‘É Assim Que Acaba’: Entenda as polêmicas e por que o livro que virou filme divide opiniões


Romance best-seller de Colleen Hoover discute violência doméstica e é inspirado na história da autora; adaptação cinematográfica chegou aos cinemas nesta quinta, 8

Por Julia Queiroz
Atualização:

Imagine vender mais de 1,3 milhão de cópias de um livro. Essas são os números de É Assim Que Acaba, best-seller da americana Colleen Hoover, somente no Brasil, segundo o Grupo Record, somando todas as edições. Nesta quinta-feira, 8, chegou aos cinemas o filme homônimo inspirado no romance, estrelado por Blake Lively (de Gossip Girl) e Justin Baldoni, que também é o diretor.

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A obra, lançada em 2016 e que ganhou impulso pelo TikTok, foi o livro mais vendido no País em 2022. No ano seguinte, foi superado apenas pela sua sequência, É Assim Que Começa (Galera Record, 2022), ficando na segunda posição. Os dados são do levantamento feito pela Nielsen BookScan para o Estadão - veja aqui.

O sucesso do livro - e de Colleen, que emplacou outros dois no Top 10 e é considerada um fenômeno editorial mundo afora - é inegável, mas vem acompanhado de uma série de polêmicas que envolvem também a produção e, agora, o lançamento do filme.

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Sobre o que é ‘É Assim Que Acaba’?

É Assim Que Acaba tem como protagonista Lily Bloom, uma jovem no início de seus 20 anos que começa a se envolver com Ryle, um neurocirurgião charmoso com quem ela logo cria uma conexão. Os dois desenvolvem um relacionamento, mas conforme a história progride, Ryle começa a abusar física e verbalmente de Lily.

A jovem, que viu a mãe ser violentada pelo pai na infância, passa a encontrar desculpas para as ações do namorado e tenta negar que está repetindo o ciclo de violência doméstica em sua família. A situação cresce quando Lily se reconecta com Atlas, com quem viveu um romance na adolescência, e ele tenta alertá-la sobre o que está acontecendo.

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Justin Baldoni e Blake Lively (Ryle e Lily, respectivamente) em 'É Assim Que Acaba'. Foto: Nicole Rivelli/Sony Pictures via AP

Ao final do livro, Colleen Hoover revela que a trama foi inspirada pela história da própria família. A mãe da autora sofreu violência doméstica e demorou a deixar o marido, pai da autora. Quando anunciou o elenco do filme, a escritora, hoje com 44 anos e três filhos, publicou um vídeo gravado na frente da casa no Texas, EUA, onde ela e a mãe moraram.

Por que ‘É Assim Que Acaba’ divide opiniões?

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Apesar de ser um fenômeno de vendas, É Assim Que Acaba divide opiniões entre público e crítica. Alguns acreditam que a abordagem da escritora para o tema da violência doméstica ajuda leitores a entender a situação a partir da perspectiva de uma vítima e porque, muitas vezes, é difícil para elas deixar o abusador.

Por outro lado, muitos acusam Colleen de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento.

As críticas vão além do conteúdo literário. O marketing mundial em volta de É Assim Que Acaba e a divulgação massiva dos próprios fãs no TikTok acabaram vendendo o livro como uma história de amor. Apesar dele tocar neste aspecto com a história de Lily e Atlas (que é mais explorada na sequência, É Assim Que Começa), o foco da trama está no abuso sofrido pela personagem e em como ela lida com isso.

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Colleen Hoover é autora de 'É Assim Que Acaba'. Foto: Chad Griffith

No início de 2023, Colleen divulgou que lançaria um livro de colorir inspirado por É Assim Que Acaba. A situação levou a diversas críticas e a autora acabou cancelando o lançamento. Na época, ela pediu desculpas, afirmando que o livro teria sido inspirado pela “força de Lily”, mas que depois percebeu “como estava cega”.

Já em março deste ano, a escritora lançou, em parceria com a marca americana Olive and June, uma linha de esmaltes inspirados por seus livros, incluindo É Assim Que Acaba. Ela voltou a receber críticas, mas não comentou o assunto. A linha continua disponível em lojas dos Estados Unidos.

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E o filme?

A adaptação cinematográfica do livro parece tentar amenizar algumas das controvérsias do livro. Colleen Hoover assina roteiro com Christy Hall, com direção de Justin Baldoni. Cineasta e ator, mais conhecido pela série Jane The Virgin, ele vive Ryle no longa. Blake Livery, que interpreta Lily, também é produtora do filme. Quem dá vida a Atlas é o ator Brandon Sklenar, da série 1923.

Quando o elenco foi anunciado, muitas fãs criticaram o fato de que os atores são consideravelmente mais velhos do que os personagens do livro (Lily tem 23 anos e Ryle, 30; Blake tem 35 e Baldoni, 39). A própria autora afirmou ao Today Show que a escolha foi feita para “corrigir” um erro que ela cometeu ao escrever o livro.

“Na época em que escrevi É Assim Que Acaba, o gênero ‘new adult’ [algo como ‘recém-adulto’] era muito popular. Você estava escrevendo personagens em idade universitária. Eu tinha um contrato para isso. Eu fiz a Lily muito jovem. Eu não sabia que os neurocirurgiões estudavam por 50 anos. Não existe um neurocirurgião de 20 e poucos anos. Quando comecei a fazer o filme, pensei: ‘Precisamos envelhecê-los, porque fiz besteira’. Então, a culpa é minha”, disse.

Imagine vender mais de 1,3 milhão de cópias de um livro. Essas são os números de É Assim Que Acaba, best-seller da americana Colleen Hoover, somente no Brasil, segundo o Grupo Record, somando todas as edições. Nesta quinta-feira, 8, chegou aos cinemas o filme homônimo inspirado no romance, estrelado por Blake Lively (de Gossip Girl) e Justin Baldoni, que também é o diretor.

A obra, lançada em 2016 e que ganhou impulso pelo TikTok, foi o livro mais vendido no País em 2022. No ano seguinte, foi superado apenas pela sua sequência, É Assim Que Começa (Galera Record, 2022), ficando na segunda posição. Os dados são do levantamento feito pela Nielsen BookScan para o Estadão - veja aqui.

O sucesso do livro - e de Colleen, que emplacou outros dois no Top 10 e é considerada um fenômeno editorial mundo afora - é inegável, mas vem acompanhado de uma série de polêmicas que envolvem também a produção e, agora, o lançamento do filme.

Sobre o que é ‘É Assim Que Acaba’?

É Assim Que Acaba tem como protagonista Lily Bloom, uma jovem no início de seus 20 anos que começa a se envolver com Ryle, um neurocirurgião charmoso com quem ela logo cria uma conexão. Os dois desenvolvem um relacionamento, mas conforme a história progride, Ryle começa a abusar física e verbalmente de Lily.

A jovem, que viu a mãe ser violentada pelo pai na infância, passa a encontrar desculpas para as ações do namorado e tenta negar que está repetindo o ciclo de violência doméstica em sua família. A situação cresce quando Lily se reconecta com Atlas, com quem viveu um romance na adolescência, e ele tenta alertá-la sobre o que está acontecendo.

Justin Baldoni e Blake Lively (Ryle e Lily, respectivamente) em 'É Assim Que Acaba'. Foto: Nicole Rivelli/Sony Pictures via AP

Ao final do livro, Colleen Hoover revela que a trama foi inspirada pela história da própria família. A mãe da autora sofreu violência doméstica e demorou a deixar o marido, pai da autora. Quando anunciou o elenco do filme, a escritora, hoje com 44 anos e três filhos, publicou um vídeo gravado na frente da casa no Texas, EUA, onde ela e a mãe moraram.

Por que ‘É Assim Que Acaba’ divide opiniões?

Apesar de ser um fenômeno de vendas, É Assim Que Acaba divide opiniões entre público e crítica. Alguns acreditam que a abordagem da escritora para o tema da violência doméstica ajuda leitores a entender a situação a partir da perspectiva de uma vítima e porque, muitas vezes, é difícil para elas deixar o abusador.

Por outro lado, muitos acusam Colleen de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento.

As críticas vão além do conteúdo literário. O marketing mundial em volta de É Assim Que Acaba e a divulgação massiva dos próprios fãs no TikTok acabaram vendendo o livro como uma história de amor. Apesar dele tocar neste aspecto com a história de Lily e Atlas (que é mais explorada na sequência, É Assim Que Começa), o foco da trama está no abuso sofrido pela personagem e em como ela lida com isso.

Colleen Hoover é autora de 'É Assim Que Acaba'. Foto: Chad Griffith

No início de 2023, Colleen divulgou que lançaria um livro de colorir inspirado por É Assim Que Acaba. A situação levou a diversas críticas e a autora acabou cancelando o lançamento. Na época, ela pediu desculpas, afirmando que o livro teria sido inspirado pela “força de Lily”, mas que depois percebeu “como estava cega”.

Já em março deste ano, a escritora lançou, em parceria com a marca americana Olive and June, uma linha de esmaltes inspirados por seus livros, incluindo É Assim Que Acaba. Ela voltou a receber críticas, mas não comentou o assunto. A linha continua disponível em lojas dos Estados Unidos.

E o filme?

A adaptação cinematográfica do livro parece tentar amenizar algumas das controvérsias do livro. Colleen Hoover assina roteiro com Christy Hall, com direção de Justin Baldoni. Cineasta e ator, mais conhecido pela série Jane The Virgin, ele vive Ryle no longa. Blake Livery, que interpreta Lily, também é produtora do filme. Quem dá vida a Atlas é o ator Brandon Sklenar, da série 1923.

Quando o elenco foi anunciado, muitas fãs criticaram o fato de que os atores são consideravelmente mais velhos do que os personagens do livro (Lily tem 23 anos e Ryle, 30; Blake tem 35 e Baldoni, 39). A própria autora afirmou ao Today Show que a escolha foi feita para “corrigir” um erro que ela cometeu ao escrever o livro.

“Na época em que escrevi É Assim Que Acaba, o gênero ‘new adult’ [algo como ‘recém-adulto’] era muito popular. Você estava escrevendo personagens em idade universitária. Eu tinha um contrato para isso. Eu fiz a Lily muito jovem. Eu não sabia que os neurocirurgiões estudavam por 50 anos. Não existe um neurocirurgião de 20 e poucos anos. Quando comecei a fazer o filme, pensei: ‘Precisamos envelhecê-los, porque fiz besteira’. Então, a culpa é minha”, disse.

Imagine vender mais de 1,3 milhão de cópias de um livro. Essas são os números de É Assim Que Acaba, best-seller da americana Colleen Hoover, somente no Brasil, segundo o Grupo Record, somando todas as edições. Nesta quinta-feira, 8, chegou aos cinemas o filme homônimo inspirado no romance, estrelado por Blake Lively (de Gossip Girl) e Justin Baldoni, que também é o diretor.

A obra, lançada em 2016 e que ganhou impulso pelo TikTok, foi o livro mais vendido no País em 2022. No ano seguinte, foi superado apenas pela sua sequência, É Assim Que Começa (Galera Record, 2022), ficando na segunda posição. Os dados são do levantamento feito pela Nielsen BookScan para o Estadão - veja aqui.

O sucesso do livro - e de Colleen, que emplacou outros dois no Top 10 e é considerada um fenômeno editorial mundo afora - é inegável, mas vem acompanhado de uma série de polêmicas que envolvem também a produção e, agora, o lançamento do filme.

Sobre o que é ‘É Assim Que Acaba’?

É Assim Que Acaba tem como protagonista Lily Bloom, uma jovem no início de seus 20 anos que começa a se envolver com Ryle, um neurocirurgião charmoso com quem ela logo cria uma conexão. Os dois desenvolvem um relacionamento, mas conforme a história progride, Ryle começa a abusar física e verbalmente de Lily.

A jovem, que viu a mãe ser violentada pelo pai na infância, passa a encontrar desculpas para as ações do namorado e tenta negar que está repetindo o ciclo de violência doméstica em sua família. A situação cresce quando Lily se reconecta com Atlas, com quem viveu um romance na adolescência, e ele tenta alertá-la sobre o que está acontecendo.

Justin Baldoni e Blake Lively (Ryle e Lily, respectivamente) em 'É Assim Que Acaba'. Foto: Nicole Rivelli/Sony Pictures via AP

Ao final do livro, Colleen Hoover revela que a trama foi inspirada pela história da própria família. A mãe da autora sofreu violência doméstica e demorou a deixar o marido, pai da autora. Quando anunciou o elenco do filme, a escritora, hoje com 44 anos e três filhos, publicou um vídeo gravado na frente da casa no Texas, EUA, onde ela e a mãe moraram.

Por que ‘É Assim Que Acaba’ divide opiniões?

Apesar de ser um fenômeno de vendas, É Assim Que Acaba divide opiniões entre público e crítica. Alguns acreditam que a abordagem da escritora para o tema da violência doméstica ajuda leitores a entender a situação a partir da perspectiva de uma vítima e porque, muitas vezes, é difícil para elas deixar o abusador.

Por outro lado, muitos acusam Colleen de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento.

As críticas vão além do conteúdo literário. O marketing mundial em volta de É Assim Que Acaba e a divulgação massiva dos próprios fãs no TikTok acabaram vendendo o livro como uma história de amor. Apesar dele tocar neste aspecto com a história de Lily e Atlas (que é mais explorada na sequência, É Assim Que Começa), o foco da trama está no abuso sofrido pela personagem e em como ela lida com isso.

Colleen Hoover é autora de 'É Assim Que Acaba'. Foto: Chad Griffith

No início de 2023, Colleen divulgou que lançaria um livro de colorir inspirado por É Assim Que Acaba. A situação levou a diversas críticas e a autora acabou cancelando o lançamento. Na época, ela pediu desculpas, afirmando que o livro teria sido inspirado pela “força de Lily”, mas que depois percebeu “como estava cega”.

Já em março deste ano, a escritora lançou, em parceria com a marca americana Olive and June, uma linha de esmaltes inspirados por seus livros, incluindo É Assim Que Acaba. Ela voltou a receber críticas, mas não comentou o assunto. A linha continua disponível em lojas dos Estados Unidos.

E o filme?

A adaptação cinematográfica do livro parece tentar amenizar algumas das controvérsias do livro. Colleen Hoover assina roteiro com Christy Hall, com direção de Justin Baldoni. Cineasta e ator, mais conhecido pela série Jane The Virgin, ele vive Ryle no longa. Blake Livery, que interpreta Lily, também é produtora do filme. Quem dá vida a Atlas é o ator Brandon Sklenar, da série 1923.

Quando o elenco foi anunciado, muitas fãs criticaram o fato de que os atores são consideravelmente mais velhos do que os personagens do livro (Lily tem 23 anos e Ryle, 30; Blake tem 35 e Baldoni, 39). A própria autora afirmou ao Today Show que a escolha foi feita para “corrigir” um erro que ela cometeu ao escrever o livro.

“Na época em que escrevi É Assim Que Acaba, o gênero ‘new adult’ [algo como ‘recém-adulto’] era muito popular. Você estava escrevendo personagens em idade universitária. Eu tinha um contrato para isso. Eu fiz a Lily muito jovem. Eu não sabia que os neurocirurgiões estudavam por 50 anos. Não existe um neurocirurgião de 20 e poucos anos. Quando comecei a fazer o filme, pensei: ‘Precisamos envelhecê-los, porque fiz besteira’. Então, a culpa é minha”, disse.

Imagine vender mais de 1,3 milhão de cópias de um livro. Essas são os números de É Assim Que Acaba, best-seller da americana Colleen Hoover, somente no Brasil, segundo o Grupo Record, somando todas as edições. Nesta quinta-feira, 8, chegou aos cinemas o filme homônimo inspirado no romance, estrelado por Blake Lively (de Gossip Girl) e Justin Baldoni, que também é o diretor.

A obra, lançada em 2016 e que ganhou impulso pelo TikTok, foi o livro mais vendido no País em 2022. No ano seguinte, foi superado apenas pela sua sequência, É Assim Que Começa (Galera Record, 2022), ficando na segunda posição. Os dados são do levantamento feito pela Nielsen BookScan para o Estadão - veja aqui.

O sucesso do livro - e de Colleen, que emplacou outros dois no Top 10 e é considerada um fenômeno editorial mundo afora - é inegável, mas vem acompanhado de uma série de polêmicas que envolvem também a produção e, agora, o lançamento do filme.

Sobre o que é ‘É Assim Que Acaba’?

É Assim Que Acaba tem como protagonista Lily Bloom, uma jovem no início de seus 20 anos que começa a se envolver com Ryle, um neurocirurgião charmoso com quem ela logo cria uma conexão. Os dois desenvolvem um relacionamento, mas conforme a história progride, Ryle começa a abusar física e verbalmente de Lily.

A jovem, que viu a mãe ser violentada pelo pai na infância, passa a encontrar desculpas para as ações do namorado e tenta negar que está repetindo o ciclo de violência doméstica em sua família. A situação cresce quando Lily se reconecta com Atlas, com quem viveu um romance na adolescência, e ele tenta alertá-la sobre o que está acontecendo.

Justin Baldoni e Blake Lively (Ryle e Lily, respectivamente) em 'É Assim Que Acaba'. Foto: Nicole Rivelli/Sony Pictures via AP

Ao final do livro, Colleen Hoover revela que a trama foi inspirada pela história da própria família. A mãe da autora sofreu violência doméstica e demorou a deixar o marido, pai da autora. Quando anunciou o elenco do filme, a escritora, hoje com 44 anos e três filhos, publicou um vídeo gravado na frente da casa no Texas, EUA, onde ela e a mãe moraram.

Por que ‘É Assim Que Acaba’ divide opiniões?

Apesar de ser um fenômeno de vendas, É Assim Que Acaba divide opiniões entre público e crítica. Alguns acreditam que a abordagem da escritora para o tema da violência doméstica ajuda leitores a entender a situação a partir da perspectiva de uma vítima e porque, muitas vezes, é difícil para elas deixar o abusador.

Por outro lado, muitos acusam Colleen de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento.

As críticas vão além do conteúdo literário. O marketing mundial em volta de É Assim Que Acaba e a divulgação massiva dos próprios fãs no TikTok acabaram vendendo o livro como uma história de amor. Apesar dele tocar neste aspecto com a história de Lily e Atlas (que é mais explorada na sequência, É Assim Que Começa), o foco da trama está no abuso sofrido pela personagem e em como ela lida com isso.

Colleen Hoover é autora de 'É Assim Que Acaba'. Foto: Chad Griffith

No início de 2023, Colleen divulgou que lançaria um livro de colorir inspirado por É Assim Que Acaba. A situação levou a diversas críticas e a autora acabou cancelando o lançamento. Na época, ela pediu desculpas, afirmando que o livro teria sido inspirado pela “força de Lily”, mas que depois percebeu “como estava cega”.

Já em março deste ano, a escritora lançou, em parceria com a marca americana Olive and June, uma linha de esmaltes inspirados por seus livros, incluindo É Assim Que Acaba. Ela voltou a receber críticas, mas não comentou o assunto. A linha continua disponível em lojas dos Estados Unidos.

E o filme?

A adaptação cinematográfica do livro parece tentar amenizar algumas das controvérsias do livro. Colleen Hoover assina roteiro com Christy Hall, com direção de Justin Baldoni. Cineasta e ator, mais conhecido pela série Jane The Virgin, ele vive Ryle no longa. Blake Livery, que interpreta Lily, também é produtora do filme. Quem dá vida a Atlas é o ator Brandon Sklenar, da série 1923.

Quando o elenco foi anunciado, muitas fãs criticaram o fato de que os atores são consideravelmente mais velhos do que os personagens do livro (Lily tem 23 anos e Ryle, 30; Blake tem 35 e Baldoni, 39). A própria autora afirmou ao Today Show que a escolha foi feita para “corrigir” um erro que ela cometeu ao escrever o livro.

“Na época em que escrevi É Assim Que Acaba, o gênero ‘new adult’ [algo como ‘recém-adulto’] era muito popular. Você estava escrevendo personagens em idade universitária. Eu tinha um contrato para isso. Eu fiz a Lily muito jovem. Eu não sabia que os neurocirurgiões estudavam por 50 anos. Não existe um neurocirurgião de 20 e poucos anos. Quando comecei a fazer o filme, pensei: ‘Precisamos envelhecê-los, porque fiz besteira’. Então, a culpa é minha”, disse.

Imagine vender mais de 1,3 milhão de cópias de um livro. Essas são os números de É Assim Que Acaba, best-seller da americana Colleen Hoover, somente no Brasil, segundo o Grupo Record, somando todas as edições. Nesta quinta-feira, 8, chegou aos cinemas o filme homônimo inspirado no romance, estrelado por Blake Lively (de Gossip Girl) e Justin Baldoni, que também é o diretor.

A obra, lançada em 2016 e que ganhou impulso pelo TikTok, foi o livro mais vendido no País em 2022. No ano seguinte, foi superado apenas pela sua sequência, É Assim Que Começa (Galera Record, 2022), ficando na segunda posição. Os dados são do levantamento feito pela Nielsen BookScan para o Estadão - veja aqui.

O sucesso do livro - e de Colleen, que emplacou outros dois no Top 10 e é considerada um fenômeno editorial mundo afora - é inegável, mas vem acompanhado de uma série de polêmicas que envolvem também a produção e, agora, o lançamento do filme.

Sobre o que é ‘É Assim Que Acaba’?

É Assim Que Acaba tem como protagonista Lily Bloom, uma jovem no início de seus 20 anos que começa a se envolver com Ryle, um neurocirurgião charmoso com quem ela logo cria uma conexão. Os dois desenvolvem um relacionamento, mas conforme a história progride, Ryle começa a abusar física e verbalmente de Lily.

A jovem, que viu a mãe ser violentada pelo pai na infância, passa a encontrar desculpas para as ações do namorado e tenta negar que está repetindo o ciclo de violência doméstica em sua família. A situação cresce quando Lily se reconecta com Atlas, com quem viveu um romance na adolescência, e ele tenta alertá-la sobre o que está acontecendo.

Justin Baldoni e Blake Lively (Ryle e Lily, respectivamente) em 'É Assim Que Acaba'. Foto: Nicole Rivelli/Sony Pictures via AP

Ao final do livro, Colleen Hoover revela que a trama foi inspirada pela história da própria família. A mãe da autora sofreu violência doméstica e demorou a deixar o marido, pai da autora. Quando anunciou o elenco do filme, a escritora, hoje com 44 anos e três filhos, publicou um vídeo gravado na frente da casa no Texas, EUA, onde ela e a mãe moraram.

Por que ‘É Assim Que Acaba’ divide opiniões?

Apesar de ser um fenômeno de vendas, É Assim Que Acaba divide opiniões entre público e crítica. Alguns acreditam que a abordagem da escritora para o tema da violência doméstica ajuda leitores a entender a situação a partir da perspectiva de uma vítima e porque, muitas vezes, é difícil para elas deixar o abusador.

Por outro lado, muitos acusam Colleen de ter romantizado a violência sofrida por sua protagonista. Isso se dá tanto por atitudes tomadas por Lily no final do romance, quanto pelo fato de Ryle ter sofrido um trauma no passado que pode ser o que desencadeou o seu comportamento violento.

As críticas vão além do conteúdo literário. O marketing mundial em volta de É Assim Que Acaba e a divulgação massiva dos próprios fãs no TikTok acabaram vendendo o livro como uma história de amor. Apesar dele tocar neste aspecto com a história de Lily e Atlas (que é mais explorada na sequência, É Assim Que Começa), o foco da trama está no abuso sofrido pela personagem e em como ela lida com isso.

Colleen Hoover é autora de 'É Assim Que Acaba'. Foto: Chad Griffith

No início de 2023, Colleen divulgou que lançaria um livro de colorir inspirado por É Assim Que Acaba. A situação levou a diversas críticas e a autora acabou cancelando o lançamento. Na época, ela pediu desculpas, afirmando que o livro teria sido inspirado pela “força de Lily”, mas que depois percebeu “como estava cega”.

Já em março deste ano, a escritora lançou, em parceria com a marca americana Olive and June, uma linha de esmaltes inspirados por seus livros, incluindo É Assim Que Acaba. Ela voltou a receber críticas, mas não comentou o assunto. A linha continua disponível em lojas dos Estados Unidos.

E o filme?

A adaptação cinematográfica do livro parece tentar amenizar algumas das controvérsias do livro. Colleen Hoover assina roteiro com Christy Hall, com direção de Justin Baldoni. Cineasta e ator, mais conhecido pela série Jane The Virgin, ele vive Ryle no longa. Blake Livery, que interpreta Lily, também é produtora do filme. Quem dá vida a Atlas é o ator Brandon Sklenar, da série 1923.

Quando o elenco foi anunciado, muitas fãs criticaram o fato de que os atores são consideravelmente mais velhos do que os personagens do livro (Lily tem 23 anos e Ryle, 30; Blake tem 35 e Baldoni, 39). A própria autora afirmou ao Today Show que a escolha foi feita para “corrigir” um erro que ela cometeu ao escrever o livro.

“Na época em que escrevi É Assim Que Acaba, o gênero ‘new adult’ [algo como ‘recém-adulto’] era muito popular. Você estava escrevendo personagens em idade universitária. Eu tinha um contrato para isso. Eu fiz a Lily muito jovem. Eu não sabia que os neurocirurgiões estudavam por 50 anos. Não existe um neurocirurgião de 20 e poucos anos. Quando comecei a fazer o filme, pensei: ‘Precisamos envelhecê-los, porque fiz besteira’. Então, a culpa é minha”, disse.

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