Censura a livros bate recorde nos EUA, denuncia organização


No total, 2.571 títulos foram objeto de censura em 2022; tentativa é de silenciar, principalmente, vozes da comunidade LGBTQIA+ e de pessoas não brancas ou livros sobre elas

Por Redação
Atualização:

Em um contexto de polarização política extrema, foram recebidas 1.269 solicitações de censura a livros nos Estados Unidos no último ano, em particular a obras da ou sobre a comunidade LGBTQIA+ e de ou sobre pessoas não brancas, quase o dobro do que em 2021, informou a American Library Association (ALA) nesta quinta-feira (23).

No total, 2.571 títulos foram objeto de censura em 2022, 713 a mais do que no ano anterior, marcando um novo recorde desde que essa associação de bibliotecas dos Estados Unidos, criada há 140 anos, começou a compilar esse tipo de informação, há 20 anos.

Um total de 58% das denúncias foram contra livros em bibiliotecas e planos de estudos escolares, e o restante contra títulos em bibliotecas públicas, apontou a organização, que irá divulgar a lista de títulos afetados no fim de abril, durante a Semana Nacional das Bibliotecas, em Washington.

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Alguns dos títulos afetados em anos anteriores foram clássicos como O Sol é Para Todos, de Harper Lee, Ratos e Homens, de John Steinbeck, ou O Olho Mais Azul, da ganhadora do Nobel de Literatura Toni Morrison.

Toni Morrison está entre os autores que grupos de americanos querem banir das bibliotecas Foto: Philippe Wojazer / Reuters

Antes de 2021, a maioria das tentativas de silenciar um livro buscavam retirá-lo de circulação ou restringir o acesso ao mesmo. Agora, “estamos vendo que essas impugnações são de grupos de censura organizados que vão às reuniões dos conselhos de administração das bibliotecas locais para exigir a retirada de uma longa lista de livros” e “que ninguém os possa ler”, disse em comunicado Deborah Caldwell-Stone, diretora do Escritório de Liberdade Intelectual da ALA.

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Seu objetivo é “suprimir as vozes daqueles tradicionalmente excluídos dos debates da nossa nação, como as pessoas da comunidade LGBTQIA+ ou as pessoas não brancas”, afirmou. Os leitores é que devem decidir o que ler, e não “a autoproclamada polícia do livro”, enfatizou.

Clássico de Harper Lee, O Sol é Para Todos ainda incomoda alguns americanos Foto: Reprodução de capa/Editora José Olympio

A censura não ataca apenas os livros. Cada vez mais, há ameaças a funcionários de bibliotecas, ao seu emprego, à sua segurança, e, em alguns casos, ameaças diretas por fornecerem livros aos jovens e a seus pais que desejam ler, lembrou, por sua vez, a presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada.

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A impugnação de um livro pode se resolver em favor da sua manutenção na coleção, restringir o seu acesso ou retirá-lo da biblioteca, apontou a associação, que apenas contabiliza as denúncias que recebe diretamente.

Em um contexto de polarização política extrema, foram recebidas 1.269 solicitações de censura a livros nos Estados Unidos no último ano, em particular a obras da ou sobre a comunidade LGBTQIA+ e de ou sobre pessoas não brancas, quase o dobro do que em 2021, informou a American Library Association (ALA) nesta quinta-feira (23).

No total, 2.571 títulos foram objeto de censura em 2022, 713 a mais do que no ano anterior, marcando um novo recorde desde que essa associação de bibliotecas dos Estados Unidos, criada há 140 anos, começou a compilar esse tipo de informação, há 20 anos.

Um total de 58% das denúncias foram contra livros em bibiliotecas e planos de estudos escolares, e o restante contra títulos em bibliotecas públicas, apontou a organização, que irá divulgar a lista de títulos afetados no fim de abril, durante a Semana Nacional das Bibliotecas, em Washington.

Alguns dos títulos afetados em anos anteriores foram clássicos como O Sol é Para Todos, de Harper Lee, Ratos e Homens, de John Steinbeck, ou O Olho Mais Azul, da ganhadora do Nobel de Literatura Toni Morrison.

Toni Morrison está entre os autores que grupos de americanos querem banir das bibliotecas Foto: Philippe Wojazer / Reuters

Antes de 2021, a maioria das tentativas de silenciar um livro buscavam retirá-lo de circulação ou restringir o acesso ao mesmo. Agora, “estamos vendo que essas impugnações são de grupos de censura organizados que vão às reuniões dos conselhos de administração das bibliotecas locais para exigir a retirada de uma longa lista de livros” e “que ninguém os possa ler”, disse em comunicado Deborah Caldwell-Stone, diretora do Escritório de Liberdade Intelectual da ALA.

Seu objetivo é “suprimir as vozes daqueles tradicionalmente excluídos dos debates da nossa nação, como as pessoas da comunidade LGBTQIA+ ou as pessoas não brancas”, afirmou. Os leitores é que devem decidir o que ler, e não “a autoproclamada polícia do livro”, enfatizou.

Clássico de Harper Lee, O Sol é Para Todos ainda incomoda alguns americanos Foto: Reprodução de capa/Editora José Olympio

A censura não ataca apenas os livros. Cada vez mais, há ameaças a funcionários de bibliotecas, ao seu emprego, à sua segurança, e, em alguns casos, ameaças diretas por fornecerem livros aos jovens e a seus pais que desejam ler, lembrou, por sua vez, a presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada.

A impugnação de um livro pode se resolver em favor da sua manutenção na coleção, restringir o seu acesso ou retirá-lo da biblioteca, apontou a associação, que apenas contabiliza as denúncias que recebe diretamente.

Em um contexto de polarização política extrema, foram recebidas 1.269 solicitações de censura a livros nos Estados Unidos no último ano, em particular a obras da ou sobre a comunidade LGBTQIA+ e de ou sobre pessoas não brancas, quase o dobro do que em 2021, informou a American Library Association (ALA) nesta quinta-feira (23).

No total, 2.571 títulos foram objeto de censura em 2022, 713 a mais do que no ano anterior, marcando um novo recorde desde que essa associação de bibliotecas dos Estados Unidos, criada há 140 anos, começou a compilar esse tipo de informação, há 20 anos.

Um total de 58% das denúncias foram contra livros em bibiliotecas e planos de estudos escolares, e o restante contra títulos em bibliotecas públicas, apontou a organização, que irá divulgar a lista de títulos afetados no fim de abril, durante a Semana Nacional das Bibliotecas, em Washington.

Alguns dos títulos afetados em anos anteriores foram clássicos como O Sol é Para Todos, de Harper Lee, Ratos e Homens, de John Steinbeck, ou O Olho Mais Azul, da ganhadora do Nobel de Literatura Toni Morrison.

Toni Morrison está entre os autores que grupos de americanos querem banir das bibliotecas Foto: Philippe Wojazer / Reuters

Antes de 2021, a maioria das tentativas de silenciar um livro buscavam retirá-lo de circulação ou restringir o acesso ao mesmo. Agora, “estamos vendo que essas impugnações são de grupos de censura organizados que vão às reuniões dos conselhos de administração das bibliotecas locais para exigir a retirada de uma longa lista de livros” e “que ninguém os possa ler”, disse em comunicado Deborah Caldwell-Stone, diretora do Escritório de Liberdade Intelectual da ALA.

Seu objetivo é “suprimir as vozes daqueles tradicionalmente excluídos dos debates da nossa nação, como as pessoas da comunidade LGBTQIA+ ou as pessoas não brancas”, afirmou. Os leitores é que devem decidir o que ler, e não “a autoproclamada polícia do livro”, enfatizou.

Clássico de Harper Lee, O Sol é Para Todos ainda incomoda alguns americanos Foto: Reprodução de capa/Editora José Olympio

A censura não ataca apenas os livros. Cada vez mais, há ameaças a funcionários de bibliotecas, ao seu emprego, à sua segurança, e, em alguns casos, ameaças diretas por fornecerem livros aos jovens e a seus pais que desejam ler, lembrou, por sua vez, a presidente da ALA, Lessa Kanani’opua Pelayo-Lozada.

A impugnação de um livro pode se resolver em favor da sua manutenção na coleção, restringir o seu acesso ou retirá-lo da biblioteca, apontou a associação, que apenas contabiliza as denúncias que recebe diretamente.

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