Chico Buarque, Valter Hugo Mãe e Sérgio Sant’Anna estão entre os finalistas do Prêmio Oceanos 2015


Vencedores do prêmio que distribuirá R$ 230 mil serão conhecidos dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera; veja lista

Por Maria Fernanda Rodrigues

Em sua primeira edição, o Prêmio Oceanos, herdeiro do Portugal Telecom, anunciou nesta quarta-feira, 11, os 14 livros finalistas. Alguns dos títulos escolhidos pelo júri também figuram nas listas de outros prêmios, como é o caso de O Irmão Alemão, de Chico Buarque; Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago; A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa; e Tempo de Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo, entre outros.

Valter Hugo Mãe, português de origem angolana, é o único estrangeiro entre os concorrentes. Pelo edital, podem participar autores lusófonos com obras publicadas no Brasil. Concorrem, ainda, Rodrigo Naves, Flávio Cafieiro, Sérgio Sant’Anna, Alcides Villaça, Elvira Vigna, Luci Collin, Glauco Mattoso, André Valias e Marília Garcia.

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Uma das mudanças do regulamento foi a exclusão de categorias. Hoje, romance, poesia e conto concorrem entre si. Outra mudança foi o aumento do valor total do prêmio – de R$ 200 mil para R$ 230 mil. E quatro escritores, e não mais três, serão premiados. O primeiro ganha R$ 100 mil. O segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O Oceanos é promovido pelo Itaú Cultural.

O júri foi formado por Eduardo Sterzi, Eliane Robert de Moraes, Eneida Maria de Souza, Ítalo Moriconi, Josélia Aguiar, Luiz Costa Lima, Regina Zilberman e Sérgio Alcides, além dos curadores Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Selma Caetano. Eles discutiram os 63 títulos classificados na etapa anterior, quando um júri inicial de 100 pessoas avaliou as 592 obras inscritas. Nesta segunda etapa, cujo resultado é divulgado agora, houve empate e a lista de finalistas, que deveria ter 12 livros, ficou com 14.

Os vencedores serão conhecidos no dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera.

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Confira os livros finalistas e a justificativa dos jurados

A Calma Dos Dias, de Rodrigo Naves (Companhia das Letras)

O autor transgride a fronteira entre gêneros que em princípio são não ficcionais, como o ensaio curto, o fragmento, o aforismo e a anotação fortuita de reflexões sobre a vida e o cotidiano aproximando-se às vezes, da crônica. O resultado, porém, atrai para o conjunto uma inesperada atmosfera de ficcionalidade.

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A Desumanização, de Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)

 Valter Hugo Mãe ambienta o seu sexto romance na Islândia onde vive uma grande sofisticação espiritual. A desumanização personifica a solidão humana na história dolorosa de uma menina que perde sua metade gêmea.

A Primeira História Do Mundo, de Alberto Mussa (Record)

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A obra reconta o primeiro assassinato da cidade do Rio de Janeiro ocorrido em 1567. Para isso, o autor combina, de forma habilidosa, romance, ensaio e antropologia, convocando a mitologia a iluminar os pontos obscuros da história.

Dez Centímetros Acima Do Chão, de Flavio Cafieiro (Cosac Naify)

Com virtuosismo de estilo, o autor escreve contos de grande trabalho autoral, em que o tratamento empresta originalidade até a temáticas aparentemente banais.

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Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago (Companhia das Letras)

Romance de profunda dramaticidade, elaboração autobiográfica e biográfica, no limite entre ensaio e ficção, revela uma resolução narrativa inovadora na obra do autor.

O Homem-Mulher, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)

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O escritor contemporâneo brasileiro emprega o erótico não como tema espetaculoso, mas como parte de uma sinfonia pastoral que, principiando por uma cena carnavalesca-erótica em um cemitério, termina com a harmonia alcançada entre a demência pela derrota no futebol e o encanto por uma bailarina.

Ondas Curtas, de Alcides Villaça (Cosac Naify)

Poemas da mais pura tradição modernista nos quais se combinam erudição e cultura popular, humor e lirismo.

O Irmão Alemão, de Chico Buarque (Companhia das Letras)

Romance que enganosamente aproveita elementos autobiográficos – mas é o exercício arguto da ficção que lhe permite abordar com mais vigor aspectos conflituosos, seja da vida familiar, seja da história do país.

Por Escrito, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)

A autora presenta um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no gênero.

Querer Falar, de Luci Collin (7 Letras)

Livro de poemas de uma autora ainda pouco conhecida que gira em torno de eixo fornecido por dois planos: o que se dá, enquanto se vê, e o que se espera.

Sacola de Feira, de Glauco Mattoso (NVersos)

Um livro no qual o passado e o presente da língua se encontram, com a forma fixa dos sonetos sendo renovada pela veia erótica.

Tempo De Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo (Cosac Naify)

Na contramão do romance urbano, que marca fortemente sua geração, Estevão Azevedo revisita o Brasil profundo com uma história de amor e de poder, que tem o garimpo como pano de fundo. Romance que aposta no tom telúrico, revela um autor com notável domínio da narrativa.

Totem, de André Valias (Cultura e Barbárie)

Constrói um dos grandes poemas políticos de nosso tempo a partir de uma experimentação radical que abarca a própria forma do livro. Trata-se de uma obra de resistência e sobretudo de afirmação da indianidade, precisamente em um momento de acirramento da violência contra as populações indígenas e de assalto contra os seus direitos.

Um Teste de Resistores, de Marilia Garcia (7 Letras)

Livro de poesia inovador que estende as possibilidades do verso, aproximando-o da prosa sem nela transformar-se, mas multiplicando suas possibilidades rítmicas aborda com habilidade as relações entre experiências de vida e de formação literária, da formação literária como experiência de vida.

Em sua primeira edição, o Prêmio Oceanos, herdeiro do Portugal Telecom, anunciou nesta quarta-feira, 11, os 14 livros finalistas. Alguns dos títulos escolhidos pelo júri também figuram nas listas de outros prêmios, como é o caso de O Irmão Alemão, de Chico Buarque; Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago; A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa; e Tempo de Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo, entre outros.

Valter Hugo Mãe, português de origem angolana, é o único estrangeiro entre os concorrentes. Pelo edital, podem participar autores lusófonos com obras publicadas no Brasil. Concorrem, ainda, Rodrigo Naves, Flávio Cafieiro, Sérgio Sant’Anna, Alcides Villaça, Elvira Vigna, Luci Collin, Glauco Mattoso, André Valias e Marília Garcia.

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Uma das mudanças do regulamento foi a exclusão de categorias. Hoje, romance, poesia e conto concorrem entre si. Outra mudança foi o aumento do valor total do prêmio – de R$ 200 mil para R$ 230 mil. E quatro escritores, e não mais três, serão premiados. O primeiro ganha R$ 100 mil. O segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O Oceanos é promovido pelo Itaú Cultural.

O júri foi formado por Eduardo Sterzi, Eliane Robert de Moraes, Eneida Maria de Souza, Ítalo Moriconi, Josélia Aguiar, Luiz Costa Lima, Regina Zilberman e Sérgio Alcides, além dos curadores Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Selma Caetano. Eles discutiram os 63 títulos classificados na etapa anterior, quando um júri inicial de 100 pessoas avaliou as 592 obras inscritas. Nesta segunda etapa, cujo resultado é divulgado agora, houve empate e a lista de finalistas, que deveria ter 12 livros, ficou com 14.

Os vencedores serão conhecidos no dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera.

Confira os livros finalistas e a justificativa dos jurados

A Calma Dos Dias, de Rodrigo Naves (Companhia das Letras)

O autor transgride a fronteira entre gêneros que em princípio são não ficcionais, como o ensaio curto, o fragmento, o aforismo e a anotação fortuita de reflexões sobre a vida e o cotidiano aproximando-se às vezes, da crônica. O resultado, porém, atrai para o conjunto uma inesperada atmosfera de ficcionalidade.

A Desumanização, de Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)

 Valter Hugo Mãe ambienta o seu sexto romance na Islândia onde vive uma grande sofisticação espiritual. A desumanização personifica a solidão humana na história dolorosa de uma menina que perde sua metade gêmea.

A Primeira História Do Mundo, de Alberto Mussa (Record)

A obra reconta o primeiro assassinato da cidade do Rio de Janeiro ocorrido em 1567. Para isso, o autor combina, de forma habilidosa, romance, ensaio e antropologia, convocando a mitologia a iluminar os pontos obscuros da história.

Dez Centímetros Acima Do Chão, de Flavio Cafieiro (Cosac Naify)

Com virtuosismo de estilo, o autor escreve contos de grande trabalho autoral, em que o tratamento empresta originalidade até a temáticas aparentemente banais.

Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago (Companhia das Letras)

Romance de profunda dramaticidade, elaboração autobiográfica e biográfica, no limite entre ensaio e ficção, revela uma resolução narrativa inovadora na obra do autor.

O Homem-Mulher, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)

O escritor contemporâneo brasileiro emprega o erótico não como tema espetaculoso, mas como parte de uma sinfonia pastoral que, principiando por uma cena carnavalesca-erótica em um cemitério, termina com a harmonia alcançada entre a demência pela derrota no futebol e o encanto por uma bailarina.

Ondas Curtas, de Alcides Villaça (Cosac Naify)

Poemas da mais pura tradição modernista nos quais se combinam erudição e cultura popular, humor e lirismo.

O Irmão Alemão, de Chico Buarque (Companhia das Letras)

Romance que enganosamente aproveita elementos autobiográficos – mas é o exercício arguto da ficção que lhe permite abordar com mais vigor aspectos conflituosos, seja da vida familiar, seja da história do país.

Por Escrito, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)

A autora presenta um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no gênero.

Querer Falar, de Luci Collin (7 Letras)

Livro de poemas de uma autora ainda pouco conhecida que gira em torno de eixo fornecido por dois planos: o que se dá, enquanto se vê, e o que se espera.

Sacola de Feira, de Glauco Mattoso (NVersos)

Um livro no qual o passado e o presente da língua se encontram, com a forma fixa dos sonetos sendo renovada pela veia erótica.

Tempo De Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo (Cosac Naify)

Na contramão do romance urbano, que marca fortemente sua geração, Estevão Azevedo revisita o Brasil profundo com uma história de amor e de poder, que tem o garimpo como pano de fundo. Romance que aposta no tom telúrico, revela um autor com notável domínio da narrativa.

Totem, de André Valias (Cultura e Barbárie)

Constrói um dos grandes poemas políticos de nosso tempo a partir de uma experimentação radical que abarca a própria forma do livro. Trata-se de uma obra de resistência e sobretudo de afirmação da indianidade, precisamente em um momento de acirramento da violência contra as populações indígenas e de assalto contra os seus direitos.

Um Teste de Resistores, de Marilia Garcia (7 Letras)

Livro de poesia inovador que estende as possibilidades do verso, aproximando-o da prosa sem nela transformar-se, mas multiplicando suas possibilidades rítmicas aborda com habilidade as relações entre experiências de vida e de formação literária, da formação literária como experiência de vida.

Em sua primeira edição, o Prêmio Oceanos, herdeiro do Portugal Telecom, anunciou nesta quarta-feira, 11, os 14 livros finalistas. Alguns dos títulos escolhidos pelo júri também figuram nas listas de outros prêmios, como é o caso de O Irmão Alemão, de Chico Buarque; Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago; A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa; e Tempo de Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo, entre outros.

Valter Hugo Mãe, português de origem angolana, é o único estrangeiro entre os concorrentes. Pelo edital, podem participar autores lusófonos com obras publicadas no Brasil. Concorrem, ainda, Rodrigo Naves, Flávio Cafieiro, Sérgio Sant’Anna, Alcides Villaça, Elvira Vigna, Luci Collin, Glauco Mattoso, André Valias e Marília Garcia.

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Uma das mudanças do regulamento foi a exclusão de categorias. Hoje, romance, poesia e conto concorrem entre si. Outra mudança foi o aumento do valor total do prêmio – de R$ 200 mil para R$ 230 mil. E quatro escritores, e não mais três, serão premiados. O primeiro ganha R$ 100 mil. O segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O Oceanos é promovido pelo Itaú Cultural.

O júri foi formado por Eduardo Sterzi, Eliane Robert de Moraes, Eneida Maria de Souza, Ítalo Moriconi, Josélia Aguiar, Luiz Costa Lima, Regina Zilberman e Sérgio Alcides, além dos curadores Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Selma Caetano. Eles discutiram os 63 títulos classificados na etapa anterior, quando um júri inicial de 100 pessoas avaliou as 592 obras inscritas. Nesta segunda etapa, cujo resultado é divulgado agora, houve empate e a lista de finalistas, que deveria ter 12 livros, ficou com 14.

Os vencedores serão conhecidos no dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera.

Confira os livros finalistas e a justificativa dos jurados

A Calma Dos Dias, de Rodrigo Naves (Companhia das Letras)

O autor transgride a fronteira entre gêneros que em princípio são não ficcionais, como o ensaio curto, o fragmento, o aforismo e a anotação fortuita de reflexões sobre a vida e o cotidiano aproximando-se às vezes, da crônica. O resultado, porém, atrai para o conjunto uma inesperada atmosfera de ficcionalidade.

A Desumanização, de Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)

 Valter Hugo Mãe ambienta o seu sexto romance na Islândia onde vive uma grande sofisticação espiritual. A desumanização personifica a solidão humana na história dolorosa de uma menina que perde sua metade gêmea.

A Primeira História Do Mundo, de Alberto Mussa (Record)

A obra reconta o primeiro assassinato da cidade do Rio de Janeiro ocorrido em 1567. Para isso, o autor combina, de forma habilidosa, romance, ensaio e antropologia, convocando a mitologia a iluminar os pontos obscuros da história.

Dez Centímetros Acima Do Chão, de Flavio Cafieiro (Cosac Naify)

Com virtuosismo de estilo, o autor escreve contos de grande trabalho autoral, em que o tratamento empresta originalidade até a temáticas aparentemente banais.

Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago (Companhia das Letras)

Romance de profunda dramaticidade, elaboração autobiográfica e biográfica, no limite entre ensaio e ficção, revela uma resolução narrativa inovadora na obra do autor.

O Homem-Mulher, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)

O escritor contemporâneo brasileiro emprega o erótico não como tema espetaculoso, mas como parte de uma sinfonia pastoral que, principiando por uma cena carnavalesca-erótica em um cemitério, termina com a harmonia alcançada entre a demência pela derrota no futebol e o encanto por uma bailarina.

Ondas Curtas, de Alcides Villaça (Cosac Naify)

Poemas da mais pura tradição modernista nos quais se combinam erudição e cultura popular, humor e lirismo.

O Irmão Alemão, de Chico Buarque (Companhia das Letras)

Romance que enganosamente aproveita elementos autobiográficos – mas é o exercício arguto da ficção que lhe permite abordar com mais vigor aspectos conflituosos, seja da vida familiar, seja da história do país.

Por Escrito, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)

A autora presenta um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no gênero.

Querer Falar, de Luci Collin (7 Letras)

Livro de poemas de uma autora ainda pouco conhecida que gira em torno de eixo fornecido por dois planos: o que se dá, enquanto se vê, e o que se espera.

Sacola de Feira, de Glauco Mattoso (NVersos)

Um livro no qual o passado e o presente da língua se encontram, com a forma fixa dos sonetos sendo renovada pela veia erótica.

Tempo De Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo (Cosac Naify)

Na contramão do romance urbano, que marca fortemente sua geração, Estevão Azevedo revisita o Brasil profundo com uma história de amor e de poder, que tem o garimpo como pano de fundo. Romance que aposta no tom telúrico, revela um autor com notável domínio da narrativa.

Totem, de André Valias (Cultura e Barbárie)

Constrói um dos grandes poemas políticos de nosso tempo a partir de uma experimentação radical que abarca a própria forma do livro. Trata-se de uma obra de resistência e sobretudo de afirmação da indianidade, precisamente em um momento de acirramento da violência contra as populações indígenas e de assalto contra os seus direitos.

Um Teste de Resistores, de Marilia Garcia (7 Letras)

Livro de poesia inovador que estende as possibilidades do verso, aproximando-o da prosa sem nela transformar-se, mas multiplicando suas possibilidades rítmicas aborda com habilidade as relações entre experiências de vida e de formação literária, da formação literária como experiência de vida.

Em sua primeira edição, o Prêmio Oceanos, herdeiro do Portugal Telecom, anunciou nesta quarta-feira, 11, os 14 livros finalistas. Alguns dos títulos escolhidos pelo júri também figuram nas listas de outros prêmios, como é o caso de O Irmão Alemão, de Chico Buarque; Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago; A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa; e Tempo de Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo, entre outros.

Valter Hugo Mãe, português de origem angolana, é o único estrangeiro entre os concorrentes. Pelo edital, podem participar autores lusófonos com obras publicadas no Brasil. Concorrem, ainda, Rodrigo Naves, Flávio Cafieiro, Sérgio Sant’Anna, Alcides Villaça, Elvira Vigna, Luci Collin, Glauco Mattoso, André Valias e Marília Garcia.

reference

Uma das mudanças do regulamento foi a exclusão de categorias. Hoje, romance, poesia e conto concorrem entre si. Outra mudança foi o aumento do valor total do prêmio – de R$ 200 mil para R$ 230 mil. E quatro escritores, e não mais três, serão premiados. O primeiro ganha R$ 100 mil. O segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O Oceanos é promovido pelo Itaú Cultural.

O júri foi formado por Eduardo Sterzi, Eliane Robert de Moraes, Eneida Maria de Souza, Ítalo Moriconi, Josélia Aguiar, Luiz Costa Lima, Regina Zilberman e Sérgio Alcides, além dos curadores Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Selma Caetano. Eles discutiram os 63 títulos classificados na etapa anterior, quando um júri inicial de 100 pessoas avaliou as 592 obras inscritas. Nesta segunda etapa, cujo resultado é divulgado agora, houve empate e a lista de finalistas, que deveria ter 12 livros, ficou com 14.

Os vencedores serão conhecidos no dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera.

Confira os livros finalistas e a justificativa dos jurados

A Calma Dos Dias, de Rodrigo Naves (Companhia das Letras)

O autor transgride a fronteira entre gêneros que em princípio são não ficcionais, como o ensaio curto, o fragmento, o aforismo e a anotação fortuita de reflexões sobre a vida e o cotidiano aproximando-se às vezes, da crônica. O resultado, porém, atrai para o conjunto uma inesperada atmosfera de ficcionalidade.

A Desumanização, de Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)

 Valter Hugo Mãe ambienta o seu sexto romance na Islândia onde vive uma grande sofisticação espiritual. A desumanização personifica a solidão humana na história dolorosa de uma menina que perde sua metade gêmea.

A Primeira História Do Mundo, de Alberto Mussa (Record)

A obra reconta o primeiro assassinato da cidade do Rio de Janeiro ocorrido em 1567. Para isso, o autor combina, de forma habilidosa, romance, ensaio e antropologia, convocando a mitologia a iluminar os pontos obscuros da história.

Dez Centímetros Acima Do Chão, de Flavio Cafieiro (Cosac Naify)

Com virtuosismo de estilo, o autor escreve contos de grande trabalho autoral, em que o tratamento empresta originalidade até a temáticas aparentemente banais.

Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago (Companhia das Letras)

Romance de profunda dramaticidade, elaboração autobiográfica e biográfica, no limite entre ensaio e ficção, revela uma resolução narrativa inovadora na obra do autor.

O Homem-Mulher, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)

O escritor contemporâneo brasileiro emprega o erótico não como tema espetaculoso, mas como parte de uma sinfonia pastoral que, principiando por uma cena carnavalesca-erótica em um cemitério, termina com a harmonia alcançada entre a demência pela derrota no futebol e o encanto por uma bailarina.

Ondas Curtas, de Alcides Villaça (Cosac Naify)

Poemas da mais pura tradição modernista nos quais se combinam erudição e cultura popular, humor e lirismo.

O Irmão Alemão, de Chico Buarque (Companhia das Letras)

Romance que enganosamente aproveita elementos autobiográficos – mas é o exercício arguto da ficção que lhe permite abordar com mais vigor aspectos conflituosos, seja da vida familiar, seja da história do país.

Por Escrito, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)

A autora presenta um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no gênero.

Querer Falar, de Luci Collin (7 Letras)

Livro de poemas de uma autora ainda pouco conhecida que gira em torno de eixo fornecido por dois planos: o que se dá, enquanto se vê, e o que se espera.

Sacola de Feira, de Glauco Mattoso (NVersos)

Um livro no qual o passado e o presente da língua se encontram, com a forma fixa dos sonetos sendo renovada pela veia erótica.

Tempo De Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo (Cosac Naify)

Na contramão do romance urbano, que marca fortemente sua geração, Estevão Azevedo revisita o Brasil profundo com uma história de amor e de poder, que tem o garimpo como pano de fundo. Romance que aposta no tom telúrico, revela um autor com notável domínio da narrativa.

Totem, de André Valias (Cultura e Barbárie)

Constrói um dos grandes poemas políticos de nosso tempo a partir de uma experimentação radical que abarca a própria forma do livro. Trata-se de uma obra de resistência e sobretudo de afirmação da indianidade, precisamente em um momento de acirramento da violência contra as populações indígenas e de assalto contra os seus direitos.

Um Teste de Resistores, de Marilia Garcia (7 Letras)

Livro de poesia inovador que estende as possibilidades do verso, aproximando-o da prosa sem nela transformar-se, mas multiplicando suas possibilidades rítmicas aborda com habilidade as relações entre experiências de vida e de formação literária, da formação literária como experiência de vida.

Em sua primeira edição, o Prêmio Oceanos, herdeiro do Portugal Telecom, anunciou nesta quarta-feira, 11, os 14 livros finalistas. Alguns dos títulos escolhidos pelo júri também figuram nas listas de outros prêmios, como é o caso de O Irmão Alemão, de Chico Buarque; Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago; A Primeira História do Mundo, de Alberto Mussa; e Tempo de Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo, entre outros.

Valter Hugo Mãe, português de origem angolana, é o único estrangeiro entre os concorrentes. Pelo edital, podem participar autores lusófonos com obras publicadas no Brasil. Concorrem, ainda, Rodrigo Naves, Flávio Cafieiro, Sérgio Sant’Anna, Alcides Villaça, Elvira Vigna, Luci Collin, Glauco Mattoso, André Valias e Marília Garcia.

reference

Uma das mudanças do regulamento foi a exclusão de categorias. Hoje, romance, poesia e conto concorrem entre si. Outra mudança foi o aumento do valor total do prêmio – de R$ 200 mil para R$ 230 mil. E quatro escritores, e não mais três, serão premiados. O primeiro ganha R$ 100 mil. O segundo, R$ 60 mil; o terceiro, R$ 40 mil; e o quarto, R$ 30 mil. O Oceanos é promovido pelo Itaú Cultural.

O júri foi formado por Eduardo Sterzi, Eliane Robert de Moraes, Eneida Maria de Souza, Ítalo Moriconi, Josélia Aguiar, Luiz Costa Lima, Regina Zilberman e Sérgio Alcides, além dos curadores Noemi Jaffe, Rodrigo Lacerda e Selma Caetano. Eles discutiram os 63 títulos classificados na etapa anterior, quando um júri inicial de 100 pessoas avaliou as 592 obras inscritas. Nesta segunda etapa, cujo resultado é divulgado agora, houve empate e a lista de finalistas, que deveria ter 12 livros, ficou com 14.

Os vencedores serão conhecidos no dia 8 de dezembro, em cerimônia no Auditório Ibirapuera.

Confira os livros finalistas e a justificativa dos jurados

A Calma Dos Dias, de Rodrigo Naves (Companhia das Letras)

O autor transgride a fronteira entre gêneros que em princípio são não ficcionais, como o ensaio curto, o fragmento, o aforismo e a anotação fortuita de reflexões sobre a vida e o cotidiano aproximando-se às vezes, da crônica. O resultado, porém, atrai para o conjunto uma inesperada atmosfera de ficcionalidade.

A Desumanização, de Valter Hugo Mãe (Cosac Naify)

 Valter Hugo Mãe ambienta o seu sexto romance na Islândia onde vive uma grande sofisticação espiritual. A desumanização personifica a solidão humana na história dolorosa de uma menina que perde sua metade gêmea.

A Primeira História Do Mundo, de Alberto Mussa (Record)

A obra reconta o primeiro assassinato da cidade do Rio de Janeiro ocorrido em 1567. Para isso, o autor combina, de forma habilidosa, romance, ensaio e antropologia, convocando a mitologia a iluminar os pontos obscuros da história.

Dez Centímetros Acima Do Chão, de Flavio Cafieiro (Cosac Naify)

Com virtuosismo de estilo, o autor escreve contos de grande trabalho autoral, em que o tratamento empresta originalidade até a temáticas aparentemente banais.

Mil Rosas Roubadas, de Silviano Santiago (Companhia das Letras)

Romance de profunda dramaticidade, elaboração autobiográfica e biográfica, no limite entre ensaio e ficção, revela uma resolução narrativa inovadora na obra do autor.

O Homem-Mulher, de Sérgio Sant'Anna (Companhia das Letras)

O escritor contemporâneo brasileiro emprega o erótico não como tema espetaculoso, mas como parte de uma sinfonia pastoral que, principiando por uma cena carnavalesca-erótica em um cemitério, termina com a harmonia alcançada entre a demência pela derrota no futebol e o encanto por uma bailarina.

Ondas Curtas, de Alcides Villaça (Cosac Naify)

Poemas da mais pura tradição modernista nos quais se combinam erudição e cultura popular, humor e lirismo.

O Irmão Alemão, de Chico Buarque (Companhia das Letras)

Romance que enganosamente aproveita elementos autobiográficos – mas é o exercício arguto da ficção que lhe permite abordar com mais vigor aspectos conflituosos, seja da vida familiar, seja da história do país.

Por Escrito, de Elvira Vigna (Companhia das Letras)

A autora presenta um grande trabalho de ousadia estilística, além de enfrentar temas difíceis com uma agressividade inédita no gênero.

Querer Falar, de Luci Collin (7 Letras)

Livro de poemas de uma autora ainda pouco conhecida que gira em torno de eixo fornecido por dois planos: o que se dá, enquanto se vê, e o que se espera.

Sacola de Feira, de Glauco Mattoso (NVersos)

Um livro no qual o passado e o presente da língua se encontram, com a forma fixa dos sonetos sendo renovada pela veia erótica.

Tempo De Espalhar Pedras, de Estevão Azevedo (Cosac Naify)

Na contramão do romance urbano, que marca fortemente sua geração, Estevão Azevedo revisita o Brasil profundo com uma história de amor e de poder, que tem o garimpo como pano de fundo. Romance que aposta no tom telúrico, revela um autor com notável domínio da narrativa.

Totem, de André Valias (Cultura e Barbárie)

Constrói um dos grandes poemas políticos de nosso tempo a partir de uma experimentação radical que abarca a própria forma do livro. Trata-se de uma obra de resistência e sobretudo de afirmação da indianidade, precisamente em um momento de acirramento da violência contra as populações indígenas e de assalto contra os seus direitos.

Um Teste de Resistores, de Marilia Garcia (7 Letras)

Livro de poesia inovador que estende as possibilidades do verso, aproximando-o da prosa sem nela transformar-se, mas multiplicando suas possibilidades rítmicas aborda com habilidade as relações entre experiências de vida e de formação literária, da formação literária como experiência de vida.

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