Seu nome foi associado a um dos grandes escândalos literários dos EUA no século passado, a autobiografia do bilionário norte-americano Howard Hughes, que rendeu ao autor uma fortuna (US$ 750 mil de adiantamento da editora McGraw-Hill, mais US$ 250 mil pelos direitos de publicação em série pela revista Life e mais outros US$ 400 mil pelos direitos do livro). Na terça, essa história acabou na Flórida. O americano Clifford Irving morreu, aos 87 anos, de um câncer no pâncreas, no hospital em Sarasota.
O excêntrico e recluso Hughes veio a público, em 1971, desmentir Irving quando o livro foi anunciado, provocando uma ação judicial na qual o escritor foi condenado a dois anos e meio de prisão (cumpriu 17 meses). Irving também é autor de um livro sobre Elmyr de Hory, que falsificava quadros de pintores modernos e inspirou Orson Welles a filmar F for Fake (Verdades e Mentiras, 1973), com François Reichenbach.