se curvava diante de alguns. Então, curvei-me ante ela, que marcou o momento em que as academias se curvam diante da realidade. Convivi com Ruth Guimarães na Paulista, conviverei agora com Djamila, que entrou na vaga de Lygia Fagundes Telles. Pensávamos, nós acadêmicos, que seria dificílimo substituir Lygia. Não foi. Djamila assumiu a vaga e já em seu discurso vimos que a escolha foi perfeita pela qualidade literária, pela maneira de encarar e pensar a vida, o Brasil, racismo, em um discurso radioso e humorado que fugiu às regras. Depoimento humano de estremecer. Sem esquecer a fala com que Leandro Karnal a recebeu. Ele é que a indicou para a APL, foi unanimidade.

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Assisti a várias posses diferenciadas, teve quem levou conjunto musical, quem levou cantadores, poetas a declamar. A envolver a noite de Djamila estava um ritual religioso africano, os orixás, misturados aos católicos – a aplaudir estava o bispo d. Fernando –, aos judeus, árabes, agnósticos, há de tudo na Paulista, esquerda e direita. Abrem-se as academias, sabem que morrerão ou perderão o sentido se não o fizerem. Djamila, Leandro, suas falas ficam como modelos, turning points, no humor, na crítica ao negacionismo, aos preconceitos, aos ataques à democracia. Tudo vivido em duas horas, nesta noite memorável de primeiro de setembro.

Astrid Fontenelle. Como não te reconhecer? Faz décadas que somos amigos. Vejo você na televisão conversando sobre mulheres, Brasil, descalabros do desatinado e tantos assuntos que fervem. Sim, você está loira, mas te reconheço pela voz e pelos olhos. Vi que era você quando se juntou a mim e a Marcia, minha mulher, e fomos nos acotovelando em direção a Djamila Ribeiro, envolvida em multidão. Tínhamos vivido uma noite feliz, apoteótica, histórica, a posse da Djamila na Academia Paulista de Letras

A escritora Djamila Ribeiro toma posse na Academia Paulista de Letras Foto: @maxfelipe / reprodução Instagram

Momento dos mais significativos na trajetória da entidade pela sua grandiosidade, pois Djamila é imponente e se curvava diante de alguns. Então, curvei-me ante ela, que marcou o momento em que as academias se curvam diante da realidade. Convivi com Ruth Guimarães na Paulista, conviverei agora com Djamila, que entrou na vaga de Lygia Fagundes Telles. Pensávamos, nós acadêmicos, que seria dificílimo substituir Lygia. Não foi. Djamila assumiu a vaga e já em seu discurso vimos que a escolha foi perfeita pela qualidade literária, pela maneira de encarar e pensar a vida, o Brasil, racismo, em um discurso radioso e humorado que fugiu às regras. Depoimento humano de estremecer. Sem esquecer a fala com que Leandro Karnal a recebeu. Ele é que a indicou para a APL, foi unanimidade.

Assisti a várias posses diferenciadas, teve quem levou conjunto musical, quem levou cantadores, poetas a declamar. A envolver a noite de Djamila estava um ritual religioso africano, os orixás, misturados aos católicos – a aplaudir estava o bispo d. Fernando –, aos judeus, árabes, agnósticos, há de tudo na Paulista, esquerda e direita. Abrem-se as academias, sabem que morrerão ou perderão o sentido se não o fizerem. Djamila, Leandro, suas falas ficam como modelos, turning points, no humor, na crítica ao negacionismo, aos preconceitos, aos ataques à democracia. Tudo vivido em duas horas, nesta noite memorável de primeiro de setembro.

Astrid Fontenelle. Como não te reconhecer? Faz décadas que somos amigos. Vejo você na televisão conversando sobre mulheres, Brasil, descalabros do desatinado e tantos assuntos que fervem. Sim, você está loira, mas te reconheço pela voz e pelos olhos. Vi que era você quando se juntou a mim e a Marcia, minha mulher, e fomos nos acotovelando em direção a Djamila Ribeiro, envolvida em multidão. Tínhamos vivido uma noite feliz, apoteótica, histórica, a posse da Djamila na Academia Paulista de Letras

A escritora Djamila Ribeiro toma posse na Academia Paulista de Letras Foto: @maxfelipe / reprodução Instagram

Momento dos mais significativos na trajetória da entidade pela sua grandiosidade, pois Djamila é imponente e se curvava diante de alguns. Então, curvei-me ante ela, que marcou o momento em que as academias se curvam diante da realidade. Convivi com Ruth Guimarães na Paulista, conviverei agora com Djamila, que entrou na vaga de Lygia Fagundes Telles. Pensávamos, nós acadêmicos, que seria dificílimo substituir Lygia. Não foi. Djamila assumiu a vaga e já em seu discurso vimos que a escolha foi perfeita pela qualidade literária, pela maneira de encarar e pensar a vida, o Brasil, racismo, em um discurso radioso e humorado que fugiu às regras. Depoimento humano de estremecer. Sem esquecer a fala com que Leandro Karnal a recebeu. Ele é que a indicou para a APL, foi unanimidade.

Assisti a várias posses diferenciadas, teve quem levou conjunto musical, quem levou cantadores, poetas a declamar. A envolver a noite de Djamila estava um ritual religioso africano, os orixás, misturados aos católicos – a aplaudir estava o bispo d. Fernando –, aos judeus, árabes, agnósticos, há de tudo na Paulista, esquerda e direita. Abrem-se as academias, sabem que morrerão ou perderão o sentido se não o fizerem. Djamila, Leandro, suas falas ficam como modelos, turning points, no humor, na crítica ao negacionismo, aos preconceitos, aos ataques à democracia. Tudo vivido em duas horas, nesta noite memorável de primeiro de setembro.

Astrid Fontenelle. Como não te reconhecer? Faz décadas que somos amigos. Vejo você na televisão conversando sobre mulheres, Brasil, descalabros do desatinado e tantos assuntos que fervem. Sim, você está loira, mas te reconheço pela voz e pelos olhos. Vi que era você quando se juntou a mim e a Marcia, minha mulher, e fomos nos acotovelando em direção a Djamila Ribeiro, envolvida em multidão. Tínhamos vivido uma noite feliz, apoteótica, histórica, a posse da Djamila na Academia Paulista de Letras

A escritora Djamila Ribeiro toma posse na Academia Paulista de Letras Foto: @maxfelipe / reprodução Instagram

Momento dos mais significativos na trajetória da entidade pela sua grandiosidade, pois Djamila é imponente e se curvava diante de alguns. Então, curvei-me ante ela, que marcou o momento em que as academias se curvam diante da realidade. Convivi com Ruth Guimarães na Paulista, conviverei agora com Djamila, que entrou na vaga de Lygia Fagundes Telles. Pensávamos, nós acadêmicos, que seria dificílimo substituir Lygia. Não foi. Djamila assumiu a vaga e já em seu discurso vimos que a escolha foi perfeita pela qualidade literária, pela maneira de encarar e pensar a vida, o Brasil, racismo, em um discurso radioso e humorado que fugiu às regras. Depoimento humano de estremecer. Sem esquecer a fala com que Leandro Karnal a recebeu. Ele é que a indicou para a APL, foi unanimidade.

Assisti a várias posses diferenciadas, teve quem levou conjunto musical, quem levou cantadores, poetas a declamar. A envolver a noite de Djamila estava um ritual religioso africano, os orixás, misturados aos católicos – a aplaudir estava o bispo d. Fernando –, aos judeus, árabes, agnósticos, há de tudo na Paulista, esquerda e direita. Abrem-se as academias, sabem que morrerão ou perderão o sentido se não o fizerem. Djamila, Leandro, suas falas ficam como modelos, turning points, no humor, na crítica ao negacionismo, aos preconceitos, aos ataques à democracia. Tudo vivido em duas horas, nesta noite memorável de primeiro de setembro.

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