Alberto da Costa e Silva vence o Prêmio Camões


Aos 83 anos, o poeta e especialista em história africana junta-se a nomes como José Saramago e João Cabral de Melo Neto

Por Maria Fernanda Rodrigues
O poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, vencedor do Prêmio Camões Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Poeta, ensaísta e um dos maiores especialistas em história da África, Alberto da Costa e Silva venceu ontem o Prêmio Camões, o mais importante da literatura feita em língua portuguesa. A premiação, hoje no valor de100 mil, foi criada em 1989 pelo Brasil e por Portugal para homenagear, anualmente, uma personalidade cuja obra contribua para a proteção e reconhecimento da língua falada por mais de 230 milhões de pessoas.

Costa e Silva é o 11.º brasileiro na lista de premiados, que conta ainda com autores portugueses e africanos como Mia Couto, vencedor em 2013, João Cabral de Mello Neto, o primeiro brasileiro na lista, e ainda Jorge Amado, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes e Lygia Fagundes Telles, entre outros.

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Aos 83 anos, o intelectual disse ao Estado que ficou surpreso e perplexo com a notícia. “Não estava nas minhas cogitações de vida ganhar um prêmio da importância deste. Primeiro, fiquei absolutamente perplexo e espantado. Depois, caí em mim e vi a grande honra que fazem à minha obra, ao meu esforço, à minha persistência em tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, a história da África”, comentou o escritor que se diz “brasileiríssimo e com fortes raízes em Portugal e na África”. Diplomata de carreira, ele serviu durante anos na África – foi para lá pela primeira vez em 1960 para acompanhar a independência da Nigéria e chegou a conhecer 15 países –, e também em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, entre outros locais.

“Não sei quais as razões do júri para me conceder o prêmio, mas pode ser um reconhecimento à minha condição de poeta, memorialista e de historiador da arte”, afirmou. Foi tudo isso, mas o que o júri destacou ao dar seu veredicto ontem, em Lisboa, foi justamente a ponte que ele construiu entre os povos de língua portuguesa.

O júri, unânime em sua decisão, foi formado pelos seguintes representantes de países lusófonos: Mia Couto (Moçambique), José Eduardo Agualusa (Angola), Affonso Romano de Sant’Anna e Antonio Carlos Secchin (Brasil) e Rita Marnoto e José Carlos Vasconcelos (Portugal).

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“Eles foram procurar na minha discrição, no meu esconderijo normal de quem não gosta de aparecer muito para me dar esse prêmio, que me deixa muito feliz e orgulhoso”, disse o poeta que trabalha, agora, no terceiro volume de suas memórias. “Ainda vai demorar para ele aparecer e eu ainda nem tenho o título”, conta. Os dois primeiros, Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, saíram pela Nova Fronteira.

Alberto da Costa e Silva, que nasceu em São Paulo e vive no Rio, é imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 2000 na sucessão de Carlos Chagas Filho. É filho do poeta Da Costa e Silva, e essa relação foi tema do documentário O Retorno do Filho, de Douglas Machado. É a volta de Alberto a Amarante, no Piauí, a terra de seu pai. O vídeo está disponível no YouTube e é uma boa oportunidade de conhecer o intelectual.

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Outra boa entrada ao universo de Costa e Silva, além, claro, do documentário e de seus livros de memórias, é O Quadrado Amarelo, que reúne ensaios sobre literatura, poesia e artes plásticas – sempre trazendo de volta lembranças afetivas.

É autor de mais de duas dezenas de livros. Como poeta, estreou em 1953 com O Parque e Outros Poemas e lançou, entre outros, Livro de Linhagem, As Linhas da Mão e Ao Lado de Vera, 1997, que ganhou o Jabuti.

Publicou, ainda, A Enxada e a Lança: A África Antes dos Portugueses, A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão – de 1500 a 1700, vencedor do Jabuti e do Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, Um Rio Chamado Atlântico, Imagens da África, Francisco Félix de Souza – Mercador de Escravos. Para o público infantojuvenil escreveu Um Passeio pela África. Como ensaísta, lançou, entre outros, Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem. E organizou uma série de antologias sobretudo de poesia.

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Os brasileiros. Reconhecido no Brasil e no exterior por seus estudos, Alberto da Costa e Silva se junta agora a um time de primeira linha de literatos. “Esse prêmio já foi recebido por algumas das mais importantes personalidades da história da cultura da nossa língua comum”, comentou ainda.

Os outros brasileiros premiados são João Cabral de Mello Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1995), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010) e Dalton Trevisan (2011).

O poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, vencedor do Prêmio Camões Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Poeta, ensaísta e um dos maiores especialistas em história da África, Alberto da Costa e Silva venceu ontem o Prêmio Camões, o mais importante da literatura feita em língua portuguesa. A premiação, hoje no valor de100 mil, foi criada em 1989 pelo Brasil e por Portugal para homenagear, anualmente, uma personalidade cuja obra contribua para a proteção e reconhecimento da língua falada por mais de 230 milhões de pessoas.

Costa e Silva é o 11.º brasileiro na lista de premiados, que conta ainda com autores portugueses e africanos como Mia Couto, vencedor em 2013, João Cabral de Mello Neto, o primeiro brasileiro na lista, e ainda Jorge Amado, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes e Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Aos 83 anos, o intelectual disse ao Estado que ficou surpreso e perplexo com a notícia. “Não estava nas minhas cogitações de vida ganhar um prêmio da importância deste. Primeiro, fiquei absolutamente perplexo e espantado. Depois, caí em mim e vi a grande honra que fazem à minha obra, ao meu esforço, à minha persistência em tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, a história da África”, comentou o escritor que se diz “brasileiríssimo e com fortes raízes em Portugal e na África”. Diplomata de carreira, ele serviu durante anos na África – foi para lá pela primeira vez em 1960 para acompanhar a independência da Nigéria e chegou a conhecer 15 países –, e também em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, entre outros locais.

“Não sei quais as razões do júri para me conceder o prêmio, mas pode ser um reconhecimento à minha condição de poeta, memorialista e de historiador da arte”, afirmou. Foi tudo isso, mas o que o júri destacou ao dar seu veredicto ontem, em Lisboa, foi justamente a ponte que ele construiu entre os povos de língua portuguesa.

O júri, unânime em sua decisão, foi formado pelos seguintes representantes de países lusófonos: Mia Couto (Moçambique), José Eduardo Agualusa (Angola), Affonso Romano de Sant’Anna e Antonio Carlos Secchin (Brasil) e Rita Marnoto e José Carlos Vasconcelos (Portugal).

“Eles foram procurar na minha discrição, no meu esconderijo normal de quem não gosta de aparecer muito para me dar esse prêmio, que me deixa muito feliz e orgulhoso”, disse o poeta que trabalha, agora, no terceiro volume de suas memórias. “Ainda vai demorar para ele aparecer e eu ainda nem tenho o título”, conta. Os dois primeiros, Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, saíram pela Nova Fronteira.

Alberto da Costa e Silva, que nasceu em São Paulo e vive no Rio, é imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 2000 na sucessão de Carlos Chagas Filho. É filho do poeta Da Costa e Silva, e essa relação foi tema do documentário O Retorno do Filho, de Douglas Machado. É a volta de Alberto a Amarante, no Piauí, a terra de seu pai. O vídeo está disponível no YouTube e é uma boa oportunidade de conhecer o intelectual.

Outra boa entrada ao universo de Costa e Silva, além, claro, do documentário e de seus livros de memórias, é O Quadrado Amarelo, que reúne ensaios sobre literatura, poesia e artes plásticas – sempre trazendo de volta lembranças afetivas.

É autor de mais de duas dezenas de livros. Como poeta, estreou em 1953 com O Parque e Outros Poemas e lançou, entre outros, Livro de Linhagem, As Linhas da Mão e Ao Lado de Vera, 1997, que ganhou o Jabuti.

Publicou, ainda, A Enxada e a Lança: A África Antes dos Portugueses, A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão – de 1500 a 1700, vencedor do Jabuti e do Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, Um Rio Chamado Atlântico, Imagens da África, Francisco Félix de Souza – Mercador de Escravos. Para o público infantojuvenil escreveu Um Passeio pela África. Como ensaísta, lançou, entre outros, Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem. E organizou uma série de antologias sobretudo de poesia.

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Os brasileiros. Reconhecido no Brasil e no exterior por seus estudos, Alberto da Costa e Silva se junta agora a um time de primeira linha de literatos. “Esse prêmio já foi recebido por algumas das mais importantes personalidades da história da cultura da nossa língua comum”, comentou ainda.

Os outros brasileiros premiados são João Cabral de Mello Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1995), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010) e Dalton Trevisan (2011).

O poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, vencedor do Prêmio Camões Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Poeta, ensaísta e um dos maiores especialistas em história da África, Alberto da Costa e Silva venceu ontem o Prêmio Camões, o mais importante da literatura feita em língua portuguesa. A premiação, hoje no valor de100 mil, foi criada em 1989 pelo Brasil e por Portugal para homenagear, anualmente, uma personalidade cuja obra contribua para a proteção e reconhecimento da língua falada por mais de 230 milhões de pessoas.

Costa e Silva é o 11.º brasileiro na lista de premiados, que conta ainda com autores portugueses e africanos como Mia Couto, vencedor em 2013, João Cabral de Mello Neto, o primeiro brasileiro na lista, e ainda Jorge Amado, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes e Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Aos 83 anos, o intelectual disse ao Estado que ficou surpreso e perplexo com a notícia. “Não estava nas minhas cogitações de vida ganhar um prêmio da importância deste. Primeiro, fiquei absolutamente perplexo e espantado. Depois, caí em mim e vi a grande honra que fazem à minha obra, ao meu esforço, à minha persistência em tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, a história da África”, comentou o escritor que se diz “brasileiríssimo e com fortes raízes em Portugal e na África”. Diplomata de carreira, ele serviu durante anos na África – foi para lá pela primeira vez em 1960 para acompanhar a independência da Nigéria e chegou a conhecer 15 países –, e também em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, entre outros locais.

“Não sei quais as razões do júri para me conceder o prêmio, mas pode ser um reconhecimento à minha condição de poeta, memorialista e de historiador da arte”, afirmou. Foi tudo isso, mas o que o júri destacou ao dar seu veredicto ontem, em Lisboa, foi justamente a ponte que ele construiu entre os povos de língua portuguesa.

O júri, unânime em sua decisão, foi formado pelos seguintes representantes de países lusófonos: Mia Couto (Moçambique), José Eduardo Agualusa (Angola), Affonso Romano de Sant’Anna e Antonio Carlos Secchin (Brasil) e Rita Marnoto e José Carlos Vasconcelos (Portugal).

“Eles foram procurar na minha discrição, no meu esconderijo normal de quem não gosta de aparecer muito para me dar esse prêmio, que me deixa muito feliz e orgulhoso”, disse o poeta que trabalha, agora, no terceiro volume de suas memórias. “Ainda vai demorar para ele aparecer e eu ainda nem tenho o título”, conta. Os dois primeiros, Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, saíram pela Nova Fronteira.

Alberto da Costa e Silva, que nasceu em São Paulo e vive no Rio, é imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 2000 na sucessão de Carlos Chagas Filho. É filho do poeta Da Costa e Silva, e essa relação foi tema do documentário O Retorno do Filho, de Douglas Machado. É a volta de Alberto a Amarante, no Piauí, a terra de seu pai. O vídeo está disponível no YouTube e é uma boa oportunidade de conhecer o intelectual.

Outra boa entrada ao universo de Costa e Silva, além, claro, do documentário e de seus livros de memórias, é O Quadrado Amarelo, que reúne ensaios sobre literatura, poesia e artes plásticas – sempre trazendo de volta lembranças afetivas.

É autor de mais de duas dezenas de livros. Como poeta, estreou em 1953 com O Parque e Outros Poemas e lançou, entre outros, Livro de Linhagem, As Linhas da Mão e Ao Lado de Vera, 1997, que ganhou o Jabuti.

Publicou, ainda, A Enxada e a Lança: A África Antes dos Portugueses, A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão – de 1500 a 1700, vencedor do Jabuti e do Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, Um Rio Chamado Atlântico, Imagens da África, Francisco Félix de Souza – Mercador de Escravos. Para o público infantojuvenil escreveu Um Passeio pela África. Como ensaísta, lançou, entre outros, Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem. E organizou uma série de antologias sobretudo de poesia.

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Os brasileiros. Reconhecido no Brasil e no exterior por seus estudos, Alberto da Costa e Silva se junta agora a um time de primeira linha de literatos. “Esse prêmio já foi recebido por algumas das mais importantes personalidades da história da cultura da nossa língua comum”, comentou ainda.

Os outros brasileiros premiados são João Cabral de Mello Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1995), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010) e Dalton Trevisan (2011).

O poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, vencedor do Prêmio Camões Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Poeta, ensaísta e um dos maiores especialistas em história da África, Alberto da Costa e Silva venceu ontem o Prêmio Camões, o mais importante da literatura feita em língua portuguesa. A premiação, hoje no valor de100 mil, foi criada em 1989 pelo Brasil e por Portugal para homenagear, anualmente, uma personalidade cuja obra contribua para a proteção e reconhecimento da língua falada por mais de 230 milhões de pessoas.

Costa e Silva é o 11.º brasileiro na lista de premiados, que conta ainda com autores portugueses e africanos como Mia Couto, vencedor em 2013, João Cabral de Mello Neto, o primeiro brasileiro na lista, e ainda Jorge Amado, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes e Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Aos 83 anos, o intelectual disse ao Estado que ficou surpreso e perplexo com a notícia. “Não estava nas minhas cogitações de vida ganhar um prêmio da importância deste. Primeiro, fiquei absolutamente perplexo e espantado. Depois, caí em mim e vi a grande honra que fazem à minha obra, ao meu esforço, à minha persistência em tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, a história da África”, comentou o escritor que se diz “brasileiríssimo e com fortes raízes em Portugal e na África”. Diplomata de carreira, ele serviu durante anos na África – foi para lá pela primeira vez em 1960 para acompanhar a independência da Nigéria e chegou a conhecer 15 países –, e também em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, entre outros locais.

“Não sei quais as razões do júri para me conceder o prêmio, mas pode ser um reconhecimento à minha condição de poeta, memorialista e de historiador da arte”, afirmou. Foi tudo isso, mas o que o júri destacou ao dar seu veredicto ontem, em Lisboa, foi justamente a ponte que ele construiu entre os povos de língua portuguesa.

O júri, unânime em sua decisão, foi formado pelos seguintes representantes de países lusófonos: Mia Couto (Moçambique), José Eduardo Agualusa (Angola), Affonso Romano de Sant’Anna e Antonio Carlos Secchin (Brasil) e Rita Marnoto e José Carlos Vasconcelos (Portugal).

“Eles foram procurar na minha discrição, no meu esconderijo normal de quem não gosta de aparecer muito para me dar esse prêmio, que me deixa muito feliz e orgulhoso”, disse o poeta que trabalha, agora, no terceiro volume de suas memórias. “Ainda vai demorar para ele aparecer e eu ainda nem tenho o título”, conta. Os dois primeiros, Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, saíram pela Nova Fronteira.

Alberto da Costa e Silva, que nasceu em São Paulo e vive no Rio, é imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 2000 na sucessão de Carlos Chagas Filho. É filho do poeta Da Costa e Silva, e essa relação foi tema do documentário O Retorno do Filho, de Douglas Machado. É a volta de Alberto a Amarante, no Piauí, a terra de seu pai. O vídeo está disponível no YouTube e é uma boa oportunidade de conhecer o intelectual.

Outra boa entrada ao universo de Costa e Silva, além, claro, do documentário e de seus livros de memórias, é O Quadrado Amarelo, que reúne ensaios sobre literatura, poesia e artes plásticas – sempre trazendo de volta lembranças afetivas.

É autor de mais de duas dezenas de livros. Como poeta, estreou em 1953 com O Parque e Outros Poemas e lançou, entre outros, Livro de Linhagem, As Linhas da Mão e Ao Lado de Vera, 1997, que ganhou o Jabuti.

Publicou, ainda, A Enxada e a Lança: A África Antes dos Portugueses, A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão – de 1500 a 1700, vencedor do Jabuti e do Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, Um Rio Chamado Atlântico, Imagens da África, Francisco Félix de Souza – Mercador de Escravos. Para o público infantojuvenil escreveu Um Passeio pela África. Como ensaísta, lançou, entre outros, Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem. E organizou uma série de antologias sobretudo de poesia.

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O poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, vencedor do Prêmio Camões Foto: Tasso Marcelo/Estadão

Poeta, ensaísta e um dos maiores especialistas em história da África, Alberto da Costa e Silva venceu ontem o Prêmio Camões, o mais importante da literatura feita em língua portuguesa. A premiação, hoje no valor de100 mil, foi criada em 1989 pelo Brasil e por Portugal para homenagear, anualmente, uma personalidade cuja obra contribua para a proteção e reconhecimento da língua falada por mais de 230 milhões de pessoas.

Costa e Silva é o 11.º brasileiro na lista de premiados, que conta ainda com autores portugueses e africanos como Mia Couto, vencedor em 2013, João Cabral de Mello Neto, o primeiro brasileiro na lista, e ainda Jorge Amado, José Saramago, João Ubaldo Ribeiro, Lobo Antunes e Lygia Fagundes Telles, entre outros.

Aos 83 anos, o intelectual disse ao Estado que ficou surpreso e perplexo com a notícia. “Não estava nas minhas cogitações de vida ganhar um prêmio da importância deste. Primeiro, fiquei absolutamente perplexo e espantado. Depois, caí em mim e vi a grande honra que fazem à minha obra, ao meu esforço, à minha persistência em tratar de determinados assuntos, como, por exemplo, a história da África”, comentou o escritor que se diz “brasileiríssimo e com fortes raízes em Portugal e na África”. Diplomata de carreira, ele serviu durante anos na África – foi para lá pela primeira vez em 1960 para acompanhar a independência da Nigéria e chegou a conhecer 15 países –, e também em Lisboa, Caracas, Washington, Madri e Roma, entre outros locais.

“Não sei quais as razões do júri para me conceder o prêmio, mas pode ser um reconhecimento à minha condição de poeta, memorialista e de historiador da arte”, afirmou. Foi tudo isso, mas o que o júri destacou ao dar seu veredicto ontem, em Lisboa, foi justamente a ponte que ele construiu entre os povos de língua portuguesa.

O júri, unânime em sua decisão, foi formado pelos seguintes representantes de países lusófonos: Mia Couto (Moçambique), José Eduardo Agualusa (Angola), Affonso Romano de Sant’Anna e Antonio Carlos Secchin (Brasil) e Rita Marnoto e José Carlos Vasconcelos (Portugal).

“Eles foram procurar na minha discrição, no meu esconderijo normal de quem não gosta de aparecer muito para me dar esse prêmio, que me deixa muito feliz e orgulhoso”, disse o poeta que trabalha, agora, no terceiro volume de suas memórias. “Ainda vai demorar para ele aparecer e eu ainda nem tenho o título”, conta. Os dois primeiros, Espelho do Príncipe e Invenção do Desenho, saíram pela Nova Fronteira.

Alberto da Costa e Silva, que nasceu em São Paulo e vive no Rio, é imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele foi eleito em 2000 na sucessão de Carlos Chagas Filho. É filho do poeta Da Costa e Silva, e essa relação foi tema do documentário O Retorno do Filho, de Douglas Machado. É a volta de Alberto a Amarante, no Piauí, a terra de seu pai. O vídeo está disponível no YouTube e é uma boa oportunidade de conhecer o intelectual.

Outra boa entrada ao universo de Costa e Silva, além, claro, do documentário e de seus livros de memórias, é O Quadrado Amarelo, que reúne ensaios sobre literatura, poesia e artes plásticas – sempre trazendo de volta lembranças afetivas.

É autor de mais de duas dezenas de livros. Como poeta, estreou em 1953 com O Parque e Outros Poemas e lançou, entre outros, Livro de Linhagem, As Linhas da Mão e Ao Lado de Vera, 1997, que ganhou o Jabuti.

Publicou, ainda, A Enxada e a Lança: A África Antes dos Portugueses, A Manilha e o Libambo: A África e a Escravidão – de 1500 a 1700, vencedor do Jabuti e do Prêmio Sérgio Buarque de Holanda, Um Rio Chamado Atlântico, Imagens da África, Francisco Félix de Souza – Mercador de Escravos. Para o público infantojuvenil escreveu Um Passeio pela África. Como ensaísta, lançou, entre outros, Castro Alves – Um Poeta Sempre Jovem. E organizou uma série de antologias sobretudo de poesia.

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Os outros brasileiros premiados são João Cabral de Mello Neto (1990), Rachel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1995), Antonio Candido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo Ribeiro (2008), Ferreira Gullar (2010) e Dalton Trevisan (2011).

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