André Dahmer lança livro de poemas em SP


‘A Coragem do Primeiro Pássaro’ traz versos sobre a vida e o amor carregados do lirismo rápido e certeiro do autor

Por Guilherme Sobota

Como uma espécie de manifesto, o quadrinista e escritor carioca André Dahmer abre seu terceiro livro de poemas com o seguinte verso: “vocês não me conhecem”. Fenômeno nas redes sociais com tiras como Malvados, Vida e Obra de Terêncio Horto e Quadrinhos dos Anos 10 - espécies de um apanhado geral, que transita com facilidade entre o lirismo, o pessimismo e o humor -, Dahmer leva suas tiradas certeiras e as expande nos poemas de A Coragem do Primeiro Pássaro, lançado em SP neste sábado, 9, pela editora Lote 42.

Mas o autor não concorda com essa leitura. “Esse não é um livro autobiográfico, procuro falar mais de coisas universais”, diz ao Estado, por telefone. “Esse verso não é um grito, porque o livro é sobre raiva, sim, mas também sobre amor.”

O amor, pode-se dizer, é o tema mais presente nos 37 poemas breves que compõem o livro - todos sem título, sem pontuação, sem maiúsculas. “Há uma questão formal para mim em relação ao verso livre”, afirma. Dentro desse guarda-chuva, o divórcio aparece com frequência: “amor é assim // quem nunca perdeu / não sabe o que está perdendo”, diz um dos poemas. “É mais uma projeção do que outra coisa”, comenta Dahmer, citando Manoel de Barros (“invento para me conhecer”) e Fernando Pessoa como inspirações. Os versos se movem como aforismos: “os chefes / os que matam pássaros por diversão / os que arrastam corpos pelas ruas / e os que salvam as vidas de outros homens em hospitais // todos / os homens merecem amor”.

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André Dahmer Foto: Alessandra Migueis

Os poemas são para Dahmer uma espécie de folga do mundo político cotidiano, que ele aborda com frequência nas tiras, publicadas diariamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo - embora não deixem totalmente de lado essas questões: “um general / com chumbo na nuca / me disse // fofinho / a vida é assim / a maioria nasce e morre // gritando”, ressalta um deles, que abre o capítulo Agora É Guerra.

“Faço quatro ou cinco quadrinhos por dia, tenho que entregar, não tem jeito”, comenta Dahmer - “não tem nada de processo de artista, eu acordo e faço”. Com os poemas, é diferente. “É outro ritmo, tenho tempo de fazer, reler e sem prazo para entregar”, compara. Para este livro, foram pelo menos dois anos de releituras e revisões.

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A edição, cuidadosa, é da editora paulistana Lote 42 - que também fez sucesso na web, na época da Copa do Mundo, ano passado, ao prometer 10% de desconto a cada gol levado pela seleção brasileira. Lembre-se do 7 a 1. Esse é o décimo primeiro livro da editora, que também mantém, no centro de São Paulo, a Banca Tatuí, um “espaço de publicações independentes”.

A festa de lançamento de A Coragem do Primeiro Pássaro começa às 16h20 na Banca Tatuí (R. Barão de Tatuí, 275), com a presença de André Dahmer, pocket show da cantora e compositora Camila Garófalo, discotecagem, performances e sorvetes artesanais.

A CORAGEM DO PRIMEIRO PÁSSARO

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Autor: André Dahmer

Editora: Lote 42 (64 págs., R$ 29,90)

Como uma espécie de manifesto, o quadrinista e escritor carioca André Dahmer abre seu terceiro livro de poemas com o seguinte verso: “vocês não me conhecem”. Fenômeno nas redes sociais com tiras como Malvados, Vida e Obra de Terêncio Horto e Quadrinhos dos Anos 10 - espécies de um apanhado geral, que transita com facilidade entre o lirismo, o pessimismo e o humor -, Dahmer leva suas tiradas certeiras e as expande nos poemas de A Coragem do Primeiro Pássaro, lançado em SP neste sábado, 9, pela editora Lote 42.

Mas o autor não concorda com essa leitura. “Esse não é um livro autobiográfico, procuro falar mais de coisas universais”, diz ao Estado, por telefone. “Esse verso não é um grito, porque o livro é sobre raiva, sim, mas também sobre amor.”

O amor, pode-se dizer, é o tema mais presente nos 37 poemas breves que compõem o livro - todos sem título, sem pontuação, sem maiúsculas. “Há uma questão formal para mim em relação ao verso livre”, afirma. Dentro desse guarda-chuva, o divórcio aparece com frequência: “amor é assim // quem nunca perdeu / não sabe o que está perdendo”, diz um dos poemas. “É mais uma projeção do que outra coisa”, comenta Dahmer, citando Manoel de Barros (“invento para me conhecer”) e Fernando Pessoa como inspirações. Os versos se movem como aforismos: “os chefes / os que matam pássaros por diversão / os que arrastam corpos pelas ruas / e os que salvam as vidas de outros homens em hospitais // todos / os homens merecem amor”.

André Dahmer Foto: Alessandra Migueis

Os poemas são para Dahmer uma espécie de folga do mundo político cotidiano, que ele aborda com frequência nas tiras, publicadas diariamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo - embora não deixem totalmente de lado essas questões: “um general / com chumbo na nuca / me disse // fofinho / a vida é assim / a maioria nasce e morre // gritando”, ressalta um deles, que abre o capítulo Agora É Guerra.

“Faço quatro ou cinco quadrinhos por dia, tenho que entregar, não tem jeito”, comenta Dahmer - “não tem nada de processo de artista, eu acordo e faço”. Com os poemas, é diferente. “É outro ritmo, tenho tempo de fazer, reler e sem prazo para entregar”, compara. Para este livro, foram pelo menos dois anos de releituras e revisões.

A edição, cuidadosa, é da editora paulistana Lote 42 - que também fez sucesso na web, na época da Copa do Mundo, ano passado, ao prometer 10% de desconto a cada gol levado pela seleção brasileira. Lembre-se do 7 a 1. Esse é o décimo primeiro livro da editora, que também mantém, no centro de São Paulo, a Banca Tatuí, um “espaço de publicações independentes”.

A festa de lançamento de A Coragem do Primeiro Pássaro começa às 16h20 na Banca Tatuí (R. Barão de Tatuí, 275), com a presença de André Dahmer, pocket show da cantora e compositora Camila Garófalo, discotecagem, performances e sorvetes artesanais.

A CORAGEM DO PRIMEIRO PÁSSARO

Autor: André Dahmer

Editora: Lote 42 (64 págs., R$ 29,90)

Como uma espécie de manifesto, o quadrinista e escritor carioca André Dahmer abre seu terceiro livro de poemas com o seguinte verso: “vocês não me conhecem”. Fenômeno nas redes sociais com tiras como Malvados, Vida e Obra de Terêncio Horto e Quadrinhos dos Anos 10 - espécies de um apanhado geral, que transita com facilidade entre o lirismo, o pessimismo e o humor -, Dahmer leva suas tiradas certeiras e as expande nos poemas de A Coragem do Primeiro Pássaro, lançado em SP neste sábado, 9, pela editora Lote 42.

Mas o autor não concorda com essa leitura. “Esse não é um livro autobiográfico, procuro falar mais de coisas universais”, diz ao Estado, por telefone. “Esse verso não é um grito, porque o livro é sobre raiva, sim, mas também sobre amor.”

O amor, pode-se dizer, é o tema mais presente nos 37 poemas breves que compõem o livro - todos sem título, sem pontuação, sem maiúsculas. “Há uma questão formal para mim em relação ao verso livre”, afirma. Dentro desse guarda-chuva, o divórcio aparece com frequência: “amor é assim // quem nunca perdeu / não sabe o que está perdendo”, diz um dos poemas. “É mais uma projeção do que outra coisa”, comenta Dahmer, citando Manoel de Barros (“invento para me conhecer”) e Fernando Pessoa como inspirações. Os versos se movem como aforismos: “os chefes / os que matam pássaros por diversão / os que arrastam corpos pelas ruas / e os que salvam as vidas de outros homens em hospitais // todos / os homens merecem amor”.

André Dahmer Foto: Alessandra Migueis

Os poemas são para Dahmer uma espécie de folga do mundo político cotidiano, que ele aborda com frequência nas tiras, publicadas diariamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo - embora não deixem totalmente de lado essas questões: “um general / com chumbo na nuca / me disse // fofinho / a vida é assim / a maioria nasce e morre // gritando”, ressalta um deles, que abre o capítulo Agora É Guerra.

“Faço quatro ou cinco quadrinhos por dia, tenho que entregar, não tem jeito”, comenta Dahmer - “não tem nada de processo de artista, eu acordo e faço”. Com os poemas, é diferente. “É outro ritmo, tenho tempo de fazer, reler e sem prazo para entregar”, compara. Para este livro, foram pelo menos dois anos de releituras e revisões.

A edição, cuidadosa, é da editora paulistana Lote 42 - que também fez sucesso na web, na época da Copa do Mundo, ano passado, ao prometer 10% de desconto a cada gol levado pela seleção brasileira. Lembre-se do 7 a 1. Esse é o décimo primeiro livro da editora, que também mantém, no centro de São Paulo, a Banca Tatuí, um “espaço de publicações independentes”.

A festa de lançamento de A Coragem do Primeiro Pássaro começa às 16h20 na Banca Tatuí (R. Barão de Tatuí, 275), com a presença de André Dahmer, pocket show da cantora e compositora Camila Garófalo, discotecagem, performances e sorvetes artesanais.

A CORAGEM DO PRIMEIRO PÁSSARO

Autor: André Dahmer

Editora: Lote 42 (64 págs., R$ 29,90)

Como uma espécie de manifesto, o quadrinista e escritor carioca André Dahmer abre seu terceiro livro de poemas com o seguinte verso: “vocês não me conhecem”. Fenômeno nas redes sociais com tiras como Malvados, Vida e Obra de Terêncio Horto e Quadrinhos dos Anos 10 - espécies de um apanhado geral, que transita com facilidade entre o lirismo, o pessimismo e o humor -, Dahmer leva suas tiradas certeiras e as expande nos poemas de A Coragem do Primeiro Pássaro, lançado em SP neste sábado, 9, pela editora Lote 42.

Mas o autor não concorda com essa leitura. “Esse não é um livro autobiográfico, procuro falar mais de coisas universais”, diz ao Estado, por telefone. “Esse verso não é um grito, porque o livro é sobre raiva, sim, mas também sobre amor.”

O amor, pode-se dizer, é o tema mais presente nos 37 poemas breves que compõem o livro - todos sem título, sem pontuação, sem maiúsculas. “Há uma questão formal para mim em relação ao verso livre”, afirma. Dentro desse guarda-chuva, o divórcio aparece com frequência: “amor é assim // quem nunca perdeu / não sabe o que está perdendo”, diz um dos poemas. “É mais uma projeção do que outra coisa”, comenta Dahmer, citando Manoel de Barros (“invento para me conhecer”) e Fernando Pessoa como inspirações. Os versos se movem como aforismos: “os chefes / os que matam pássaros por diversão / os que arrastam corpos pelas ruas / e os que salvam as vidas de outros homens em hospitais // todos / os homens merecem amor”.

André Dahmer Foto: Alessandra Migueis

Os poemas são para Dahmer uma espécie de folga do mundo político cotidiano, que ele aborda com frequência nas tiras, publicadas diariamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo - embora não deixem totalmente de lado essas questões: “um general / com chumbo na nuca / me disse // fofinho / a vida é assim / a maioria nasce e morre // gritando”, ressalta um deles, que abre o capítulo Agora É Guerra.

“Faço quatro ou cinco quadrinhos por dia, tenho que entregar, não tem jeito”, comenta Dahmer - “não tem nada de processo de artista, eu acordo e faço”. Com os poemas, é diferente. “É outro ritmo, tenho tempo de fazer, reler e sem prazo para entregar”, compara. Para este livro, foram pelo menos dois anos de releituras e revisões.

A edição, cuidadosa, é da editora paulistana Lote 42 - que também fez sucesso na web, na época da Copa do Mundo, ano passado, ao prometer 10% de desconto a cada gol levado pela seleção brasileira. Lembre-se do 7 a 1. Esse é o décimo primeiro livro da editora, que também mantém, no centro de São Paulo, a Banca Tatuí, um “espaço de publicações independentes”.

A festa de lançamento de A Coragem do Primeiro Pássaro começa às 16h20 na Banca Tatuí (R. Barão de Tatuí, 275), com a presença de André Dahmer, pocket show da cantora e compositora Camila Garófalo, discotecagem, performances e sorvetes artesanais.

A CORAGEM DO PRIMEIRO PÁSSARO

Autor: André Dahmer

Editora: Lote 42 (64 págs., R$ 29,90)

Como uma espécie de manifesto, o quadrinista e escritor carioca André Dahmer abre seu terceiro livro de poemas com o seguinte verso: “vocês não me conhecem”. Fenômeno nas redes sociais com tiras como Malvados, Vida e Obra de Terêncio Horto e Quadrinhos dos Anos 10 - espécies de um apanhado geral, que transita com facilidade entre o lirismo, o pessimismo e o humor -, Dahmer leva suas tiradas certeiras e as expande nos poemas de A Coragem do Primeiro Pássaro, lançado em SP neste sábado, 9, pela editora Lote 42.

Mas o autor não concorda com essa leitura. “Esse não é um livro autobiográfico, procuro falar mais de coisas universais”, diz ao Estado, por telefone. “Esse verso não é um grito, porque o livro é sobre raiva, sim, mas também sobre amor.”

O amor, pode-se dizer, é o tema mais presente nos 37 poemas breves que compõem o livro - todos sem título, sem pontuação, sem maiúsculas. “Há uma questão formal para mim em relação ao verso livre”, afirma. Dentro desse guarda-chuva, o divórcio aparece com frequência: “amor é assim // quem nunca perdeu / não sabe o que está perdendo”, diz um dos poemas. “É mais uma projeção do que outra coisa”, comenta Dahmer, citando Manoel de Barros (“invento para me conhecer”) e Fernando Pessoa como inspirações. Os versos se movem como aforismos: “os chefes / os que matam pássaros por diversão / os que arrastam corpos pelas ruas / e os que salvam as vidas de outros homens em hospitais // todos / os homens merecem amor”.

André Dahmer Foto: Alessandra Migueis

Os poemas são para Dahmer uma espécie de folga do mundo político cotidiano, que ele aborda com frequência nas tiras, publicadas diariamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo - embora não deixem totalmente de lado essas questões: “um general / com chumbo na nuca / me disse // fofinho / a vida é assim / a maioria nasce e morre // gritando”, ressalta um deles, que abre o capítulo Agora É Guerra.

“Faço quatro ou cinco quadrinhos por dia, tenho que entregar, não tem jeito”, comenta Dahmer - “não tem nada de processo de artista, eu acordo e faço”. Com os poemas, é diferente. “É outro ritmo, tenho tempo de fazer, reler e sem prazo para entregar”, compara. Para este livro, foram pelo menos dois anos de releituras e revisões.

A edição, cuidadosa, é da editora paulistana Lote 42 - que também fez sucesso na web, na época da Copa do Mundo, ano passado, ao prometer 10% de desconto a cada gol levado pela seleção brasileira. Lembre-se do 7 a 1. Esse é o décimo primeiro livro da editora, que também mantém, no centro de São Paulo, a Banca Tatuí, um “espaço de publicações independentes”.

A festa de lançamento de A Coragem do Primeiro Pássaro começa às 16h20 na Banca Tatuí (R. Barão de Tatuí, 275), com a presença de André Dahmer, pocket show da cantora e compositora Camila Garófalo, discotecagem, performances e sorvetes artesanais.

A CORAGEM DO PRIMEIRO PÁSSARO

Autor: André Dahmer

Editora: Lote 42 (64 págs., R$ 29,90)

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