Em Frankfurt, Ken Follett apresenta 'Coluna de Fogo' sobre liberdade de expressão


“As pessoas pensam que este é um livro sobre religião, mas não é. É sobre direitos humanos, sobre a nossa primeira batalha pela liberdade”

Por Redação

Ken Follett, um velho conhecido da Feira do Livro de Frankfurt, está de volta ao evento. Ele, que já vendeu 30 milhões de exemplares de seus títulos na Alemanha – e 160 milhões no mundo –, apresentou ontem, 11, Coluna de Fogo (Arqueiro), obra lançada há um mês e que já figura nas listas de mais vendidos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Brasil e outros países.

É sua volta, também, a Kingsbridge, cenário de Pilares da Terra, seu livro mais famoso, e da continuação Mundo Sem Fim. Estamos em 1558, Elizabeth Tudor acaba de ser coroada, a Europa está contra a Inglaterra e o extremismo religioso cresce. Há uma história de amor, claro, e muitos fatos históricos.

O escritor britânico Ken Follett Foto: John MACDOUGALL
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“As pessoas pensam que este é um livro sobre religião, mas não é. É sobre direitos humanos, sobre a nossa primeira batalha pela liberdade”, conta Follett que, para escrever esse livro, consultou outras 228 obras e viajou por todos os cenários de Coluna de Fogo: Edimburgo, Londres, Paris, Antuérpia, etc. “Não saber os detalhes exatos é um obstáculo para a minha imaginação”, disse.  Ele foi a esses lugares atrás de qualquer resquício do século 16 que pudesse servir de material para sua história, sempre feita de detalhes. No Museu de Londres, viu as roupas que seus personagens usavam. Na National Portrait Gallery, também na capital inglesa, viu como era a fisionomia deles. Na Escócia, num barco, sentiu o vento, o frio e a chuva que devia estar caindo quando Maria, rainha da Escócia, fugiu da prisão.

Esse é um livro, ele explica ainda, sobre um tempo em que ninguém pensava em democracia. No século 16, a maioria das pessoas acreditava que havia apenas uma religião verdadeira e que todos os que não a seguissem deveriam ser queimados na fogueira. “Claro que eles discordavam sobre qual era a religião verdadeira, mas estavam de acordo com a questão da fogueira”, brinca. Alguns poucos e valentes tentavam, em vão, sugerir que cada um rezasse do jeito que quisesse.

Portanto, é, um livro sobre liberdade religiosa. E, entre esses poucos e valentes, estão, na opinião do autor, três mulheres poderosas: as rainhas Elizabeth I, da Inglaterra, e Catarina, da França, e Margarida de Parma, que comandava a Holanda. Ken Follett nasceu numa família extremamente religiosa, se tornou ateu, mas é fascinado por igrejas, por sua música.

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Com esse livro, ele une duas paixões – a história e a espionagem – e uma bandeira – a eterna luta pela liberdade.  Follett começou sua carreira de escritor com thrillers porque gosta do gênero, mas percebeu que o que o interessava, mesmo, era dar missões importantes a seus espiões. Ele queria que seus personagens fossem atrás de informações que pudessem mudar o curso de uma batalha ou de uma guerra.

Ned Willard, o protagonista do livro recheado de personagens, é um espião do primeiro serviço secreto da Inglaterra, que daria origem ao MI6.

Follett faz questão de frisar que seus livros mais recentes são sobre pessoas lutando por sua liberdade. “A liberdade é algo incomum em nossa sociedade. Hoje, a maioria das pessoas do mundo vive sob a tirania – e tem sido assim por toda a história. Liberdade é exceção”, diz. 

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Essa questão o interessa do ponto de vista político, mas mais do literário. “São grandes histórias quando grupos da sociedade lutam por liberdade e ganham a batalha política. É uma boa história, tem final feliz e eu gosto de finais felizes.”

Os leitores de Ken Follett, autor, também, da trilogia O Século, estão acostumados, e gostam, das aulas de história do escritor. Ensinar, no entanto, não é seu objetivo principal. “Quero jogar o leitor nesse mundo imaginário e que, lá, ele esqueça o mundo real. Mas meus leitores gostam de aprender alguma coisa e confiam nas minhas informações. Então, isso é, para mim, um bônus. Mas, o que quero mesmo é encantar as pessoas”, ressalta o autor que revelou que escreverá outro livro dessa série – só não sabe quando ou sobre o que será.

Follett diz que faz suas pesquisas sozinho. Às vezes, contrata um historiador assistente que o ajuda a encontrar obras sobre os temas que está estudando, mapas e pessoas para ele entrevistar. Quando o livro está pronto, ele o envia para alguns historiadores que vão ver se passou alguma coisa. “Se cometo um erro, se coloco algo que não poderia acontecer, por exemplo, no século 16, eles vão saber” – E Follett não vai passar vergonha em público.

Ken Follett, um velho conhecido da Feira do Livro de Frankfurt, está de volta ao evento. Ele, que já vendeu 30 milhões de exemplares de seus títulos na Alemanha – e 160 milhões no mundo –, apresentou ontem, 11, Coluna de Fogo (Arqueiro), obra lançada há um mês e que já figura nas listas de mais vendidos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Brasil e outros países.

É sua volta, também, a Kingsbridge, cenário de Pilares da Terra, seu livro mais famoso, e da continuação Mundo Sem Fim. Estamos em 1558, Elizabeth Tudor acaba de ser coroada, a Europa está contra a Inglaterra e o extremismo religioso cresce. Há uma história de amor, claro, e muitos fatos históricos.

O escritor britânico Ken Follett Foto: John MACDOUGALL

“As pessoas pensam que este é um livro sobre religião, mas não é. É sobre direitos humanos, sobre a nossa primeira batalha pela liberdade”, conta Follett que, para escrever esse livro, consultou outras 228 obras e viajou por todos os cenários de Coluna de Fogo: Edimburgo, Londres, Paris, Antuérpia, etc. “Não saber os detalhes exatos é um obstáculo para a minha imaginação”, disse.  Ele foi a esses lugares atrás de qualquer resquício do século 16 que pudesse servir de material para sua história, sempre feita de detalhes. No Museu de Londres, viu as roupas que seus personagens usavam. Na National Portrait Gallery, também na capital inglesa, viu como era a fisionomia deles. Na Escócia, num barco, sentiu o vento, o frio e a chuva que devia estar caindo quando Maria, rainha da Escócia, fugiu da prisão.

Esse é um livro, ele explica ainda, sobre um tempo em que ninguém pensava em democracia. No século 16, a maioria das pessoas acreditava que havia apenas uma religião verdadeira e que todos os que não a seguissem deveriam ser queimados na fogueira. “Claro que eles discordavam sobre qual era a religião verdadeira, mas estavam de acordo com a questão da fogueira”, brinca. Alguns poucos e valentes tentavam, em vão, sugerir que cada um rezasse do jeito que quisesse.

Portanto, é, um livro sobre liberdade religiosa. E, entre esses poucos e valentes, estão, na opinião do autor, três mulheres poderosas: as rainhas Elizabeth I, da Inglaterra, e Catarina, da França, e Margarida de Parma, que comandava a Holanda. Ken Follett nasceu numa família extremamente religiosa, se tornou ateu, mas é fascinado por igrejas, por sua música.

Com esse livro, ele une duas paixões – a história e a espionagem – e uma bandeira – a eterna luta pela liberdade.  Follett começou sua carreira de escritor com thrillers porque gosta do gênero, mas percebeu que o que o interessava, mesmo, era dar missões importantes a seus espiões. Ele queria que seus personagens fossem atrás de informações que pudessem mudar o curso de uma batalha ou de uma guerra.

Ned Willard, o protagonista do livro recheado de personagens, é um espião do primeiro serviço secreto da Inglaterra, que daria origem ao MI6.

Follett faz questão de frisar que seus livros mais recentes são sobre pessoas lutando por sua liberdade. “A liberdade é algo incomum em nossa sociedade. Hoje, a maioria das pessoas do mundo vive sob a tirania – e tem sido assim por toda a história. Liberdade é exceção”, diz. 

Essa questão o interessa do ponto de vista político, mas mais do literário. “São grandes histórias quando grupos da sociedade lutam por liberdade e ganham a batalha política. É uma boa história, tem final feliz e eu gosto de finais felizes.”

Os leitores de Ken Follett, autor, também, da trilogia O Século, estão acostumados, e gostam, das aulas de história do escritor. Ensinar, no entanto, não é seu objetivo principal. “Quero jogar o leitor nesse mundo imaginário e que, lá, ele esqueça o mundo real. Mas meus leitores gostam de aprender alguma coisa e confiam nas minhas informações. Então, isso é, para mim, um bônus. Mas, o que quero mesmo é encantar as pessoas”, ressalta o autor que revelou que escreverá outro livro dessa série – só não sabe quando ou sobre o que será.

Follett diz que faz suas pesquisas sozinho. Às vezes, contrata um historiador assistente que o ajuda a encontrar obras sobre os temas que está estudando, mapas e pessoas para ele entrevistar. Quando o livro está pronto, ele o envia para alguns historiadores que vão ver se passou alguma coisa. “Se cometo um erro, se coloco algo que não poderia acontecer, por exemplo, no século 16, eles vão saber” – E Follett não vai passar vergonha em público.

Ken Follett, um velho conhecido da Feira do Livro de Frankfurt, está de volta ao evento. Ele, que já vendeu 30 milhões de exemplares de seus títulos na Alemanha – e 160 milhões no mundo –, apresentou ontem, 11, Coluna de Fogo (Arqueiro), obra lançada há um mês e que já figura nas listas de mais vendidos dos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Brasil e outros países.

É sua volta, também, a Kingsbridge, cenário de Pilares da Terra, seu livro mais famoso, e da continuação Mundo Sem Fim. Estamos em 1558, Elizabeth Tudor acaba de ser coroada, a Europa está contra a Inglaterra e o extremismo religioso cresce. Há uma história de amor, claro, e muitos fatos históricos.

O escritor britânico Ken Follett Foto: John MACDOUGALL

“As pessoas pensam que este é um livro sobre religião, mas não é. É sobre direitos humanos, sobre a nossa primeira batalha pela liberdade”, conta Follett que, para escrever esse livro, consultou outras 228 obras e viajou por todos os cenários de Coluna de Fogo: Edimburgo, Londres, Paris, Antuérpia, etc. “Não saber os detalhes exatos é um obstáculo para a minha imaginação”, disse.  Ele foi a esses lugares atrás de qualquer resquício do século 16 que pudesse servir de material para sua história, sempre feita de detalhes. No Museu de Londres, viu as roupas que seus personagens usavam. Na National Portrait Gallery, também na capital inglesa, viu como era a fisionomia deles. Na Escócia, num barco, sentiu o vento, o frio e a chuva que devia estar caindo quando Maria, rainha da Escócia, fugiu da prisão.

Esse é um livro, ele explica ainda, sobre um tempo em que ninguém pensava em democracia. No século 16, a maioria das pessoas acreditava que havia apenas uma religião verdadeira e que todos os que não a seguissem deveriam ser queimados na fogueira. “Claro que eles discordavam sobre qual era a religião verdadeira, mas estavam de acordo com a questão da fogueira”, brinca. Alguns poucos e valentes tentavam, em vão, sugerir que cada um rezasse do jeito que quisesse.

Portanto, é, um livro sobre liberdade religiosa. E, entre esses poucos e valentes, estão, na opinião do autor, três mulheres poderosas: as rainhas Elizabeth I, da Inglaterra, e Catarina, da França, e Margarida de Parma, que comandava a Holanda. Ken Follett nasceu numa família extremamente religiosa, se tornou ateu, mas é fascinado por igrejas, por sua música.

Com esse livro, ele une duas paixões – a história e a espionagem – e uma bandeira – a eterna luta pela liberdade.  Follett começou sua carreira de escritor com thrillers porque gosta do gênero, mas percebeu que o que o interessava, mesmo, era dar missões importantes a seus espiões. Ele queria que seus personagens fossem atrás de informações que pudessem mudar o curso de uma batalha ou de uma guerra.

Ned Willard, o protagonista do livro recheado de personagens, é um espião do primeiro serviço secreto da Inglaterra, que daria origem ao MI6.

Follett faz questão de frisar que seus livros mais recentes são sobre pessoas lutando por sua liberdade. “A liberdade é algo incomum em nossa sociedade. Hoje, a maioria das pessoas do mundo vive sob a tirania – e tem sido assim por toda a história. Liberdade é exceção”, diz. 

Essa questão o interessa do ponto de vista político, mas mais do literário. “São grandes histórias quando grupos da sociedade lutam por liberdade e ganham a batalha política. É uma boa história, tem final feliz e eu gosto de finais felizes.”

Os leitores de Ken Follett, autor, também, da trilogia O Século, estão acostumados, e gostam, das aulas de história do escritor. Ensinar, no entanto, não é seu objetivo principal. “Quero jogar o leitor nesse mundo imaginário e que, lá, ele esqueça o mundo real. Mas meus leitores gostam de aprender alguma coisa e confiam nas minhas informações. Então, isso é, para mim, um bônus. Mas, o que quero mesmo é encantar as pessoas”, ressalta o autor que revelou que escreverá outro livro dessa série – só não sabe quando ou sobre o que será.

Follett diz que faz suas pesquisas sozinho. Às vezes, contrata um historiador assistente que o ajuda a encontrar obras sobre os temas que está estudando, mapas e pessoas para ele entrevistar. Quando o livro está pronto, ele o envia para alguns historiadores que vão ver se passou alguma coisa. “Se cometo um erro, se coloco algo que não poderia acontecer, por exemplo, no século 16, eles vão saber” – E Follett não vai passar vergonha em público.

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