Como é ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’, livro de Machado de Assis que viralizou


De leitura obrigatória dos vestibulares ao TikTok, obra é um clássico da literatura nacional e inaugurou o Realismo no Brasil

Por Gabriela Caputo

Um dos clássicos mais celebrados da literatura brasileira, Memórias Póstumas de Brás Cubas fez barulho nas redes sociais após uma influencer norte-americana publicar um vídeo no TikTok, dizendo estar encantada com o livro. A obra de Machado de Assis agora lidera a lista da Amazon de mais vendidos.

O escritor Machado de Assis, autor de 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'. Foto: Biblioteca Nacional

Veiculado inicialmente como folhetim ao longo de edições de uma revista, algo comum na época, Memórias Póstumas de Brás Cubas foi oficialmente publicado como romance em 1881. É considerada a obra inaugural do Realismo na literatura do Brasil.

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O narrador do livro é Brás Cubas, descrito como ‘defunto-autor’: um homem que, depois da morte, torna-se escritor para compor sua autobiografia. As peculiaridades que tornaram o livro célebre já aparecem na dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”.

Nascido na elite carioca, o narrador reflete as hipocrisias e caprichos das classes abastadas do século 19, denunciando a moral duvidosa e a preocupação com as aparências acima de tudo. A trama, que não segue uma linearidade necessariamente cronológica, começa com a morte do protagonista, vítima de uma pneumonia, e seu enterro. A partir daí as memórias do defunto são apresentadas: a infância travessa, a adolescência e os primeiros amores, as tentativas de se estabelecer na vida adulta.

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A vida de Brás Cubas, no fim das contas, é resumida como um grande fracasso. Ele não conquistou nada do que era esperado: teve amantes, mas não se casou nem teve filhos; não alcançou reconhecimento na carreira (ainda que tenha sido deputado, o desempenho no cargo foi medíocre); não conseguiu terminar seu ambicioso projeto, o ‘emplastro’ - um remédio capaz de tudo curar, em uma tentativa final de tornar-se um homem memorável. O tom que permeia a trama é, portanto, pessimista.

Courtney Henning Novak elogia ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas' Foto: Reprodução/@courtneyhenningnovak via TikTok

Há também um tempo psicológico correndo paralelamente aos episódios narrados pelo defunto-autor. Falando do além, ele se deixa divagar, mergulhando em digressões. Nesses momentos aparecem reflexões filosóficas e metáforas absurdas.

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O texto de Machado de Assis, dotado de ironia ácida, tece críticas à sociedade da época, trazendo referências histórias. Somado a isso, está seu teor literário inovador. Como resultado, a obra é favorita nas listas de leituras obrigatórias de vestibulares e escolas do País.

Um dos clássicos mais celebrados da literatura brasileira, Memórias Póstumas de Brás Cubas fez barulho nas redes sociais após uma influencer norte-americana publicar um vídeo no TikTok, dizendo estar encantada com o livro. A obra de Machado de Assis agora lidera a lista da Amazon de mais vendidos.

O escritor Machado de Assis, autor de 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'. Foto: Biblioteca Nacional

Veiculado inicialmente como folhetim ao longo de edições de uma revista, algo comum na época, Memórias Póstumas de Brás Cubas foi oficialmente publicado como romance em 1881. É considerada a obra inaugural do Realismo na literatura do Brasil.

O narrador do livro é Brás Cubas, descrito como ‘defunto-autor’: um homem que, depois da morte, torna-se escritor para compor sua autobiografia. As peculiaridades que tornaram o livro célebre já aparecem na dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”.

Nascido na elite carioca, o narrador reflete as hipocrisias e caprichos das classes abastadas do século 19, denunciando a moral duvidosa e a preocupação com as aparências acima de tudo. A trama, que não segue uma linearidade necessariamente cronológica, começa com a morte do protagonista, vítima de uma pneumonia, e seu enterro. A partir daí as memórias do defunto são apresentadas: a infância travessa, a adolescência e os primeiros amores, as tentativas de se estabelecer na vida adulta.

A vida de Brás Cubas, no fim das contas, é resumida como um grande fracasso. Ele não conquistou nada do que era esperado: teve amantes, mas não se casou nem teve filhos; não alcançou reconhecimento na carreira (ainda que tenha sido deputado, o desempenho no cargo foi medíocre); não conseguiu terminar seu ambicioso projeto, o ‘emplastro’ - um remédio capaz de tudo curar, em uma tentativa final de tornar-se um homem memorável. O tom que permeia a trama é, portanto, pessimista.

Courtney Henning Novak elogia ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas' Foto: Reprodução/@courtneyhenningnovak via TikTok

Há também um tempo psicológico correndo paralelamente aos episódios narrados pelo defunto-autor. Falando do além, ele se deixa divagar, mergulhando em digressões. Nesses momentos aparecem reflexões filosóficas e metáforas absurdas.

O texto de Machado de Assis, dotado de ironia ácida, tece críticas à sociedade da época, trazendo referências histórias. Somado a isso, está seu teor literário inovador. Como resultado, a obra é favorita nas listas de leituras obrigatórias de vestibulares e escolas do País.

Um dos clássicos mais celebrados da literatura brasileira, Memórias Póstumas de Brás Cubas fez barulho nas redes sociais após uma influencer norte-americana publicar um vídeo no TikTok, dizendo estar encantada com o livro. A obra de Machado de Assis agora lidera a lista da Amazon de mais vendidos.

O escritor Machado de Assis, autor de 'Memórias Póstumas de Brás Cubas'. Foto: Biblioteca Nacional

Veiculado inicialmente como folhetim ao longo de edições de uma revista, algo comum na época, Memórias Póstumas de Brás Cubas foi oficialmente publicado como romance em 1881. É considerada a obra inaugural do Realismo na literatura do Brasil.

O narrador do livro é Brás Cubas, descrito como ‘defunto-autor’: um homem que, depois da morte, torna-se escritor para compor sua autobiografia. As peculiaridades que tornaram o livro célebre já aparecem na dedicatória “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver”.

Nascido na elite carioca, o narrador reflete as hipocrisias e caprichos das classes abastadas do século 19, denunciando a moral duvidosa e a preocupação com as aparências acima de tudo. A trama, que não segue uma linearidade necessariamente cronológica, começa com a morte do protagonista, vítima de uma pneumonia, e seu enterro. A partir daí as memórias do defunto são apresentadas: a infância travessa, a adolescência e os primeiros amores, as tentativas de se estabelecer na vida adulta.

A vida de Brás Cubas, no fim das contas, é resumida como um grande fracasso. Ele não conquistou nada do que era esperado: teve amantes, mas não se casou nem teve filhos; não alcançou reconhecimento na carreira (ainda que tenha sido deputado, o desempenho no cargo foi medíocre); não conseguiu terminar seu ambicioso projeto, o ‘emplastro’ - um remédio capaz de tudo curar, em uma tentativa final de tornar-se um homem memorável. O tom que permeia a trama é, portanto, pessimista.

Courtney Henning Novak elogia ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas' Foto: Reprodução/@courtneyhenningnovak via TikTok

Há também um tempo psicológico correndo paralelamente aos episódios narrados pelo defunto-autor. Falando do além, ele se deixa divagar, mergulhando em digressões. Nesses momentos aparecem reflexões filosóficas e metáforas absurdas.

O texto de Machado de Assis, dotado de ironia ácida, tece críticas à sociedade da época, trazendo referências histórias. Somado a isso, está seu teor literário inovador. Como resultado, a obra é favorita nas listas de leituras obrigatórias de vestibulares e escolas do País.

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